“I’m gonna love
ya, until you hate me
And I’m gonna
show ya, what’s really crazy
You should’ve
known better
Than to mess
with me, honey
I’m gonna love
ya
Like a black
widow baby”
(Black Widow,
Iggy Azalea feat. Rita Ora)
Capítulo 9: Amar dói
Dominique Weasley estava
namorando, para o choque geral de toda a população de Hogwarts. Ela nunca
tivera um namorado oficial em Hogwarts. As outras Damas sabiam que era por
causa de Albus, mas agora o garoto era passado.
Lucas Whitfield era a bola
da vez.
A única coisa que estava
incomodando Dominique era que Albus também ja estava de namorada nova. Na
verdade menos de uma semana depois da expulsão de Jessamine ele já estava com
Aoife Lowry, uma sextanista Sonserina que era praticamente realeza.
Normalmente as Damas não
tinham nada contra Aoife. Ela era uma verdadeira Sonserina, uma cobra, mas era
divertidissima. Só que agora... O que fazer?
Essa era a pergunta que não
queria calar.
As Damas, no entanto, tinham
outras preocupações na vida. Nem tudo envolvia a família Potter/Weasley,
obviamente.
Felizmente as coisas estavam
bem ajustadas para o começo de ano: Roxanne era capitã como queria, Albus ja
tinha tomados as porradas que merecia, Jessamine estava fora da escola delas e
Rose, a Monitora-Chefe, estava do lado delas.
A vida não poderia estar
melhor neste sexto ano.
Claro, estava tudo indo bem
demais. Alguma coisa tinha que acontecer.
XxX
-Vocês ouviram a notícia?
Hoje vão finalmente falar sobre o Clube de Duelos. Quem vai poder participar,
quem vai coordenar! Espero que seja o professor Black!
Roxanne revirou os olhos com
a conversa das duas quintanistas.
Mas essas eram boas
notícias. Finalmente. O tal Clube tinha sido anunciado no começo do ano e
depois disso ninguém falara mais nada.
Roxanne estava extremamente
curiosa. Adorava qualquer coisa que fosse física e o antigo Clube de Duelo de
Hogwarts era lendário.
Só era curioso Professor
Longbottom ter decidido anunciar isso justo hoje: no Dia das Bruxas. Embora...
Professor Black tinha mesmo dito que o Clube começaria em Novembro. Ou seja,
segunda, ja que o dia atual era um sábado.
-Roxy!
Roxanne bufou e virou-se
para Lorcan.
-Quantas vezes eu ja falei
pra não me chamar assim? –ela sibilou irritada.
A maioria das pessoas tinha
dificuldade em diferenciar os gêmeos, Roxanne nunca passara por esse problema.
Para ela sempre óbvio quem era Lorcan e quem era Lysander, embora não soubesse
explicar exatamente como.
-Sério? –ele falou com falsa
inocência –Eu podia jurar que você gostava.
Roxanne virou as costas e
saiu andando.
-Espera, Madame Weasley!
–Lorcan falou rindo, segurando a mão dela e puxando-a para perto -Eu estava brincando.
-O que você quer, Lorcan? Eu
tenho o que fazer da vida, sabia? –ela falou, embora estivesse brincando com os
botões da camisa dele.
-Eu tenho informações pra
você. –ele falou –E é algo que você vai adorar saber com antecedência.
Ela arqueou a sobrancelha.
-O que seria? –ela
perguntou.
-Quem vai ser o responsável
pelo Clube de Duelos.
-Eles vão anunicar hoje a
noite de qualquer jeito. –ela falou.
-Vocês Damas vão querer
estrar prontas para isso. –ele afirmou.
Isso fez Roxanne brecar.
-Quem é?
XxX
-Ainda bem que eu te achei!
Eu estive te procurando o dia inteiro! Agora vamos, nós ja perdemos tempo o
bastante.
Rose olhou de um lado para o
outro no corredor para ter certeza de que era com ela que Dominique estava
falando.
-Eu? –perguntou confusa.
A ruiva revirou os olhos
impaciente.
-Não, eu to falando com o
quadro atrás de você. –ela retrucou –Claro que é com você, Rose. Vamos logo.
-Vamos onde? –Rose
perguntou, embora estivesse seguindo a prima.
-Nos arrumar. –Dominique
respondeu como se fosse óbvio.
