quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MIB - Capítulo 7 - parte 5


-Por que você estaria fugindo da Yakuza? –Marine perguntou, sem conter a curiosidade.

Lee tirou a camisa de cima, revelando os braços cobertos por tatuagens orientais.

-Porque eles não gostam muito de desertores. -foi a resposta dele.

As meninas ficaram em um silêncio chocado por alguns segundos até que...

-Claro que ele é da Yakuza. –Charlotte declarou bufando –Com a nossa sorte ele ainda deve ter um fetiche por esquartejar pessoas com espadas.

-Não, querida. –Mary Jane cortou –Com a nossa sorte ele tem uma camisa escrito: “Comensal da Morte e amando muito tudo isso”.

As outras concordaram.


Já Lee parecia chocado.

-É isso? Eu falo que sou da Yakuza e vocês acham normal?

-Eu achei que você tinha dito que tinha pulado fora. –Lily observou.

Lee jogou um olhar para cima, como se pedisse paciência aos céus.

-Foi exatamente o que eu falei. Semânticas, ruiva. –ele falou.

-Nesse caso as semânticas são bem importantes. –ela retrucou.

-E como vocês sabem dos Comensais da Morte? –ele quis saber, finalmente percebendo esse detalhe.

-Nós somos inglesas. –Marine falou como se fosse óbvio –Todo mundo sabe de Voldemort la.

-Talvez. –ele cedeu –Mas no caso de vocês parece mais pessoal.

-Você conhece os Comensais? –Charlotte rebateu.

-Alguns e superficialmente. –ele admitiu –Voldemort achou que tinha moral para chegar no Japão e desafiar a Yakuza. Não deu muito certo.

-Sério? –elas perguntaram chocadas.

-Já faz um bom tempo, eu ainda estava por la. –ele deu de ombros –Aquele pessoal já deve ter morrido... Uma tal de Beatrix e o marido...

-Se você está falando de Bellatrix, então sim, a maldita morreu. –Charlotte falou com muita satisfação.

-Esse comentário pareceu bem pessoal, boneca. Não que eu não esteja feliz que ela tenha morrido, afinal ela era um vaca louca.

-Nem me fale. –Marine comentou, levando a mão ao ombro automaticamente.

Lee analisou o gesto.

-Ok, Spice Girls, podem começar a falar já. –ele exigiu –O que vocês fizeram com os Comensais e qual risco de eles virem bater na minha porta?

-Primeiro: Spice Girl é sua mãe, Super Junior. –Mary Jane explodiu –Segundo: nós não te devemos nada.

-Devem se querem passar a noite embaixo o meu teto. –ele retrucou.

Nisso ele estava coberto de razão.

-Ok, você venceu. –Charlotte cedeu –A gente fala, mas... Que tal um pouco de álcool para fazer todo mundo feliz?

-Pode ser. –Lee aceitou.

***

O único álcool que Lee tinha na casa era um whisky de fabricação duvidosa, mas nenhuma das meninas reclamou. O dia estava ficando cada vez mais estranho e beber o que poderia ser gasolina com um ex-membro da Yakuza (supostamente) não parecia la tão pior que quase morrer num acidente de estrada.

Lily explicou para Lee a história inteira e as meninas incluíam coisas aqui e ali. Ele ouviu tudo em silêncio, as vezes fazendo perguntas, mas na maior parte do tempo só ouvindo.

Ele também pediu para olhar os passaportes e decidiu que desde já iria chamar as meninas pelos nomes novos, porque elas tinham que se acostumar a responder por eles.

Depois de quase três horas de conversa, mais uma garrafa do liquido duvidoso e a queda da energia devido a falta de combustível no gerador de força, Lee parecia até mais tolerável.

-E qual o plano de vocês quatro, agora que têm novas identidades? –ele quis saber.

-Sinceramente... Eu não sei. –Charlotte admitiu –O que eu mais queria poder fazer era voltar para Inglaterra e matar Voldemort eu mesma. Mas já foi provado que não temos a capacidade.

-A capacidade para matar, todos os seres humanos têm. –Lee falou, acendendo um cigarro. As meninas já tinham desistido de reclamar –Você talvez não tenha a habilidade, mas isso pode ser adquirido.

-Como? –Marine perguntou, realmente curiosa.

–Treinamento. –ele deu de ombros –Vocês já têm a desvantagem de serem mulheres. E não me venham com essa história de que eu estou sendo machista. –ele falou quando viu Lily preparando-se para protestar –Vocês são menores que a maioria dos caras la fora e muitas vezes mais fracas fisicamente. Duvido que alguma de vocês saiba atirar também.

-Hum, na verdade... –todos os olhares voltaram-se para Lily –Eu sei atirar. Mais ou menos. Eu sou melhor em tiro a distância. Meu pai me ensinou com uma espingarda de caça.

-Meu deus, Lily! Bebe como um caminhoneiro e ainda atira? –Charlotte provocou.

-Papai queria um menino. –ela suspirou.

  -Tudo bem, a ruiva ta na frente, mas só isso não basta. –Lee continuou –Se vocês querem ter uma chance mínima de encararem Voldemort e saírem vivas vocês vão teriam que aprender a usar pistolas, facas, lutar corpo a corpo... Isso fora outras habilidade úteis como fazer ligação direta, desativar câmeras e alarmes...

-Parece muita coisa... –Lily comentou pensativa.

-É muita coisa, moranguinho. –ele revirou os olhos.

-Então quando você vai começar a ensinar a gente? –Charlotte perguntou.

-O que?!

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N/A: COMENTEM!!!
B-jão

Um comentário:

  1. "Bebe como um caminhoneiro e ainda atira?" Lily sempre surpreendendo rsrs. Charlotte sempre indo direto ao ponto

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