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Verona virou mais uma página
do seu livro de Feitiços, então voltou para a página anterior. É, continuava
não fazendo sentido algum.
Odiava feitiços do fundo da
sua alma. Era a pior matéria que existia na face da Terra. E nem era pelo
professor, porque o Yoda era uma gracinha. Era a matéria mesmo.
-Deixa eu adivinhar. –Amos
falou, puxando a cadeira e sentando-se de frente para ela –Você ainda não saiu
da primeira página.
-Não. –ela falou sem rodeios
–Eu odeio essa matéria. Por que eu tenho que aprender isso mesmo?
-Porque você teve a
brilhante ideia de ser Curandeira. –ele lembrou –E Feitiços é essencial. Além
disso, você já sobreviveu aos seus N.O.M.’s. Os N.I.E.M.’s vão ser a mesma
coisa.
-Que fofo, Diggory. –ela
falou, exagerando na doçura da voz –Seu apoio sempre foi tããão importante na
minha vida.
Amos revirou os olhos.
-E eu achando que você me
queria pelo meu corpo. To me sentindo usado agora. –ele provocou.
-Ah sim, eu te queria pelo
seu corpo. Sem dúvida nenhuma. –Verona completou.
Amos riu.
-Você é ridícula. –ele concluiu
–A gente pode estudar ou ta difícil?
-Ta, mas vamos mesmo assim. –ela
resmungou.
Amos tinha sido um namorado
razoável, mas era um ótimo amigo. Ele não a tratava como menina ou mulher, mas
como amiga. Apesar de ser chato não era uma pessoa com frescuras. E era
imensamente paciente para ensinar Feitiços para Verona, que era uma porta na
matéria. Fora ele, apenas Lily conseguia essa proeza.
Eles já estavam estudando há
uns trinta minutos, quando Verona viu Iolanta passar pela mesa deles, na
direção da seção de Aritimancia. A curisco estava cantarolando e praticamente
dançando sozinha, parecia a Chapéuzinho Vermelho. Como alguém podia ser tão
fofa, pura e inocente era algo que ia além da compreensão de Verona. Quando
elas começaram a conversar, antes de serem amigas, Verona achava que era
encenação. Iolanta provara que não era.
Verona lançou um olhar a
Amos que estava corrigindo o que ela tinha escrito. Devia ser uma droga essa
situação dos dois. Mas seria pior se eles não se entendessem logo.
Verona estava para avisar
Amos que Iolanta estava por perto, quando um Lufo aproximou-se da outra garota.
Sucesso de audiência que era com os homens, Verona conhecia muito bem todos os
sinais: as bochechas vermelhas, as mãos nervosas, os olhos no chão... Aquele coitado
estava indo chamar Iolanta para sair.
O maior problema era que
Iolanta era coração mole demais. Quando um rapaz era todo meigo com ela, a
menina não conseguia falar não. Ou seja... Isso tinha potencial para ser um
desastre.
Se Agnessa estivesse ali,
provavelmente ia deixar a coisa toda rolar, para ver no que dava (e divertir-se
com a bagunça), mas Verona era um pouco mais decente que isso.
-Não olhe agora, mas tem um
cara a ponto de chamar sua noiva pra sair. –falou para Amos.
Ela disse que era só “um
pouco mais” decente.
Amos virou-se na hora na
direção em que Verona estava olhando. O Lufo estava conversando com Iolanta,
que tinha as bochechas vermelhas de tanta vergonha. Ela provavelmente também
sabia onde essa conversa estava indo e queria fugir, mas não sabia como.
Típico da Iolanta.
Amos levanou-se na hora e
Verona ficou observando chocada. Não estava esperando uma reação tão imediata.
Droga, onde estava Agnessa quando as coisas ficavam interessantes?
-Ei, Magnus. –Amos chamou,
aproximando-se.
Verona achou melhor ir até
lá antes que alguma coisa extrema acontecesse.
Iolanta virou-se na direção
de Amos, seus olhos exalando culpa, como se estivesse fazendo alguma coisa
errada. Tadinha, se fosse Verona ela ia estar dando pra Deus e o mundo, se de
repente anunciassem que ela tinha que casar com algum idiota.
-O que você quer, Diggory?
–ela perguntou tentando parecer calma.
-Eu preciso de um motivo
para querer falar com a minha noiva? –Amos falou com doçura, jogando o braço
por sobre o ombro dele.
O cara era um ator. E um
babaca.
Iolanta não sabia o que
fazer, o pobre outro Lufo muito menos. Verona estava tentando não rir.
-Eu... Vou. –o menino
declarou antes de sair correndo.
Iolanta se afastou de Amos
na hora e virou-se para ele furiosa. Parecia uma gatinha tentando brigar com um
pastor alemão.
-O que você pensa que está
fazendo, Diggory? –ela exigiu.
-Eu poderia te perguntar a
mesma coisa. –ele retrucou –Nada de encontros, ouviu?
Os queixos de Iolanta e
Verona cairam ao mesmo tempo.
-O que? –Iolanta desafiou
Amos a repetir.
E Amos, sendo homem e burro,
fez exatamente isso.
-Você ouviu muito bem. Nós
estamos noivos, querendo ou não. –ele falou cruzando os braços –Ou seja, você é
minha. Nada de ficar saindo com outros caras.
Uau. Sem palavras. Se
Iolanta não batesse em Amos, Verona ia ter a honra.
Mas algo muito estranho
aconteceu. Uma calma absoluta pareceu tomar conta de Iolanta e foi a coisa mais
assustadora que Verona ja viu na vida. A garota menor abriu um sorriso que era
só serenidade.
-Então eu sou sua. Sua noiva. –ela falou.
Algo no tom dela deve ter
alertado Amos que as coisas estavam ficando estranhas, porque ele olhou para a
garota desconfiado. Mas sendo homem e burro, insistiu.
-Sim, você é.
-Então tá, noivo querido. –ela
respondeu cheia de doçura –Nos vemos amanhã.
Virou as costas e saiu
saltitando da biblioteca.
-Por que eu tenho a sensação
de que me ferrei? –ele perguntou a Verona.
-Porque eu espero que você tenha.
–ela respondeu rindo –E que seja ainda mais divertido do que isso foi!
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N/A: Ai está!!!
To no gás esse semana... rs
Comentem, please!
OBS: Sim, a Verona bateu no Amos, mas foi nos bastidores, viu! hahaha
B-jão
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