Para Rose não tinha
absolutamente nada óbvio acontecendo ali.
-Pra que?
Dominique decidiu ignora-la.
XxX
Longbottom provara ser um
diretor bem mais esperto que todos os outros antes dele. Para evitar que os
alunos fizessem festas loucas de Halloween nas salas comunais ou masmorras a
própria escola fazia festas.
Eram festas incríveis,
sinceramente. Boa música, comida... Tudo para evitar que os alunos se
embebedassem, usassem drogas e saíssem transando pela escola.
As festas podiam ser ótimas,
mas Longbottom era inocente demais se achava que nada disso acontecia nelas.
Afinal, adolescentes são bem
engenhosos quando querem.
A festa era a fantasia e
sempre começava com alguma apresentação idiota do coral, seguida de algum
discurso entediante de Longbottom e então a festa/banquete começava de verdade.
-Por que eu estou me
fantasiando com vocês? –Rose perguntou olhando por cima dos ombros e vendo as
asas de fada nas suas costas.
-Porque sim. –Dominique
falou terminando de arrumar o último cacho do cabelo da prima –Porque hoje você
vai mostrar para o Black o que ele está perdendo.
-Uma fadinha cor de rosa?
–Rose falou, nada impressionada.
-Violeta. –Dominique
corrigiu.
-Violeta combina com você.
–Lily falou do espelho onde colocava flores no cabelo –Além do mais você é,
supostamente, uma menina doce e inocente. Nós estamos investindo nessa imagem,
ao mesmo tempo que estamos chamando a atenção para outros atributos seus.
Rose olhou para o seu decote
e viu seus peitos quase pulando pra fora. Ah ta.
-Por que vocês estão com
essas caras? –ela quis saber.
Era verdade. As cinco Damas
estavam quietas e concentradas nas próprias fantasias e todas pareciam estar
irritadas com algo.
Rose esperava que não fosse
com ela.
-Nós tivemos notícias...
Desagradáveis mais cedo. –Roxanne falou de sua cama –Mas tudo bem. Já passou.
-Fale por si. –Dominique
falou, ainda mexendo no cabelo de Rose –Maxine ainda está puta.
Rose estava curiosa para saber
o que estava acontecendo, mas decidiu que perguntar não ia valer a pena.
-Bom, você está pronta.
–Dominique declarou obviamente satisfeita consigo mesma.
Rose olhou-se no espelho.
Dominique era um gênio da moda, isso não era mistério para ninguém. Obviamente
sua prima também fazia milagres.
As Damas sempre se
fantasiavam em grupo para o dia das bruxas. No ano anterior tinham sido piratas
(com Lily como capitã, claro). Esse ano eram fadas.
Rose ainda estava
impressionada com o par de asas nas suas costas, que não estava preso por nada
além de mágica e ainda se movia sozinho de tempo em tempo.
Cada uma estava com uma cor
do arco íris, faltando apenas laranja, porque Dominique dizia que ninguem
ficava bem de laranja.
Rose era violeta, Lily era
azul, Dominique, anil, Roxanne, amarelo e, pelo que a monitora-chefe entendera
da conversa, Maxine era verde e Anabelle, vermelho.
Ela não sabia com certeza
porque as duas não estavam no quarto se arrumando. Elas estavam sabe-se Merlin onde, fazendo-se sabe
Morgana o que. Rose preferia não perguntar. As vezes as cinco a assustavam.
A porta abriu-se e Anabelle
entrou por ela, com sua fantasia de fada vermelha e um sorriso enorme no rosto.
-Nós estamos prontas para
arrasar. –declarou satisfeita.
E daí Maxine entrou no
quarto.
-Eu te odeio do fundo da
minha alma, Maxine. –Lily falou revirando os olhos –Faça o favor de cair num
poço e morrer.
A morena apenas revirou os
olhos.
Rose entendia o sentimento
de Lily perfeitamente. Era tão injusto que todas elas tivessem passado horas se
arrumando e Maxine colocava todas no chão, aparentemente sem esforço algum.
O tamanho do vestido dela
era... Minímo. O cabelo estava com a franja presa, artisticamente bagunçado e
uma tiara fina dourada caía em sua testa.
É, ela estava melhor do que
todas elas somadas e multiplicadas.
-Vamos acabar logo com isso.
–Roxanne declarou levantando-se e arrumando seu decote –Você chegou a falar com
o Zabini?
