Capítulo 5
Era óbvio que Agnessa não ia
comparecer aos testes para as vagas restantes no time de quadribol. James a
tinha chamado para a posição de artilheira, ela tinha aceitado, fim de
conversa. A vaga era sua.
E, para ser bem sincera, ela
não tinha interesse algum no resto do time. Sua vontade verdadeira de jogar
quadribol tinha sido arrancada no terceiro ano e, honestamente, não a queria de
volta. Estava bem do jeito que estava. O quadribol era só uma desculpa.
Esse ano tinha planos muito
sérios para James e Sirius, então precisava ficar de olho em ambos.
Tinha Diggory também, mas
esse seria um pouco mais complicado. O Lufo era um perfeito babaca e Agnessa o
adorava por isso, mas as vezes era impossível lidar com ele. Não para ela,
claro, mas de forma geral.
Nada era impossível para
Agnessa.
Sabia muito bem dos apelidos
que tinha pela escola: princesa de gelo, cobra, a Grifinória mais Sonserina de
Hogwarts, serpente em pele de leão. Se isso incomodava? Recalcadas, por favor!
Claro que não.
Por que incomodaria quando
essas pessoas ficavam quietas assim que ela entrava na sala? Eles não tinham a
coragem de falar na cara dela, então porque os murmurinhos a incomodariam?
Agnessa sabia conseguir o
que queria. Só por isso era chamada de sabe Merlin o que? Deixa o povo falar.
Existia um bom motivo para
Agnessa estar interessada nos rapazes: Remus Lupin. Aquele maldito tinha algum
problema com ela, e a loira não tinha ideia do que era!
Normalmente ela não estava
nem aí para o que as pessoas pensavam dela, mas Remus era diferente. Primeiro
porque, ao contrário da grande maioria das pessoas que não iam com a cara dela,
ele não fazia questão nenhuma de esconder o que sentia. Segundo porque ela não
tinha a mínima ideia do que fizera para receber aqueles olhares congelantes. E
se tinha que aguentar tanta hostilidade queria saber o que tinha feito.
Vai saber? Talvez ela até
merecesse.
Então foi ao treino,
participou e calou aboca de todos que achavam que ela só estava ali por ser um
corpinho gostoso. James estava muito animado com o time que juntara.
Até ela tinha que admitir
que, por apenas um minuto, quando estivera lá em cima, sentindo o vento em seu
rosto, perdida na emoção de voar, lembrara-se porque gostara tanto de quadribol
no começo. E então lembrou-se porque não gostava mais. Algumas coisas deviam
ficar trancadas em baús e serem enterradas.
O negócio agora era por seu
plano em prática e ia começar com Sirius.
Enrolou deliberadamente no
vestiário, porque sabia que o batedor era sempre o último a sair. Parecia uma
noiva.
Quando viu a última pessoa
sair (James, claro), levantou-se do banco e foi atrás de Sirius, que por acaso
estava no chuveiro.
Agnessa nunca foi uma florzinha
tímida, então – para cortar formalidades desnecessárias – simplesmente puxou a
cortina.
Sirius tomou um susto tão
grande que quase escorregou e caiu no chão.
-Agnessa! –ele trovejou –O que
você está fazendo?
-Eu e você precisamos tratar
de negócios, Black. –ela declarou com simplicidade.
-Dá pra ser outra hora?
-Não. –ela declarou cruzando
os braços.
-Dá pra você, pelo menos,
virar as costas? –ele bufou, abaixando as mãos para se cobrir.
-Você não tem nada aí que
seja tão impressionante assim, Black. –ela revirou os olhos.
-Opa! O que? –Sirius estava
indignado –Como assim “nada impressionante”? você não olhou direito!
-Nem vou. –ela falou por
entre os dentes –Vamos parar de perder tempo.
Sirius lançou um olhar
desconfiado a ela e desligou o chuveiro.
-O que você quer?
-Um favorzinho. –ela falou
como se não fosse nada.
-Nem a pau. –Sirius falou na
hora –“Favorzinhos” com você parecem sempre envolver Votos Perpétuos e vendas
de alma. A minha, no caso.
Agnessa bufou.
-Para de ser dramático, Black.
Você ta parecendo uma menininha. –ela falou –Um favor por um favor. Simples e
prático.
Sirius não aprecia muito
convencido.
-O que você quer? –ele
perguntou com cuidado.
-Eu só preciso de uma
informação.
Sirius pareceu refletir sobre
isso.
-O que eu ganho? –ele quis
saber.
-A mesma coisa.
Sirius suspirou rendido.
-Qual informação você precisa?
–perguntou por fim.
-O que seu amigo Lupin tem
contra mim? –ela exigiu.
As sobrancelhas de Sirius
foram quase parar na linha do couro cabeludo dele.
-Oi?
-Não se faça de besta,
Black! –ela advertiu –Você sabe que ele não me suporta.
-Ele te odeia. –Sirius corrigiu
–Faz tempo.
-Eu sei disso, seu animal.
Eu quero saber porquê.
-Eu não sei. –ele falou com
simplicidade.
-Como você não sabe?-ela
perguntou indignada pondo as mãos na cintura.
-Não sabendo. –ele deu de
ombro –Eu nunca pensei em perguntar qual o problema.
-Então comece a pensar. –ela
retrucou –Ou eu não vou te dar informações vitais da sua querida Verona.
-Ei! Como assim? O acordo
era informação por informação.
-E você não me disse nada
que eu não sabia. –ela cortou É a mesma coisa que eu te falar que a Verona
gosta de sexo.
Sirius bufou de novo.
-Me dá uma semana. –ele concluiu
–E daí eu vejo o que eu descubro. Mas só pra deixar bem avisado: não importa o que
você ne diga, se eu achar que estou traindo a confiança do Remus, não te falo
nada. –avisou.
-Justo. –ela concordou –Foi um
prazer fazer negócios com você, Black.
-Dá um passinho na minha direção
e eu te mostro o prazer. –ele propôs.
O olhar dela deixou bem
claro que isso não merecia resposta. Por isso Agnessa apenas jogou o cabelo por
sobre o ombro e saiu dali.
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N/A: Agnessa divando como sempre! Beijinho no ombro, pessoas! hahahah
Comentem, por favor!
Quinta tem a continuação de "A Dama de Ferro"!
B-jão
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