quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Aquele Dia Chegou - One-shot especial de "Tropa de Elite"

N/A: Antes de vocês irem em frente e lerem a one, parem e LEIAM ISSO, POR FAVOR!

Depois eu que não vou ouvir "mimimi".

"Tropa de Elite" sempre foi, para mim, uma fanfic Universo Alternativo. Tendo isso em conta, eu não sinto obrigação nenhuma de seguir exatamente os rumos tomados pela Rowling. Fanfics estão ai para isso: para nos divertirmos como quisermos.

Assim sendo...



Aquele Dia Chegou


-Senhorita Shepherd?

Pandora levantou os olhos dos papéis que lia e deu de cara com um dos aurores mais novos.

-Sim?

Ele engoliu em seco.

-A senhorita pediu para um de nós lembra-la de ir embora as 11. –ele falou hesitante.

-E?

-São 11 horas, senhorita. –ele falou com um certo medo, como se fosse culpa dele que as horas tivessem passado.

Pandora olhou para os outros aurores e viu todos se encolherem e fingirem que não estavam olhando. Esse coitado devia ter perdido no zero ou um e teve que falar com ela.

-Tudo bem. Eu vou terminar isso e já vou. –ela falou por fim.

O rapaz pareceu a um passo de desmaiar de nervoso.

-Hum... A senhorita pediu... –ele ia mesmo desmaiar –Pra dizer que você tinha que ir já.

Pandora arqueou a sobrancelha.

-Pedi?

-Pediu.

É, ela tinha pedido. Mais porque tinha prometido a mãe que não ia se matar no trabalho e estava falhando miseravelmente em manter essa promessa. Não queria pensar em quantas vezes tinha dormido no sofá da sua sala. Esse mês.

-Tudo bem. –ela falou levantando-se –Eu estou indo.

O rapaz pareceu estar a um passo de desmaiar de novo, dessa vez de alívio.

Filhotes...

Fazia um ano que estava trabalhando no esquadrão de aurores de Ibiza. Fazia 3 que seu pai morrera na Inglaterra.

O tempo voa quando a gente se diverte... Só que não.

Ela passara dois anos lutando aquela guerra na Inglaterra, contra os Comensais que mataram seu pai. Fez a maior parte do serviço sujo, que Dumbledore não daria para seu time dourado, a Ordem da Fênix.

Não que ela se importasse. Só queria acabar com aquilo.

Mas em meio a toda aquela confusão vieram as notícias de que as coisas estavam desmoronando em Ibiza e alguém tinha que tomar conta da cidade. Era ela ou Paco.

Paco tinha acabado de ter seu segundo filho e estava vivendo em paz com Giovana, então no fim nem fora uma escolha tão difícil assim para ela tomar.

As coisas estavam sérias quando Pandora chegou na cidade. Um grupo pretendia unir-se aos Comensais e já começara a causar caos ali.

Foi uma dura e longa batalhas para eles e ela tinha as marcas como provas.

Fazia pouco mais de dois meses que a situação ali se estabilizara, mas todo o contato com Londres tinha sido cortado para apenas o estritamente ncessário. A última notícia que tiha tido da Inglaterra viera de Sabrina e informava que as coisas lá estavam piores.

Se pudesse largaria tudo em Ibiza e voltaria para o lado das amigas. Porém não podia fazer isso. Ainda não.

A paz havia sido conquistada ha pouco na cidade, era uma coisa frágil, que ainda necessitava de cuidados. Ela não podia ir embora.

Entrou em seu apartamento e jogou a bolsa sobre a mesa. Morava sozinha porque não podia suportar viver com o esquadrão de Matias. Conhecia todos e cada um deles a fazia pensar no primo. Também não conseguia visitar sua mãe.

Alguma coisa tinha que mudar logo, ou ela ia enlouquecer de verdade.

Andou pelo apartamento sem acender as luzes, pegou a primeira coisa que alcançou na geladeira e jogou no microondas. Estava exausta.

Quando a campainha tocou faltavam dez minutos para a meia-noite.

Pandora pegou sua varinha e respirou fundo. Não seria a primeira vez que alguém tentava ataca-la na própria casa.

Tirou os sapatos e caminhou sem fazer barulho algum até a porta. A campainha tocou de novo.

O babaca ainda era impaciente...

Olhou pelo olho mágico e congelou.

Só podia ser brincadeira.

-Abre a porta, princesa. –ela ouviu do outro lado da madeira.

Pandora respirou fundo e abriu a porta. Sirius Black estava encostado no batente, como se não tivesse pressa alguma na vida.

-Oi, princesa. –ele abriu um sorriso lento ao ve-la.

Talvez ela devesse ter parado para pensar que aquilo podia ser uma armadilha, mas ver o rosto e o sorriso de Sirius depois de tanto tempo era como um calmante para a alma. Quando se deu conta do que estava fazendo, já tinha jogado os braços em volta do pescoço dele.

Sirius abraçou-a de volta de forma apertada, tão contrastante com o jeito relaxado que estivera mostrando antes. Era como se ele também precisasse se certificar de que ela estava ali, viva, diante dele.

-Oi, princesa. –ele falou contra o cabelo dela.

-Cala a boca, Black. –ela resmungou, embora sua voz estivesse carregada.

-Vem, vamos entrar. –ele falou, soltando-a de leve.

Pandora respirou fundo e separou-se de Sirius. Os dois entraram no apartamento e ela trancou a porta, então virou-se para olha-lo.

-O seu cabelo está mais curto. –foi o primeiro comentário dele.

Sim, estava chanel. Mais porque ela recebera uma maldição que cortara um pedaço do seu cabelo. Ah e quase cortara sua garganta demais.

-Ossos do ofício. –ela deu de ombros.

Sirius aproximou-se e tocou o pescoço dela, onde ficara a cicatriz do feitiço.

-Percebe-se. –ele comentou.

-O que você está fazendo aqui, Sirius? –ela perguntou, embora seu coração estivesse a ponto de explodir.

-E eu achando que você ia ficar feliz de me ver. –ele provocou de leve.

Quando ela apenas ficou encarando-o em silêncio, o homem suspirou.

-Eu vim te buscar, Pandora.

-Me buscar? O que aconteceu?

-Acabou. –ele falou com simplicidade –A guerra acabou.

Pandora sentiu seu coração falhar.

-Como... Quando...

-James achou a última Horcrux. –ele falou –Voldemort está morto.

Ela não sabia o que dizer ou o que fazer. Tivera tanto medo que esse dia não chegasse, principalmente quando descobriram as Horcruxes. Mas agora...

-E você veio até aqui só para me dizer isso?

-Eu vim aqui porque aquele dia chegou, Pandora. –ele falou sério –Porque a guerra acabou e eu vou te arrastar de volta para a minha vida. Se isso é aqui ou em Londres, não importa. Eu só quero que você saiba que eu vou cumprir minha palavra e, se você mudou de ideia, pode falar agora.

-E você vai desistir?

-De jeito nenhum. –ele falou de forma firme –Eu passei três anos lutando contra Voldemort. Eu passaria dez lutando por você.

Ela arqueou a sobrancelha.

-Embora eu espere não precisar. –ele terminou mais baixo.

-Então isso é o que? Um pedido meia boca de casamento? –ela quis saber.

-Não. Não vamos empolgar, por favor. –ele falou na hora –Ja não basta o resto todo que ja casou. Aliás, a Sabrina pariu e Lily e Alice estão grávidas.

Os olhos de Pandora se arregalaram.

-A Sabrina teve um filho? –perguntou chocada.

-Um moleque chamado Cedric. –Sirius confirmou –Ele ja vai fazer um ano. O pai é o Amos.

Pandora revirous os olhos.

-Eu deduzi.

