Capítulo 7
Toni estava tramando alguma
coisa. Steve podia sentir em sua alma.
Depois que ela o pegou no
pulo olhando naquele dia da piscina, Steve ficava bem sem graça de estar no
mesmo lugar que ela. Ficou esperando por uma piada as custas dele que nunca
veio. Era estranho estar desapontado por isso?
Nos dias que seguiram Toni
ficou estranhamente focada no calendário, resmungando para si mesma. Hoje algo
diferente aconteceu.
Toni entrou na cozinha
comunal sorrindo. Quando todos estavam na cidade tentavam tomar café juntos, ou
fazer pelo menos uma refeição “em família”, como Clint chamava.
-Bom dia. –ela declarou
animada.
Steve, Clint, Jane e Bruce,
que estavam ali, jogaram olhares confusos a ela. Toni não era uma pessoa
matinal.
Clint abriu a boca para
perguntar qual era a ocasião especial (e conhecendo o arqueiro e Toni, ia sair
de alguma forma sexual) quando o celular de Toni apitou. A bilionária checou a
tela com um sorriso maníaco, digitou uma resposta e guardou o aparelho.
-Jarvis, a senhorita Potts
não deve ser incomodada. –ela declarou para as paredes -Nada de passar ligações
para ela, a não ser que seja urgente. Todo o resto pode ser repassado pra seja
lá quem for assistente dela.
-Sua definição de urgente ou
a dela, senhorita? –a voz inglesa que vinha do além quis saber.
-A minha. –Toni respondeu
como se fosse óbvio.
-Eu acho que não devia
perguntar, mas... –Clint começou -Qual a sua definição de urgente?
-Fogo na casa, ataque
alienígena, revolta das máquinas e apocalipse zumbi. –ela respondeu com
facilidade.
-Você está realmente esperando
um apocalipse zumbi? –Jane perguntou confusa.
-Eu não estava esperando uma
invasão alienigena e veja no que deu.
A cientista pareceu achar
isso uma resposta válida.
-Posso perguntar porque você
está isolando a Pepper do mundo? –Bruce falou.
-Perguntar até pode, mas eu
não vou responder. –Toni falou analisando as próprias unhas –Ah dane-se, vou
sim. Agente Coulson finalmente virou homem e veio atrás dela.
Clint arregalou os olhos.
-Sério? Eu achei que ele
nunca ia criar coragem!
-Ei, como você sabia disso?
–Toni perguntou inconformada.
-Eu e Nat somos os
preferidos dele. –Clint falou orgulhoso de si mesmo –As vezes ele falava dela
pra gente.
-Que coisa mais fofa...
–Toni comentou –O importante é que isso sendo resolvido eu posso riscar os dois
da minha lista e pular para os próximos.
Steve, que estava levando uma
caneca a boca, congelou.
-Que lista? –ele perguntou
preocupado.
-A fantástica lista de
encalhados dessa Torre. –Toni declarou –Pepper era prioridade, porque Pepper
sempre é prioridade, mas agora que isso está resolvido, eu posso me concentrar
nos outros.
Jane era a única que não
parecia alarmada com a coisa toda.
-Espera aí! –Clint falou
–Que lista?
-Não tema, Robin Hood, você
é baixa prioridade. –Toni fez um gesto de dispensa com a mão –Bruce tem a honra
de ser o próximo.
Enquanto Clint estava
dividido entre ficar ofendido e aliviado, Bruce parecia estar a um passo de ter
um ataque de pânico. Nem diante da invasão Chitauri ele parecera tão
estressado.
-Como assim, eu sou o
próximo? –ele quis saber.
-Sendo. –Toni falou com
simplicidade –Ou você toma uma atitude e dá um jeito na Cora, ou ela vai dar um
jeito em você. Só avisando.
-Cora, sua assistente? –Jane
perguntou surpresa –Ela é uma gracinha! Super fofa.
