Sirius Black era o tipo de
homem que fazia o que queria, não só porque ele podia, como também porque
ninguém conseguia lhe negar coisas. A única pessoa que era quase imune ao seu
charme era sua mãe.
Anellise Roberts era uma
mulher única. Fora praticamente uma deusa para a Sonserina no período que
estivera em Hogwarts, não apenas por ser extremamente bonita, mas pela pureza
do seu sangue e pela sua mente brilhante, todos os atributos mais amados pela
dita casa. Era o tipo de mulher que ou você respeitava, ou você respeitava, não
havia alternativa.
Crescendo com ela e Amelie
não era difícil entender porque Sirius gostava de mulheres fortes, com
opiniões, vontades e sem frescuras. O que não explicava porquê Rose Weasley lhe
interessava tanto.
Tentou não mostrar o quanto
achava a situação divertida. Sabia que se fosse fisicamente possível a garota
já teria se derretido e virado vapor só pra fugir dali. Merlin, se fosse
esperto ele a mandaria embora.
-Você não tem nada a me
dizer, senhorita Weasley? –ele perguntou, cruzando os braços em frente ao seu
peito.
Viu com interesse o rosto
dela tornar-se vermelho, enquanto ela mantinha os belos olhos azuis fixados no
chão.
-Eu... –ela engoliu em seco
–Eu sinto muito pelo atraso, p-professor.
-Não era exatamente o que eu
tinha em mente.
Ela levantou a cabeça na
hora, os olhos azuis arregalados de choque travando com os seus.
-Eu... Eu não sei do que
você está falando! –ela protestou.
Sirius revirou os olhos.
-Não enrola, Rose. –ele
falou por fim –Pelo menos o seu nome era verdade.
A menina estava a ponto de
provar se era possível morrer de vergonha.
-O que você queria que eu
falasse? –ela protestou –Que era uma menina de 17 anos? Você provavelmente
teria me deixado na rua!
-Eu certamente teria te
deixado na rua! –Sirius esbravejou –Você é minha aluna, por Merlin. Tem a idade
da minha prima!
-Eu sei! Eu sei! –Rose
passou a mão pelos cabelos –Eu nunca achei que fosse te ver de novo. Muito
menos que você ia ser meu professor!
Engraçado, ele achara as
mesmas coisas.
-Certo, já entendi. –ele
respirou fundo –Tarde demais para drama.
Viu Rose morder o lábio
inferior e olhar pelos cantos dos olhos para todos os lados. Reconhecia esse
gesto como um que ela fizera a maior parte da noite que se conheceram. Queria
dizer que ela tinha algo em mente e não sabia como expressar.
-Ninguém pode saber que...
–ela travou –Que... Bom, você sabe.
Ele arqueou a sobrancelha e
não falou nada. Dessa vez o sorriso escapou ao vê-la tão nervosa.
-Você sabe sim! –ela
protestou –Sabe do que eu estou falando.
Ele descruzou os braços e
avançou na direção dela.
-O que seria? –ele perguntou
–Que você estava bêbada? Que foi parar na minha casa?
Ela recuou alguns passos até
sua perna bater numa cadeira que estava fora do lugar e para-la. Sirius
aproveitou a chance e continuou a avançar na direção dela, embora uma voz em
sua cabeça estivesse gritando que ela era sua aluna e aquilo não estava certo.
Mas Sirius sempre fez só o quis, não necessariamente o que era certo.
-Que você me beijou? –ele
continuou, ainda se aproximando -Implorou por mais? Que a gente dormiu junto?
–a essa altura pouca mais de dois passos separavam os dois.
Rose não acreditava que isso
estava acontecendo com ela! Uma vez na vida ela fez algo errado e olha no que
deu! O homem que a resgatou bêbada era seu professor! Na vida de suas primas e
daquelas amigas loucas delas isso devia ser normal, mas para ela não era. Não
sabia o que fazer.
Sim, ela estivera bêbada e
fora parar na casa dele. E realmente o beijara e pedira por mais. Que
humilhante, a primeira vez que tomou a iniciativa com um homem não só estava
fora de si, como fora firmemente rejeitada. Agora entendia que ele lhe fizera
um favor e que fora um cavalheiro, mas isso não diminuía a dor da rejeição.
-Nós não dormimos juntos.