-Enfim, não relevante. –Sirius cortou –Eu te falo todas as fofocas. Depois. Agora eu quero saber...

-Você tem que mudar para cá. –ela cortou –A cidade ainda está um zona e eu não posso largar o esquadrão daqui. Em mais um ano nós provavelmente podemos voltar para Londres. Eu preferiria morar por la de qualquer jeito.

Sirius parecia estar em um lugar além de chocado.

-Isso quer dizer...

-Eu também te fiz uma promessa, Sirius. Eu te disse que você saberia onde me achar. Você soube. –ela falou com sinceridade –Eu estou cansada de lutar sozinha.

-Eu estou cansado de lutar sem você. –Sirius acrescentou.

Pandora abriu um pequeno sorriso.

-Isso é um pedido de casamento meia-boca. –ela provocou.

-Não é, morena. –ele falou como se fosse óbvio –Você vai ver. Em um ano você estará caindo de joelhos e me implorando para casar com você.

Pandora aqueou uma sobrancelha.

-Isso é um desafio?

Sirius abriu aquele sorriso cafajeste, justo aquele que a fez se apaixonar perdidamente.


-Não, princesa. É um promessa.

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N/A: Ai está, último post do ano.

Nada mais deve surgir até o fim de janeiro, porque agora o chicote voltou a estralar para mim, eu to voltando para o Brasil e toda aquela loucura de sempre.

Se cuidem.

Todos tenham um ano novo incrível e maravilhoso. Divirtam-se, mas com cuidado!

COMENTEM!

Nos vemos ano que vem ;)

B-jão

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Nove Meses - Primeiro Mês

Primeiro mês

Fazia um bom tempo que Pepper não corria dessa forma e com esse desespero. Fazia um bom tempo que não se preocupava com Toni assim.

A ruiva virou num corredor, correndo o máximo que podia em salto agulha. A última coisa que precisava no momento era cair e torcer o tornozelo.

Quando Jarvis a chamara em seu quarto dizendo que Toni precisava dela, Pepper sentiu seu coração brecar.  O tom do IA era sério e ele pediu que ela se apressasse.

Jarvis não fazia esse tipo de coisa. Toni não pedia atenção dessa forma.

Alguma coisa tinha acontecido.

Por um minuto aqueles dias negros pós Nova York passaram pela cabeça dela. Quando Toni se afundou em trabalho, em bebida e mal dormia. Será que...

Entrou no laboratório de Toni e deu de cara com uma cena que fez sua garganta travar: a bilionária estava sentada num banco, encarando uma garrafa de whisky. Totalmente imóvel.

-Toni? –chamou com cuidado.

A morena virou-se para ela.

-Oi, Peps. –ela falou sem um sorriso sequer.

-O que foi? –Pepper quis saber.

-Eu to grávida. –Toni declarou.

De tudo que Pepper esperava ouvir, essa era a única coisa que nem entrava na lista. Toni era neurótica com métodos anticoncepionias, tinha pânico da ideia de ficar grávida.

-Você tem certeza? –Pepper tinha que saber.

-Absoluta. –Toni falou, seu olhar voltando-se para a garrafa –O Jarvis monitora meu corpo com grande cuidado. Ele demorou uma semana e meia pra me contar, porque tinha certeza de que algo estava errado com as leituras dele. Nem o Jarvis acredita.

-Você tem certeza? –Pepper insistiu –O Jarvis...

-O Jarvis conhece meu corpo melhor que ninguém. –Toni cortou –Sim, eu tenho certeza.

Pepper mordiscou o lábio inferior.

-Quem é o pai? –ela quis saber.

Toni virou-se para ela de novo.

-Quem disse que tem que ser um pai? Pode ser uma mãe.

O olhar de Pepper deixava claro que isso nem merecia resposta.

-Você sabe quem é o pai? –ela exigiu.

-Sei. –Toni resmungou.

-E?

-E ele não precisa saber de nada. –Toni declarou.

-Como assim, Toni? –Pepper estava chocada agora –Você acha que ele não vai querer se envolver? É esse o problema?

-Muito pelo contrário. –ela retrucou ácida –Eu tenho certeza de que ele vai querer se envolver e esse é o problema. Eu não o quero envolvido em nada.

-Não tem querer, Toni! –Pepper exclamou –Ele têm direitos e obrigações com essa criança, bem como você!

-Ele não tem direito a nada. –Toni cortou –E obrigação nenhuma também. Eu posso muito bem manter essa criança sozinha.

-Não é uma questão financeira, é... –Pepper calou-se e respirou fundo.

Tudo bem, isso podia ficar pra depois. Havia algo mais importante a ser discutido nesse momento.

-Você vai manter a gravidez? –ela quis saber.

O olhar que Toni lançou a Pepper foi congelante. A bilionária nunca tinha olhado para a outra desse jeito.

-Isso nem merece resposta. –ela falou por fim.

Pepper suspirou. De todas as conversas que esperara ter um dia com Toni, essa nunca passara pela sua cabeça. Essa situação era provavelmente a única para qual não estava preparada, a qual não tinha ideia de como lidar.

-Você pretende contar aos outros? –ela quis saber.

-Bom, vai ser meio impossível de esconder mesmo. –Toni deu de ombros.

xXx

Na noite seguinte, durante o jantar, Toni fez seu anúncio.

Meio que.

-Barnes, as atualizações no seu braço estão prontas. –ela soltou depois de engolir um pedaço de pizza –E eu to grávida.

Steve quase morreu engasgado.


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N/A: EEEEEEEEEEEEEEEEEEE fanfic nova! hahaha

Sim, Toni Stark está grávida. De quem... Bom, esse é o grande mistério e a pergunta que não quer calar. Façam suas apostas!

Eu sei que a gravidez é contada em semana, mas eu preferi separar em meses, pelos capítulos.

COMENTEM!

Ainda teremos um último post antes do fim do ano, uma one-shot pra la de especial. Aguardem ;)

B-jão

O Clube das Princesas - Capítulo 3 (FINAL)



Capítulo 3

-Bom... Podia ter sido pior.

Acenos de concordância circularam a sala.

-Se podia ser pior, eu não sei, mas com certeza foi divertido. –Megara comentou rindo.

-Claro. –Elsa comentou seca –Você conseguiu dar uns amassos no Hércules. Pra você deve ter sido divertidissimo.

-Vamos não focar nisso. –Anna, que tinha feito o comentário inicial, pediu.

-Isso. –Rosetta cortou incomodada –Vamos focar em você, Elsa.

Era exatamente nisso que Elsa queria não focar.

-Por que você escondeu uma coisa dessas da gente? –Kida perguntou confusa.

-Não tinha nada pra esconder! –Elsa protestou –Eu não to namorando com ele, nem nada.

-Então por que você não contou pra gente que ele estava interessado? –o tom de Vidia já era um pouco mais acusatório.

-OK, calma lá, mulherada! –Esmeralda pediu –A Elsa não tem obrigação nenhuma de contar tudo o que acontece na vida pessoal dela pra gente.

-E se vocês acham que essa foi a parte mais estranha da feira de ontem, vocês tem problemas sérios. –Jane apoiou.

-Bom, de quem foi a brilhante ideia de fazer uma barraca do beijo? –M.K. resmungou.

-Ei, foi uma ótima ideia! –Rosetta protestou –Nós fomos a barraca que arrecadou mais dinheiro!

-Mesmo tendo que fechar mais cedo por causa do barraco. –Silvermist lembrou.

-Barracos. –Vidia acrescentou.

-Tudo bem, dá pra ceder que os ânimos estavam um pouco alterados. –Mulan falou –Mas sinceramente, colocar todas vocês numa barraca que vende beijos é como balançar uma bandeira vermelha na frente de um touro. Era óbvio que ia dar no que deu.

