quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Damas Grifinórias 2 - Capítulo 4 (parte 4 - FINAL)




Sirius Black era o tipo de homem que fazia o que queria, não só porque ele podia, como também porque ninguém conseguia lhe negar coisas. A única pessoa que era quase imune ao seu charme era sua mãe.

Anellise Roberts era uma mulher única. Fora praticamente uma deusa para a Sonserina no período que estivera em Hogwarts, não apenas por ser extremamente bonita, mas pela pureza do seu sangue e pela sua mente brilhante, todos os atributos mais amados pela dita casa. Era o tipo de mulher que ou você respeitava, ou você respeitava, não havia alternativa.

Crescendo com ela e Amelie não era difícil entender porque Sirius gostava de mulheres fortes, com opiniões, vontades e sem frescuras. O que não explicava porquê Rose Weasley lhe interessava tanto.

Tentou não mostrar o quanto achava a situação divertida. Sabia que se fosse fisicamente possível a garota já teria se derretido e virado vapor só pra fugir dali. Merlin, se fosse esperto ele a mandaria embora.

-Você não tem nada a me dizer, senhorita Weasley? –ele perguntou, cruzando os braços em frente ao seu peito.

Viu com interesse o rosto dela tornar-se vermelho, enquanto ela mantinha os belos olhos azuis fixados no chão.

-Eu... –ela engoliu em seco –Eu sinto muito pelo atraso, p-professor.

-Não era exatamente o que eu tinha em mente.

Ela levantou a cabeça na hora, os olhos azuis arregalados de choque travando com os seus.

-Eu... Eu não sei do que você está falando! –ela protestou.

Sirius revirou os olhos.

-Não enrola, Rose. –ele falou por fim –Pelo menos o seu nome era verdade.

A menina estava a ponto de provar se era possível morrer de vergonha.

-O que você queria que eu falasse? –ela protestou –Que era uma menina de 17 anos? Você provavelmente teria me deixado na rua!

-Eu certamente teria te deixado na rua! –Sirius esbravejou –Você é minha aluna, por Merlin. Tem a idade da minha prima!

-Eu sei! Eu sei! –Rose passou a mão pelos cabelos –Eu nunca achei que fosse te ver de novo. Muito menos que você ia ser meu professor!

Engraçado, ele achara as mesmas coisas.

-Certo, já entendi. –ele respirou fundo –Tarde demais para drama.

Viu Rose morder o lábio inferior e olhar pelos cantos dos olhos para todos os lados. Reconhecia esse gesto como um que ela fizera a maior parte da noite que se conheceram. Queria dizer que ela tinha algo em mente e não sabia como expressar.

-Ninguém pode saber que... –ela travou –Que... Bom, você sabe.

Ele arqueou a sobrancelha e não falou nada. Dessa vez o sorriso escapou ao vê-la tão nervosa.

-Você sabe sim! –ela protestou –Sabe do que eu estou falando.

Ele descruzou os braços e avançou na direção dela.

-O que seria? –ele perguntou –Que você estava bêbada? Que foi parar na minha casa?

Ela recuou alguns passos até sua perna bater numa cadeira que estava fora do lugar e para-la. Sirius aproveitou a chance e continuou a avançar na direção dela, embora uma voz em sua cabeça estivesse gritando que ela era sua aluna e aquilo não estava certo. Mas Sirius sempre fez só o quis, não necessariamente o que era certo.

-Que você me beijou? –ele continuou, ainda se aproximando -Implorou por mais? Que a gente dormiu junto? –a essa altura pouca mais de dois passos separavam os dois.

Rose não acreditava que isso estava acontecendo com ela! Uma vez na vida ela fez algo errado e olha no que deu! O homem que a resgatou bêbada era seu professor! Na vida de suas primas e daquelas amigas loucas delas isso devia ser normal, mas para ela não era. Não sabia o que fazer.

Sim, ela estivera bêbada e fora parar na casa dele. E realmente o beijara e pedira por mais. Que humilhante, a primeira vez que tomou a iniciativa com um homem não só estava fora de si, como fora firmemente rejeitada. Agora entendia que ele lhe fizera um favor e que fora um cavalheiro, mas isso não diminuía a dor da rejeição.

