domingo, 20 de setembro de 2015

Primeiras Impressões - Capítulo 6



Capítulo 6

Bom, agora eu me sentia confiante o bastante para afirmar que a noite anterior tinha sido um desastre total.

E olha que eu nem estou falando do fato daquele maldito do Darcy ter secado a minha bunda e ter desenvolvido o hábito de ficar tentando ouvir minhas conversas.

Eu falo de Lydia ter ficado bêbada e subido em cima do balcão, logo depois de ter dado em cima de Bingley na frente de Jane. Sinceramente, como a Jane não se incomodava com essas coisas ia além da minha compreensão. Eu também falo da Kitty ter quase saído no tapa com uma garota, porque estava dando em cima do namorado da mesma. Eu falo da Mary reclamando de absolutamente tudo na balada e dizendo para Charlie onde ele deveria nos levar da próxima vez.

Foi trágico.

Charlie fora anormalmente receptivo da coisa toda e pareceu se divertir horrores. Ainda bem que tinha alguém de boa la. A cara de nojo de Darcy e as irmãs de Bingley mostravam que, chegando em casa, ele ia ouvir muita reclamação.

Mas tudo bem. Charlie e Jane eram perfeitos um para o outro e eu continuava botando muita fé nos dois como casal. Eu sabia com certeza absoluta que tudo ia dar certo. Daí veio aquela meio que fatídica sexta-feira.

Charlie tinha chamado Jane para jantar no apartamento dele. Com ele e as irmãs. Sério, qual o problema desse homem?

Jane estava vasculhando a casa em busca de um par de sapatos seus que adorava, até ela lembrar que Lydia também os adorava.

-Eles estavam largados embaixo da cama dela. –Jane bufou levemente frustrada –Eu não ligo que ela pegue emprestado, mas o que custa devolver?

-Cuidado, Jane. Parece que você está reclamando. –eu provoquei de leve.

Jane mostrou a língua para mim.

-Me deseje boa sorte. –ela pediu.

-Por que? Você está indo em uma missão?

Jane espremeu os lábios e não respondeu.

-Ta é? –eu insisti –Talvez você esteja planejando seduzir Charlie.

Os olhos dela se arregalaram e eu aposto que os meus também.

-Você está? –eu perguntei chocada.

-Não exatamente! –Jane defendeu-se sem graça –Mas mais ou menos.

-Faço votos. Divirta-se e me traga sobrinhos.

Jane arremessou uma almofada em mim.

Mas tinha um probleminha: havia uma razão para os sapatos estarem em baixo da cama.

-O que tem de errado com eles? –eu quis saber, quando Lydia finalmente apareceu mais tarde.

-Eu não lembro. –ela falou dando de ombros.

Eu queria matar a piriguete.

Mas eu descobri logo qual o problema com o sapato, quando Charlie ligou para avisar que Jane ia ficar hospedada na casa dele uma semana, porque ela torcera o tornozelo!

-O salto do sapato dela estava solto. –ele me falou por telefone –Ela estava descendo a escada quando ele cedeu totalmente e ela caiu. Felizmente não quebrou nada, mas o médico pediu para ela deixar a perna em repouso absoluto por uma semana. A casa de vocês tem muita escada, então eu pedi para Jane ficar aqui, assim ela vai descansar mais a perna.

Jesus amado, esse homem tinha que ser tão cavalheiro assim? Onde estão os outros da espécie dele?

-Ah verdade! O salto estava quebrado. –Lydia falou –Sabia que tinha algo errado.

Eu queria sufoca-la.

Eu perguntei a Charlie se podia passar la para ver Jane no dia seguinte e ele me convidou para almoçar com ele, Darcy e Caroline.

Meu Deus, homem! Desapega de sua família e desse animal do seu amigo!

E no fim não tinha como falar não, porque eu acabara de dizer que estava livre e queria ve-la. Agradeci graciosamente.

No dia seguinte, vou eu para o apartamento de Bingley, que fica em Chelsea. Esse homem é rico. O prédio que ele mora é ridículo de lindo, toda a entrada em mármore branco, com um cara que fica parado lá só para abrir a porta!

Aliás, dito cara me olhou de cima a baixo quando eu entrei. Acho que ele estava considerando seriamente me arremessar para fora quando eu disse que estava la para ver Charlie Bingley. Ele ainda não pareceu feliz em me deixar entrar  no elevador social. Babaca.

Mas assim, eu nem me esforcei. Sinceramente, ficar pensando no que esse povo quer me ver usando é cansativo, então eu me vesti como sempre me vestia para sair de sábado durante o dia: jeans, tênis e camiseta. Se eles têm um problema com isso... Bom, o problema é deles.

Charlie, obviamente, morava na cobertura. Sinceramente, nada mais me choca a essa altura. Cada andar naquela prédio tinha um apartamento inteiro. Eu nem queria imaginar o tamanho (e o valor) daquilo.

Charlie estava me esperando na porta.

-Oi, Lizzie. –ele sorriu.

Ah, se ele não fosse tão fofo eu o odiaria por ser tão rico.

-Oi, Charlie. Como está a Jane?