-Em defesa do que é justo e tudo mais... –Cinderela começou –Essa foi a opção mais votada entre nós. Além disso, tudo estava indo muito bem e com respeito no começo.

-E as meninas estavam certas. –Nani comentou –Quando você e a Branca entraram naquela barraca tinha uma fila de caras querendo uma bitoca.

As duas garotas em questão coraram fortemente.

-Algum lucro saiu disso? –Megara provocou divertida.

-Vários números de telefone foram trocados. –Branca de Neve falou –Mas nada sério.

-Ta vendo? Tudo estava indo mega bem! –Sininho protestou –Não é culpa nossa que os meninos dessa escolas são ciumentos e ridículos e acham que têm o direito de nos dizer o que fazer.

-Eu que o diga! –Ariel falou irritada –Eu queria bater no Eric!

-Como você acha que eu me senti com o Adam? –Bela falou –Ele nem me chamou pra sair e já ta agindo como um idiota.

-Ok, calma la, mulherada. –Jasmine pediu –Tudo bem, os dois exageraram, mas sei la... Pensa no lado deles. Além do mais, Bela, vai dizer que você queria beijar o Gastão?

-Nem que ele tivesse pago o dobro do resto do mundo. –ela falou –Mas o ponto é: aquilo era só uma brincadeira, um selinho por um dinheiro que vai pra caridade.  Eu não vi seu namorado dando um chilique.

Jasmine aceitou o ponto.

-Mais algum namorado deu chilique? –Elsa quis saber.

-Na verdade não. –Madeleine respondeu –No começo o Quasimodo não ficou muito feliz, mas eu expliquei tudo para ele. E eu só beijei três pessoas fora ele.

-Eu beijei 23 garotos. –Chel declarou orgulhosa.

-Ainda bem que eu não precisei fazer isso. –Alice suspirou.

-Nós não somos corruptoras de crianças. –Nala indicou –O Simba também não ligou muito.

-Pelo o que eu entendi, os meninos combinaram entre eles que amigos não iam nem beirar as namoradas. –Pocahontas explicou –Tinha todo um código de honra e tal... Muito estranho.

-Agora o Jack comprando vinte beijos seguidos da Vidia foi o topo da tarde! –Periwinkle falou segurando-se para não rir.

-Tadinho do Jack. –Rapunzel falou –Ele gastou quase todo o dinheiro que tinha juntado para as férias...

-Tadinho o caramba! –Vidia explodiu –Bem feito para o idiota.

-Ta, mas você realmente beijou o menino vinte vezes. –Iridessa lembrou.

Vidia corou.

-Bom, ele pagou por vinte beijos. –ela falou, fazendo-se de indiferente, mas recusando-se a encarar qualquer uma das meninas.

Anastasia revirou os olhos.

-Eu não fiquei la muito chocada com a maioria dos resultados. –ela falou –Era esperado que a Barbie ruiva fosse beijar a grande maioria.

Todos os olhares se viraram para Giselle, que realmente fora a campeã de “vendas” do dia.

-47 beijos. –Jane confirmou, olhando para sua prancheta.

-Ah, os meninos foram uns doces! –Giselle estava falando –Tão educados e respeitosos!

-Quem não foi nada educado foi o professor Philip. –Fawn provocou –Ele pareceu todo ofendido por você estar beijando tantos meninos.

-Que besteira. –mas agora era Giselle quem corava –Não tem absolutamente nada a ver. Ele é um professor. E só. E ponto. E acabou.

-Eu vou fingir que não estou ouvindo isso. –Elsa declarou –Quanto menos eu souber, melhor.

-Será que agora a gente pode falar da Elsa? –Charlotte pediu impaciente.

-Não tem nada pra falar. –Elsa protestou.

-Isso quer dizer que você não beijou um certo jogador de basquete, mas do que o estritamente necessário? –Tiana perguntou arqueando a sobrancelha.

-Não é bem assim! –ela tentou de novo.

-Para de frescura, Elsa. –Marina bufou –O que tem de errado você admitir que beijou o Kocoum?

Todos os olhares foram parar na garota.

-Olha... –ela suspirou –Eu não sei o que dizer. –falou por fim.

-Bom, desde quando ta rolando clima? –Odette perguntou.

-Ele está...

-Te cortejando. –Megara ofereceu rindo.

-...desde o começo do ano. –ela falou –Mas eu não estava dando bola.

-Por que? –Rosetta perguntou confusa –Você ja viu aquele homem sem camisa?

Todas as Fadas concordaram.

-Ta, mas não é só isso. –Elsa falou.

-Então o que, mulher? –Merida perguntou frustrada –Você não ta afim? Gosta de outro? Outra?

-Ele é ex da Poca. –Elsa falou como se explicasse tudo.

E na verdade... Explicava.

Depois do caso Marina/Odette/Proteu as meninas tinham tido uma conversa bem séria sobre ex-namorados (na ausência de ambas). Pocahontas foi a primeira a exigir que todas ficassem bem longe dos exes dela.

Naquela época Kocoum ja estava “cortejando” Elsa, e ela não ia mentir que estivera balançada, mas amigas vinham primeiro. Sempre.

Todos os olhares da sala foram parar em Pocahontas.

-O que? –ela exigiu.

-Qual é, Pocahontas! –M.K. protestou –Você nem fala com ele.

-Além do mais, foi você quem terminou o namoro. –Vidia indicou.

-Você querem o que? –ela perguntou chocada –Que eu dê a bênção para a Elsa correr atrás dele?

-Pera aí! –Elsa protestou –Eu não estava correndo atrás de ninguém, só pra deixar bem claro. Ele que estava atrás de mim.

-E beija bem? –Rosetta quis saber.

Elsa abriu a boca para responder, dai pareceu perceber o que ia dizer e comprimiu os lábios. E ficou da cor de um tomate.

-A gente aceita isso como um “sim”. –Esmeralda ofereceu.

-Olha, vamos esquecer isso? –Elsa pediu.

-Você gosta dele? –Pocahontas perguntou de repente.

Elsa respirou fundo, então abriu e fechou a boca algumas vezes.

-Sim. –ela falou por fim –Ele é... Diferente dos outros. Ele é...

-Cara, você ta caidinha na dele. –Merida parecia chocada com a informação.

Na verdade, todas as meninas pareciam. Elsa não era conhecida como Rainha de Gelo por nada. Antes de entrar para o Clube ela sequer conversava com outros alunos.

Agora todas as meninas estavam fuzilando Pocahontas com o olhar.

A garota revirou os olhos.

-Sabe, Elsa, você tem que parar com essa mania de esconder tudo o que sente e sofrer sozinha. –ela falou por fim –Você só precisava ter dito. Além do mais, quando eu disse que era para ficar longe dos dois, era mais pras Fadas.

-EI! –todas protestaram ao mesmo tempo.

-Quer dizer que...

-Você devia ligar para ele. –Pocahontas completou rindo.

-Reunião cancelada. –Elsa declarou, saindo da sala.

As demais meninas ficaram na sala se olhando em silêncio.

-A gente vai contar para ela que nós planejamos tudo? –Anna perguntou preocupada.

-Pra que? –Megara quis saber –Os fins justificam os meios.

-Eu aposto que muita gente na cadeia pensava o mesmo antes. –Jane falou revirando os olhos.

Megara deu um sorriso inocente.

-E o que a gente faz agora? –Silvermist quis saber.

-Que tal uma escala de beijo? –Chel propôs –Nome e nota!

-Namorados não valem! –Jasmine falou na hora.

E foi exatamente o que elas fizeram pelo resto da tarde.


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N/A: Séculos depois... Ai está a conclusão da coisa toda!

O pretendente secreto da Elsa era o Kocoum, porque eu aaaaaaaaaaamo crack pairing! hahahah

COMENTEM!

