Depois eu que não vou ouvir "mimimi".
"Tropa de Elite" sempre foi, para mim, uma fanfic Universo Alternativo. Tendo isso em conta, eu não sinto obrigação nenhuma de seguir exatamente os rumos tomados pela Rowling. Fanfics estão ai para isso: para nos divertirmos como quisermos.
Assim sendo...
Aquele Dia Chegou
-Senhorita Shepherd?
Pandora levantou os olhos
dos papéis que lia e deu de cara com um dos aurores mais novos.
-Sim?
Ele engoliu em seco.
-A senhorita pediu para um
de nós lembra-la de ir embora as 11. –ele falou hesitante.
-E?
-São 11 horas, senhorita.
–ele falou com um certo medo, como se fosse culpa dele que as horas tivessem
passado.
Pandora olhou para os outros
aurores e viu todos se encolherem e fingirem que não estavam olhando. Esse
coitado devia ter perdido no zero ou um e teve que falar com ela.
-Tudo bem. Eu vou terminar
isso e já vou. –ela falou por fim.
O rapaz pareceu a um passo
de desmaiar de nervoso.
-Hum... A senhorita pediu...
–ele ia mesmo desmaiar –Pra dizer que você tinha que ir já.
Pandora arqueou a sobrancelha.
-Pedi?
-Pediu.
É, ela tinha pedido. Mais
porque tinha prometido a mãe que não ia se matar no trabalho e estava falhando
miseravelmente em manter essa promessa. Não queria pensar em quantas vezes
tinha dormido no sofá da sua sala. Esse mês.
-Tudo bem. –ela falou
levantando-se –Eu estou indo.
O rapaz pareceu estar a um
passo de desmaiar de novo, dessa vez de alívio.
Filhotes...
Fazia um ano que estava
trabalhando no esquadrão de aurores de Ibiza. Fazia 3 que seu pai morrera na
Inglaterra.
O tempo voa quando a gente
se diverte... Só que não.
Ela passara dois anos
lutando aquela guerra na Inglaterra, contra os Comensais que mataram seu pai.
Fez a maior parte do serviço sujo, que Dumbledore não daria para seu time
dourado, a Ordem da Fênix.
Não que ela se importasse.
Só queria acabar com aquilo.
Mas em meio a toda aquela
confusão vieram as notícias de que as coisas estavam desmoronando em Ibiza e
alguém tinha que tomar conta da cidade. Era ela ou Paco.
Paco tinha acabado de ter
seu segundo filho e estava vivendo em paz com Giovana, então no fim nem fora
uma escolha tão difícil assim para ela tomar.
As coisas estavam sérias
quando Pandora chegou na cidade. Um grupo pretendia unir-se aos Comensais e já
começara a causar caos ali.
Foi uma dura e longa
batalhas para eles e ela tinha as marcas como provas.
Fazia pouco mais de dois
meses que a situação ali se estabilizara, mas todo o contato com Londres tinha
sido cortado para apenas o estritamente ncessário. A última notícia que tiha
tido da Inglaterra viera de Sabrina e informava que as coisas lá estavam
piores.
Se pudesse largaria tudo em
Ibiza e voltaria para o lado das amigas. Porém não podia fazer isso. Ainda não.
A paz havia sido conquistada
ha pouco na cidade, era uma coisa frágil, que ainda necessitava de cuidados.
Ela não podia ir embora.
Entrou em seu apartamento e jogou
a bolsa sobre a mesa. Morava sozinha porque não podia suportar viver com o
esquadrão de Matias. Conhecia todos e cada um deles a fazia pensar no primo.
Também não conseguia visitar sua mãe.
Alguma coisa tinha que mudar
logo, ou ela ia enlouquecer de verdade.
Andou pelo apartamento sem
acender as luzes, pegou a primeira coisa que alcançou na geladeira e jogou no
microondas. Estava exausta.
Quando a campainha tocou
faltavam dez minutos para a meia-noite.
Pandora pegou sua varinha e
respirou fundo. Não seria a primeira vez que alguém tentava ataca-la na própria
casa.
Tirou os sapatos e caminhou
sem fazer barulho algum até a porta. A campainha tocou de novo.
O babaca ainda era
impaciente...
Olhou pelo olho mágico e
congelou.
Só podia ser brincadeira.
-Abre a porta, princesa.
–ela ouviu do outro lado da madeira.
Pandora respirou fundo e
abriu a porta. Sirius Black estava encostado no batente, como se não tivesse pressa
alguma na vida.
-Oi, princesa. –ele abriu um
sorriso lento ao ve-la.
Talvez ela devesse ter
parado para pensar que aquilo podia ser uma armadilha, mas ver o rosto e o
sorriso de Sirius depois de tanto tempo era como um calmante para a alma.
