Capítulo 15
-Quer dizer que vocês se
encontraram com os narnianos por acaso? –Aragorn estava perguntando curioso.
O grupo deles ia em direção
a Isengard, sem saber o que deviam esperar. Porém Gandalf insistia em falar com
Saruman.
-Não exatamente por acaso.
–Éomer falou –Eles estavam buscando a Rainha Susan. Aparentemente Aslan sabia
onde encontra-la de algum jeito. No primeiro momento, quando vimos um exército
de criaturas estranhas se aproximando, tivemos certeza de que era um ataque de
Saruman. Porém eles estavam balançando uma bandeira branca. Eu nunca vi
criaturas como aquelas. Foi surpreendente.
-Rei Edmund estava com eles?
–Boromir perguntou.
-Sim. –Gandalf confirmou
–Eles estavam em um grupo bem maior. Porém, o rei me informou do que Elrond
aconselhara e eu concordei. Ele foi para Gondor com um segundo pelotão, guiado
por um dos homens de Éomer.
-Como são os irmãos da
Rainha? –Gimli perguntou curioso.
-Rei Peter é o que,
obviamente, comanda mais. –Gandalf falou –Os irmãos seguem o que ele fala,
embora ainda seja jovem e arrogante demais. Edmund é reservado, mas é o que se
impõe contra o Rei Peter, se necessário. A Rainha Lucy é, de longe, a mais
interessante. Corajosa, leal, cabeça firme... Ela parece ser a mais próxima de
Aslan.
-E como esse Aslan se
encaixa nesse quadro? –Legolas quis saber.
-A princípio eu achei que
ele era um conselheiro. –Gandalf falou –Como alguem de grande sabedoria que os
irmãos escutam. Porém, estando com eles é fácil perceber que não é isso. Embora
eles sejam os Reis e Rainhas e dêem as ordens, é claro que Aslan tem algum tipo
de poder e é, de certa forma reverenciado. Como se fosse um deus.
-Do jeito que Susan fala
dele, é o que parece mesmo. –Boromir cedeu –Ela sempre fala que tem fé em
Aslan.
-As histórias sobre Nárnia
sempre falaram sobre o Grande Leão. –Gandalf cedeu –Ele é uma criatura de
grandes poderes. Supostamente, é claro.
-Ele pulou na batalha sem
hesitação alguma. –Éomer ofereceu.
-Os narnianos estão,
aparentemente, acostumados com elas. –Aragorn opionou.
-Não vou negar que tive
receios. –Éomer falou –Nárnia, para mim, sempre foi uma história contada para
crianças. Eu nunca imaginei que o lugar realmente existisse.
-Nós estávamos todos errados
nesse caso. –Boromir falou.
-Eu devia ter imaginado que
Lady Susan era uma Rainha. –Éomer falou –Ela é graciosa demais para ser
qualquer outra coisa.
-Ele é atrevida demais, isso
sim. –Théoden resmungou.
Aragorn e Boromir trocaram
olhares divertidos.
-Eu confesso que me vejo intrigado
e encantado. –Éomer falou –Eu gostaria de conhece-la melhor.
Gimli começou a rir atrás de
Legolas, até que o elfo lhe lançou um olhar irritado.
-Isengard. Finalmente!
–Gandalf exclamou.
-O que aconteceu aqui?
–Boromir perguntou-se em voz alta ao ver a fumça e as ruínas.
-Acho que vamos descobrir
agora. –Gandalf suspirou.
-Bem vindos, meus senhores,
a Isengard! –uma voz muito familiar declarou animada.
XxX
Susan, Peter e os demais
narnianos ajudaram a trazer os feridos para Edoras. Uma ala fora providenciada
para abriga-los e todos que estavam em condições ajudavam a cuidar dos mais
fracos.
A Rainha estava feliz por
ter seu povo ali. Não que não confiasse nos amigos que fizera na Terra Média,
mas sabia que a sua força vinha, principalmente, de seus irmãos e do povo de
Nárnia.
-Susan!
Virou-se ao ouvir seu nome
ser chamado. Um enorme sorriso abriu-se em seu rosto ao reconhecer dois jovens
hobbits que temia nunca mais ver.
-Merry! Pippin!
Os dois correram na direção
dela e a abraçaram.
-Eu não acredito! É uma
bênção ver vocês dois! –ela falou apertando-os contra si.
-Nós tomamos Isengard!