B-jão

A Dama Vingadora - Capítulo 15


Capítulo 15

James Rhodes tinha tido um dia daqueles.

Desde que a SHIELD caíra e revelara um monte de segredos no processo, o governo americano tinha ficado em polvorosa. As agências que ficaram para trás estavam se degladiando por informação, apontando dedos e fazendo acusações.

Ele tinha passado o dia anterior inteiro no Pentágono. Um dia inútil, onde muita merda tinha sido dita e nenhuma solução tinha sido apresentada.

E agora estava dando uma pausa, no segundo dia, antes que atirasse em alguém.

Ele cruzou uma das porta, saindo para o ar livre pela primeira vez em oito horas, só para dar de cara com Toni, encostada casualmente contra uma Ferrari vermelha, usando o que parecia ser uma versão afenida de um terno masculino, saltos altos e óculos escuros.

-Eu não sabia que civis podiam entrar com carros no Pentágono, muito menos parar bem na frente do prédio. –James falou ao se aproximar.

-Civis não podem. –ela cedeu.

-Sua explicação?

-Eu sou Toni Stark. –ela falou, braços abertos, como se explicasse tudo.

Infelizmente explicava.

-Eu vim te buscar para almoçarmos e conversamos. –ela declarou sem rodeios –Eu preciso de ajuda.

-Com o que? –ele perguntou confuso.

-Capitão América.

xXx

James e Toni encontraram um pub que servia almoço as quatro da tarde.

-Quer dizer que... –James tentou segurar a risada –Steve Rogers, O Capitão América, está exigindo que você namore ele antes de vocês transarem?

Toni revirou os olhos.

-Você está se divertindo um pouco demais com essa história, Rhodey. –ela reclamou –Mas sim, é basicamente isso.

-Você não precisa sair com ele se não quiser. –James lembrou-a.

-É, mas eu quero transar com ele.

James soltou um riso seco.

-Qual o problema, Toni? Um encontro não vai te matar.

-Ele não quer um encontro. –ela falou –Além do mais, eu não participo de “encontros”.

-Você tinha encontros com a Pepper. –James lembrou.

-Mas isso foi depois que a gente começou a namorar. –Toni indicou –Aliás, nosso primeiro encontro oficial veio uma semana depois que a gente já estava junto.

-Ta, entendi. Mesmo assim, Toni. Por que você não pode dar uma chance pro Capitão? –James quis saber –Nunca se sabe, vai que você gosta dele.

-A única pessoa que eu já amei foi a Pepper. –Toni retrucou, seus olhos fixos no canudo em seu refrigerante –Ela me conhecia, aliás conhece, melhor do que qualquer outra pessoa no mundo. Ela aceitava meus defeitos, minhas manias, porque estava acostumada com elas. A Pepper entrou no nosso relacionamento sabendo o que esperar. Eu acho que ele está querendo entrar num relacionamento com uma Toni que só existe na cabeça dele.

-Você ainda não superou a Pepper, não é? –James perguntou gentilmente.

-Eu nunca vou superar a Pepper, Rhodey. –Toni falou sincera –Eu sempre vou ama-la, mas não é esse o problema. Eu aceito que nós nunca vamos ficar juntas. Mas e se tudo o que eu tinha pra oferecer a alguém ficou com ela? E se ele olhar para mim, no meio do nosso primeiro “encontro”, e perceber que se meteu em uma roubada?

-Eu duvido muito que o Capitão te veja em algum pedestal, Toni. –James falou sincero –Vocês convivem há um bom tempo. Ele ja deve ter visto seu melhor e o seu pior. Além do mais, Toni, é só um encontro. Pode ser que você mesma chegue no meio da coisa toda e perceba que não quer continuar. Qual o pior que pode acontecer?

Toni não disse nada.

-Oh. –James pareceu chocado, embora ela não tivesse dito uma palavra –Oh. Meu Deus. Você gosta dele.

-Eu acabei de dizer que só amei...

-Eu não estou falando disso! –James cortou –Você gosta do Capitão. Você quer que dê certo, mas está com medo.

-Você conheceu o Capitão? –ela retrucou irritada –Toda aquela sensibilidade de 1900 e bolinha! Sabe-se la porque ele quer sair comigo se não é pelo sexo. Ele vai me conhecer melhor e vai correr.

-Ele que vai peder, Toni. –James insistiu –Eu sei que você odeia ouvir isso, mas quando você não está agindo como uma cretina, você é uma pessoa incrível.

Toni riu de leve.

-Olha, Toni, talvez seja uma coisa incrível, talvez sejam as piores horas da sua vida. –ele falou –Eu só sei de uma coisa: Toni, A Toni Stark que eu sempre conheci e aguentei nunca deixou de fazer algo por causa de riscos. Vai lá e mostra para ele o que ele está perdendo.

Um sorriso apareceu no rosto da mulher.

-Ah que gracinha. –ela falou –Depois dessa quer ir pra minha casa? A gente faz uma festa do pijama e pintamos as unhas um do outro.

James revirou os olhos e jogou seu guardanapo na cara da bilionária.

xXx

-Então Clint foi atrás da Natasha? –Steve perguntou desviando do murro que Thor desferiu.

-Sim. –o deus respondeu –Ele acredita que Lady Romanoff está em algum tipo de problema. –dito isso, o homem pulou para cima de Steve, derrubando-o no chão.

-Eu não me surpreendo. –Darcy, que estava no canto assistindo a coisa toda, comentou –Natasha parece ser o tipo de mulher que atrai problema.

-Clint não precisa de ajuda, então? –Steve perguntou tentando se livrar do deus que tentava imobiliza-lo.

-Ele disse que se precisasse, pediria. –Darcy falou tirando uma foto dos dois homens loiros, lindos e suados se atracando no chão –Mas que por ora estava tudo bem.

Steve até ia responder, mas Thor conseguiu pega-lo num mata-leão e agora a coisa estava séria.

Bom, era boa prática. Os dois tinham concordado em uma luta corpo a corpo, sem voar ou soltar raios para o deus. Thor parecia estar se divertindo muito com a coisa toda. Darcy também, porque ela não parava de tirar fotos.

Finalmente ficou óbvio que Steve não ia conseguir se livrar, então bateu no tatami. Thor largou-o.

-Bom combate, Capitão! –ele saudou.

Steve ainda tentando recuperar o fôlego, fez que sim com a cabeça.

-Eu estou preocupado com a Natasha. –Steve falou por fim –Eu não sinto que ela confia em nós.

-Lady Romanoff passou por muitas coisas, Capitão. –Thor falou –É natural que ela seja uma pessoa mais reservada. Porém, ela confia em Clint, Clint confia em nós. Logo ela também acreditará na nossa causa.

-Ah Thor! Você é tão fofo. –Darcy declarou com a adoração de uma irmã caçula –Se você não estivesse todo suado eu te abraçaria.

Thor riu.

-Mais uma rodada? –Steve propôs.

Antes que Thor concordasse, Toni entrou na sala pisando firme, olhos fixos em Steve como se ela estivesse numa missão.

Quando estava a um palmo dele, parou.

-Eu me recuso a ir no cinema, odeio comida francesa e se você me levar no teatro eu grito. –ela falou, dedo apontando para o nariz dele –Fora isso, já que você está negando fogo, acho bom você estar pronto pra dar uns amassos como se tivesse voltado a ter 15 anos.

Steve ficou em choque, sem saber o que responder, mas Toni estava satisfeita, aparentemente, porque virou e começou a sair. Isso fez o capitão se recuperar.

-Amanhã as sete? –ele jogou.

-As oito, porque as sete o Bruce tem encontro com a Cora. –ela jogou por sobre o ombro.