-Insistindo que está me dando trabalho e precisa ir embora. –ele falou com um sorriso cheio de carinho –Você tem que convence-la a ficar até estar melhor.

-Claro... –tentei conter um sorriso, mas era meio difícil –Posso ve-la?

-Claro. Olha eu aqui te bloqueando na porta. –ele soltou uma risada sem graça –Vem, eu te levo ao quarto.

Se aquilo era um quarto de visitas eu ia começar a chorar toda vez que entrasse no meu quarto. Sinceramente! Tinha até um closet na adorável suíte onde Jane estava. A cama nem se fala...

-Ei, Jane! Eu trouxe uma mala para você! –declarei assim que entrei no quarto. Charlie disse alguma coisa sobre nos dar privacidade e nem entrou.

-Mala? Não, Lizzie! Eu tenho que ir embora. –ela falou rapidamente –Eu não acredito que estou aqui...

-Ah por favor. –eu larguei a mala no chão e me sentei na cama ao lado dela –Charlie está todo bobo sobre ter você aqui. Ele até me falou em como era bom te ter aqui, daí tentou consertar dizendo que claro que não era bom que você estava machucada, dai se enrolou... Enfim. Uma fofura. Case com aquilo.

Jane mordiscou seu lábio sem graça.

-Como você está? –eu perguntei mais séria.

-Entediada. –ela admitiu –Charlie é um amor, ele me mantém companhia, assiste filmes comigo, mas eu me sinto uma inútil.

-Eu tenho a solução para isso. –eu declarei, puxando o laptop dela da bolsa que eu trouxera –A maioria das pessoas ficaria feliz em ter uma folga, mas eu sei que você vai querer trabalhar.

-Lizzie, você é uma heroína! –ela declarou animada –Eu estava pensando no que ia fazer a semana inteira quando ele estivesse trabalhando.

-Eu sou incrível assim. –falei de forma graciosa, fazendo Jane rir.

-Você vai ficar para o almoço? -ela quis saber.

-Vou. –eu bufei –Você tem que fazer o Charlie parar com essa mania de ter que envolver aquele mala do Darcy e as irmãs dele em tudo. Isso vai ser um problema quando vocês casarem.

Jane me lançou um olhar de desaprovação.

-Lizzie, Darcy não é tão ruim quanto você pensa. Muito menos Caroline.

-Sua inocência é adorável, Jane, embora preocupante.

Eu a ajudei a se levantar e pegar as muletas. Como Jane conseguia ser graciosa de muletas eu nunca ia enteder.

Nós chegamos a sala de jantar –porque obviamente Charlie tinha uma dessas –onde nossos outros queridos amigos ja estavam. Bingley levantou-se imediatamente para ajudar Jane. Sério, eu quero um para mim.

Darcy também se levantou. Idiota.

-Lizzie. –ele falou acenando para mim com a cabeça.

-Darcy.

-Eliza querida! –Caroline levantou-se e veio até mim, dando beijinhos no ar ao lado das minhas bochechas.

-Caroline. –eu falei tentando ser levemente educada. Só levemente.

-Pobre Jane. –ela falou com aquele jeito falso de sempre –Nos deu um susto. Um salto quebrado é sempre um problema. Ainda bem que Charlie estava lá para resgata-la.

Havia algo no tom dela, no jeito de falar, como se estivesse sugerindo que Jane fizera tudo de propósito. Um desses dias eu vou arrancar o cabelo dessa maldita.

Todos nós sentamos, com Charlie prestando atenção extra a Jane, sentando-se ao lado dela. Por algum motivo estranho Darcy sentou-se na ponta da mesa e eu acabei tendo que sentar do lado de Caroline.

-Seu apartamento é lindo, Charlie. –eu falei, tentando começar uma conversa neutra.

-Obrigado, Lizzie. –ele sorriu –Depois do jantar eu posso te oferecer um tour.

-Eu adoraria.

-Sim, o apartamento de Charls é lindo. –Caroline falou –Embora nada realmente se compare a casa em Mayfair de Darcy. Ah, o bom gosto.

Acho que eu vomitei um pouco aqui.

-Eu admito que eu prefiro o chalé de Derbyshire. –Charlie comentou –Eu tenho boas memórias dos verões de la.

Sinceramente, quanto rico era esse infeliz? Casa em Mayfair? Uma dessas custava milhões hoje em dia. E claro que ele tinha um chalé. Aposto que tem um aras perdido ai em algum lugar, possivelmente um iate ou dois.

-Claro, vocês estudaram juntos. –Jane sorriu, obviamente ja tendo ouvido histórias do tal chalé em Derbyshire –Eu imagino que vocês passaram muitos verões juntos.

-Nós passamos muitos deles no chalé da família do Darcy. –Charlie falou animado –Nadando, correndo, sendo meninos.

-Como nós, só que sem o chalé. –Jane piscou para mim.

-Bom, eu acho que chamar a casa dos pais da Lydia e da Kitty de chalé seria meio que exagero, mesmo sendo no campo e bucólico. –eu comentei –Mas estávamos fazendo mais ou menos as mesmas coisas: nadando, correndo... –esperei Caroline e Darcy levarem os copos a boca e então... –Praticando beijos umas nas outras e fazendo guerras de travesseiro sem roupa.

