quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MIB - Capítulo 7 - parte 5


-Por que você estaria fugindo da Yakuza? –Marine perguntou, sem conter a curiosidade.

Lee tirou a camisa de cima, revelando os braços cobertos por tatuagens orientais.

-Porque eles não gostam muito de desertores. -foi a resposta dele.

As meninas ficaram em um silêncio chocado por alguns segundos até que...

-Claro que ele é da Yakuza. –Charlotte declarou bufando –Com a nossa sorte ele ainda deve ter um fetiche por esquartejar pessoas com espadas.

-Não, querida. –Mary Jane cortou –Com a nossa sorte ele tem uma camisa escrito: “Comensal da Morte e amando muito tudo isso”.

As outras concordaram.


Já Lee parecia chocado.

-É isso? Eu falo que sou da Yakuza e vocês acham normal?

-Eu achei que você tinha dito que tinha pulado fora. –Lily observou.

Lee jogou um olhar para cima, como se pedisse paciência aos céus.

-Foi exatamente o que eu falei. Semânticas, ruiva. –ele falou.

-Nesse caso as semânticas são bem importantes. –ela retrucou.

-E como vocês sabem dos Comensais da Morte? –ele quis saber, finalmente percebendo esse detalhe.

-Nós somos inglesas. –Marine falou como se fosse óbvio –Todo mundo sabe de Voldemort la.

-Talvez. –ele cedeu –Mas no caso de vocês parece mais pessoal.

-Você conhece os Comensais? –Charlotte rebateu.

-Alguns e superficialmente. –ele admitiu –Voldemort achou que tinha moral para chegar no Japão e desafiar a Yakuza. Não deu muito certo.

-Sério? –elas perguntaram chocadas.

-Já faz um bom tempo, eu ainda estava por la. –ele deu de ombros –Aquele pessoal já deve ter morrido... Uma tal de Beatrix e o marido...

-Se você está falando de Bellatrix, então sim, a maldita morreu. –Charlotte falou com muita satisfação.

-Esse comentário pareceu bem pessoal, boneca. Não que eu não esteja feliz que ela tenha morrido, afinal ela era um vaca louca.

-Nem me fale. –Marine comentou, levando a mão ao ombro automaticamente.

Lee analisou o gesto.

-Ok, Spice Girls, podem começar a falar já. –ele exigiu –O que vocês fizeram com os Comensais e qual risco de eles virem bater na minha porta?

-Primeiro: Spice Girl é sua mãe, Super Junior. –Mary Jane explodiu –Segundo: nós não te devemos nada.

-Devem se querem passar a noite embaixo o meu teto. –ele retrucou.

Nisso ele estava coberto de razão.

-Ok, você venceu. –Charlotte cedeu –A gente fala, mas... Que tal um pouco de álcool para fazer todo mundo feliz?

-Pode ser. –Lee aceitou.

***

O único álcool que Lee tinha na casa era um whisky de fabricação duvidosa, mas nenhuma das meninas reclamou. O dia estava ficando cada vez mais estranho e beber o que poderia ser gasolina com um ex-membro da Yakuza (supostamente) não parecia la tão pior que quase morrer num acidente de estrada.

Lily explicou para Lee a história inteira e as meninas incluíam coisas aqui e ali. Ele ouviu tudo em silêncio, as vezes fazendo perguntas, mas na maior parte do tempo só ouvindo.

Ele também pediu para olhar os passaportes e decidiu que desde já iria chamar as meninas pelos nomes novos, porque elas tinham que se acostumar a responder por eles.

Depois de quase três horas de conversa, mais uma garrafa do liquido duvidoso e a queda da energia devido a falta de combustível no gerador de força, Lee parecia até mais tolerável.

-E qual o plano de vocês quatro, agora que têm novas identidades? –ele quis saber.

-Sinceramente... Eu não sei. –Charlotte admitiu –O que eu mais queria poder fazer era voltar para Inglaterra e matar Voldemort eu mesma. Mas já foi provado que não temos a capacidade.

-A capacidade para matar, todos os seres humanos têm. –Lee falou, acendendo um cigarro. As meninas já tinham desistido de reclamar –Você talvez não tenha a habilidade, mas isso pode ser adquirido.