Se tinha uma palavra que
Toni não achava que se aplicava a Cora era “fofa”, mas deixa Jane, né...
-A Cora é afim desse
imbecil, mas é lerda e não fez nada até agora. –Toni falou revirando os olhos
–Mas nós daremos um jeito nisso.
-Toni, eu não me sinto
confortável com isso. –Bruce falou, tentando ser firme.
-Problema seu. –ela declarou
sem simpatia nenhuma.
-Onde o Steve entra nessa
lista? –Clint quis saber –Qual o nível de prioridade dele?
-Ah, ele também ta
precisando de uma. –Toni informou –Mas como eu estou cuidando de assuntos
agora, eu to sem tempo pra resolver esse problema. Então, Capitão, você vai ter
que esperar um pouquinho, mas eu e você chegamos lá. –deu uma piscadela para
ele –Agora eu vou pro laboratório, só me chamem se for urgente.
Ela saiu deixando os quatro
ainda em choque na cozinha.
-Foi impressão minha...
–Jane começou com cuidado –Ou quando ela disse que ia resolver o “problema” do
Capitão, ela quis dizer que ela vai resolver?
XxX
Phil não tinha certeza de
que devia estar fazendo isso. Para ser bem sincero, enfrentar Loki sozinho tinha
sido bem menos assustador.
Apesar de ter sido
assegurado por Toni de que ia dar tudo certo, ele tinha suas dúvidas. Tentou
ligar para Pepper mais uma vez dois dias atrás e, de novo, ela não atendeu.
Talvez esse fosse um sinal (bem claro) de que a faísca que estivera lá antes
não existia mais.
Porém Phil não era do tipo
de desistir. Precisava de uma útlima chance, precisava ficar frente a frente
com ela e ver se perdera o momento mesmo, se já não tinha mais como. Isso tudo
só ia terminar quando Pepper olhasse nos olhos dele e dissesse para desistir.
E, para ser bem sincero,
talvez nem assim.
Era ridículo ainda estar tão
apaixonado por ela? Ter passado mais de um ano viajando o mundo e descobrindo
um pouco de tudo, só para voltar exatamente para o mesmo lugar, para a mesma
mulher?
Não, não era. Porque se
tinha uma coisa que Toni falava e estava cem por cento certa era essa: Pepper
era incrível. Não existia outra mulher no mundo como ela.
Phil respirou fundo ao pisar
no corredor e caminhar até a porta de Pepper. Respirou fundo mais uma vez, por
puro nervosismo, levantou a mão e tocou a campainha.
A porta abriu-se sozinha.
-Entra, Cora! –a voz de
Pepper chamou de algum lugar –Eu achei que você só vinha mais tarde.
Phil entrou no apartamento,
mas ficou parado próximo a porta.
-Não é a Cora. –ele falou,
orgulhoso de ver que sua voz não estava falhando ainda.
Pepper levantou-se na hora
do sofá onde estivera sentada. Phil nunca a tinha visto mais linda, sem um
pingo de maquiagem, de shorts e regata, provavelmente planejando um dia
tranquilo.
-Phil. –ela falou,
obviamente chocada com a presença dele ali –Eu não estava te esperando.
-Jarvis me deixou subir.
–ele falou com um pequeno sorriso.
-Você quer dizer a Toni, né?
–ela falou cruzando os braços.
-É, nós nos encontramos em
Londres. –ele respirou fundo –Pepper, eu gostaria de falar com você. Não vai
demorar e, se depois você não quiser mais me ver, eu vou aceitar.
Pepper descruzou os braços
na hora.
-Certo. Eu... Desculpa,
estou sendo uma péssima anfitriã. –ela deu uma risada sem graça –Você quer
sentar? Quer alguma coisa para beber?
Ela estava nervosa, ansiosa,
e isso parecia ser um bom sinal. Se ela não quisesse falar com ele ja o teria
posto pra fora, não é?