–Pippin declarou orgulhoso.
-E derrotamos Saruman!
–Merry completou.
-Parece uma história
incrível. –ela falou –Vocês podem me contar depois que descansarem, na festa de
hoje.
-Aragorn disse que seu irmão
mais velho está aqui. –Merry falou –Você pode nos apresentar?
-Com toda certeza. –ela
garantiu.
-E por que Gimli fica
falando do Rei Caspian a todo minuto? –Pippin perguntou confuso –Gandalf disse
que ele está em Gondor.
Susan arqueou uma
sobrancelha.
-Ele está. –ela afirmou –Eu
nem imagino o que Gimli pode estar fazendo.
Merry abriu a boca, como se
soubesse a resposta, então pareceu decidir-se por ficar quieto.
-Venham. Eu vou leva-los
para comer algo e descansar. –Susan ofereceu.
-Vossa Majestade disse todas
as palavras certas numa frase só. –Pippin falou animado.
XxX
O banquete começou com o Rei Théoden brindando
aos que caíram em batalha. O silêncio no salão era profundo, como se cada
pessoa ali pudesse ver diante de seus olhos as faces dos que caíram no Abismo.
Uma parte da refeição também
passou-se em silêncio, até os faunos uniressem aos homens de Rohan e
providenciarem música e dança.
As canecas estavam cheias de
bebida, os pratos cheios de comida e havia risadas por todos os lados. Estavam
vivos e, agora, era o que importava.
Susan estava usando um
vestido emprestado de uma outra dama, essa mais próxima ao seu tamanho, então a
Rainha não sentia como se fosse sufocar. O verde esmeralda da peça era lindo e
ela sentira-se mal por pegar algo tão belo emprestado.
-Oras, você é uma rainha,
não é? –a mulher dissera quando Susan expressara sua preocupação.
Então la estava, andando
pelo salão. Foi quando viu Eowyn oferecendo um cálice para Aragorn. Esperou o
guardião afastar-se, antes de pega-lo pela mão e puxa-lo.
-Você tem que dançar comigo!
–ela exigiu num sorriso.
Aragorn pareceu confuso por
um segundo, então sorriu de volta.
-Eu não sei nenhuma das
danças comuns em Rohan. –ele falou.
-Ótimo, eu também não. –ela
falou –Seremos estranhos juntos.
Aragorn soltou outra risada,
mas permitiu-se ser puxado para onde os demais dançavam. Entre risadas e erros,
os dois dançaram.
XxX
Legolas viu, com certa
fascinação, Gimli tombar para trás, perdendo o jogo que jogavam. O anão não
aguentara terminar sua vigésima caneca de cerveja. O elfo sentia-se levemente
zonzo depois de 22, então não sabia qual reação era a mais comum.
Virou-se para onde os casais
dançavam, bem a tempo de ver Aragorn por as mãos na cintura de Susan e
levanta-la. A Rainha soltou um gritinho surpreso e pôs as mãos no ombro do
guardião, mas no final ria.
Seu olhar voltou-se para
Éomer, que também estivera observando a cena. O cavaleiro estava mesmo
encantado pela Rainha.
Não que ela demonstrasse
alguma preferência. Aliás, Susan demonstrava muito pouco nesse sentido. Sabia
que ela se preocupava com todos e os considerava amigos. Mais que isso? Nunca.
Porém, Legolas não estava
pronto para desistir. Muito menos agora.
XxX
Quando a dança terminou e
todos aplaudiram um grupo de rohirrim se aproximou de Susan e Aragorn.
-Majestade! –chamaram a
jovem –Você nos daria o prazer de uma canção?
-Eu? –Susan sentiu seu rosto
corar –Eu não uma boa cantora...
-Por favor! –alguns deles
insistiram.
Ela olhou perdida para
Aragorn.
-Eles acabaram de perder
amigos e entes queridos numa batalha, Susan. –ele falou com um sorriso gentil
–Todos só querem esquecer por hoje. O que melhor de ouvir uma bela mulher
cantar? Escolha algo leve, que os fará sorrir.
Susan suspirou, então parou
para pensar. Havia essa música muito tola que as meninas na corte de Cor
adoravam cantar, sobre uma camponesa apaixonada por um cavaleiro do rei... Os
homens sempre riam dessa.
Ela foi até os faunos e
pediu a ajuda deles, porque não ia conseguir cantar sem uma melodia. Então foi
para o meio do salão e cantou.
