Capítulo 6
-Majestade... –Reepicheep
chamou assustado.
-Você vai sair daqui e vai
encontrar Edmund. –ela ordenou –Ele precisa saber o que aconteceu.
-Nada aconteceu ainda! –o
rato protestou veementemente.
Porém tinha tudo para
acontecer. Estavam cercados, havia milhares de orcs e apenas alguns deles. Não
havia sequer um caminho pelo qual eles pudessem correr.
Não que eles fossem cair sem
lutar até o último suspiro.
Então um rugido soou na
escuridão.
Os orcs começaram a olhar em
volta, aterrorizados, soltando barulhos de pânico. Quando o som pareceu mais
próximo as criaturas começaram a dispersar e logo apenas a Sociedade ficara
para trás no sação, o cajado de Gandalf a única luz.
Um novo rugido soou e uma
luz que parecia puro fogo iluminou uma parte da caverna.
-Que nova bruxaria é essa?
–Boromir perguntou num sussurro, como se tivesse medo de ser ouvido.
Gandalf parecia congelado. O
mago respirou fundo, fechou os olhos.
-Um balrog. –ele declarou
por fim -Um demônio do Mundo Antigo. Esse inimigo está além de qualquer um de
vocês. Corram! –ele ordenou.
Todos começaram a correr,
mas o medo do novo perigo era palpável. Gandalf estava assustado demais para
aquilo não ser algo terrível.
Eles correram até um novo
salão, que era um precipício com escadas. Boromir, que estava na frente, quase
caiu ao perder o equílibrio, mas foi salvo por Legolas.
-Gandalf! –Aragorn virou-se
para o mago, que parecia estar exausto.
-Lidere-os, Aragorn. A ponte
está perto. –ele falou indicando dita ponte -Faça o que eu digo! –bradou quando
o guardião não se moveu -Espadas sãos inúteis aqui!
Eles continuaram a descer as
escadas, até chegarem em uma parte delas com um vão. Legolas pulou primeiro.
-Susan. –ele chamou.
-Segure-se, Reepicheep. –ela
pediu ao rato, então pulou.
-Gandalf. –Legolas chamou,
pois o mago estava olhando para trás.
O Balrog devia estar
aproximando-se, pois toda a caverna parecia tremer.
Gandalf pulou. Logo em
seguida flechas começaram a voar na direção deles. Os orcs tinham voltado e
aparentemente não queriam que eles escapassem dali com vida.
-Ajude os outros, eu cuido
deles. –Susan falou para Legolas, atirando flechas contra os orcs.
-Merry! Pippin! –Boromir
pegou os dois hobbits e pulou.
Os tremores fizeram outro
pedaço da escadaria desabar, deixando ainda maior o vão que precisavam pular.
Aragorn arremassou Sam e
voltou-se para Gimli.
-Ninguém arremessa um anão.
–ele declarou antes de pular.
Legolas teve que agarra-lo
pela barba, ou ele teria caído.
Flechas não paravam de vir
na direção deles. Parecia que a cada orc que Susan derrubava mais três
apareciam.
Mais um pedaços das escadas
desabam deixando Frodo e Aragorn para trás e um espaço enorme entre eles. O
Balrog se fez ouvir de novo e pedras começaram a cair, destruindo ainda mais a
estrutura. Assim, o pedaço em que Frodo e Aragorn estavam começou a ruir.
-ARAGORN!
O guardião e o hobbit
conseguiram equilibrar-se e, jogando o corpo para frente, fizeram o pedaço de
pedra em que ainda estavam chegar até os companheiros. Boromir e Legolas
ampararam os dois e mais uma vez todos se puseram a correr.
-Para a ponte! Fujam! –Gandalf
ordenou.
O demônio surgiu das
sombras: puro fogo, fumaça, cinzas e desespero. Era algo enorme, como Susan
nunca havia visto antes. A visão dele era o bastante para gelar seu coração.
Todos seguiram correndo para
a ponte, mas o calor as suas costas denunciava o quão perto aquela abominação
estava deles.
-Gandalf! – foi a voz de Frodo
chamando o mago que fez Susan parar.
Todos tinham atravessado,
menos Gandalf que estava parado no meio da ponte, frente a frente com o Balrog.
A criatura abriu as asas e pareceu queimar de forma ainda mais intensa. Era o
espetáculo mais aterrorizante que todos já tinham presenciado.
-Sou um servidor do Fogo
Secreto, que controla a Chama de Anor. –Gandalf proclamou levantando o cajado e
a espada –Fogo Negro não vai lhe ajudar em nada, Chama de Udûn! –o Balrog
levantou uma espada incandescente e abaixou-a contra o cajado do mago, que o
rechaçou.
–Volte para a Sombra! –Gandalf
falou para a criatura.
O Balrog pisou na ponte,
estralando o chicote de fogo, mas Gandalf não recuou.
–VOCÊ NÃO VAI PASSAR!
Ele bateu o cajado contra a pedra
ao mesmo tempo que o Balrog avançou mais um passo. A estrutra desabou, levando
o monstro consigo.
Gandalf virou-se para
partir, quando o chicote de fogo surgiu do precipício no qual o demônio caíra e
pegou o mago pelo tornozelo, fazendo cair.
-GANDALF! –Frodo gritou e
tentou correr para ele, mas Boromir o segurou.
O mago ainda pareceu tentar
segurar-se, então olhou para o grupo, ainda parado ali em choque.
-Fujam, seus tolos! –ordenou
antes de cair na escuridão.
-Não! –Frodo gritou e quase
correu para a ponte.
Boromir pegou-o como uma
criança e saiu carregando-o de la e chamando nome de Aragorn que estava imóvel.
Alguém puxou Susan para fora, mas ela não tinha ideia de quem tinha sido.
Eles não pararam de correr
até saírem do outro lado onde o céu estava azul e o dia lindo. Como se não
tivessem passado dias trancados dentro de uma mina, como se um deles não
estivesse agora preso na escuridão para sempre.
-Legolas, erga-os. –Aragorn
ordenou, guardando sua espada.
-Dê-lhes um minuto, por misericórdia!
–Boromir pediu, provavelmente tão arrasado quanto os demais.
-Ao anoitecer essas colinas
estarão infestadas de orcs. –Aragorn falou sério -Precisamos chegar à Floresta
de Lothlórien. Vamos, Boromir, Legolas, Gimli, ergam-os! Susan.
Ele colocou a mão sobre o
ombro da rainha, que estava ajoelhada no chão. Susan imediatamente deu um tapa
na mão do guardião, afastando-se sem olhar para ele e indo até Sam, para
ajuda-lo a levantar-se.
Aragorn tentou não sentir-se
magoado pela ação, mas não estava agindo com crueldade. Ela não precisava fazer
parecer que era o caso.
-Frodo? –Aragorn chamou.
Olhando em volta vu o hobbit andando sem rumo mais a frente –Frodo!
Frodo parou e virou-se para
ele. Nos olhos do pequeno hobbit toda a dor, desespero e medo que todos sentiam
refletia-se com uma clareza assustadora.
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N/A: E aí está!
Comentem, por favor.
Nos veremos todos de novo depois do dia 20/01 ;)
B-jão
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