Sétimo Mês – parte final
-Vocês vão ter alta hoje a
tarde. –doutora Fontenele estava falando para Toni com um sorriso –Só não se
esqueça de ir com calma, você ainda tem pontos e nós vamos tira-los só daqui
uma semana. Nada de levantar peso.
-Positivo, doutora, deixa
comigo. –Toni falou, embora seus olhos ainda estivessem pregados em Lucan, a
quem ela amamentava no momento.
Dafny abriu um sorriso
orgulhoso, como uma professora que vê um aluno finalmente aprendendo uma grande
lição. No canto da sala doutor Banner estava com Marjorie em seus braços. A
menina ja tinha mamado, ja tinha arrotado e agora estava levemente adormecida.
-Algum avanço com o senhor
Wayne? –a médica perguntou gentilmente.
-Não. –Toni falou de forma
curta –Ele nem fala comigo. Eu sei que ele vai ver os bebês na maternidade, mas
só.
-É bom que vocês dois tenham
tempo para pensarem antes de se falarem de novo. –Dafny falou –Falar com raiva
nunca é uma boa ideia.
-É, eu sei.
A doutora balançou a cabeça
de leve, então virou-se para sair do quarto. Ao abrir a porta deu de cara com
Bruce Wayne com o punho levantado, provavelmente preparando-se para bater.
-Eu vim falar com a
Antonella. –ele falou limpando a garganta.
Dafny estreitou os olhos.
-Se você estressar minha
paciente de novo eu vou te jogar para fora desse hospital. –ela informou
–Bilionário ou não.
-Sim, senhora. –Bruce falou
na hora.
A doutora saiu e Bruce
entrou na sala. O primeiro lugar que seu olhar foi parar foi em Bruce Banner,
carregando sua filha no colo.
-Antonella, nós precisamos
conversar. –o herói de Gotham falou.
-Bruce, você poderia sair,
por favor? –ela falou, seus olhos no outro bilionário –E por Bruce eu quero
dizer o Bruce do bem, o de cabelo bagunçado e óculos.
Doutor Banner limpou a
garganta e levantou-se de sua poltrona.
-Aqui. –ele entregou
Marjorie gentilmente aWayne –Ela ja mamou e está dormindo.
O outro homem apenas fez um
sinal de concordância com a cabeça, seus olhos agora na sua filha.
Bruce e Toni trocaram um
olhar antes do cientista sair. Se ela precisasse de qualquer coisa era só
chamar.
-Obrigado por falar comigo.
–Wayne falou formalmente, como se aquilo fosse uma reunião de negócios.
-Você espera eu terminar de
amamentar o Luc? –ela perguntou sem olha-lo –Ele ja deve estar terminando.
-Certo.
Um silêncio profundo e
pesado caiu entre eles. Bruce sentou-se no canto da cama de Toni, segurando
Marjorie, enquanto a bilionária terminava de amamentar seu menino.
Toni ainda estava pegando
prática com a coisa toda, então deu um trabalhinho para ela conseguir ajeitar
sua roupa com apenas um mão, enquanto ainda segurava o bebê. Mas finalmente
estava batendo levemente nas costas de Lucan.
Quando ela levantou os
olhos, Bruce a estava observando.
-Você está pegando o jeito
com isso. –ele comentou.
-Eu não tenho muita escolha,
né? –ela retrucou –Além do mais... Eu gosto disso. De ser quem faz as coisas
por eles.
Silêncio pesado e
desconfortável, de novo.
-O que você quer, Wayne?
–ela finalmente perguntou.
-Eu sei o que eu não quero, Antonella:
brigar com você. –ele falou de forma cansada –Isso obviamente não deu certo da
primeira vez.
-Eu também não quero brigar.
–ela falou baixo.
-Você não ia mesmo me
contar? –ele perguntou, dessa vez sem agressão.
-Eu não ia ter como esconder
para sempre. –ela admitiu –Mas eu não queria ser a pessoa que ia contar. Eu sei
que você não é idiota, sabia que você ia ligar os pontos. Quando os bebês
nascessem você ia descobrir sem eu precisar contar.
-Por que você não podia me
contar? –ele quis saber.
-Eu tinha medo da sua
reação. –Toni falou com mais honestidade do que achava que possuía –Não queria
olhar nos seus olhos e ver sua primeira reação. Tinha medo que você dissesse
que eu tinha que tirar os bebês, tinha medo que você dissesse que não queria
nada com eles, ainda mais medo que você tirasse os dois de mim. Eu não sabia o
que esperar de você, Wayne.
-Então você foi e se
escondeu atrás dos seus Vingadores. –agora havia um pouco de acusação na voz
dele.
-Você queria que eu fizesse
o que, Bruce? –ela retrucou irritada –Falasse com você? Porque isso sempre deu
muito certo entre nós, né? Eu querendo falar e você sumindo.
Bruce pressionou os lábios e
respirou fundo.
-Eu estou aqui e não vou a
lugar algum. –ele prometeu –Eu quero fazer parte da vida deles, Antonella, mas
não quero brigar cada passo.
-Guarda conjunta. –ela falou
–É o que eu quero, Wayne. Que nossos filhos conheçam nós dois, que nós possamos
falar sobre eles sem ser uma guerra. Enquanto eles forem novos eles podem ficar
uma semana com cada um, mas quando ficarem maiores e tiverem que ir para a
escola, eu quero que eles fiquem comigo. Você pode ter todos os finais de
semana, se for o caso.
-Você é uma figura pública,
Antonella. Todo mundo sabe que você é a Dama de Ferro. –ele argumentou –Você
vai estar colocando nossos filhos em risco.
-Eu não vou deixar você
levar os dois para Gotham. –ela falou firme –Aquela cidade é um esgoto. E você
está se iludindo se acha que ficar perto de você e sua Liga é muito mais
seguro.
Bruce pausou um segundo.
-Ok, guarda conjunta. –ele
aceitou por fim –Mas eles tem que ter Wayne no nome.
-Eles ja têm. –Toni informou
satisfeita –Marjorie e Lucan Wayne Stark.
O bilionário arqueou a
sobrancelha.
-Eu tenho a impressão de que
Wayne deveria ser o último.
-Eu tenho a impressão de que
quem ficou grávida, teve enjoos e uma cesária de emergência fui eu.
Bruce bufou.
-Só mais uma coisa.
-O que, Antonella? –ele
perguntou mais do que um pouco impaciente.
-Quem vão ser os padrinhos
do seu lado? Eu ja escolhi os meus.
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N/A: Nossa, demorou, mas chegou!
Obrigada pelos comentários!
Estamos na parte final da saga hospitalar. Será que Bruce e Toni vão finalmente se acertar? Eu vejo os dois como um casal bem problemático. O que eles sentem um pelo outro não importa muito quando os dois estão fugindo o tempo todo. Toni se esconde e o Bruce se fecha. Eles têm problemas para ficarem juntos que eles mesmos criaram. Imagina um casal desse criando filhos?
Eu imagino que muito do que foi dito nos últimos capítulos pode ser explicado como os dois estando muito bravos um com o outro e muito emocionais ao mesmo tempo. Vamos ver se eles melhoram...
B-jão
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