A reação dos dois foi bem melhor do que esperava: Darcy engasgou e Caroline cuspiu o vinho que colocara na boca. Charlie parecia que ia morrer de tanto rir.

-Lizzie! –Jane falou chocada.

-Desculpa, eu não sabia que era segredo. –pisquei para ela.

Charlie quase caiu da cadeira de tanto rir.

XxX

Nós terminamos o almoço sem outros grandes conflitos. E, embora eu tenha quase matado Darcy engasgado, ele parecia estar contendo um sorriso ao fim da coisa toda. Ele devia ter sorrido, porque segurar fazia parecer que ele tinha chupado um limão. E, sou segura o bastante no meu desgosto por esse ser, que posso falar que bateu uma curiosidade. Eu sempre vi Darcy com aquela cara de sério dele, como se ele fosse a melhor coisa do mundo, eu me pergunto se ele sabe sorrir.

Pelo jeito vou continuar me perguntando.

-Darcy, da próxima vez que você falar com sua irmã você tem que mandar a ela um beijo em meu nome. –Caroline estava falando.

Darcy, que desde que saímos da mesa parecia ter cansado de se misturar com os mortais, mal levantou os olhos da tela do seu celular para responder.

-Georgiana tem celular e você tem o número dela. –ele falou.

Ah, a vontade de rir...

-Claro, nós somos grandes amigas. –Caroline persistiu, sem perder um segundo –Georgie é uma menina tão adorável: tanta classe, beleza e estilo... Algo muito difícil de se ver numa menina tão jovem.

Havia essa intensa vontade dentro de mim de bocejar.

-Eu ouço falar muito da sua irmã, Darcy. –Jane sorriu para o babaca –Quando nós vamos ter o prazer de conhece-la?

Darcy finalmente dignou-se a levantar a cabeça e olhar para Jane.

-Georgiana é muito ocupada com a faculdade, mas oportunidades não vão faltar. –ele garantiu –Ela me disse esses dias que está curiosa para poder te conhecer, Jane.

-Bom, eu prometi uma festa para Lydia e Kitty. –Charlie falou de repente –Quem sabe ela pode vir nessa.

-Uma festa? –eu perguntei chocada –Charlie, não deixe as duas serem folgadas!

-Mas eu achei uma ótima ideia! –ele argumentou –Algo mais pessoal do que uma balada, com bons amigos e boa música. É uma ideia fantástica.

Eu suspirei.

-Eu quero sua sandália prata. –falei na hora virando para Jane.

Ela começou a rir.

-Eu acho que o Charlie não quis dizer que a festa vai ser agora. –ela provocou.

-Eu tenho certeza que não, mas antes que qualquer outra pessoa peça, eu quero a sandália.

-Você sabe o que vai usar com com ele? –ela arqueou a sobrancelha.

-Claro que sim. Algo que eu provavelmente não devia.

Jane começou a rir, Caroline cansou de ficar em silêncio e ser ignorada e começou a falar de roupas. Mas eu senti o olhar de Darcy sobre mim, então virei-me para ve-lo, pra variar, olhando para mim como se eu fosse um mistério enorme. Dessa vez, eu arqueei a sobrancelha para ele, como que perguntando qual era o problema.

E pela primeira vez desde que o conheci, vi Darcy abrir um pequeno sorriso, daquele de alguém que sabe uma coisa que você não sabe, só um cantinho da boca levantado.


O solavanco no meu estômago? Indigestão. Como certeza absoluta.

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N/A: Ah Lizzie Bennet.... Tu ta ferrada!

A capa da vez é a Kitty.

Espero que tenham gostado!

Comentem!

B-jão

O Contato - Capítulo 6


Capítulo 6

Darcy ia ficar por ali. Não voltava pra Nova York nunca mais.

Londres era tudo de bom, os ingleses eram tudo de bom, os carros tinham as direções do lado errado e o povo tomava chá! O que tinha pra não gostar ali?

Bom, o tratamento do povo que ela estava visitando deixava muito a desejar. A secretária a estava encarando fazia dez minutos, tentando parecer intimidante, sem muito sucesso. E nem oferecera um copo de água para alguém que viera dos Estados Unidos visitar de forma educada.

Muito feio.

O telefone na mesa da mulher tocou. Ela atendeu sem tirar os olhos de Darcy.

Querida, por favor. Ela morava com Natasha, Pepper e Hill! E May vinha visitar com frequência. Ninguem no mundo assustava mais que elas.

-Certo. –senhorita Moneypenny (sem rir, Darcy) falou, então desligou o telefone –Você pode entrar.

Darcy levantou e entrou na sala, sem nem falar “obrigada”. Ela estava brava.

No escritório estavam três homens. É, ela ia empacotar e por os três na mala. Brincadeira. Ela não era muito chegada em caras mais velhos.

Menos Steve.

Ele tinha noventa anos, mas não era velho. Assim, no sentido mais literal da palavra. Ou no físico, porque o físico dele...

Ta, ela ia parar de pensar agora.

Na verdade, dois dos caras eram mais velhos, o outro devia ser o estagiário que veio trazer o xerox ou coisa assim.