–ela falou de forma fraca.
-Eu me lembro perfeitamente
bem de ter acordado na mesma cama que você. –ele falou.
Rose corou ao perceber que
interpretara a frase do jeito errado e Si8rius não conteve um sorriso
arrogante.
-Eu vejo que você ainda está
pensando nisso. –ele provocou.
Rose levantou a cabeça para
retrucar que não, quando se deu conta de que, de repente, ele estava perto
demais. Seria tão mais fácil brigar com ele e sentir-se certa se o cretino não
fosse tão bonito.
-Talvez nós devêssemos tentar
de novo. –ele murmurou segurando o queixo dela delicadamente, inclinando a
cabeça dela levemente –Ver no que dá dessa vez.
Rose arregalou os olhos.
-Isso... Isso é assédio
sexual! –ela bradou inconformada.
Sirius deu de ombros de
forma elegante, sem solta-la
-Só se você não estiver
afim. –ele falou -E nós dois sabemos que você está.
O queixo de Rose caiu com a
arrogância dele.
-Isso é um convite? –ele perguntou,
passando o polegar pelo lábio inferior dela.
Rose fechou a boca na hora.
-Eu tenho ir! –declarou,
tentando afastar-se.
Mas esquecera da cadeia
atrás de si. Por sorte apenas caiu sentada nela.
-Dispensada, senhorita
Weasley. –Sirius declarou, extremamente satisfeito consigo mesmo.
Rose nem conseguira acalmar
o coração e ele já tinha deixado a sala. Dispensada?
-Me conta novidade? –ela pediu
para a sala vazia.
***
-Vocês ficaram sabendo o
babado da aula de Poções? –Dominique perguntou, tão logo entrou no dormitório
das Damas.
Era bem depois do jantar e
todas se preparavam para ir dormir: Roxanne lia um livro, enquanto Anabelle
fazia as unhas de Maxine e Lily escrevia uma carta para seus pais.
-Que babado? –Lily perguntou
distraída.
-Professor Lupin chamou o
Malfoy de moleque na frente da sala toda! –a ruiva quase explodiu de tanto rir.
As outras pararam imediatamente
o que estavam fazendo.
-Conta isso já! –Maxine exigiu.
-Eu tive que checar essa
história duzentas vezes até achar uma fonte bem confiável. –ela começou –Por sorte
Phillipa Mason está nessa aula e me disse tudo de primeira mão.
-Desembucha, Dominique! –Roxanne
falou.
-Ok. Bom, parece que os dois
príncipes estavam conversando e o Lupin deu uma chamada de atenção neles e quis
saber o assunto. –ela começou –Malfoy, sendo o babaca que é, falou: “Eu só
estava falando que todo mundo imagina a irmã dele e a sua se pegando”. –falou,
fazendo uma voz diferente para Scorpius.
Anabelle arqueou a
sobrancelha.
-É uma babaca mesmo. Ele só
quis espalhar a história. –ela comentou.
-E dai? –Lily quis saber.
-Dai o Lupin nem ligou!
Falou que sabia que vocês curtiam homens e que esse tipo de “fantasia é coisa
de moleque”! –Dominique comemorou rindo –A classe inteira só não riu por medo dele,
mas o Príncipe loiro aguado ficou de bico o resto do período.
Todas elas explodiram em
risada.
-Seu irmão é o máximo. –Roxanne
comentou.
-É de família. –Anellise falou,
sem modéstia.
Maxine parecia pensativa.
-Malfoy ta se achando né? –ela
comentou –Eu acho que devia ser nossa meta botar ele no lugar dele.
-Metas são importantes. –Roxanne
comentou, abrindo um sorriso divertido.
-Pois eu tenho três metas
para nós e elas têm que ser cumpridas até o Halloween. –Lily falou de repente,
atraindo a atenção de todas -Número um: Roxanne tem que ser a nova capitã do
time. –todas concordaram -Número dois: a cretina da namorada do Albus tem que
sair da nossa escola. –ela e Anellise trocaram um sorriso -E por último... Nós
vamos mostrar para certas cobras quem manda nesse castelo.
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N/A: Ai está! Fim do capítulo, finalmente!
Juro que ainda vou explicar direitinho o que aconteceu com a Rose e o Sirius, uma hora chegamos la! hahaha
COMENTEM!
B-jão
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