-Nem preciso. –Maxine
declarou –O babaca odeia confusão e sabe fareijar de longe. Além do mais,
repara em mim e na Rose. Ele não conseguiria ficar longe nem se nós
quisessemos.
-Zabini? –Rose perguntou
surpresa –O que tem ele?
-O que tem ele é que ele vai
fazer o que sabe de melhor. –Anabelle informou –Arrumar encrenca.
Isso não era nada
assegurador.
As seis saíram do dormitório
e desceram até o Salão Principal, bem a tempo de pegar o fim do coral, como
queriam.
-Eu queria ter ouvido a
música. –Rose falou num muxoxo.
As Damas ignoraram.
-Vem, nós temos que estar la
na frente para o anúncio. –Lily falou.
-Por que? –Rose perguntou
confusa.
As Damas, mais uma vez,
ignoraram Rose e começaram a abrir caminho entre a multidão. Logo estavam bem
diante da bancada dos professores.
Longbottom, que todo ano se
vestia de Merlin, estava ali.
-Bem vindos todos a nossa
festa anual de Halloween.
Aplausos soaram pelo salão.
-Antes de dar início as
festividades, eu gostaria de falar com todos sobre o que aconteceu na escola
alguns dias atrás, com a senhorita Bards. –ele falou.
As Damas trocaram pequenos
sorrisos.
-Hogwarts não tolera o uso
de substâncias, sejam elas ilícitas ou lícitas. Nós nos preocupamos com cada um
de vocês. Se algum aluno precisa de ajuda, por favor, venha até nós.
Roxanne estava revirando os
olhos junto com Anabelle.
-E agora, num tom mais
festivo... Vamos falar sobre o Clube de Duelos. –ele falou, fazendo gritos
animados virem da plateia de alunos –Mas eu vou deixar o novo responsável pelo
Clube falar com vocês. Alunos e alunas, aplausos para o senhor James Potter.
-Desgraçado. –Maxine resmungou.
-O James? –Rose falou
chocada –Desde quando ele tem capacidade pra uma coisa dessas?
Lily estava olhando para
Rose com orgulho.
-Cuidado, prima. O veneno
está começando a escorrer.
Rose corou e virou os olhos para
o primo. James estava fantasiado de... Hum, qual era o nome mesmo? Era um filme
trouxa que ele adorava... Jedi! Isso. Ele estava fantasiado de Jedi. A garota
esperava que não fosse muito estranho admitir que o primo era bonito, porque
James era.
Mas também era um babaca bem
pior que Albus.
-Olá, Hogwarts. –ele falou
com um sorriso enorme –Uau, eu senti falta de vocês.
Aplausos ecoaram pelo salão.
James sempre foi bom com os holofotes.
-Aliás, senti tanta falta
que não resisti e resolvi voltar. –ele continuou –Mas vocês não querem saber de
mim, querem saber do Clube. As inscrições serão abertas na segunda-feira,
apenas para alunos do quarto ano em diante.
Muxoxos soaram na plateia.
-Quem não pode se inscrever
esse ano se prepare para o próximo. Todos terão chances. –ele continuou –Serão
dois encontros por semana, começando não nessa semana, na próxima. Segundas e
quartas. Eu serei o responsável, mas os professores Black e Oaks estarão colaborando
também. Serão dois grupos: quartanistas e quintanistas juntos, sextanistas com
setimanistas. Se o número de alunos inscritos for alto demais nós teremos que
ter uma pré seleção, porque as vagas são limitadas.
Bom, Rose não ia se meter
nisso nem a pau. Mas tinha a impressão de que Roxanne e Maxine iam estar
envolvidas. Agora porque Maxine queria estar em alguma coisa ligada com James
já era algo além da compreensão dela.
-Mas eu acho que ja falei
demais e vocês devem estar loucos pela festa. –James terminou com um sorriso
–Inscrições, segunda e nós nos vemos na outra semana. –deu uma piscadela para a
plateia que fez meninas suspirarem.
Maxine queria vomitar. Mas
tudo bem. Tinha certeza absoluta que James não ia simplesmente embora, não se
tinha vindo até Hogwarts justo hoje.
E se ele tinha vindo para
estragar a noite dela... Bom, ele ia ter uma pequena surpresa.
-Eu vou procurar o Lucas.
–Dominique informou.