-Esse telefone é fantástico. –estagiário disse balançando o StarkPhone dela –Eu nunca vi nada do tipo.

Ja na entrada do prédio tinham confiscado absolutamente tudo dela. Telefone incluso.

-É um modelo exclusivo, presente de Tony Stark, colega. Obviamente você nunca viu nada igual. –ela retrucou.

-E você recebeu um snapchat de um tal de da_hawk. –ele informou –Um cara loiro de toalha.

Darcy arregalou os olhos.

-Se o Clint me mandou uma foto do Steve de toalha e eu perdi por sua causa, você ta morto, estagiário!

Foi a vez dele arregalar os olhos.

-Estagiário? –ele repetiu ultrajado –Quem você está chamando de “estagiário”?

-Q. –o cara com menos cabelo chamou –Calma.

Darcy olhou a figura de cima a baixo. Obviamente esse era o tal M, que mandava na coisa toda. E por “coisa” ela queria dizer a MI6.

Mas tinha alguma coisa...

-Meu... Se você não tivesse nariz você seria o Voldemort. –ela declarou.

Os três caras olharam para ela, como se ela fosse louca.

-Voldemort? Aquele que não deve ser nomeado? –ela insistiu –Qual é! Harry Potter, pessoas, vocês são britânicos, pelo amor de Deus! –falou inconformada com tanta ignorância -Quando eu comecei a fazer esse trabalho eu estava na esperança de que alguem me disse que bruxos existem e me mandassem pra Hogwarts, mas até agora não rolou. Eu ainda tenho esperanças com os vampiros. Mas não do tipo Crepúsculo, porque aquilo não é vampiro. Algo mais na linha Underworld.

Os três ainda estavam olhando para ela. Bom, o tal Q estava rolando os olhos com tanta força que era capaz de eles desrosquiarem e caírem no chão.

-Para quem você disse que trabalha mesmo? –o gêmeo de Voldemort disse.

-SHIELD.

O outro cara, que ela até agora nem imaginava que fosse, deu uma risada seca.

-Vocês não estão por cima no momento. –ele falou.

-Olha quem fala. –ela retrucou –Vamos fingir que não explodiram a sede oficial de vocês, que não hackearam seus computadores e causaram a morte de vários agentes infiltrados. Ah, e mataram seu chefe anterior.

M estreitou os olhos.

-Você tem um jeito muito curioso de fazer amigos. –ele falou.

-Foram vocês que começaram a grosseria. –ela respondeu –Eu to aqui de boa.

M revirou os olhos.

-Eu sou M. –ele falou por fim –Esse é Q e esse é...

O outro cara aproximou-se oferecendo a mão para ela.

-Bond. James Bond. –ele falou com um pequeno sorriso.

-Lewis, Darcy Lewis. –Darcy falou apertando a mão dele –Eu achei que você fosse mais alto.

Ele estreitou os olhos.

-O Clint diz que é mais alto que você. –ela continuou.

-Se você está falando daquele inútil do Clint Barton, isso é mentira. –ele falou na hora –Eu sou mais alto que ele.

Darcy não acreditava muito. Estava achando que os dois tinham o mesmo tamanho, isso sim.

-A gente pode falar de negócios? –Darcy pediu –Eu tenho um ingresso pra London Eye e pro Madame Tussaud, além de passagem pra Surrey e Cambridge ao longo dessa semana. Eu não tenho tempo pra perder com vocês, colegas.

-Eu acho que gosto dela. –Bond declarou para M.

-Eu ainda tenho minhas dúvidas. –Q resmungou.

-Eu sei que não gosto de você. –ela retrucou para o rapaz.

-Eu dei um screen capture e salvei sua foto. –ele informou.

-Você é minha nova pessoa preferida no universo, Potter. –ela falou animada –Me devolve meu celular e me oferece chá. Precisamos ter uma conversa entre adultos.


Os três homens reviraram os olhos de novo.

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N/A: E Darcy chegou a Londres! Imagina o estrago que ela consegue fazer nessa cidade!

A turma da vez é a galerinha radical de James Bond. Eu coloquei a linha do tempo como logo depois dos eventos de "Skyfall" (2012), quando Ralph Fiennes (que por acaso também é o Voldemort) vira o M. Daniel Craig é Bond (e não, eu não gosto e não supero). Aliás, de acordo com o Google ele e o Jeremy Renner tem exatamente a mesma altura (1,78)

Espero que vocês gostem!

B-jão


terça-feira, 15 de setembro de 2015

A Senhora de Nárnia - PARTE 3: O Retorno do Rei - Capítulo 15



Capítulo 15

-Quer dizer que vocês se encontraram com os narnianos por acaso? –Aragorn estava perguntando curioso.

O grupo deles ia em direção a Isengard, sem saber o que deviam esperar. Porém Gandalf insistia em falar com Saruman.

-Não exatamente por acaso. –Éomer falou –Eles estavam buscando a Rainha Susan. Aparentemente Aslan sabia onde encontra-la de algum jeito. No primeiro momento, quando vimos um exército de criaturas estranhas se aproximando, tivemos certeza de que era um ataque de Saruman. Porém eles estavam balançando uma bandeira branca. Eu nunca vi criaturas como aquelas. Foi surpreendente.