Steve nem imaginava o que isso tinha a ver, mas aceitou.

-É um encontro. –ele falou.

-É, que seja. –ela respondeu antes de sair.

Steve jogou os braços pra cima em comemoração. Ele não acreditava que ela tinha aceitado!

-Alguma coisa ai que você queira compartilhar, colega?

Steve corou totalmente. Virou-se e deu de cara com Thor e Darcy (que ele ja tinha esquecido que estavam ali) olhando-o claramente divertidos.

-Eu tenho um encontro. –ele falou sem graça –Com Toni Stark.

xXx

-Você vai de gravata?

Bruce revirou os olhos.

-O que você está fazendo aqui mesmo? –ele perguntou a Toni, que estava sentada na comoda dele, olhando tudo que estava ao alcance.

-Eu vim te dar apoio moral. –ela falou como se fosse óbvio –E me certificar de que você não vai amarelar e cancelar com a Cora.

Era hoje. O dia do encontro para o qual Cora o tinha intimado. Só de lembrar da cena Bruce sorria.

Não ia negar: pensara várias vezes em cancelar. Imaginara mil motivos (reais e falsos) pelos quais aquilo era uma péssima ideia. Parecia que toda vez que pensava nisso, pensava nela, seu coração disparava e ele tinha a impressão de que o Hulk ia aparecer no meio do jantar.

Mas a verdade era que estava cansado de se esconder, de correr na direção oposta, de ver todos se arriscando e ficando para trás.

Ele merecia essa chance e ia aceita-la.

Além do mais, Cora tinha sido absolutamente adorável aquele dia e todos os dias depois. Ele queria muito uma chance com ela.

-Eu tenho para mim que você está aqui enrolando porque está com medo do seu encontro com o Capitão. –Bruce falou para a bilionária.

-Não sei do que você está falando. Tudo está sob controle com o Picolé. –ela falou sem olhar para ele.

-Então você não está nervosa? –Bruce provocou.

-Nem um pouco.

-Pensando em tudo que pode dar errado?

-Não.

-Imaginando sobre o que vocês podem conversar?

Toni lançou um olhar irritado ao amigo.

-Você está querendo que eu surte? –ela exigiu.

-Então você está nervosa. –Bruce comentou sorrindo.

-Claro que eu to. –ela revirou os olhos –Eu nunca fiz isso antes e, se eu pudesse, continuaria sem fazer.

-Sabe, Toni... –Bruce estava se segurando para não dizer que ela era adorável, porque sabia o tipo de reação que uma dessas ia provocar –Você não precisa mentir pra mim, muito menos pra você mesma. Você quer sair com o Steve, quer que dê tudo certo. Não tem motivo nenhum pra fingir que não.

Ela bufou.

-Eu me sinto ridícula. –ela falou por fim –Como se eu tivesse 14 anos. Ou nem isso, porque com 14 anos eu não estava passando por essas coisas.

-Vai dar tudo certo. –Bruce assegurou –Pra nós dois.

-Pelo menos você vai se divertir mais que eu. –ela provocou –Você tem camisinha, né?

Fazia tempo que isso não acontecia com ele, mas de repente Bruce sentiu-se corar.

-TONI!

-O que? –ela perguntou com um sorriso inocente –Só porque eu não vou dar uma hoje, não quer dizer que você não possa. Pra sua sorte... –continuou antes que ele pudesse dizer algo –Eu sou uma escoteira e estou sempre preparada!

Dito isso ela enfiou a mão no bolso de sua jaqueta e tirou uma tira de camisinhas e jogou para Bruce. Eram camisinhas do Hulk.

-Toni...

-Nós estamos fazendo produtos oficiais. Esse é um deles. –ela falou dando de ombros –Camisinhas da Dama de Ferro são as campeãs de vendas! Ah, a sua brilha no escuro.

Bruce estava sem palavras. Toni tinha conseguido: ela o deixara mudo de choque.

-Bruce? Se for o tamanho errado, eu tenho mais.

E então Bruce começou a rir descontroladamente. O que ele faria sem essa louca na vida dele?

xXx

Cora não estava nervosa. Muito.

Ta, ela ia desmaiar a qualquer segundo.

Esse não era o primeiro ou o segundo encontro no qual ia, mas a maioria dos seus namorados anteriores (ok, todos eles) tinham sido pré selecionados e aprovados por sua mãe.

Renne Myers levava aparências muito a sério. As coisas tinham que acontecer de uma certa maneira e ela daria um jeito para que acontecessem.

Cora saíra de casa, do seu estado pra ser mais precisa, o mais rápido possível. A mão controladora de sua mãe a estava sufocando.

Aparentemente, você podia sair de perto da pessoa, mais algumas coisas ficavam com você...

Mas ia dar tudo certo.

Ficara com medo de que Bruce conseguisse pensar em alguma desculpa e cancelasse. Ficou com medo que o mais novo apocalipse começasse e eles tivessem que cancelar.

Mas nada acontecera e hoje era o dia.

Foi quando a campainha tocou. E eram 6:57.

Cora respirou fundo e olhou pelo olho mágico. Era Bruce. Três minutos adiantado.

Um enorme sorriso estava iluminando seu rosto quando abriu a porta.

-Oi.

-Oi. –Bruce respondeu sem graça, então olhou para suas mãos e pareceu se lembrar o que elas traziam –Pra você.

Era um buquê de lírios azuis. Cora nunca tinha visto nada mais bonito em toda sua vida.

-São lindos, Bruce. Obrigada. –ela cheirou a flor –Eu vou colocar num vaso e podemos ir.

-OK. –ele parecia levemente nervoso –Tudo bem.

Ela esticou sua mão e pegou a dele.

-Você está incrível essa noite. –falou.

Bruce sorriu, parecendo finalmente acalmar-se.

-Você também. –ele suspirou –Eu estou feliz por estar aqui.

-Eu também.

xXx

-Eu estou com saudades.

-Eu também. Queria muito poder te ver.

Pepper sorriu.

-Como estão as coisas com você e seu time? –ela perguntou.

-Está complicado. –Phil admitiu num suspiro –A SHIELD perdeu muito a confiança dos governos e do público depois do que aconteceu em DC. Nós ainda estamos tentando nos firmar.

-Vai dar tudo certo. –Pepper garantiu.

-Quando você fala eu acredito. –ela podia ouvir o sorriso na voz de Phil –E você? Alguma crise?

Pepper suspirou.

-Na verdade uma. –ela informou –E amanhã eu te conto com riquezas de detalhes.

Ela despediu-se de Phil antes de entrar no quarto de Toni e ver mais ou menos o que ja esperava: caos.

Toni estava parada no meio do quarto, usando calinha e sutiã que não combinavam, com roupas espalhadas pelo chão.

-Liga pro Picolé e cancela! –Toni declarou –Eu não vou em encontro nenhum.

Pepper revirou os olhos e checou o relógio. 15 pras 8. A ruiva começou a andar pelo quarto.

-Essa foi a pior ideia que eu ja tive na vida. –Toni continuou –Até pior que a de construir um exterminador do futuro. Eu não vou a encontros, eu não sou esse tipo de mulher. Eu sou uma mulher moderna, do futuro e independente. Eu não preciso de homem nenhum pra nada. Muito menos pra encontros. Quem vai em encontros? Pessoas como o Bruce e a Cora, que são lerdos, esse tipo de pessoa. Eu sou uma mulher moderna. Eu gosto de sexo e pra ter sexo eu não preciso ir em encontros. A menos que eu queira sexo com o virgem de 90 anos, pelo jeito. –ela jogou as mãos para cima –Eu devia cancelar a coisa toda. Eu nem sei o que vestir, o que dizer, onde nós vamos! Jarvis, ligue para o Capitão!