-Nós não dormimos juntos. –ela falou de forma fraca.

-Eu me lembro perfeitamente bem de ter acordado na mesma cama que você. –ele falou.

Rose corou ao perceber que interpretara a frase do jeito errado e Si8rius não conteve um sorriso arrogante.

-Eu vejo que você ainda está pensando nisso. –ele provocou.

Rose levantou a cabeça para retrucar que não, quando se deu conta de que, de repente, ele estava perto demais. Seria tão mais fácil brigar com ele e sentir-se certa se o cretino não fosse tão bonito.

-Talvez nós devêssemos tentar de novo. –ele murmurou segurando o queixo dela delicadamente, inclinando a cabeça dela levemente –Ver no que dá dessa vez.

Rose arregalou os olhos.

-Isso... Isso é assédio sexual! –ela bradou inconformada.

Sirius deu de ombros de forma elegante, sem solta-la

-Só se você não estiver afim. –ele falou -E nós dois sabemos que você está.

O queixo de Rose caiu com a arrogância dele.

-Isso é um convite? –ele perguntou, passando o polegar pelo lábio inferior dela.

Rose fechou a boca na hora.

-Eu tenho ir! –declarou, tentando afastar-se.

Mas esquecera da cadeia atrás de si. Por sorte apenas caiu sentada nela.

-Dispensada, senhorita Weasley. –Sirius declarou, extremamente satisfeito consigo mesmo.

Rose nem conseguira acalmar o coração e ele já tinha deixado a sala. Dispensada?

-Me conta novidade? –ela pediu para a sala vazia.

***

-Vocês ficaram sabendo o babado da aula de Poções? –Dominique perguntou, tão logo entrou no dormitório das Damas.

Era bem depois do jantar e todas se preparavam para ir dormir: Roxanne lia um livro, enquanto Anabelle fazia as unhas de Maxine e Lily escrevia uma carta para seus pais.

-Que babado? –Lily perguntou distraída.

-Professor Lupin chamou o Malfoy de moleque na frente da sala toda! –a ruiva quase explodiu de tanto rir.

As outras pararam imediatamente o que estavam fazendo.

-Conta isso já! –Maxine exigiu.

-Eu tive que checar essa história duzentas vezes até achar uma fonte bem confiável. –ela começou –Por sorte Phillipa Mason está nessa aula e me disse tudo de primeira mão.

-Desembucha, Dominique! –Roxanne falou.

-Ok. Bom, parece que os dois príncipes estavam conversando e o Lupin deu uma chamada de atenção neles e quis saber o assunto. –ela começou –Malfoy, sendo o babaca que é, falou: “Eu só estava falando que todo mundo imagina a irmã dele e a sua se pegando”. –falou, fazendo uma voz diferente para Scorpius.

Anabelle arqueou a sobrancelha.

-É uma babaca mesmo. Ele só quis espalhar a história. –ela comentou.

-E dai? –Lily quis saber.

-Dai o Lupin nem ligou! Falou que sabia que vocês curtiam homens e que esse tipo de “fantasia é coisa de moleque”! –Dominique comemorou rindo –A classe inteira só não riu por medo dele, mas o Príncipe loiro aguado ficou de bico o resto do período.

Todas elas explodiram em risada.

-Seu irmão é o máximo. –Roxanne comentou.

-É de família. –Anellise falou, sem modéstia.

Maxine parecia pensativa.

-Malfoy ta se achando né? –ela comentou –Eu acho que devia ser nossa meta botar ele no lugar dele.

-Metas são importantes. –Roxanne comentou, abrindo um sorriso divertido.

-Pois eu tenho três metas para nós e elas têm que ser cumpridas até o Halloween. –Lily falou de repente, atraindo a atenção de todas -Número um: Roxanne tem que ser a nova capitã do time. –todas concordaram -Número dois: a cretina da namorada do Albus tem que sair da nossa escola. –ela e Anellise trocaram um sorriso -E por último... Nós vamos mostrar para certas cobras quem manda nesse castelo.

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N/A: Ai está! Fim do capítulo, finalmente!

Juro que ainda vou explicar direitinho o que aconteceu com a Rose e o Sirius, uma hora chegamos la! hahaha

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B-jão

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