Phil aproximou-se dela com
passos decididos e pegou sua mão.
-Eu quero que você preste
atenção. –ele pediu suavemente –A única coisa boa, e eu não estou brincando, de
ter me envolvido em toda aquela história da “Dama de Ferro” logo no começo foi
você. Sempre foi só você. Eu não ganho o bastante para aguentar uma riquinha
mimada como a Stark e estou longe de ser Jó. Mas lá estava você, sempre no meio
de tudo e, de repente, estar envolvido nessa bagunça significava estar perto de
você. Isso fazia tudo valer a pena.
Pepper parecia chocada.
-Quando você e Toni
começaram a namorar... Bom, parecia ser o fim da linha. Ela podia te dar em
alguns minutos muito mais do que eu poderia em uma vida toda. E você parecia
feliz, realizada e... Isso me fez bem. –ele continuou –Porque ver você feliz me
deixou feliz. Por mais piegas que isso soe. –um sorriso sem graça.
-Phil... –ela começou, sua
voz cheia de choque.
Mas agora que ele tinha
começado precisava terminar.
-E quando vocês
terminaram... –ele suspirou –Eu me permiti ter esperanças como há um tempo já
não tinha. E... –ele hesitou –Já não parecia mais tão platônico, parecia que
tinha uma chance. Mas daí veio Nova York... Eu só preciso saber se para você
acabou, se eu devia ir embora. Porque pra mim nada mudou, ainda não é o fim.
Ele calou-se diante do olhar
de Pepper. Os olhos dela estavam arregalados e ela mal parecia estar
respirando. E de repente os lábios dela estavam nos dele.
Phil não tinha certeza de
como isso tinha acontecido. Aliás, ele nem conseguiu se mover. Mas o beijo foi
bem curto, apenas um toque de bocas, ou melhor, um cala boca.
Ela se afastou rapidamente
dele e tocou suavemente os próprios lábios.
-Eu tive medo. –ela admitiu
–Quando eu vi no noticiário que Nova York estava sendo atacada. Claro que parte
desse medo era pela Toni, porque ela é inconsequente e estava voando com um
míssil. Mas meu medo maior... Era você. O que podia estar te acontecendo? Você
estava bem? Quando você me ligou, preocupado comigo... Eu achei que meu coração
fosse explodir. No bom sentido. –ela deu uma risada tensa –Eu não estava na
SHIELD pra ver a Toni naquele dia. Eu fui pra ver você.
Era a vez de Phil não saber
o que dizer.
-Mas antes que eu tivesse a
chance de te ver, Toni chegou e discutiu com o diretor Fury. Eu fiquei chocada
com o que ele fizera, com o tamanho da mentira, e Toni estava furiosa e eu
sabia que ela precisava de mim naquela hora. –Pepper olhou para o chão –Eu não
conseguia aceitar que você trabalhava para pessoas daquele tipo, que usaram sua
morte de forma tão vulgar... Eu ainda estava nervosa, mais que um pouco
estressada. Os primeiros dias da briga de Toni com a SHIELD passaram tão
rapidamente e eu precisava de tempo, precisava pensar.
Ela passou a mão pelos
cabelos, trocou o anel que tinha de dedo, seu olhar fixo no chão.
-No começo era por isso que
eu não atendia suas ligações, eu precisava pensar. –ela admitiu –Eu estava
tentando conciliar o Phil que eu conhecia com o Agente Coulson. Não estava
muito feliz com a SHIELD, estava trabalhando o dobro na empresa por causa de
tudo o que aconteceu. Quando eu me senti pronta para falar com você, Killian
apareceu.
Phil sentiu um solavanco no
estomâgo. Quando ouvira a notícia de que a casa de Toni tinha sido bombardeada
só conseguia pensar em Pepper. E Fury não o deixou ir até Malibu.