-Você me proibiu hoje de manhã de fazer isso, senhorita. –Jarvis informou sem nem um pingo de dó.

-Como assim? –a bilionária exigiu irritada.

-A senhorita disse que nunca tinha sido covarde e não começaria agora, então eu não devia permitir que você ligasse para o Capitão Rogers se fosse para cancelar o encontro.

-Bom, eu estou desdando essa ordem.

-Você não pode, senhorita. –o IA informou, e Toni podia jurar que ele estava se divertindo com a coisa toda –O código para desfazer essa ordem foi dado para a senhorita Myers. Se você quiser, pode ligar para ela, mas então...

-Eu vou atrapalhar o encontro do Bruce. –Toni concluiu bufando –Cara, quando eu quero esconder alguma coisa eu sou foda. Até comigo mesma...

-Posso concluir que você vai no encontro com o Capitão? –Jarvis ofereceu.

-Eu não vou! Pepper! Você! Você vai ligar para o Picolé!

Quando Toni virou-se para a outra mulher, Pepper tinha deixado um vestido que a bilionária nunca usara antes em cima de sua cama e estava pousando um par de sandalias ao lado dele.

-Não vai dar tempo de fazer nada com o seu cabelo, ou muita maquiagem, mas você odeia ter que se arrumar de qualquer jeito e o Steve não tem cara de quem liga. –Pepper estava falando –E você vai ter que trocar a calcinha e o sutiã, porque eles vão aparecer no vestido.

-Eu não vou no encontro! –Toni estava declarando.

Pepper revirou os olhos.

-Você prefere usar calça? Eu acho que o Steve planejou algo bem simples.

-Pepper! –Toni protestou –Você não está me ouvindo.

-Eu achei que era meio óbvio que eu estava ignorando seu chilique. –ela falou sem nem um pingo de simpatia –Para de fingir que você não quer ir, Toni. Eu te conheço há tempo demais.

-Bom, então você deve saber que o problema é justamente esse: eu quero ir! –Toni esbravejou –Eu estou ficando idiota com a idade.

-Você está amadurecendo e isso deve ser assustador. –Pepper falou com sarcasmo –Toni, para de choramingar! Você quer ir, você vai.

-Eu não sei o que dizer para ele. –ela suspirou.

-Vocês podem conversar do tempo se quiserem. –Pepper sorriu –Não tem que ser magnífico, nem tem que dar certo. É só um encontro, Toni. Não é o fim do mundo.

-Por que parece que é? –Toni perguntou num suspiro.

-Porque você gosta dele. E antes que você comece a gritar comigo... –Pepper cortou, porque era exatamente o que Toni ia fazer –Você não precisa admitir nada para ninguém além de você mesma. Agora se veste, porque nós só temos 7 minutos e o Steve deve ser pontual.

Toni bufou, mas começou a tirar o sutiã.

-Eu não estou feliz com isso. –ela declarou.

-Me engana que eu gosto.

xXx

-Jane, o que vem a ser exatamente esse costume Midgardiano de “encontros”?

Jane, que estivera analisando as anotações do dia, parou para olhar para Thor.

-Por que você está perguntando isso? –ela estava confusa.

-Bom, várias pessoas da Torre estão tendo “encontros”. –ele explicou –Bruce e Cora, Steve e Toni... Mas as reações são tão diferentes que eu ainda não compreendi se isso é uma coisa positiva ou não.

Jane tentou pensar em qual seria o melhor jeito de explicar ao deus o conceito de encontros.

-Quando você está interessado em alguém, você chama para um encontro. É um jeito de... –ela parou e pensou –Cortejar a pessoa, eu imagino.

Thor parecia estar refletindo sobre isso.

-O que você faz em um “encontro”? –ele quis saber.

-Bom, depende muito das pessoas. Geralmente é um jantar ou coisa do tipo. –Jane deu de ombros –Mas depende muito do casal. Eu lembro da Darcy comentando que ja foi pular de paraquedas num primeiro encontro.

Thor ainda parecia estar refletindo, mas então finalmente pareceu aceitar a coisa toda.

-Faz sentido. –pausa –Por que nós nunca tivemos um encontro?

Ela sorriu para ele.

-Nós tivemos um encontro.

-Quando? –ele perguntou confuso.

-Aquela noite, no terraço do prédio em Puente Antiga. –ela falou –Quando você me falou das estrelas, dos planetas, da árvore Yggdrasil... Aquilo foi um encontro. O meu melhor encontro até hoje.

Thor abriu um enorme sorriso, orgulhoso de si mesmo, mas também cheio de carinho.

-E vale lembrar que eu te atropelei com a minha van, duas vezes, te levei pra minha casa, te ajudei a invadir uma propriedade governamental e estive ao seu lado quando aquele robô atacou Puente Antiguo. –ela falou –Nós tivemos ótimos encontros.

O gigante loiro riu e laçou a cintura de Jane, trazendo-a para perto.

-Eu concordo ferverosamente com você, Lady Jane. –ele falou –Cada encontro nosso foi pura perfeição. E cada vez que eu te vejo, continua sendo.

Jane corou.

-Sabe, “encontro” não tem exatamente esse...

Mas Thor a estava beijando e ela não se incomodou em terminar a frase.

xXx

Toni ainda não tinha certeza de que devia ficar ali. Tudo bem, já tinha jantado e estava esperando pela sobremesa, mas mesmo assim.

Ficara pensando durante todo o dia onde Steve pretendia leva-la. A cara de ambos era bem conhecida. Se eles fossem a lugares muito cheios havia grandes chances de alguem reconhece-los e não seria legal.

Mas mesmo assim, entrou num taxi com o Capitão (que comentara que ela estava muito bonita) e foi parar no Brooklin. La eles entraram num restaurante italiano que era minúsculo. O dono cumprimentou Steve pelo nome.

-Ele tem 103 anos. –Steve falou –Eu o conhecia da rua quando morava aqui. O pai dele era o dono do restaurante na época. Embora sejam os netos dele que cuidem do lugar agora, ainda é dele.

Toni estava impressionada. Queria chegar nos 100 anos com essa animação toda.

Era bem óbvio que o senhor (Lucenzo, mas pode chamar de Luke) recebia Steve ali com grande prazer, como um grande amigo.

-Eu espero que você esteja com fome. –Steve sorriu para ela, antes de eles pedirem a comida.

E, uau, ainda bem que ela não era dessas mulheres que tinham frescura para comer, porque a porção ali era generosa!

E um pessoa normal diria que as coisas estavam indo bem, mas Toni...

Eles tinham se mantido em assuntos mega neutros durante a coisa toda. Steve falou do Brooklin e de Nova York como ele se lembrava deles, Toni falou da Califórnia, conversaram sobre comida e a incapacidade de Steve de ficar bêbado. Todos assuntos amenos e seguros.

Mas hora ou outra esses assuntos iam secar. E daí eles iam falar do que?

-Sabe, pra alguém com a sua fama... –Steve começou com cuidado –Você está pensando demais.

-Fama do que, Picolé? –ela perguntou na defensiva.

-Fama de fazer o que quer, sem ligar pras consequências, mulher de lata. –ele retrucou sem medo –Para de tentar brigar comigo, Toni.

-Eu não estou tentando brigar com você. –ela declarou cruzando os braços.

Na verdade estava sim, desde que ele fora busca-la, mas Steve era teimoso até pra isso.

-Toni... –parecia uma bronca, mas ele estava sorrindo –Você poderia relaxar? Por favor? Eu não mereço essa pequena chance?

-Na verdade não. –ela falou de braços ainda cruzados –Se fosse rolar sexo...

Steve começou a rir.

-Você é complicada.

-Me fala uma coisa que eu não sei. –ela revirou os olhos.