-Eu preciso arrumar um
namorado. –Lily comentou vendo Dominique afastar-se.
-Um Corvinal seria bom.
–Roxanne comentou –Wilkes está solteiro e não é uma má escolha.
-É, eu vou pensar nele.
–Lily falou –No meio tempo... Vamos circular. Rose, vem aqui. –pegou a prima
pela mão –Vamos pegar uma bebida. O whisky que a Maxine providenciou ja está
nas mãos dos Lufos e eles sabem distribuir.
Foi perto da mesa com o
ponche batizado que Zabini encontrou as cinco.
-Madames. –ele falou fazendo
uma curvatura exagerada.
Zabini estava vestido de
pirata e estava tão delicioso que devia ser crime. Felizmente não era.
-Eu devo dizer... Vocês se
superaram esse ano. –ele comentou, observando todas de forma apreciativa
–Algumas de vocês então... –deu uma piscadela para Maxine.
-Você ta um espetáculo
também, Zabini. –Anabelle provocou –Pensando em sequestrar alguma mocinha para
levar para seu navio?
-Posso levar todas
vocês? -ele perguntou charmoso.
-Menos amor ai, Zabini.
–Roxanne revirou os olhos –Você tem certeza que daria conta de tanto?
-Olha, isso parece um
desafio, Roxanne. –ele falou –E eu adoro desafios. Quer chegar mais perto?
A morena revirou os olhos,
mas estava rindo.
-Não, obrigada, Zabini.
-Bom, sobra mais pra mim.
–Maxine falou com um sorriso maldoso.
-Pra você eu sempre tenho
todo o tempo do mundo, Madame Thunder. –ele pegou-a pela mão e fez rodopiar,
então terminou inclinando-a.
-Zabini, se você me beijar
ja, eu serei eternamente grata. –ela falou de sua posição.
Zabini estava analisando-a
como se tentasse entender o que ela estava planejando. Então deu de ombros e
fez exatamente o que Maxine pediu: beijou-a na frente do salão todo.
-Alguem traz a água gelada.
–Roxanne comentou seca.
Zabini separou-se de Maxine
e levantou-a.
-Ai está, Madame. –ele
falou.
-Te vejo as 2, no mesmo
lugar de sempre? –Maxine perguntou.
-Eu sou todo seu. –Zabini
fez uma curvatura.
-Que tal você dar um
beijinho na Rose também? –a morena provocou.
-Com prazer. –ele declarou
avançando em Rose e pegando-a pela cintura.
-Pode parar ai mesmo,
Zabini! –ela falou empurrando-o.
-Um beijo, doce Rose. –ele
provocou girando com ela –O que custa?
-Eu estaria praticamente
beijando a Maxine por tabela. –Rose falou seca.
-Eu voto pela ideia de você
simplesmente beija-la. –Zabini falou, ainda segurando-a.
-Eca! Nade de beijos para
você, Zabini! –Rose falou.
-Então uma dança. –ele
exigiu na hora.
-Uma dança? –Rose perguntou
confusa –Isso é eufemismo para alguma coisa...
-Que mente maldosa, Rose.
–ele falou com falsa reprovação –Uma dança é uma dança.
-Eu não confio em você. –ela
declarou.
-Esperto da sua parte,
querida. –Anabelle comentou seca –Mas Sirius está a solta por aqui. Não
desperdice nosso tempo e vai logo dançar.
Rose corou.
-OK, mas só uma dança.
–falou por fim.
As quatro Damas bufaram.
-Vai logo. –Maxine falou
–Mais tarde ele é meu.
-Meninas, tem Zabini pra
todas.
E isso era uma daquelas
verdades absolutas.
XxX
Lily observou Zabini
arrastar a prima para a pista de dança e revirou os olhos. Rose era
insuportavelmente fresca.
Estava olhando em volta
quando viu três quintanistas grifiinórias levando uma amiga para fora do salão.
A menina parecia bêbada, mas era cedo demais para isso...
-Eu ja volto. –ela falou.
Lily seguiu as quatro
garotas para fora e viu as três meninas apoiarem a amiga nas escadas.
-O que está acontecendo aqui?
–ela exigiu.
-Senhorita Potter! –uma das
garotas, que ela reconheceu com Patricia Parker, pareceu em pânico ao ve-la
–Nada! Está tudo bem.
-Eu duvido. –Lily falou de
forma seca, aproximando-se –Acho bom vocês me contarem ja o que aconteceu.