XxX
-Eu conheço essa música. –Cor
falou com um sorriso.
Peter revirou os olhos.
-Não faça essa cara, Peter.
–Cor riu –Deixa Susan se divertir por uma noite. Ela passou por muito.
-Rei Cor tem toda razão,
Majestade. –Reepicheep interviu.
-O tal Aragorn...
-É apenas um amigo. –Reepicheep
respondeu rapidamente.
-Boromir? –Peter insistiu
desconfiado.
-Também.
-O elfo?
Isso fez Reepicheep
emburrar.
-Ele está cheirando atrás de
nossa rainha, mas eu estive protegendo-a!
Cor riu.
-Eu tenho certeza de que
Susan consegue se cuidar sozinha. –ofereceu.
-Mesmo assim, Reep. –Peter
falou –Continue com o bom trabalho.
Cor bufou. Esses dois não
tinham jeito.
XxX
Susan terminou sua canção
sentindo-se sem folêgo e corada. Aplausos soaram e gritos pediam por mais,
embora ela soubesse que não era uma grande cantora.
-Eu tenho uma ideia. –ela
declarou quando os homens vieram pedir por mais música –Mestre Elfo!
Os olhos de Legolas
voltaram-se para ela imediatamente, então ele se aproximou.
-Majestade. –curvou-se
graciosamente.
-Eu ja decidi o que quero de
você. –ela falou –Uma canção, agora.
Legolas arqueou uma
sobrancelha.
-Você quer que eu cante?
-Sim.
O elfo analisou-a, como se
esperasse que a garota estivesse planejando algo.
-Como minha Rainha quiser.
–ele declarou por fim.
-Algo doce e suave, por
favor. –ela provocou com um pequeno sorriso.
O sorriso que ele abriu
mostrava que Legolas estava prestes a virar aquele pedido contra ela.
Susan ouvira os elfos
cantando brevemente em Lorien. Porém estivera muito triste para realmente
apreciar.
Agora toda sua atenção
estava em Legolas. A voz dele era como algo que nunca ouvira antes, limpa,
pura, poderosa. Obviamente outro dom dos elfos.
A música era em élfico e
falava sobre um jovem elfo apaixonado pelas estrelas. Quando Legolas chegou na
parte em que o elfo descrevia o que sentia ao olhar para elas, virou-se para
Susan e ajoelhou-se, como se a música fosse uma declaração para ela.
Os Rohirrims podiam não
entender a letra, mas pareciam entender a situação pela pose do elfo e o vermelho
do rosto da Rainha. Aplausos e assobios correram pelo salão.
Mas os olhos de Legolas
nunca deixaram Susan.
XxX
Susan sorriu vendo os
últimos homens rindo. Os Rohirrim eram um povo incrível: aceitaram os
centauros, minotauros e faunos com braços abertos. Estavam todos juntos
bebendo, dançando e cantando.
Sabia que os homens queriam
conversar com os cavalos no dia seguinte. Seria uma experiência muito
interessante para os que eram conhecidos como Mestres dos Cavalos, ela tinha
certeza.
A Rainha cobriu a boca para
bocejar e resolveu fazer o caminho até o quarto que estava dividindo com Eowyn
e outras mulheres.
-Majestade.
Susan parou e voltou-se para
Éomer.
-Lorde Éomer. –ela sorriu
–Eu ainda não tive a chance de agradece-lo por vir em nosso resgate. Eu fico
feliz em ve-lo bem. Eu estava preocupada depois da última vez que o vi.
-Eu posso dizer o mesmo.
–ele falpu aproximando-se –Vossa Majestade não saiu da minha cabeça nem por um
minuto desde que nos conhecemos.
-Me chame de Susan, por
favor. –ela falou.
-Muito bem. –ele sorriu
–Susan, eu sei que mal nos conhecemos, mas não posso negar que acho você a
mulher mais bela que eu ja vi.
Ele era direto. Susan não
estava exatamente surpresa pela confissão, mas também não esperara algo tão
cedo.
-Éomer...
-Eu sei que estou sendo
ousado demais. –ele aproximou-se e pegou a mão dela –Mas eu sei o que sinto.
Susan, eu posso ter esperanças?
-Eu sinto muito, Éomer. –ela
falou sincera –Mas eu não acho que você devia.
-Seria por causa do elfo?