O garçom colocou a sobremesa diante deles: um prato cheio de cannoli, tão lindos que tinham que ser comidos.

Toni deu uma mordida em um.

-Meu deus, isso é quase melhor que um orgasmo!

Steve engasgou com o dele.

xXx

James arremessou a bola que tinha na mão mais uma vez contra a parede. Sua coordenação visual-motora era tão desenvolvida que ele conseguia arremessar a pequena bola e faze-la quicar em quatro cantos da parede, antes de voltar para sua mão.

Ele estava tentando faze-la quicar uma quinta.

Essa era a maior prova de que estava entediado e inquieto.

O que era surpreendente.

O Soldado não sentia ansiedade, tédio ou tinhas dúvidas. O Soldado dormia quando devia, comia quando devia, seguia ordens quando elas eram dadas.

James estava descobrindo que não ser uma máquina assassina tinha suas desvantagens.

Vontades não eram convenientes. Desejos muito menos. Sentimentos eram considerados fraquezas por um bom motivo: eles eram fraquezas.

Havia essa... Fraqueza por Toni, Cora e Jane. Principalmente a pequena Jane, com seus belos olhos. Não era uma atração fisíca, isso ele sabia. Mas ela parecia tão frágil. Esperava que o tal Thor cuidasse bem dela.

Quanto mais era exposto a elas mais coisas apareciam em sua cabeça, preferências, vontades, dúvidas. Coisas com as quais nunca lidara. Ou que lembrasse de ter lidado.

Descobirara que gostava do sabor de carne, mas não gostava de maçã. Os romances que Cora trazia para ele ler estavam começando a ser entediantes, mas gostara de “O Hobbit”. Queria ouvir música, porque parecia haver uma melodia bem no fundo da sua cabeça. Ficava ansioso pelas visitas que recebia.

Queria saber quem fora Bucky Barnes.

Sentimentos, vontades e ansiedades eram perigosos. Mas havia uma coisa que ele sabia: não importava quem ele fosse, James, Bucky, o Soldado, sabia que nunca fora um covarde.

Estava na hora de provar isso.

Estava na hora de conversar com Steve Rogers.

xXx

Bruce lançou mais um olhar de canto de olhos para Cora.

O teatro tinha sido muito bom, o jantar também. A conversa pareceu fluir tão bem. Tivera medo de entedia-la, de gaguejar, de... De várias coisas, pra ser bem sincero.

Nada acontecera. Tinha sido exatamente como primeiros encontros costumavam ser: um pouco tímido, as vezes com silêncios desconfortáveis, cheio daquela ansiedade gostosa.

Tinha sido perfeito.

Agora estava levando Cora de volta para o apartamento dela.

Os dois estavam caminhando na rua, sem pressa alguma. Ela tinha o paletó dele jogado sobre seus ombros e estava sorrindo de maneira suave.

Bruce sentia-se um adolescente.

E sentiu-se ainda mais quando os dois pararam diante da porta do apartamento dela.

Agora o que fazer?

O encontro tinha ido muito bem, a maioria das mulheres estaria esperando no mínimo um beijo a essa altura. Os dois nem tinham andado de mãos dadas.

Ele estava começando a se achar meio idiota.

Cora parou diante de sua porta e virou-se para Bruce, um sorriso tímido nos lábios e as bochechas levemente rosadas pela timidez.

-Eu me diverti. –ela falou sincera.

-Eu também. –Bruce falou, sentindo seu peito aquecer diante da noção de que era verdade.

-Eu te vejo segunda no trabalho? –ela perguntou.

-Sim. –ele respondeu, coração começando a acelerar com a ansiedade.

Coração acelerado nunca era uma boa ideia com ele, por isso não tinha...

Cora inclinou-se para a frente e depositou um curto beijo no rosto dele.

-Boa noite, Bruce.

-Boa noite, Cora.

Ele praticamente flutuou até a Torre.

xXx

Steve merecia uma certa credibilidade pelo encontro deles. Não que Toni fosse dizer isso a ele.

Depois do restaurante ele a levou até uma game arcade! Igualzinha as que estavam por ai quando ela estava crescendo. Com fliperamas e todos os jogos que a bilionária mais amava.

Os dois se divertiram horrores (mais uma vez, não que ela fosse admitir). No meio da coisa toda a bilionária tirou os saltos e Steve ganhou num jogo um pinguim ridiculamente grande. Toni ja tinha exigido ficar com dito pinguim.

E agora eles estavam subindo o elevador da Torre, lado a lado.

Era aquela hora que Toni tanto temia: o fim do dito encontro. O que ia acontecer agora? Ela bem que queria que a resposta fosse sexo, mas duvidava.

Será que Steve ia ser um cavaleiro e acompanha-la até sua porta? Despedir-se com um beijo na bochecha?

Se ele fizesse isso, Capitão América ia morrer.

-Eu te acompanho até sua porta. –ele falou de repente.

Toni apenas deu de ombros e eles continuaram a subir. O elevador abria dentro do apartamento de Toni, porque o andar inteiro era dela (a Torre era dela e ela merecia!), então os dois pararam dentro da sala.

Steve depositou o pinguim no chão, bem do lado da porta e olhou para Toni. Ele não parecia estar com pressa de ir embora.

-Me conta uma coisa sobre você que ninguém sabe. –ele falou de repente.

-Tipo o que? –ela perguntou curiosa –Que, na verdade, minha cor preferida é verde esmeralda?

Ele arqueou a sobrancelha.

-Verdade? Mas não. Algo mais profundo.

Ela revirou os olhos.

-Que tal você primeiro? –ela retrucou.

-Eu perdi minha virgindade com uma prostituta. –ele soltou.

Os olhos de Toni se arregalaram.

-Verdade? –ela parecia passada.

-Sim. Mas não do jeito que você está pensando. –ele falou na hora –Foi bem antes do exército, quando eu ainda era um moleque raquitico e doente. No prédio que eu vivia havia algumas meninas...

-Que jeito simpático de chama-las. –Toni cortou.

-Enfim... –Steve lançou um olhar a ela –Eu era meio que mascote de todos, porque vivia doente, mas era um bom rapaz.

-Jura?

-E eu não julgava ninguém. Então mesmo que eu vivesse doente, eu ajudava todos sempre que podia, inclusive as meninas. –ele explicou –Eu tinha uma paixãozinha em uma delas, mas eu escondia a qualquer custo.

Essa era a história mais interessante que Toni ja ouvira na vida! Quem diria!

-Um dia, voltando para casa, eu vi um homem gritando com ela, puxando-a pelo braço. –Steve continuou –Quando eu o vi levantar a mão para ela, eu não pude ficar parado.

Toni sabia que isso não era só porque ele tinha sido apaixonado pela menina. Steve era o tipo de pessoa que sempre defenderia quem não pudesse se defender sozinho.

-Eu acabei apanhando, pra variar... –ele revirou os olhos –Mas eventualmente os vizinhos apareceram e espantaram o homem.

-Deixa eu adivinhar... –Toni sorriu –Ela quis te agradecer?

-Não foi... –ele corou –Foi mais ou menos isso, eu acho. Mas não foi intencional, ou falso... Eu acho que, como eu, ela se deixou levar por um momento.

-E depois? –Toni perguntou curiosa.

-Ah depois... –ele deu uma risada sem graça –Ela disse que tinha sido uma coisa de uma noite só e que eu não devia interpretar de outra forma.

-Ai. –Toni fez um careta –Frio.

-Mas pelo menos ela foi sincera. –ele deu de ombros.

É, ou talvez ela estivesse assustada.

-Eu ia pedir a Pepper em casamento. –Toni soltou de repente –Comprei o anel e tudo.

Agora era Steve quem parecia chocado.

-Você...