Ela se aproximou da menina
caída, Silvia Thorne, e pôs a mão na testa dela. A garota estava suando frio,
pálida e muito fraca.
-O que aconteceu com ela?
–Lily exigiu.
-Uma ótima pergunta,
senhorita Potter. Eu também estou muito curioso.
Todas as garotas se viraram
e viram professor Lupin parado ali, com cara de interesse curioso na coisa
toda.
-Professor..
-Não é culpa nossa! –uma das
outras meninas falou preocupada.
As outras duas lançaram
olhares assassinos a ela.
-O que não é culpa de vocês?
–Remus insistiu.
Patricia pareceu refletir e
ver que não tinha saída.
-Silvia queria estar magra
para a festa... –ela contou –Então ela parou de comer.
Lily arqueou uma
sobrancelha.
-Desde quando? –ela quis
saber.
-Duas semanas atrás.
–Patricia admitiu –Mas ela não ficou exatamente sem comer! Ela só estava
comendo bem pouco.
-Defina “bem pouco”. –Remus
pediu.
As meninas trocaram olhares.
-Um copo de suco de abóbora
a cada refeição, mais uma fatia de pão. –uma das outras meninas falou.
-Bom, até que ela durou
muito. –Remus falou num suspiro entediado –Vamos todos para a ala hospitalar e
vocês, sendo as boas amigas que são, vão passar a noite la, fazendo companhia
para a senhorita Thorne, até ela acordar.
-Mas professor...
Um olhar dele cortou todas
as reclamações.
-Senhorita Potter, me
acompanhe, por favor. –ele pediu, abaixando-se e pegando Silvia no colo como
uma noiva.
Lily não via motivo algum
para acompanha-lo, mas seria estranho simplesmente falar não.
-Claro, professor.
Ela tinha a impressão de
professor Lupin estava aprontando alguma. Estava na hora de saber o que.
XxX
Zabini fez Rose rodopiar e
ela não conseguiu segurar uma risada.
-Tem alguma coisa que você
não saiba fazer perfeitamente bem, Zabini? –ela quis saber.
-Nada. –ele falou num falso
suspiro –Eu sou perfeito.
-Claro que você é. –ela
revirou os olhos.
-Eu fico feliz que você
tenha reparado.
Rose riu de novo.
-Bom ver você se divertindo,
senhorita Weasley.
Zabini puxou Rose para si na
hora, abraçando-a pela cintura.
-É tudo por causa da minha
maravilhosa companhia. –Zabini falou para Sirius com um enorme sorriso.
-Eu tinha a impressão de
você estava beijando a senhorita Thunder cinco minutos atrás, senhor Zabini.
–Sirius falou.
-Eu estava. –o outro
respondeu –Mas a Rose não é ciumenta. –deu um beijo na bochecha dela –Né, Rose?
-Nem um pouco. –ela falou
corando, seus olhos indo parar no chão.
-Bom, divirtam-se com juízo.
–Sirius falou com um pequeno sorriso.
-Professor, não fala isso!
–Zabini riu –Eu estou tentando tirar o juízo da nossa querida monitora-chefe e
você não está ajudando.
Sirius estreitou os olhos,
fez um leve aceno com a cabeça e saiu.
-Isso é ridículo. –ela
suspirou.
-Não. –Zabini falou –Ele
está morrendo de cíume.
-Ele nem falou nada.
-Exatamente.
Rose soltou-se e virou-se
para Zabini.
-Eu acho que você está me
enrolando. –ela falou.
-Eu não estou. –ele falou
sério –O que não quer dizer que eu não enrolaria se precisasse.
Rose não acreditava no que
tinha acabado de ouvir.
-Por que?
-Porque você é um pouco mais
interessante do que eu previa. E agora eu estou louco para saber qual é o gosto
da sua boca.
Rose corou fortemente.
-Isso não tem graça. –ela
falou brava.
-Não era para ter.
XxX
A nova enfermeira chefe de
Hogwarts era uma bruxa chamada Madame Tills. A ninfeta que estivera de
conversinha com professor Black era aprendiz dela, senhorita Nobley.
As duas levavam muito a
sério a saúde dos alunos dentro da escola. Ouvir que uma delas estivera se
matando de fome para ficar magra? Não deixou nenhuma das duas nada feliz.