-Como? –Marine perguntou, realmente curiosa.

–Treinamento. –ele deu de ombros –Vocês já têm a desvantagem de serem mulheres. E não me venham com essa história de que eu estou sendo machista. –ele falou quando viu Lily preparando-se para protestar –Vocês são menores que a maioria dos caras la fora e muitas vezes mais fracas fisicamente. Duvido que alguma de vocês saiba atirar também.

-Hum, na verdade... –todos os olhares voltaram-se para Lily –Eu sei atirar. Mais ou menos. Eu sou melhor em tiro a distância. Meu pai me ensinou com uma espingarda de caça.

-Meu deus, Lily! Bebe como um caminhoneiro e ainda atira? –Charlotte provocou.

-Papai queria um menino. –ela suspirou.

  -Tudo bem, a ruiva ta na frente, mas só isso não basta. –Lee continuou –Se vocês querem ter uma chance mínima de encararem Voldemort e saírem vivas vocês vão teriam que aprender a usar pistolas, facas, lutar corpo a corpo... Isso fora outras habilidade úteis como fazer ligação direta, desativar câmeras e alarmes...

-Parece muita coisa... –Lily comentou pensativa.

-É muita coisa, moranguinho. –ele revirou os olhos.

-Então quando você vai começar a ensinar a gente? –Charlotte perguntou.

-O que?!

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N/A: COMENTEM!!!
B-jão

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Damas Grifinórias 2 - Capítulo 4 (Parte 3)




Rose Weasley não estava tendo uma manhã agradável. Começara com o trio de megeras com quem divida o dormitório bagunçando o quarto todo, deixando roupas, sapatos e maquiagem para todo o lado. Inclusive em cima dela. Ao acordar e se ver coberta por saias e camisas, percebeu outra coisa: estava atrasada! As megeras tinham desligado seu despertador.

Teve que descer correndo as escadas e não teve tempo de tomar café da manhã. Chegou com quase dez minutos de atraso para a aula de Feitiços, o que lhe rendeu uma bronca extraordinária, pontos perdidos para sua Casa e sua capacidade como Monitora-chefe questionada. Como se não bastasse, por causa da bronca por estar atrasada para Feitiços quase se atrasou para DCAT. Definitivamente não era seu dia.

No fim chegou em cima da hora. Se tivesse sorte, o que duvidava a essa altura, o novo professor não ficaria muito bravo com ela.

-Desculpe o atraso, professor Black. –pediu ao entrar na sala de cabeça baixa, rezando para não ser percebida.

-Fico feliz que tenha decidido nos agraciar com sua presença, senhorita Weasley.

Foi a voz dele que a fez levantar a cabeça e olha-lo na hora. Porque ela conhecia aquela voz.

Ah Merlin, por favor não...

Mas era.

Não tinha visto o novo professor de DCAT no banquete do primeiro dia, porque ele não estivera la. Não tivera aulas da matéria no dia anterior e não cruzara com ele em momento algum, mas nunca pensara...

Droga.

***

Rose não sabia disfarçar as expressões. Todas suas emoções ficavam a mostra para quem quisesse ver. Já sabia que ela era assim daquela única noite, agora ela só confirmava suas suspeitas.

Não que Sirius não estivesse surpreso por estar vendo-a ali. Lembrava-se perfeitamente bem dela dizendo que tinha vinte anos. Isso fazia dela a maior repetente na história de Hogwarts ou uma grandessíssima mentirosa. Como até então só ouvira elogios sobre a carreira acadêmica da Monitora-Chefe, ela devia ser mentirosa mesmo.

Sirius topara com a morena algumas semanas atrás em um pub no centro de Londres. Ela estivera bebendo cerveja, embora claramente não gostasse do sabor. Não pensara em conversar com ela, porque parecia ser o tipo de menina que trazia só problemas. Devia ter ouvido a si mesmo e ficado longe.

E até teria ficado, se não fosse o bêbado que fora conversar com ela e, quando não foi respondido, ficou levemente violento e puxou-a pelo braço. Sirius, que tinha uma prima caçula, não gostava de ver mocinhas sendo tratadas daquele jeito.