-Depois disso você pode
imaginar como foram as coisas. –ela abraçou-se –Eu não consegui dormir por um
tempo, as vezes ainda não consigo. Eu tive que me livrar daquela coisa no meu
corpo, fazer terapia, refletir, trabalhar ainda mais... Quando eu me senti mais
firme, a primeira coisa que quis fazer foi te ligar. Mas eu não consegui.
Ela finalmente olhou nos
olhos dele.
-Eu não sabia o que ia
falar. –ela continuou –Não sabia o que você queria ouvir, se ainda me queria de
algum jeito. Quando você ligava eu tinha medo que era para falar de negócios e
nada mais. Quanto mais tempo passava, mais medo eu tinha, mais vergonha de ter
esperado tanto. –ela parou, como se não soubesse como prosseguir.
-Espera. –ele pediu
gentilmente –Não que eu queira atrapalhar, mas... Você quer dizer que...
-Não acabou. –ela declarou
–Para mim não acabou.
-A gente pode conversar mais
depois? –ele perguntou com um pequeno sorriso.
-“Depois” parece melhor.
–Pepper concordou.
-Bom. –o sorriso dele
aumentou –Posso...
-Pode. –Pepper completou
–Por favor.
Phil riu e enganchou o dedo
no passador do short de Pepper, puxando-a para perto de si. Quando ela estava
descalça os dois tinham a mesma altura e beija-la era tão fácil... Ela veio sorrindo, envolvendo o pescoço dele
com os braços.
Agora que a tinha era fácil
se afogar em sensações, mas Phil gostava de ir com calma. Queria saborear cada
momento, cada toque, cada beijo. Sem pressa, porque demorara demais para chegar
ali e não queria que acabasse rápido.
Então se beijaram devagar,
até Pepper separar os lábios. O beijo continuou calmo, embora mais profundo,
mais cheio de significado.
Minutos, horas ou meses
depois, quem sabia, os dois se separaram. Testas coladas, narizes roçando e
sorrisos bobos. Tudo estava perfeito.
-Nós precisamos conversar.
–Pepper falou, mas sem parar de sorrir.
-Claro. –Phil assegurou –Nós
temos todo o tempo do mundo, podemos ir com muita calma...
-Não tanta assim. –Pepper
cortou.
Phil pareceu confuso.
-Eu tenho várias fantasias
com esse terno. –ela confessou brincando com a gravata dele, de repente com
vergonha de encara-lo.
Phil sentiu seu cérebro
desligar por um minuto.
-OK... Talvez não tão
devagar assim. -ele falou por fim.
Pepper riu e o beijou de
novo.
XxX
Clint estava na dele
cuidando de seu arco e suas flechas, apenas um homem e suas armas, de boa, no quarto dele. Sabe, sem stress?
É, Natasha não sabia.
Ou podia saber, mas
ignorava.
Um minuto ele estava
sozinho, no segundo seguinte levantou a cabeça e deu de cara com Natasha
encarando-o.
Nem era assim tão chocante
que ela tivesse simplesmente entrado em seu quarto, ela era a única pessoa na
Torre que tinha permissão para isso. Também não era surpreendente que ele nem a
tivesse ouvido, Natasha tinha habilidades que iam além da compreensão de todos.
Não, o que era estranho era o olhar dela. Ela parecia estar medindo-o e ficando
levemente desapontada.
O que ele tinha feito?
-Oi, Nat. –ele falou como se
tudo estivesse bem –Quer uma cerveja? –perguntou estendendo a garrafa na
direção dela.
-O que você pretende fazer
com a Lewis? –ela perguntou sem rodeios.
Clint ficou feliz por não
estar bebendo nada no momento, porque teria engasgado. Aí estava uma coisa que
não esperava de Natasha.
Ou talvez devesse ter
esperado. Os dois se conheciam há anos, não tinha ninguém nesse mundo em quem
Clint confiasse mais (e que irônico que esse alguém fosse uma ex-espiã/assassina
russa que ganhava a vida seduzindo e enrolando homens) e também não havia
ninguém que o conhecesse melhor.