Madame Tills virou os olhos
para as três amigas de Silvia e analisou-as.
-Ela não fez isso sozinha.
–a mulher concluiu –Vocês andaram comendo?
As três olharam para os
próprios pés, mas não comentaram.
-Eu vou mandar os elfos
trazerem comida para cá. –madame Tills falou muito séria –E vocês três vão
comer, nem que eu tenha que usar Imperius nas três!
As meninas fizeram que sim
com a cabeça, ainda olhando para o chão.
-Bom, isso foi divertido,
mas eu imagino que a senhorita Potter está ansiosa para voltar para a festa.
–Lupin declarou de forma agradável, como se a noite toda tivesse sido pura
diversão.
Lily lançou um olhar
desconfiado a ele, mas despediu-se das duas enfermeiras e saiu da Ala
Hospitalar com o professor. Os dois caminharam em silêncio.
Lily sabia que era um jogo,
ele queria que ela quebrasse primeiro, falasse algo. Para Lupin parecia que
tudo estava ótimo, como se os dois estivessem caminhando num jardim.
Não queria perder o jogo,
mas queria fazer um teste.
Lançou um olhar de canto de
olhos para Remus. Tanto ele quanto Sirius estavam vestidos como lordes,
princípes, ou algo do gênero. Ela se
perguntava porque ele tinha que ser tão atraente.
Ela não ia mentir para si
mesma, não só porque era contra as regras, mas porque esse tipo de atitude era
perigosa. Não podia achar que estava totalmente no controle da situação, porque
na verdade não estava.
Ela podia saber brincar, mas
Remus jogava bem melhor que ela.
-Posso fazer uma pergunta,
professor Lupin? –ela pediu de forma educada e graciosa, como se Remus fosse um
dos idiotas que achava que ela era um anjo.
Remus fez exatamente o que
ela preveu que fosse fazer: virou-se para ela com uma cara desconfiada, mas
recuperou-se rapidamente.
-Claro, senhorita Potter.
–ele falou de forma polida.
-O que você faria... –ela
começou num tom mais normal –Se eu admitesse que você me atraí de certa forma?
Os dois tinham estado
andando até então, mas de repente Lily viu-se puxada e colacada contra a parede
de uma das muitas alcovas de Hogwarts.
-Senhorita Potter... –ele
falou de forma agradável –Esse não é o tipo de coisa que você anuncia e não
espera uma reação. O que você quer exatamente?
-Eu só quero entender. –ela
falou de forma simples –Eu tenho a impressão de que você fala, fala... Mas
nunca convence. Então eu resolvi soltar a verdade. Eu teria que ser cega e
burra para não te achar um homem atraente.
-E nós dois sabemos que você
não é nenhuma dessas coisa, não é, senhorita Potter? –Remus falou interessado
–E agora? O que você espera que aconteça?
-Você me diz. –ela informou
tranquila –Porque eu estou cansada de tentar adivinhar.
Então ele mostrou a ela. Sem
hesitação, sem parar para pensar.
Professor Lupin tomou o
rosto de Lily entre suas mãos e a beijou. Todos os sentidos de Lily pareceram
vir a tona. Ela podia sentir a parede gelada contra suas costas, ouvir o som de
música a distância, sentir o cheiro do perfume de Lupin e o gosto de whisky de
fogo na língua dele.
Remus não era um garoto
afoito que a estava apertando e espremendo, sendo precipitado. Não. Ele a
estava beijando e era apenas isso: apenas suas mãos no rosto dela e sua boca e
língua contra a dela.
E mesmo assim...
Lily não ia enrolar e dizer
que não esperara essa reação dele. De certa forma estava testando Remus para
ver se não estava blefando, mas na verdade... Meio que torcera por esse exato
resultado.
Mas agora estava
arrependida, porque com um beijo, ele a tinha derretido.
Remus separou-se dela
lentamente, depositando ainda mais um selinho antes de colar a testa a dela.
-Isso é o que acontece com
meninas que brincam com fogo, senhorita Potter. –ele falou –Divirta-se na
festa.
E foi embora.
Lily ainda demorou dez
minutos para recuperar o folego. Maldito.
XxX
Homens eram uma ciência
exata. Garotas que diziam que não os entendiam, não sabiam nada. Homens eram
tão previsíveis que chegava a ser chato. Mulheres que não conseguiam ver isso é
porque queria colocar homens dentro de categorias que só existiam na mente
feminina e em filmes românticos.