Quando se deu conta do que estava fazendo, já tinha jogado os braços em volta
do pescoço dele.
Sirius abraçou-a de volta de
forma apertada, tão contrastante com o jeito relaxado que estivera mostrando
antes. Era como se ele também precisasse se certificar de que ela estava ali,
viva, diante dele.
-Oi, princesa. –ele falou
contra o cabelo dela.
-Cala a boca, Black. –ela
resmungou, embora sua voz estivesse carregada.
-Vem, vamos entrar. –ele
falou, soltando-a de leve.
Pandora respirou fundo e
separou-se de Sirius. Os dois entraram no apartamento e ela trancou a porta,
então virou-se para olha-lo.
-O seu cabelo está mais
curto. –foi o primeiro comentário dele.
Sim, estava chanel. Mais
porque ela recebera uma maldição que cortara um pedaço do seu cabelo. Ah e
quase cortara sua garganta demais.
-Ossos do ofício. –ela deu
de ombros.
Sirius aproximou-se e tocou
o pescoço dela, onde ficara a cicatriz do feitiço.
-Percebe-se. –ele comentou.
-O que você está fazendo
aqui, Sirius? –ela perguntou, embora seu coração estivesse a ponto de explodir.
-E eu achando que você ia
ficar feliz de me ver. –ele provocou de leve.
Quando ela apenas ficou
encarando-o em silêncio, o homem suspirou.
-Eu vim te buscar, Pandora.
-Me buscar? O que aconteceu?
-Acabou. –ele falou com
simplicidade –A guerra acabou.
Pandora sentiu seu coração
falhar.
-Como... Quando...
-James achou a última
Horcrux. –ele falou –Voldemort está morto.
Ela não sabia o que dizer ou
o que fazer. Tivera tanto medo que esse dia não chegasse, principalmente quando
descobriram as Horcruxes. Mas agora...
-E você veio até aqui só
para me dizer isso?
-Eu vim aqui porque aquele
dia chegou, Pandora. –ele falou sério –Porque a guerra acabou e eu vou te
arrastar de volta para a minha vida. Se isso é aqui ou em Londres, não importa.
Eu só quero que você saiba que eu vou cumprir minha palavra e, se você mudou de
ideia, pode falar agora.
-E você vai desistir?
-De jeito nenhum. –ele falou
de forma firme –Eu passei três anos lutando contra Voldemort. Eu passaria dez
lutando por você.
Ela arqueou a sobrancelha.
-Embora eu espere não
precisar. –ele terminou mais baixo.
-Então isso é o que? Um
pedido meia boca de casamento? –ela quis saber.
-Não. Não vamos empolgar,
por favor. –ele falou na hora –Ja não basta o resto todo que ja casou. Aliás, a
Sabrina pariu e Lily e Alice estão grávidas.
Os olhos de Pandora se
arregalaram.
-A Sabrina teve um filho?
–perguntou chocada.
-Um moleque chamado Cedric. –Sirius
confirmou –Ele ja vai fazer um ano. O pai é o Amos.
Pandora revirous os olhos.
-Eu deduzi.
-Enfim, não relevante.
–Sirius cortou –Eu te falo todas as fofocas. Depois. Agora eu quero saber...
-Você tem que mudar para cá.
–ela cortou –A cidade ainda está um zona e eu não posso largar o esquadrão
daqui. Em mais um ano nós provavelmente podemos voltar para Londres. Eu
preferiria morar por la de qualquer jeito.
Sirius parecia estar em um
lugar além de chocado.
-Isso quer dizer...
-Eu também te fiz uma
promessa, Sirius. Eu te disse que você saberia onde me achar. Você soube. –ela falou
com sinceridade –Eu estou cansada de lutar sozinha.
-Eu estou cansado de lutar
sem você. –Sirius acrescentou.
Pandora abriu um pequeno
sorriso.
-Isso é um pedido de
casamento meia-boca. –ela provocou.
-Não é, morena. –ele falou
como se fosse óbvio –Você vai ver. Em um ano você estará caindo de joelhos e me
implorando para casar com você.
Pandora aqueou uma
sobrancelha.
-Isso é um desafio?
Sirius abriu aquele sorriso
cafajeste, justo aquele que a fez se apaixonar perdidamente.
-Não, princesa. É um
promessa.
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N/A: Ai está, último post do ano.
Nada mais deve surgir até o fim de janeiro, porque agora o chicote voltou a estralar para mim, eu to voltando para o Brasil e toda aquela loucura de sempre.
Se cuidem.
Todos tenham um ano novo incrível e maravilhoso. Divirtam-se, mas com cuidado!
COMENTEM!
Nos vemos ano que vem ;)
B-jão
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