Foi assim, ao defendê-la, que conheceu Rose. Sem último nome. E foi essa a primeira vez que levou uma garota para o seu apartamento e passou a noite dormindo no sofá. Agora que via que ela não só tinha apenas 17 anos, mas como era sua aluna, agradecia imensamente por isso.

-Vai continuar parada ai a aula inteira, senhorita Weasley? –ele perguntou.

Rose pareceu sair do choque e balançou a cabeça. A garota ainda corou ao ver que todos os outros olhavam para ela e foi sentar-se.

-Ah, mais uma coisa, senhorita Weasley. –ele falou, antes que conseguisse refletir melhor –Eu gostaria de dar uma palavra com você depois da aula.

Era errado sentir-se totalmente satisfeito com a cara de desespero dela?

***

Scorpius Malfoy, o outro príncipe Sonserino, bufou entediado enquanto esperava a poção em seu caldeirão ferver. Ao seu lado Albus fazia anotações em um pergaminho.

Os olhos dele foram parar no novo professor. Descobrira, por Albus, que ele era irmão de Anabelle. Família curiosa.

A grande maioria dos alunos ainda não sabia da relação. Claro que a rede de fofocas de Hogwarts logo ouviria alguma coisa e a notícia se espalharia. Scorpius estava tentando decidir se tinha algo a ganhar espalhando a fofoca mais cedo.

Provavelmente não. Conhecendo Anabelle sabia que ela ainda ia tirar algum proveito da situação.

Nunca vira uma Grifinória que merecesse tanto estar na Sonserina. Sabia, também por Albus, que na verdade a loira pedira para ficar na Grifinória, só para ficar perto de Lily. Essa história ele espalhou pela escola, o que gerou boatos um tanto longos de um possível caso romântico entre as duas. Não que o visual desse boato não fosse interessante, mas seria um desperdício imenso.

Claro que sabia muito bem que Lily não era lésbica, afinal namorara a ruiva por um bom tempo e tinha memórias dela que Albus provavelmente não devia ficar sabendo. Já Anabelle... Essa era um grande mistério. As vezes surgia um ou outro imbecil falando que tinha ficado com a loira. Se ela saía com rapazes não era com a mesma frequência que aquela louca que a chamava de gêmea. Nunca assumiu um namorado em todos os anos que esteve em Hogwarts, o que fazia as pessoas pensarem...

-No que você está pensando? –Albus quis saber.

-Sua irmã e a Roberts se pegando. –Scorpius falou extremamente sério.

Albus arregalou os olhos.

-Vai se foder, Malfoy. –deu um tapa na cabeça do amigo.

Scorpius não resistiu e caiu na risada.

-Meu, essa é minha irmã caçula! A imagem é perturbadora. –Albus reclamou.

-Esse é o sonho de 90% da população masculina de Hogwarts. –Scorpius falou como se fosse óbvio –Os outros 10% só não sonham com isso porque são da sua família.

Albus revirou os olhos.

-Hilário, Malfoy, de verdade. –ele resmungou.

-Por que o senhor Malfoy não compartilha essa piada “hilária” com a turma?

Scorpius voltou os olhos para o professor Lupin, que o olhava com os braços cruzados e esperando. Se o homem achava que podia botar banca com ele, estava a ponto de ver que não era assim que as coisas funcionavam em Hogwarts.

-Eu estava falando para o Albus que a fantasia de 90% da população masculina de Hogwarts é ver a irmã dele e a sua se pegando. –ele falou com simplicidade.

A classe caiu num silêncio chocado, provavelmente tentando entender quem era a irmã do professor. Remus meramente arqueou a sobrancelha. Então os cochichos começaram e logo todos já estavam entendendo quem era a tal irmã.

-Eu não posso dizer nada pela senhorita Potter, mas eu garanto que minha irmã não tem esse interesse. –ele declarou com simplicidade –Anabelle é apreciadora do sexo masculino. –concluiu, tirando de qualquer um a dúvida de quem podia ser a tal irmã –Essa... “Fantasia”, como você disse, é coisa de moleque.

Com isso e um sorriso angelical, Lupin virou-se e começou a ditar novas ordens para os alunos.