Maxine tinha doutorado no
sexo masculino e sabia quão previsíveis eles eram.
Então sabia muito bem que
não precisava fazer absolutamente nada para que James viesse até ela. O beijo
em Zabini foi uma provocação infantil, mas foi de propósito.
Precisava trazer James até
ela, porque precisava descobrir o que ele estava planejando. Sabia que ele não
ia resistir provoca-la por causa de um beijo daqueles.
-Tentando me causar ciúmes,
Maxine?
Como ela dissera antes:
previsível.
-Eu nem imagino do que você
esteja falando, Potter. –ela falou dando de ombros de forma delicada.
Escolhera um lugar
estratégico para ficar parada, um canto do salão com pouca iluminação. Um casal
estava se pegando ali, mas expulsou os dois. Sabia que ninguem conseguiria
ve-los direito ali, e a tentação seria grande demais para James.
-Beijando aquele moleque
daquele jeito? Como ele chama mesmo? –ele insistiu.
Os dois estavam parados lado
a lado, os olhos de ambos no salão. Maxine só estava esperando a hora certa.
-Dwayne? –ela ofereceu –Ele
é só um amigo. Um daqueles que eu mantenho por perto para casos de...
Necessidade.
-E ele dançar com a Rose?
–James soltou –É caso de necessidade?
-Definitivamente. Sua prima precisa
dar uma urgentemente. –Maxine respondeu.
James soltou uma risada.
-Você até que tem razão...
-Ta, Potter. Nós já tivemos
o bastante de conversa inútil, né? –ela falou revirando os olhos –Que tal você
me dizer o que você está fazendo aqui em Hogwarts?
-Eu vim cuidar do Clube de
Duelos. –ele falou de forma simples.
-Larga a mão de ser
mentiroso, Potter. –ela bufou –Você não ia largar sua vidinha de playboy mimado
pra dar aula em Hogwarts.
-Ah Maxine... Você acha que
eu vim por sua causa? –ele falou com gentileza forçada –Que gracinha.
-Não, você não veio por
minha causa. –ela falou como se fosse óbvio –Você pode até ter visto isso e a
chance de irritar seus irmãos como um bônus, mas não foi por isso que você
veio.
-Muito esperta. –ele
finalmente virou a cabeça para olha-la –É uma das coisas que eu aprecio em
você. –o olhar dele percorreu o corpo dela –Dentre outras coisas, obviamente.
Maxine revirou os olhos.
-Obviamente.
A garota virou-se totalmente
para o rapaz.
-Você quer, Potter? –ela
perguntou, então deu dois passos para trás, ficando mais na luz, mais exposta
–Vem pegar.
James cruzou os braços e
abriu um sorriso.
-Eu adoraria brincar e você
sabe que eu nunca liguei muito para regras... –ele falou –Infelizmente dessa
vez eu não posso. Comporte-se, Maxine. Nos falamos depois.
Quando James Potter foi
embora Maxine finalmente entendeu: ele estava lá por forças bem maiores. Estava
em Hogwarts por ordens do Ministério. Agora a questão era... Por que?
XxX
Várias pessoas conheciam Albus
Potter, poucas sabiam quem ele realmente era.
Por exemplo, quase ninguém
sabia que ele era um ávido leitor de literatura clássica trouxa, especialmente
Edgar Allan Poe e Charles Dickens. Ou que só jogava quadribol porque Hogwarts
não tinha futebol.
Ou, e especialmente, que
entrara na Sonserina porque fora um primeiranista assustado.
Albus fora uma boa criança,
quieto, um pouco introvertido. A pressão de ser filho de Harry e Ginny Potter,
sobrinho de Ron e Hermione Weasley era grande demais para alguém que queria paz
e quietude.
Albus podia ter sido um
garoto reservado e estudioso. Porém, não foi.
Naquele primeiro dia, no
expresso de Hogwarts, não sabia com quem sentar ou com quem falar. Rose tinha
uma ou duas amigas la, meninas que conhecera por meio dos pais. Não podia
sentar com James, porque o irmão não deixaria.
Queria desesperadamente
achar uma cabine vazia para passar a viagem. Foi aí que encontrou Scorpius.
O garoto estava sozinho,
porque ninguém queria sentar perto do filho do infame Draco Malfoy. Scorpius,
desde aquele tempo, era muito bom em parecer indiferente.