-Rei Edmund estava com eles? –Boromir perguntou.

-Sim. –Gandalf confirmou –Eles estavam em um grupo bem maior. Porém, o rei me informou do que Elrond aconselhara e eu concordei. Ele foi para Gondor com um segundo pelotão, guiado por um dos homens de Éomer.

-Como são os irmãos da Rainha? –Gimli perguntou curioso.

-Rei Peter é o que, obviamente, comanda mais. –Gandalf falou –Os irmãos seguem o que ele fala, embora ainda seja jovem e arrogante demais. Edmund é reservado, mas é o que se impõe contra o Rei Peter, se necessário. A Rainha Lucy é, de longe, a mais interessante. Corajosa, leal, cabeça firme... Ela parece ser a mais próxima de Aslan.

-E como esse Aslan se encaixa nesse quadro? –Legolas quis saber.

-A princípio eu achei que ele era um conselheiro. –Gandalf falou –Como alguem de grande sabedoria que os irmãos escutam. Porém, estando com eles é fácil perceber que não é isso. Embora eles sejam os Reis e Rainhas e dêem as ordens, é claro que Aslan tem algum tipo de poder e é, de certa forma reverenciado. Como se fosse um deus.

-Do jeito que Susan fala dele, é o que parece mesmo. –Boromir cedeu –Ela sempre fala que tem fé em Aslan.

-As histórias sobre Nárnia sempre falaram sobre o Grande Leão. –Gandalf cedeu –Ele é uma criatura de grandes poderes. Supostamente, é claro.

-Ele pulou na batalha sem hesitação alguma. –Éomer ofereceu.

-Os narnianos estão, aparentemente, acostumados com elas. –Aragorn opionou.

-Não vou negar que tive receios. –Éomer falou –Nárnia, para mim, sempre foi uma história contada para crianças. Eu nunca imaginei que o lugar realmente existisse.

-Nós estávamos todos errados nesse caso. –Boromir falou.

-Eu devia ter imaginado que Lady Susan era uma Rainha. –Éomer falou –Ela é graciosa demais para ser qualquer outra coisa.

-Ele é atrevida demais, isso sim. –Théoden resmungou.

Aragorn e Boromir trocaram olhares divertidos.

-Eu confesso que me vejo intrigado e encantado. –Éomer falou –Eu gostaria de conhece-la melhor.

Gimli começou a rir atrás de Legolas, até que o elfo lhe lançou um olhar irritado.

-Isengard. Finalmente! –Gandalf exclamou.

-O que aconteceu aqui? –Boromir perguntou-se em voz alta ao ver a fumça e as ruínas.

-Acho que vamos descobrir agora. –Gandalf suspirou.

-Bem vindos, meus senhores, a Isengard! –uma voz muito familiar declarou animada.

XxX

Susan, Peter e os demais narnianos ajudaram a trazer os feridos para Edoras. Uma ala fora providenciada para abriga-los e todos que estavam em condições ajudavam a cuidar dos mais fracos.

A Rainha estava feliz por ter seu povo ali. Não que não confiasse nos amigos que fizera na Terra Média, mas sabia que a sua força vinha, principalmente, de seus irmãos e do povo de Nárnia.

-Susan!

Virou-se ao ouvir seu nome ser chamado. Um enorme sorriso abriu-se em seu rosto ao reconhecer dois jovens hobbits que temia nunca mais ver.

-Merry! Pippin!

Os dois correram na direção dela e a abraçaram.

-Eu não acredito! É uma bênção ver vocês dois! –ela falou apertando-os contra si.

-Nós tomamos Isengard! –Pippin declarou orgulhoso.

-E derrotamos Saruman! –Merry completou.

-Parece uma história incrível. –ela falou –Vocês podem me contar depois que descansarem, na festa de hoje.

-Aragorn disse que seu irmão mais velho está aqui. –Merry falou –Você pode nos apresentar?

-Com toda certeza. –ela garantiu.

-E por que Gimli fica falando do Rei Caspian a todo minuto? –Pippin perguntou confuso –Gandalf disse que ele está em Gondor.

Susan arqueou uma sobrancelha.

-Ele está. –ela afirmou –Eu nem imagino o que Gimli pode estar fazendo.

Merry abriu a boca, como se soubesse a resposta, então pareceu decidir-se por ficar quieto.

-Venham. Eu vou leva-los para comer algo e descansar. –Susan ofereceu.

-Vossa Majestade disse todas as palavras certas numa frase só. –Pippin falou animado.

XxX

 O banquete começou com o Rei Théoden brindando aos que caíram em batalha. O silêncio no salão era profundo, como se cada pessoa ali pudesse ver diante de seus olhos as faces dos que caíram no Abismo.

Uma parte da refeição também passou-se em silêncio, até os faunos uniressem aos homens de Rohan e providenciarem música e dança.

As canecas estavam cheias de bebida, os pratos cheios de comida e havia risadas por todos os lados. Estavam vivos e, agora, era o que importava.