-Moleque, hein? –Albus comentou rindo.

-Cala a boca. –Scorpius resmungou.

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N/A: Comentários, queridos e queridas? *-*

Sobre a Rose e o Sirius... Calma, chegaremos la e tudo será explicado em detalhes. Aliás, grandes chances de virar uma one-shot se eu achar que a explicação ta longa demais.

B-jão

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Nyah!

Faz muito tempo que o pessoal me pede para postar no Nyah! e agora finalmente eu vou. Infelizmente não por razões felizes. Essa louca:

http://fanfiction.com.br/u/155801/

Não só roubou DUAS FICS minhas, como teve a cara de pau de coloca-las como histórias ORIGINAIS! Sou só eu que to vendo a ironia aqui?

Então eu resolvi mostrar quem manda nisso tudo. Construir o perfil no Nyah vai ser meio demorado, porque eu to com fic pra caramba, mas no momento é só pra mostrar que eu existo. Essas coisas me deixam muito chateada e com vontade de arremessar meu computador na parede. Ou na cabeça dessa louca.

Enfim, espero o apoio de vocês, xuxus, porque sozinha eu explodo u.u

Post amanhã nas Damas.

B-jão

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MIB 2 - Capítulo 7 - parte 4




-Obrigada pela carona. –Lily começou com cuidado –Mas... Quem é você?

-Meu nome é Lee. –ele falou com simplicidade –E o que quatro meninas estão fazendo sozinhas no meio do nada? –ele exigiu cruzando os braços.

Nenhuma delas respondeu.

O homem bufou.

-Acho bom vocês começarem a responder perguntas se querem passar a noite embaixo de um teto. –ele avisou –Então vamos tentar de novo: o que quatro rosas inglesas fazem no meio de uma estrada na Tailândia, cobertas de machucados? –sua voz pingava ironia.

-O ônibus que nós estávamos tombou. –Lily respondeu rapidamente –Como você sabe que nós somos inglesas? –ela rebateu.

-O sotaque é meio óbvio, ruiva. –ele falou –Por que vocês não esperaram por socorro na beira da pista com os outros?

-Estava demorando demais. –Lily respondeu sem hesitar –Onde nós estamos, exatamente?

-Na minha casa. –foi a resposta curta –E o que vocês estão fazendo armadas?

-Quem disse que nós estamos armadas? –a ruiva continuou, cruzando os braços na frente do peito.

Lee revirou os olhos.

-Sua amiga morena não foi nada discreta na hora de destravar a arma. Falta de experiência, provavelmente. –ele cedeu –E você seria quem? A advogada do grupo?

Lily arregalou os olhos.

-Eu não sei do que você está falando. –ela disse.

-Você, obviamente, não é a melhor mentirosa do grupo. –ele provocou –Vamos tentar outra. Você, loira.

Mary Jane colocou as mãos na cintura.

-Alguém já te falou que você é muito grosseiro? –ela perguntou.

-Sim, e eu não liguei. –ele fez um gesto de dispensa com a mão –Qual o seu nome?

Mary Jane teve que parar por um segundo e lembrar de quem tinha roubado o passaporte.

-Meu nome é Ayla.

O homem bufou impaciente.

-Se vocês vão usar nomes falsos pelo menos lembrem qual é o nome. –ele recomendou.

-Ah pro inferno com tudo isso. –Charlotte declarou, saindo na frente das outras e parando diante do homem –Eu sou Charlotte, essas são minhas amigas. Nós saímos da estrada pra evitar a polícia, nós estamos fugindo das autoridades e nós ainda não lembramos os nomes novos porque acabamos de roubar os passaportes.

-CHARLOTTE! –as três meninas protestaram.

Lee, por outro lado, explodiu em risadas.

-Fugindo das autoridades porque? Vocês vieram traficar bolsas falsa? –ele perguntou, claramente não acreditando nelas.

-Não, espertão. –Mary Jane explodiu –Nós estamos fugindo da Interpol.

Isso fez Lee parar de rir.

-O que vocês fizeram? –ele quis saber.

As quatro trocaram olhares.

-Já falaram tudo isso, falem o resto. –Marine falou impaciente –Nós fugimos do programa de proteção a testemunha deles.