Albus perguntou se podia
sentar com ele, os dois dividiram a cabine e conversaram.
-Eu tenho certeza de que vou
estar na Sonserina. –Scorpius dissera –Toda minha família esteve. E eu não acho
que me aceitariam em outra Casa.
Ele estivera certo. O Chapéu
pôs Scorpius na Sonserina.
Então Albus fez a besteira
de acreditar em seu pai, acreditar que não fazia diferença onde ele estivesse.
-Eu lembro do seu pai e do
seu irmão. –o Chapéu disse quando foi colocado sobre a cabeça de Albus –Os dois
poderiam ter ido para a Sonserina e realizado muito. Os dois disseram não. Você
deveria ir para a Sonserina. Quer?
Ele quis. E o silêncio no
Salão Principal quando o Chapéu anunciou sua escolha ainda assombrava os sonhos
do rapaz.
A reação do seu pai por
carta (James teve o prazer de escrever a carta contando a “novidade”) também
ainda queimava.
Harry mentiu para o filho, o
fato de ele ser sonserino era um problema, sim.
A partir desse dia tudo o
que ele fazia de errado era culpa de sua Casa. Não colocar o prato na pia,
responder para os pais. James começou a usar o próprio irmão como alvo de
feitiços e azarações.
Lily fora a única que se
esforçara para ficar do lado dele no começo. Até ela virar Dama.
Então ele resolveu que se
todos esperassem que ele fosse um babaca, um delinquente, bom, seria um. Se ia
ganhar a fama, ia merece-la e divertir-se.
No seu quarto ano saiu no
soco com James no meio do corredor. Os dois tiveram detenção por um mês, mas
teve o prazer de quebrar o nariz do irmão.
Tudo bem, recado dado. James
ficou longe dele e Albus começou a se tornar cada vez mais popular na escola.
Sinceramente, estava de saco cheio dos olhares de desprezo dos demais alunos e
da família.
O seu único problema
verdadeiro era Dominique. Definir o que tinha com ela era complicado. Não da
parte dele, mas dela.
Albus sabia exatamente o que
sentia e o que queria, a prima, por outro lado, não. Se preocupava com as
aparências, com o que a família diria. Ela não sentia por ele, metade do que
ele sentia por ela.
Provavelmente nunca iria.
O coração de Dominique era
tão fútil quanto ela. Albus queria poder dizer o mesmo.
Tudo bem. Fizera a besteira
de deixar a prima saber o que sentia uma vez e nunca mais faria algo do tipo.
A verdade era que amor era o
pior tipo de veneno, porque era doce. Amar só dava as pessoas o poder de te
machucar. Amigos, família, pessoas... Nenhum deles valia a pena.
Albus agradecia ter
aprendido essa lição cedo na vida.
Sua família e as pessoas de
Hogwarts esperavam um babaca? Ele ia dar a todos eles o pior babaca que já
tinham visto. Era o que mereciam.
Todos eles.
Hmm e quando teremos acesso a ela reescrita? Shuhsuhsuh
ResponderExcluirMelhor notícia EVER!!
ResponderExcluirOii!! Eu sempre gostei das suas fics, fiquei realmente triste quando vi que DG2 não teve continuação, a dois dias eu resolvi reler DG, e agora me veio a duvida se você vai realmente continuar a história ou não? Por quê eu realmente amo ela e seria muito bom se você voltasse a escrever...
ResponderExcluirJá se passaram 5 anos e eu não consigo superar essa fic...
ResponderExcluirReli DG pela, sei lá.. oitava vez?
Resolvi comprar seu livro que parece ser inspirado na fanfic e to esperando chegar.
Então vim reler DG2 pela (talvez) terceira vez. Queria muito saber o resto da história, sei que você não esta mais na vibe de fanfic desse universo, pelo menos foi minha análise vendo seu perfil no ff, mas não consigo parar de imaginar como tudo isso acabou. Meu casal favorito é a Lily com o Remus, porém não consigo matar esse desejo em nenhum outro lugar, porque só a sua fanfic tem esse casal. Fico imaginando diversos futuros e sei que nenhum deles seria o perfeito, porque só sua mente sabe qual é o futuro perfeito deles.
Por favor, nunca exclua essa fanfic do seu blog ou o seu blog hahahaha é sempre bom ter um lugar para vir ler.