-Nunca cheguei a fazer o pedido. –ela falou sem graça –Você é a única pessoa que sabe, fora o Jarvis.

Ele não falou nada, esperando ela continuar.

-Eu meio que podia sentir que as coisas não estavam exatamente bem entre nós. –ela explicou –Eu sabia que a Pepper queria algo diferente. Ou talvez eu simplesmente não fosse o amor da vida dela. Não do jeito que ela foi o da minha. Mas eu queria que ela ficasse comigo. Eu estava disposta a largar tudo isso... –fez um gesto indicando a sala toda –E ser uma pessoa “normal” por ela. Ter filhos, um cachorro... Ser outra Toni.

-No fim, eu percebi que isso não me faria feliz. E não a faria feliz também. –Toni suspirou –Eu estaria mentindo para nós duas, porque eu não sou a pessoa que a Pepper quer. Eu não duvido que ela tenha me amado de alguma forma. Eu só não acho que foi do mesmo jeito que eu a amei.

-Você ainda tem o anel? –Steve perguntou após um silêncio prolongado.

Toni fez que não com a cabeça.

-Eu me livrei dele depois que ela começou a sair com o Phil. –ela falou –Parecia errado ficar segurando algo desse tipo quando ela estava tão feliz com outra pessoa.

Steve deu um pequeno sorriso.

-Eu gostaria que, um dia quem sabe, você me visse com um décimo do apreço que você vê a Peppers.

-Não seja idiota, Rogers. –ela revirou os olhos –Se eu não gostasse de você, eu não estaria aqui. Corpinho sexy nenhum me faria sair para um encontro, sem garantia nenhuma de sexo, se eu não gostasse de você um pouco demais.

Steve parecia completamente chocado pelo que Toni dissera. Aliás, quando ela se deu conta do que tinha sido, Toni também ficou bem chocada.

-O que eu quis dizer...

Steve puxou-a pela nuca e a beijou. Assim, do nada mesmo.

Não foi um mega beijo, porque Steve não era do tipo que ia “abusar” sem ter certeza absoluta que podia, mas foi um beijo mesmo assim.

Eles se separaram e ficaram de testa coladas. O Capitão começou a corar.

-Bom...


Toni achou que era a vez dela. Sabe, por justiça e igualdade e tudo mais.

Jogou os braços em volta do pescoço de Steve e puxou-o para si. Ela não precisava de nenhuma certeza extra, mesmo porque queria abusar bem abusado dele.

Steve, sempre um cavalheiro, colocou as mãos na cintura dela. E elas eram tão grandes...

Ah essas mãos no resto do corpo dela...

Esse pensamento inflamou Toni, que pressionou o corpo mais contra o de Steve, mordendo o lábio dele ao mesmo tempo. A bilionária lembrava muito bem que tipo de reação o gesto tirava dele.

Dito e feito. De repente as costas dela estavam contra a parede e Steve já não era tão mais cavalheiro assim.

Não que alguem ali estivesse reclamando.

O único problema de beijar Steve naquela posição era que o maldito era alto demais! O pescoço dela estava começando a doer e o dele não devia estar muito atrás.

Não que isso fosse motivo para parar! Ela só queria que...

De repente as mãos de Steve desceram pelas pernas dela e ele puxou-a para cima.

-Ah obrigada, Senhor. –Toni murmurou antes de voltar a beija-lo.

Não esperava uma dessa do Capitão, mas estava adorando estar errada.

Steve carregou-a um pouco, sem parar de beija-la e então sentou-a em... Sabe-se la, algum lugar alto. Toni não estava ligando porque beija-lo estava mais fácil e era tudo que importava.

Com tudo mais acessível Toni resolveu investir em tirar a camisa de Steve.

Ele até tinha facilitado a vida dela, usando a dita camisa, porque os botões estavam ali tão perto e Toni era profissional em desfaze-los.

Em menos de um minuto descobriu que, Steve sendo um bom menino, usava uma regata por baixo da camisa. Ai Jesus... O que uma mulher tinha que fazer para sentir o tanquinho de mármore do Capitão América?

A essa altura da coisa toda (e ainda sendo muito bem beijada) Toni desistiu da delicadeza e começou a empurrar a camisa de Steve braços abaixo.

Por um milagre ele não disse nada e até ajudou. Mas quando as mãos dela foram para a regata o soldado parou.

-Toni, espera...

-Não. –ela falou de forma firme –Ja vai ter espera demais na coisa toda. Isso você não vai negar.

Steve pareceu indeciso por um segundo e Toni usou esse exato tempo (ela tinha dito que era uma profissional) para se livrar da regata.

-Isso é melhor que Natal... –ela declarou admirando todo aquele corpo.

Sério. Uau. Sem palavras. Os ovários dela estavam chorando de emoção.

Toni voltou a puxar Steve para perto. Ela deu um longo beijo nele, então levou as mãos dele até a coxa dela.

-Justo é justo. –ela propôs olhando nos olhos dele.

Steve pareceu engolir em seco, mas então, quase do nada, pareceu mais decidido. Sem tirar os olhos dos de Toni, ele começou a levantar a saia do vestido dela lentamente. Não era um modelo colado, então não precisava de ziper para sair. Mesmo assim o soldado foi no seu tempo, sentindo cada centimetro de pele revelado, até Toni ficar ali em nada além do conjunto de calcinha e sutiã que usava.

-Uau. –ele falou adimirado –Você é tão linda que...

-Sem melação, Picolé. –ela falou na hora –Chega aqui que eu quero sentir a textura desse seu tanquinho.

Steve revirou os olhos, mas aproximou-se mesmo assim. Acabou sorrindo contra a boca de Toni, quando sentiu as mãos dela indo automaticamente para seu abdomen.

Sabia que tinha que manter o interesse dela de certa forma. Um segundo encontro, mais chances de convence-la a ficar. Então, sexo podia estar fora da mesa, mas havia muitas outras coisas entre o céu e a terra...

Ele puxou Toni bem para a beirada da bancada e a fez enroscar as pernas em sua cintura. Seus dedos percorreram de forma leve a pele da coxa dela, enquanto ele continuou a beija-la.

A bilionária se movia de forma sinuosa contra ele. A sensualidade dela era algo lindo de se ver: livre, sem vergonha. Igualzinha Toni.

Correu o nós dos dedos pela parte interna da coxa da mulher, até alcançar a virilha. Toni puxou ar com urgência e arqueou as costas

-Não fique mal acostumada. –ele murmurou contra a boca dela.

Antes que Toni pudesse perguntar “com o que”, os dedos dele escorregaram para dentro da calcinha dela.

Definitivamente, ela ja estava mal acostumada.

xXx

-Uau, Picolé. –Toni falou sem folêgo, quando os tremores de prazer finalmente pararam de correr seu corpo –Por essa eu não esperava.

-Eu vivo para agradar. –ele falou com um sorriso que tinha aquela arrogância e orgulho masculino que vinha de fazer uma mulher desmanchar-se.

Toni empurrou-o de leve, apenas o bastante para ela poder descer de onde estava.

-E é hora de retribuir. –ela falou com um sorriso maldoso, as mãos já indo para o cinto da calça de Steve.

O soldado parou a bilionária.

-Fica pro segundo encontro. –ele falou dando de ombros –Bons sonhos, Toni.

E o cretino teve a cara de pau de inclinar-se e dar um selinho na morena, antes de sair do apartamento sem camisa, mãos no bolso e assobiando Louis Armstrong.


Maldito.

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N/A: Mais uma vez, muuuuuuuuuuuuito amor e fofura nesse capítulo!

Foi mal ter cortado justo a cena caliente! hahaha

A história do Steve foi mais para tirar o ar de perfeição angelical e pura dele. Ele não é santo, é uma pessoa qualquer.

COMENTEM!

B-jão