-Por que vocês fugiriam disso? –ele perguntou confuso.

-Queriam separar nós quatro por tempo indeterminado. –Marine explicou –Nós achamos melhor sair da Inglaterra juntas.

-Ah e viverem fugindo da lei juntas também? –ele completou sarcástico.

-Mais ou menos isso. –Charlotte concluiu com um sorriso.

-Contra quem vocês iam testemunhar? –ele perguntou.

-Isso não é da sua conta. –Lily cortou –Agora que você já sabe que nós somos, que tal nos dizer quem você é?

-Eu já falei quem eu sou. –ele falou com paciência exagerada –Lee.

-E o que você ta fazendo largado aqui? –ela insistiu.

-O mesmo que vocês. –ele deu de ombros –Fugindo das autoridades, mas mais especificamente da Yakuza.

-Por que você estaria fugindo da Yakuza? –Marine perguntou, sem conter a curiosidade.

Lee tirou a camisa de cima, revelando os braços cobertos por tatuagens orientais.

-Porque eles não gostam muito de desertores. -foi a resposta dele.

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N/A: Oooooooooooooooooooooooh!
Agora foi, hein! hahahaha

Ai está!

COMENTEM!

B-jão

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MIB 2 - Capítulo 7 - parte 3



***

As quatro garotas conseguiram sair da estrada pouco antes da polícia chegar. Claro que naquelas regiões a “polícia” consistia em um grupo de homens armados, mais ou menos fardados e que tinham um caminhão. Embora a autoridade legal deles fosse duvidosa não era bom cair na mira deles, por isso fugiram da cena.

Mas a adrenalina estava esgotando e o choque vindo. Depois de meia hora andando as quatro praticamente se arrastavam. Também havia um grande sentimento de culpa dentro de todas elas por terem roubado os passaportes. Sim, tinham feito para se protegerem, mas mesmo assim. Era triste pensarem que por causa delas quatro famílias não saberiam o que realmente acontecera com suas filhas.

-Eu não aguento mais. –Charlotte declarou, sentando-se numa pedra a beira da estrada.

Marine aproximou-se da amiga e verificou o corte na perna dela.

-Você precisa de pontos nisso. –ela falou –Vai acabar infeccionando e dai eu não quero nem ver.

-A não ser que você tenha antisséptico e agulha escondidos em algum lugar ai, colega, eu não sei como você pretende me remendar. –Charlotte falou.

Mary Jane e Lily também tinham desmanchado contra as pedras, a chuva ainda caía levemente e não havia sinal de vida num raio de quilômetros.

-Eu tenho que admitir... –Mary Jane falou –Quando as coisas têm que dar errado, elas vão pro inferno com estilo.

As quatro se olharam em silêncio por alguns segundos e então explodiram em risadas.

-É, o fundo do poço sempre pode ser um pouco mais fundo. –Charlotte admitiu ainda rindo –O que nós vamos fazer?

-Sabe Deus. –Mary Jane suspirou –Eu acho que eu vou ficar aqui sentada esperando um raio cair na minha cabeça.

-Eu preferiria esperar com uma garrafa de whisky. –Lily admitiu –Ou qualquer coisa alcoólica pra ser bem sincera.

Isso fez todas elas rirem de novo.

-Provavelmente é o que estaríamos fazendo agora em Londres. –Marine falou –Nós estamos o que? Quatro horas atrás de Londres?

-Por ai. –Lily cedeu –Hoje sendo sábado nós estaríamos no bar bebendo e dançando em cima do balcão.

-Nunca achei que eu fosse sentir falta daquele lugar. –Mary Jane comentou.

-Ta zoando? Ser paga pra dançar e beber e ser objeto sexual? –Charlotte falou –Aquele era meu emprego dos sonhos.

Isso fez todas rirem ainda mais. A chuva tornou-se mais grossa.

-Acho que finalmente nós surtamos. –Lily concluiu –Não há outra explicação para rir numa situação dessa.

-Melhor rir do que chorar. –Charlotte concluiu filosoficamente.