Óbvio que Natasha ia
perceber que tinha alguma coisa. E claro que não ia deixar passar.
-Nada. –ele falou de forma
firme. Mesmo porque se fosse dar uma resposta bem sincera (nossa, tinha tantas coisas que queria fazer com ela) Natasha
provavelmente bateria nele.
A ruiva estreitou os olhos e
cruzou os braços. A resposta de Clint não era o que ela queria ouvir, ou ela
não acreditava nele. De qualquer jeito as coisas iam ficar feias pro lado do
Gavião.
-Posso perguntar por que
“nada?” –ela quis saber por fim.
-E precisa? –Clint revirou
os olhos -Olha, Nat, a Darcy é uma garota incrível. É verdade e eu não tenho
porque dizer o contrário. Mas o que rolou foi coisa de uma noite e acabou.
Natasha ficou encarando-o em
silêncio, como se fosse decifrar tudo que se passava na cabeça dele com um
olhar. Por fim ela pareceu chegar a uma decisão.
-OK. –ela falou com
simplicidade.
Opa, pera lá! Alguma coisa
não estava certa aqui.
-Fácil assim? –ele perguntou
sem esconder sua descrença –Eu acho que devia ficar preocupado...
-É, você devia. –ela
declarou com um sorriso misterioso, antes de virar-se para ir embora.
-Eu não me meto na sua vida,
Nat! –Clint protestou.
-Como se eu precisasse da
sua ajuda. –a ruiva retrucou sem perder um segundo.
Droga. Ele estava ferrado.
XxX
-Toni!
A bilionária levantou a
cabeça da tela para a qual olhava e abriu um sorriso enorme.
-Rhodey! –comemorou.
Largou tudo e foi abraçar o
melhor amigo.
-Parece que faz séculos que
eu não te vejo! –ela comentou.
-Deve fazer alguns meses, no
mínimo. –Coronel James Rhodes admitiu –Mas eu estava em DC e agora tenho dois
dias livres. Resolvi ver você e a Pepper. Aliás... Eu tentei ligar para ela e o
Jarvis não deixava.
-A Pepper está mega ocupada
e não pode ser interrompida! –Toni cortou na hora.
Rhodes jogou um olhar
extremamente desconfiado a Toni.
-Se fosse qualquer outra pessoa
além da Pepper, eu ia desconfiar que você está tentando esconder o corpo. –ele
declarou –Como é a Pepper, eu vou deduzir que você está escondendo alguma coisa
dela.
-Ha ha. –Toni riu irônica
–Sobramos eu e você. Que tal uma balada bem louca, com modelos e vários VIP’s?
-Que tal não? –Rhodey
respondeu –Eu, ao contrário de você, tenho uma reputação a zelar.
-Ei! Eu tenho uma reputação!
–Toni protestou indignada –De rodada e festeira, e tenho o maior orgulho dela.
Levou anos para eu consegui-la.
Rhodey revirou os olhos.
-Vamos tentar algo que não
vá nos fazer aparecer no E! como o escândalo da semana. –ele pediu.
-Ta. Como você é chato.
–Toni revirou os olhos –Eu só vou fazer uns ajustes num projeto e nós podemos
ir. –ela falou indicando o StarkPad em sua mão.
-Que tal você trabalhar
menos? –ele provocou –Pelo menos é o que você vive falando pra mim. Me dá isso.
–ele tirou o tablet da mão dela.
-Me dá isso agora, Rhodey!
–Toni protestou tentando pegar o aparelho de volta.
Rhodey deu um volta,
desviando de Toni. E depois mais uma.
-Por que eu faria isso? –ele
comentou rindo -Essa situação é bem divertida. –decidiu levantando o braço,
deixando o aparelho totalmente fora do alcance de Toni e seus 1,62 m.