Susan estava usando um vestido emprestado de uma outra dama, essa mais próxima ao seu tamanho, então a Rainha não sentia como se fosse sufocar. O verde esmeralda da peça era lindo e ela sentira-se mal por pegar algo tão belo emprestado.

-Oras, você é uma rainha, não é? –a mulher dissera quando Susan expressara sua preocupação.

Então la estava, andando pelo salão. Foi quando viu Eowyn oferecendo um cálice para Aragorn. Esperou o guardião afastar-se, antes de pega-lo pela mão e puxa-lo.

-Você tem que dançar comigo! –ela exigiu num sorriso.

Aragorn pareceu confuso por um segundo, então sorriu de volta.

-Eu não sei nenhuma das danças comuns em Rohan. –ele falou.

-Ótimo, eu também não. –ela falou –Seremos estranhos juntos.

Aragorn soltou outra risada, mas permitiu-se ser puxado para onde os demais dançavam. Entre risadas e erros, os dois dançaram.

XxX

Legolas viu, com certa fascinação, Gimli tombar para trás, perdendo o jogo que jogavam. O anão não aguentara terminar sua vigésima caneca de cerveja. O elfo sentia-se levemente zonzo depois de 22, então não sabia qual reação era a mais comum.

Virou-se para onde os casais dançavam, bem a tempo de ver Aragorn por as mãos na cintura de Susan e levanta-la. A Rainha soltou um gritinho surpreso e pôs as mãos no ombro do guardião, mas no final ria.

Seu olhar voltou-se para Éomer, que também estivera observando a cena. O cavaleiro estava mesmo encantado pela Rainha.

Não que ela demonstrasse alguma preferência. Aliás, Susan demonstrava muito pouco nesse sentido. Sabia que ela se preocupava com todos e os considerava amigos. Mais que isso? Nunca.

Porém, Legolas não estava pronto para desistir. Muito menos agora.

XxX

Quando a dança terminou e todos aplaudiram um grupo de rohirrim se aproximou de Susan e Aragorn.

-Majestade! –chamaram a jovem –Você nos daria o prazer de uma canção?

-Eu? –Susan sentiu seu rosto corar –Eu não uma boa cantora...

-Por favor! –alguns deles insistiram.

Ela olhou perdida para Aragorn.

-Eles acabaram de perder amigos e entes queridos numa batalha, Susan. –ele falou com um sorriso gentil –Todos só querem esquecer por hoje. O que melhor de ouvir uma bela mulher cantar? Escolha algo leve, que os fará sorrir.

Susan suspirou, então parou para pensar. Havia essa música muito tola que as meninas na corte de Cor adoravam cantar, sobre uma camponesa apaixonada por um cavaleiro do rei... Os homens sempre riam dessa.

Ela foi até os faunos e pediu a ajuda deles, porque não ia conseguir cantar sem uma melodia. Então foi para o meio do salão e cantou.

XxX

-Eu conheço essa música. –Cor falou com um sorriso.

Peter revirou os olhos.

-Não faça essa cara, Peter. –Cor riu –Deixa Susan se divertir por uma noite. Ela passou por muito.

-Rei Cor tem toda razão, Majestade. –Reepicheep interviu.

-O tal Aragorn...

-É apenas um amigo. –Reepicheep respondeu rapidamente.

-Boromir? –Peter insistiu desconfiado.

-Também.

-O elfo?

Isso fez Reepicheep emburrar.

-Ele está cheirando atrás de nossa rainha, mas eu estive protegendo-a!

Cor riu.

-Eu tenho certeza de que Susan consegue se cuidar sozinha. –ofereceu.

-Mesmo assim, Reep. –Peter falou –Continue com o bom trabalho.

Cor bufou. Esses dois não tinham jeito.

XxX

Susan terminou sua canção sentindo-se sem folêgo e corada. Aplausos soaram e gritos pediam por mais, embora ela soubesse que não era uma grande cantora.

-Eu tenho uma ideia. –ela declarou quando os homens vieram pedir por mais música –Mestre Elfo!

Os olhos de Legolas voltaram-se para ela imediatamente, então ele se aproximou.

-Majestade. –curvou-se graciosamente.

-Eu ja decidi o que quero de você. –ela falou –Uma canção, agora.

Legolas arqueou uma sobrancelha.

-Você quer que eu cante?

-Sim.

O elfo analisou-a, como se esperasse que a garota estivesse planejando algo.

-Como minha Rainha quiser. –ele declarou por fim.

-Algo doce e suave, por favor. –ela provocou com um pequeno sorriso.

O sorriso que ele abriu mostrava que Legolas estava prestes a virar aquele pedido contra ela.

Susan ouvira os elfos cantando brevemente em Lorien. Porém estivera muito triste para realmente apreciar.

Agora toda sua atenção estava em Legolas. A voz dele era como algo que nunca ouvira antes, limpa, pura, poderosa. Obviamente outro dom dos elfos.

A música era em élfico e falava sobre um jovem elfo apaixonado pelas estrelas. Quando Legolas chegou na parte em que o elfo descrevia o que sentia ao olhar para elas, virou-se para Susan e ajoelhou-se, como se a música fosse uma declaração para ela.