O som de um carro vindo pela estrada chamou a atenção de todas. Elas levantaram-se rapidamente e ficaram próximas umas das outras. Charlotte enfiou a mão na bolsa e tirou a trava de segurança da arma que tinham conseguido comprar de um bandidinho em Shangai.

Uma caminhonete, que devia ter sido nova um dia nos anos 70, vinha na direção oposta para a qual elas seguiam. O veículo tinha cor indefinida e, com a quantidade de água que começara a cair, era impossível ver quem dirigia, mas era com certeza apenas uma pessoa.

O carro parou perto delas e a porta abriu. Um homem desceu, ignorando totalmente a chuva. Ele era asiático, possivelmente japonês, usava uma regata e uma camisa de estampa florida por cima. Observou as quatro de cima a baixo, então soltou um suspiro.

-Eu provavelmente vou me arrepender... –falou mais para si do que para elas –Subam na caçamba, Spice Girls. –então entrou no carro e bateu a porta.

As quatro trocaram olhares.

-Com a nossa sorte ele é um serial killer. –Lily observou.

Elas se olharam de novo e deram de ombros. Dali pra frente até pior era melhor.

***

Mary Jane agradecia imensamente não ter que andar mais, mas ficar na chuva não era muito melhor. Seus dentes estavam batendo com o frio e a viagem parecia não terminar nunca. E ainda havia o detalhe de que elas nem imaginavam que seria o cara que as resgatara. Ele parecera um ser humano decente, mas até ai os quatro vizinhos também tinham parecido a principio, né?

Elas tinham prometido não falar mais no caso, mas Mary perguntava-se se talvez fosse melhor falar sobre isso. Era óbvio que nenhum delas estava bem e não conseguia esquecer todo o ocorrido. Marine estava lamentando a família, Lily não conseguia superar o tiro e Charlotte ainda se culpava. Claro, ela também tinha problemas, mas a maioria deles era bem mais simples: não se ferira durante o episódio todo e não tinha família para perder. A única coisa que realmente a incomodava era Sirius Black. Deixara-se ser seduzida pelo cretino e o tempo todo ele só estivera pensando em como matar todas elas.

Enfim, águas passadas. Era melhor deixar para la, porque alguém naquele grupo tinha que pensar claramente e, pela primeira vez na vida, seria ela. Os tempos realmente mudavam.

Depois de quase uma hora na estrada o carro finalmente entrou num caminho mais estreito até sair num tipo de clareira onde um chalé de madeira estava. O motorista parou perto da casa e desceu. As quatro fizeram o mesmo e foram se abrigar embaixo da varanda.

-Esperem aqui. –ele falou, antes de entrar na casa.

Elas ficaram lá, esfregando os braços, tentando se aquecerem até ele voltar.

-Se sequem antes de entrar. –ele falou, atirando toalhas para Lily –E nem pensem em entrar com essas roupas ensopadas. –então voltou para dentro da casa e bateu a porta.

Ela trocaram olhares mais uma vez e então começaram a se enxugar. Lily estava tirando os sapatos quando percebeu que Charlotte estava tirando a blusa.

-Charlotte! –a ruiva bronqueou.

-Ele falou que não é pra entrar ensopada. –a morena se defendeu –Eu talvez tenha alguma coisa seca na mochila, mas não é garantido.

Todas mexeram nas respectivas mochilas em busca de roupas secas. Felizmente todo aquele tempo na estrada lhes ensinara a comprar mochilas a prova d’água e ainda colocar as coisas dentro de sacos plásticos, então todas conseguiram puxar alguma coisas secas.

Finalmente secas entraram na casa. Por dentro o estilo lembrava ainda mais o de um chalé: a parte de baixo era grande com uma sala que dava para a cozinha aberta, onde ficava uma lareira que estava acesa. Um mezanino levava ao que devia ser o quarto. Mais nada.

O anfitrião misterioso delas estava mexendo na lareira, mas ao ouvi-las entrar ele virou-se.

-Ah bom. –falou ao ver que estavam secas.

-Obrigada pela carona. –Lily começou com cuidado –Mas... Quem é você?

-Meu nome é Lee. –ele falou com simplicidade –E o que quatro meninas estão fazendo sozinhas no meio do nada? –ele exigiu cruzando os braços.