–ele perguntou.
-Não. –ela respondeu –Ele
não tem nada a ver com isso. A verdade é que eu não estou aqui permanentemente,
Éomer. Minha terra é Nárnia e eu voltarei para lá um dia.
-Eu prefiro ter um pouco
mais de esperança. –ele falou com um sorriso.
Susan não conseguiu segurar
um sorriso.
-Você está perdendo seu
tempo comigo, lorde Éomer, mas fique a vontade.
–ela falou –O tempo é seu, obviamente.
-Obrigado, Majestade. –ele
provocou de leve –Porém, eu acho que talvez eu precise de um argumento mais
forte em meu favor.
-Como o que? –ela perguntou
confusa.
Éomer esticou o braço e
pousou a mão na nuca de Susan. Antes que ela tivesse tempo para protestar ele
colou seus lábios aos dela.
Ela sentiu-se congelar por
um momento, porém quando estava para empurra-lo, o cavaleiro afastou-se.
-Bons sonhos, Majestade.
–ele curvou-se mais uma vez e saiu assobiando.
Susan ficou parada por uns
instantes, então tocou sua boca com as pontas dos dedos.
-Não é que o maldito beija
bem? –refletiu sozinha.
XxX
Foi a gritaria que acordou
Susan. As vozes estavam elevadas e quando ela chegou a sala onde a maioria dos
homens dormia. Gandalf estava segurando Pippin, que estava caído no chão,
falando com ele com ugêrncia.
A Rainha aproximou-se de
Merry, que parecia estar congelado.
-Merry. –ela chamou
delicadamente –O que houve?
-Pippin... –ele falou, olhos
fixos no amigo –Pegou a bola de cristal de Saruman...
-O que? –ela perguntou
confusa.
-O Palantir. –Aragorn
informou de sua posição –É um objeto de poder maligno, diretamente ligado a
Sauron. Nós recuperamos em Isengard.
Susan abraçou Merry contra
si, então seu olhar foi parar em Aragorn.
-Você o tocou também?
–perguntou preocupada.
-Para tentar tira-lo de
Pippin. –o guardião falou.
-Isso vai ser um problema?
–ela quis saber.
-Provavelmente. –Legolas
respondeu em silêncio.
Eles tiveram que reunir
todos para discutir o que acontecera e então já era manhã. Gandalf parecia
extremamente ansioso.
-Não havia mentira nos olhos
de Pippin. –Gandalf estava explicando para Théoden –Um tolo. Mas permanece
sendo um tolo honesto. Ele não disse nada a Sauron a respeito do Anel e de
Frodo.
Susan estava sentada ao lado
de Pippin, segurando sua mão e todos no salão estavam em silêncio e
preocupados.
-Fomos estranhamento
afortunados. –Gandalf prosseguiu –Pippin viu no Palantir um reflexo do plano do
inimigo. Sauron está se movendo para atacar a cidade de Minas Tirith.
Os olhos de Susan foram
automaticamente para Boromir.
-Nosso inimigo aprendeu uma
coisa com a derrota no Abismo de Helm. –Gandalf falou -Ele sabe que o herdeiro
de Elendil surgiu. –os olhos de Aragorn foram parar de forma desconfortável em
Boromir -Os homens não são tão fracos quanto ele supunha. Ainda resta coragem,
força suficiente para talvez desafiá-lo.
Gandalf lançou um olhar a
Aslan.
-Eu imagino que a presença
forte dos narnianos também o tenha preocupado. –ele cedeu –Está claro que vocês
nos ajudarão a fazer a diferença nessa guerra. Sauron teme isso. Ele não
arriscará os povos da Terra Média unindo-se sob um novo líder. Ele destruíra
Minas Tirith antes de verum rei retornar ao trono dos homens. Se os faróis de
Gondor forem acesos, Rohan deve estar pronta para a guerra.
-Diga-me... –Théoden começou
com calma –Por que devemos cavalgar em auxílio àqueles que não nos ajudaram?
-Você está falando sério?
–Peter soltou inconformado –Porque até onde eu me lembro nós viemos auxiliar de
boa vontade. Pelo bem maior.
-Escute aqui, rapazinho...
-E quem não quis pedir ajuda
a Gondor no Abismo foi você. –Susan falou também.
-Eu vejo que desrespeito é
um mal comum na família. –Théoden falou por entre os dentes.