Os Rohirrims podiam não entender a letra, mas pareciam entender a situação pela pose do elfo e o vermelho do rosto da Rainha. Aplausos e assobios correram pelo salão.

Mas os olhos de Legolas nunca deixaram Susan.

XxX

Susan sorriu vendo os últimos homens rindo. Os Rohirrim eram um povo incrível: aceitaram os centauros, minotauros e faunos com braços abertos. Estavam todos juntos bebendo, dançando e cantando.

Sabia que os homens queriam conversar com os cavalos no dia seguinte. Seria uma experiência muito interessante para os que eram conhecidos como Mestres dos Cavalos, ela tinha certeza.

A Rainha cobriu a boca para bocejar e resolveu fazer o caminho até o quarto que estava dividindo com Eowyn e outras mulheres.

-Majestade.

Susan parou e voltou-se para Éomer.

-Lorde Éomer. –ela sorriu –Eu ainda não tive a chance de agradece-lo por vir em nosso resgate. Eu fico feliz em ve-lo bem. Eu estava preocupada depois da última vez que o vi.

-Eu posso dizer o mesmo. –ele falpu aproximando-se –Vossa Majestade não saiu da minha cabeça nem por um minuto desde que nos conhecemos.

-Me chame de Susan, por favor. –ela falou.

-Muito bem. –ele sorriu –Susan, eu sei que mal nos conhecemos, mas não posso negar que acho você a mulher mais bela que eu ja vi.

Ele era direto. Susan não estava exatamente surpresa pela confissão, mas também não esperara algo tão cedo.

-Éomer...

-Eu sei que estou sendo ousado demais. –ele aproximou-se e pegou a mão dela –Mas eu sei o que sinto. Susan, eu posso ter esperanças?

-Eu sinto muito, Éomer. –ela falou sincera –Mas eu não acho que você devia.

-Seria por causa do elfo? –ele perguntou.

-Não. –ela respondeu –Ele não tem nada a ver com isso. A verdade é que eu não estou aqui permanentemente, Éomer. Minha terra é Nárnia e eu voltarei para lá um dia.

-Eu prefiro ter um pouco mais de esperança. –ele falou com um sorriso.

Susan não conseguiu segurar um sorriso.

-Você está perdendo seu tempo comigo, lorde Éomer, mas fique a vontade.  –ela falou –O tempo é seu, obviamente.

-Obrigado, Majestade. –ele provocou de leve –Porém, eu acho que talvez eu precise de um argumento mais forte em meu favor.

-Como o que? –ela perguntou confusa.

Éomer esticou o braço e pousou a mão na nuca de Susan. Antes que ela tivesse tempo para protestar ele colou seus lábios aos dela.

Ela sentiu-se congelar por um momento, porém quando estava para empurra-lo, o cavaleiro afastou-se.

-Bons sonhos, Majestade. –ele curvou-se mais uma vez e saiu assobiando.

Susan ficou parada por uns instantes, então tocou sua boca com as pontas dos dedos.

-Não é que o maldito beija bem? –refletiu sozinha.

XxX

Foi a gritaria que acordou Susan. As vozes estavam elevadas e quando ela chegou a sala onde a maioria dos homens dormia. Gandalf estava segurando Pippin, que estava caído no chão, falando com ele com ugêrncia.

A Rainha aproximou-se de Merry, que parecia estar congelado.

-Merry. –ela chamou delicadamente –O que houve?

-Pippin... –ele falou, olhos fixos no amigo –Pegou a bola de cristal de Saruman...

-O que? –ela perguntou confusa.

-O Palantir. –Aragorn informou de sua posição –É um objeto de poder maligno, diretamente ligado a Sauron. Nós recuperamos em Isengard.

Susan abraçou Merry contra si, então seu olhar foi parar em Aragorn.

-Você o tocou também? –perguntou preocupada.

-Para tentar tira-lo de Pippin. –o guardião falou.

-Isso vai ser um problema? –ela quis saber.

-Provavelmente. –Legolas respondeu em silêncio.

Eles tiveram que reunir todos para discutir o que acontecera e então já era manhã. Gandalf parecia extremamente ansioso.

-Não havia mentira nos olhos de Pippin. –Gandalf estava explicando para Théoden –Um tolo. Mas permanece sendo um tolo honesto. Ele não disse nada a Sauron a respeito do Anel e de Frodo.

Susan estava sentada ao lado de Pippin, segurando sua mão e todos no salão estavam em silêncio e preocupados.

-Fomos estranhamento afortunados. –Gandalf prosseguiu –Pippin viu no Palantir um reflexo do plano do inimigo. Sauron está se movendo para atacar a cidade de Minas Tirith.

Os olhos de Susan foram automaticamente para Boromir.

-Nosso inimigo aprendeu uma coisa com a derrota no Abismo de Helm. –Gandalf falou -Ele sabe que o herdeiro de Elendil surgiu. –os olhos de Aragorn foram parar de forma desconfortável em Boromir -Os homens não são tão fracos quanto ele supunha. Ainda resta coragem, força suficiente para talvez desafiá-lo.

Gandalf lançou um olhar a Aslan.