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N/A: Ai está!!! Desculpa a demora para postar aqui!
Alguem lembra do Lee? Ele ja foi citado hein!!!

COMENTEM!!!

B-jão

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Damas Grifinórias - Capítulo 4 (parte 2)




***

Roxanne era considerada um gênio por muitos. Ninguém tinha dúvidas de que grande parte dos planos e esquemas das Damas vinha da cabeça dela. Sua maior vantagem era, provavelmente, a genética: seu pai tinha sido o maior baderneiro de Hogwarts. Claro que, naquela época, ele tinha a ajuda de seu gêmeo, Fred, com essas coisas, mas Roxanne não precisava de ajuda alguma para planejar, esquematizar e executar ações. A morena tinha um QI altíssimo, comprovado. Também tinha memória fotográfica, o que lhe garantia sucesso memorizando jogadas, aulas e praticamente tudo.

Que tivesse escolhido usar seu talento para o quadribol ainda era um fator de choque em sua família. Não que seus pais não aprovassem, já que os dois foram jogadores em seu tempo, mas não fora esperado. Fred, seu irmão mais velho, pulara totalmente o gene atlético da família e fora direto para a chatice, característica do tio Percy. Quando criança Roxanne mostrara todos os sinais de estar indo pelo menos caminho.

Até virar uma Dama.

-Ola, Madame Roxanne.

A morena revirou os olhos, mas não escondeu o sorriso diante das vozes.

-Posso ajudar, Dupla Dinâmica? –perguntou.

Lorcan e Lysander Scamander abriram sorrisos idênticos que não enganaram em nada Roxanne. Embora os dois fossem gêmeos só agiam como reflexo um do outro para enganar os outros ou irritar a morena.

-Nós estávamos com saudades. –Lorcan começou se aproximando.

-Faz quase um mês que não nos vemos. –Lysander continuou, colocando a mão na cintura dela.

-Então viemos te procurar. –eles terminaram em conjunto, cercando-a.

Roxanne bufou e deu uma cotovelada em cada um deles, afastando-se.

-Parem com o circo. –ela falou impaciente –Vocês sabem como me irrita.

Lorcan riu, antes de puxa-la para si e dar-lhe um beijo nada inocente.

-Nós realmente estávamos com saudade de você e viemos te procurar. Parece que você nem lembra que a gente existe quando está fora da escola. –ele reclamou.

-Ah sim, porque eu tenho certeza que a Luna ia ficar muito feliz de ver isso tudo, né? –ela retrucou irônica.

-Eu duvido que ela ficaria muito chocada. –Lysander falou, tirando Roxanne dos braços do irmão e puxando-a para si –Seus pais, no entanto...

Roxanne riu e deixou Lysander beija-la também, mas quando sentiu os beijos de Lorcan em seu pescoço afastou os dois.

-Podem ir parando ai mesmo. –ela falou –Estamos no meio do corredor, falta uma hora para o supremo toque de recolher de Hogwarts. Se vocês acham que eu tenho tempo e paciência pra brincar com vocês agora, vocês devem estar bebâdos.

Os dois soltaram gemidos sofridos.

-Qual é, Roxy? –Lorcan reclamou –Você não sentiu nossa falta não?

-Se eu tinha sentido qualquer coisa esse “Roxy” acabou de matar o sentimento. –ela retrucou ácida –Eu falei que tenho o que fazer. –uma ideia repentina surgiu –A não ser... Que possamos discutir negócios antes.

Os dois trocaram olhares, mas a curiosidade deles ja tinha sido atiçada.

Lorcan e Lysander eram os gêmeos de Luna Lovegood. Ambos sextanistas Corvinais e batedores do time de quadribol. Tinham crescido com a familia Weasley e, embora no começo fossem do “Time Albus”, não demorou muito para Roxanne... Tentá-los para o lado delas.

-Esses negócios... –Lysander começou –Vão por a gente em problema?

-Muito provavelmente. –ela admitiu.

Os gemêos abriram sorrisos enormes.

-Pode começar a falar, Madame.

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N/A: Desculpa a demora!!!! FELIZ ANO NOVO!
Semana que vem tem post na MIB se tudo der certo!!! hahahah

COMENTEM!

B-jão