-Eu vou. –Aragorn falou ao
mesmo tempo que Boromir, evitando que Susan respondesse.
-Não. –Gandalf falou sem
tirar os olhos de Théoden.
-Eles devem ser alertados. –Aragorn
insistiu.
-E eles serão. –Gandalf
aproximou-se dos dois, parando entre Boromir e Aragorn –Você deve tomar outra
estrada para Minas Tirith. Siga o rio e fique atento aos navios negros.
-Eu devo ir, meu pai não
ouvirá você, Gandalf. –Boromir insistiu.
-Ele não terá escolha. –o
mago falou –Eu prefiro que você fique aqui, dê suporte a Aragorn e mantenha os
olhos na Rainha.
Boromir espremeu os lábios
numa linha e apenas fez que sim com a cabeça.
-Entendam isso. –Gandalf
falou para todos ali –As coisas chegaram a um ponto onde não podem mais ser
desfeitas. Eu cavalgarei para Minas Tirith, mas não irei sozinho. –o olhar dele
sobre Pippin deixava bem claro quem o acompanharia naquela jornada.
XxX
Merry estava de coração
partido com a partida de Pippin. Susan sabia que ele temia nunca mais ver o
amigo.
Ela mesma tivera vontade de
ir para Gondor e ver os irmãos. Não gostava de saber que os dois estavam na
próxima cidade a ser atacada. Aslan dissera que eles deviam ficar ali, então
tudo bem. Ela ficaria.
Podia ver que Boromir também
preferia ter ido, embora não entendesse porque ele ficara. Não ia mentir:
estava feliz por ter Boromir ao seu lado. Talvez estivesse ficando egoísta em
relação a ele.
-Susan.
Falando do diabo...
-Boromir. –ela sorriu para
ele –Eu imagino que agora nós estamos de volta ao período de espera.
-Sim. –ele falou –Aragorn
vai tentar convencer Théoden a atender o pedido de ajuda de Gondor quando este
vier. Se vier.
-Você acha que eles não nos
pedirão ajuda? –ela perguntou surpresa.
-Meu pai é exatamente igual
Théoden: orgulhoso e teimoso demais. –ele admitiu num suspiro –Eu tenho medo do
que isso pode querer dizer.
Susan bufou. Estava ficando
cheia desses homens orgulhosos.
Boromir ofereceu o braço a
ela e junto os dois começaram a fazer o caminho de volta ao castelo. Quando
passaram pelos estábulos viram Éomer e alguns de seus homens conversando. O
cavaleiro viu os dois e abriu um sorriso para Susan, que virou o rosto
rapidamente para esconder que corara.
Infelizmente Boromir viu.
-O que foi isso? –ele
perguntou.
-Nada demais.
Ele estreitou os olhos.
-Susan...
-Ele me beijou. –ela
admitiu.
Os olhos de Boromir
arregalaram-se de forma cômica.
-Beijou? Como ele se atreve?
–ele falou inconformado –Eu vou falar com...
-Boromir, não se preocupe.
–Susan falou –Não foi nada demais.
Agora sim o capitão parecia
passado.
-“Nada demais”?
-Ele estava tentando me
convencer a dar uma chance a ele. –ela falou com calma –Ele não foi rude ou me
machucou.
Boromir não estava nada
feliz.
-Esse nem foi meu primeiro
beijo. –Susan ofereceu –E ele beija bem.
Agora sim, Boromir não sabia
nem como reagir mais. Susan acabou rindo.
-Você devia ver sua cara.
–ela falou.
-Não tem graça, Susan! –ele
falou sério.
-Boromir, eu te garanto que
está tudo bem. Se não estiver, você será o primeiro a saber.
Isso finalmente pareceu
pacificar o capitão. E então foi ele quem começou a rir.
-O que foi? –Susan perguntou
confusa.
-Só imaginando a cara de um
certo elfo se ele soubesse que, depois de todo esse tempo, ele foi passado para
trás por um rohirrim.
Susan revirou os olhos.
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N/A: Eomer, seu safadinho! Alguem ta muito espertinho... Legolas tem que abrir os olhos! hahaha
Para ficar mais romântico, imaginem que a Susan cantou "Falling for you" da Colbie Caillat e o Legolas cantou "Alma Gemea" do Fabio Junior XD De nada pelo visual... hahaha
Espero que vocês tenham gostado!
Comentem, por favor!
B-jão
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