-Eu imagino que a presença forte dos narnianos também o tenha preocupado. –ele cedeu –Está claro que vocês nos ajudarão a fazer a diferença nessa guerra. Sauron teme isso. Ele não arriscará os povos da Terra Média unindo-se sob um novo líder. Ele destruíra Minas Tirith antes de verum rei retornar ao trono dos homens. Se os faróis de Gondor forem acesos, Rohan deve estar pronta para a guerra.

-Diga-me... –Théoden começou com calma –Por que devemos cavalgar em auxílio àqueles que não nos ajudaram?

-Você está falando sério? –Peter soltou inconformado –Porque até onde eu me lembro nós viemos auxiliar de boa vontade. Pelo bem maior.

-Escute aqui, rapazinho...

-E quem não quis pedir ajuda a Gondor no Abismo foi você. –Susan falou também.

-Eu vejo que desrespeito é um mal comum na família. –Théoden falou por entre os dentes.

-Eu vou. –Aragorn falou ao mesmo tempo que Boromir, evitando que Susan respondesse.

-Não. –Gandalf falou sem tirar os olhos de Théoden.

-Eles devem ser alertados. –Aragorn insistiu.

-E eles serão. –Gandalf aproximou-se dos dois, parando entre Boromir e Aragorn –Você deve tomar outra estrada para Minas Tirith. Siga o rio e fique atento aos navios negros.

-Eu devo ir, meu pai não ouvirá você, Gandalf. –Boromir insistiu.

-Ele não terá escolha. –o mago falou –Eu prefiro que você fique aqui, dê suporte a Aragorn e mantenha os olhos na Rainha.

Boromir espremeu os lábios numa linha e apenas fez que sim com a cabeça.

-Entendam isso. –Gandalf falou para todos ali –As coisas chegaram a um ponto onde não podem mais ser desfeitas. Eu cavalgarei para Minas Tirith, mas não irei sozinho. –o olhar dele sobre Pippin deixava bem claro quem o acompanharia naquela jornada.

XxX

Merry estava de coração partido com a partida de Pippin. Susan sabia que ele temia nunca mais ver o amigo.

Ela mesma tivera vontade de ir para Gondor e ver os irmãos. Não gostava de saber que os dois estavam na próxima cidade a ser atacada. Aslan dissera que eles deviam ficar ali, então tudo bem. Ela ficaria.

Podia ver que Boromir também preferia ter ido, embora não entendesse porque ele ficara. Não ia mentir: estava feliz por ter Boromir ao seu lado. Talvez estivesse ficando egoísta em relação a ele.

-Susan.

Falando do diabo...

-Boromir. –ela sorriu para ele –Eu imagino que agora nós estamos de volta ao período de espera.

-Sim. –ele falou –Aragorn vai tentar convencer Théoden a atender o pedido de ajuda de Gondor quando este vier. Se vier.

-Você acha que eles não nos pedirão ajuda? –ela perguntou surpresa.

-Meu pai é exatamente igual Théoden: orgulhoso e teimoso demais. –ele admitiu num suspiro –Eu tenho medo do que isso pode querer dizer.

Susan bufou. Estava ficando cheia desses homens orgulhosos.

Boromir ofereceu o braço a ela e junto os dois começaram a fazer o caminho de volta ao castelo. Quando passaram pelos estábulos viram Éomer e alguns de seus homens conversando. O cavaleiro viu os dois e abriu um sorriso para Susan, que virou o rosto rapidamente para esconder que corara.

Infelizmente Boromir viu.

-O que foi isso? –ele perguntou.

-Nada demais.

Ele estreitou os olhos.

-Susan...

-Ele me beijou. –ela admitiu.

Os olhos de Boromir arregalaram-se de forma cômica.

-Beijou? Como ele se atreve? –ele falou inconformado –Eu vou falar com...

-Boromir, não se preocupe. –Susan falou –Não foi nada demais.

Agora sim o capitão parecia passado.

-“Nada demais”?

-Ele estava tentando me convencer a dar uma chance a ele. –ela falou com calma –Ele não foi rude ou me machucou.

Boromir não estava nada feliz.

-Esse nem foi meu primeiro beijo. –Susan ofereceu –E ele beija bem.

Agora sim, Boromir não sabia nem como reagir mais. Susan acabou rindo.

-Você devia ver sua cara. –ela falou.

-Não tem graça, Susan! –ele falou sério.

-Boromir, eu te garanto que está tudo bem. Se não estiver, você será o primeiro a saber.

Isso finalmente pareceu pacificar o capitão. E então foi ele quem começou a rir.

-O que foi? –Susan perguntou confusa.

-Só imaginando a cara de um certo elfo se ele soubesse que, depois de todo esse tempo, ele foi passado para trás por um rohirrim.

Susan revirou os olhos.

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N/A: Eomer, seu safadinho! Alguem ta muito espertinho... Legolas tem que abrir os olhos! hahaha

Para ficar mais romântico, imaginem que a Susan cantou "Falling for you" da Colbie Caillat e o Legolas cantou "Alma Gemea" do Fabio Junior XD De nada pelo visual... hahaha

Espero que vocês tenham gostado!

Comentem, por favor!

B-jão