-Você vai ver o que é
divertido! –ela declarou irritada.
E sem aviso nenhum, (porque
Toni não era de pensar muito antes de fazer coisas potencialmente arriscadas)
ela apoiou as mãos no ombro dele, deu um pulo e pendurou-se em Rhodey. O
coronel, por sua vez, foi pego tão de surpresa que os dois só não caíram no
chão por muito pouco.
-Toni, você está louca?
–Rhodey perguntou até sem fòlego pelo susto.
-Ninguém mandou você me
encher! –ela respondeu teimosa.
-Com licença?
Toni queria gritar de
frustração. Claro que, de todas as pessoas naquela maldita Torre, tinha que ser
justo ELE quem a pegava pendurada em Rodhey como um koala.
Toni largou de Rhodey e
passou a mão pela camiseta como se tudo estivesse perfeitamente normal.
-Rhodey, esse é o Capitão
Steve Rogers, vulgo o orgulho da América. Picolé, esse é o Coronel James
Rhodes, meu melhor amigo e o Máquina de Combate. –ela apresentou rapidamente
sem olhar de um para o outro.
-Patriota de Ferro. –Rhodey
retrucou automaticamente, mas já estava olhando para Steve com admiração.
-É um prazer conhece-lo,
Coronel. –Steve falou sério, apertando a mão dele.
-Eu quem deveria dizer isso,
Capitão. –Rhodey apressou-se a dizer -Seu trabalho tem sido...
-Ah meu deus! –Toni bufou -Dá
pra vocês irem babar um em cima do outro em algum outro lugar? Eu to ocupada.
-Por que você tá tão
estressada? –Rhodes perguntou curioso -É a falta?
Toni abriu a boca pra
retrucar, então parou e bufou.
-Pode ser. –ela falou -Eu
dei um tempo nas saídas.
-Por que? –Rhodes parecia
confuso.
-Aparentemente muito sexo
não é saudável. –ela falou na maior cara lavada.
Rhodey revirou os olhos.
-Você tem problemas sérios,
Stark. –ele falou.
-Me fala alguma coisa que eu
não sei. –ela retrucou –O que você queria aqui, Picolé? –perguntou ao Capitão.
Steve olhou de Toni para
Rhodey, então pareceu ficar absurdamente sem graça.
-Não era nada importante.
–ele falou –Nós podemos conversar depois.
-OK. –ela deu de ombros –Que
tal eu me trocar e a gente ir comer sushi naquele restaurante que você gosta?
–perguntou a Rhodey.
-Bem melhor do que uma
balada. –ele concordou –Eu te espero na sua sala.
-Ah Capitão. –ela voltou-se
para Steve –Eu sei exatamente o que você veio me perguntar. E a resposta é não,
você não entendeu errado, eu quis dizer exatamente aquilo.
-Toni! –Steve estava corando
muito rápido –Por que você...
-Se olha no espelho, colega.
–ela revirou os olhos –Por que será que eu quero abusar da sua inocência né?
Rhodes arregalou os olhos.
-Toni! Isso é abusado
demais! Mesmo pra você.
Ela revirou os olhos.
-Eu não to mandando ele
arrancar a roupa agora, to? Eu estou até dando um aviso bem justo.
Steve abaixou a cabeça e
apertou a ponte do nariz.
-Eu não acredito nisso.
-É melhor você começar a acreditar,
Picolé. –Toni falou de forma solidária –Porque meu novo objetivo de vida é
descobrir quão super essa fórmula mágica te deixou. –deu uma piscadela para ele
e saiu do laboratório.
Steve virou-se para Rhodes
em busca de socorro. O outro parecia estar tentando não rir.
-Boa sorte, Capitão. –ele
falou –Você vai precisar.
********************************************************************************
N/A: Comentários pra deixar a tia feliz??? *-*
B-jão
Nenhum comentário:
Postar um comentário