quinta-feira, 24 de abril de 2014

A Dama Vingadora - Capítulo 1




Capítulo 1

1 ano depois...

-Sabe, muito obrigada mesmo. Por ouvir. Tem algo sobre tirar isso do meu peito, jogar lá fora na atmosfera, ao invés de ficar segurando aqui dentro. Quer dizer, isso é o que faz as pessoas adoecerem, sabe? Uau, eu não tinha ideia de que você era um ouvinte tão bom. Poder dividir meus pensamentos íntimos e experiências com alguém reduz o peso, a pressão de tudo pela metade. É como uma cobra engolindo o próprio rabo. O círculo se completa. E o fato de você ter me ajudado a processar... (1)

Toni virou-se para Bruce bem a tempo de ver o cientista-médico derrubar os óculos. Ele estivera dormindo o tempo todo.

-Então... – ele começou sem graça.

-Você estava me ouvindo? – Toni quis saber.

-Sim, eu estava. – Bruce afirmou rapidamente - Nós estávamos em... Hum...

-Você estava realmente tirando uma soneca?

-Eu estava... Eu... Eu... – ele limpou a garganta - Eu cochilei.

-Onde eu te perdi? – ela perguntou.

Bruce hesitou.

-Elevador na Suíça.

-Então você não ouviu nada. – ela falou inconformada.

-Desculpe. Eu não sou esse tipo de médico. – ele falou meio ansioso - Não sou um terapeuta. Não está na minha formação. Eu não tenho o...

-O quê? O tempo?

-Temperamento.

Toni estreitou os olhos.

-Sabe o quê? Agora que eu penso nisso... – Toni falou dramática jogando a cabeça para trás no sofá - Deus, minha primeira mágoa. 1993, certo? Tinha 14 anos e ainda tinha uma babá. Isso era estranho. (2)

Bruce estava rindo e resmungando, quando alguém bateu a porta. Cordelia, que Toni começara a chamar de Cora depois que ficara óbvio que não ia conseguir se livrar dela, entrou.

-Senhorita Stark, o Capitão Rogers está no telefone. De novo. – havia um tom bem claro de censura na voz dela – Posso passar a ligação?

Se Toni fosse uma pessoa mais fraca teria sucumbido à pressão dos olhares de Bruce e de Cora, como não era deu a mesma resposta que vinha dando desde o Natal.

-Diga pra ele que eu estou ocupada. Eu tô no meio da minha seção de terapia!

Cora lançou mais um olhar desaprovador para Toni, antes de dar um pequeno sorriso para Bruce e sair.

Toni já sabia exatamente o que o outro cientista ia falar, então resolveu cortá-lo primeiro.

-Minha nova assistente está te querendo, Bruce. – declarou - Normalmente isso me incomodaria, porque... Bom, ela é minha, mas não existe ninguém nesse mundo, exceto talvez o Capitão Picolé, que precise dar uma tanto quanto você. Então, você tem a minha bênção. – falou de forma magnânima.

Bruce pareceu completamente chocado por um minuto.

-Toni... Isso é muito... – ele parecia totalmente perdido. O que seria aceitável dizer numa situação dessas? - Hum... Generoso da sua parte, eu acho, mas... Eu não preciso de nada.

-Precisa sim!  - Toni declarou enfática, levantando do sofá onde estivera deitada - E eu andei olhando seus arquivos e sei que você tem medo de que seu coração acelere demais e você fique todo verde e desconfortavelmente grande...

-TONI! – Bruce gritou escandalizado.

-...mas eu não acho que vai ser um problema. Se você quiser a gente pode fazer um teste do sofá já! Olha que conveniente. – ela falou com falsa surpresa - Tem um sofá aqui!

Ela caminhou até Bruce, parando entre as pernas dele e debruçou-se, como se fosse beijá-lo.

-Toni, pare com isso agora. – ele falou tentando empurrá-la - Você está sendo ridícula.

Toni vivia assediando basicamente todas as pessoas que viviam e volta dela. O coitado do Bruce era o que mais tinha que aguentar, porque era com quem ela mais passava tempo. Além de Cora, mas Cora recusava-se a dar trela.

-Vem aqui, Bruce. – Toni insistiu - Um beijinho não vai te matar.

Entretanto Toni estava usando uma daquelas saias lápis que eram mais justas que Deus, então quando ela tentou dar mais um passo para frente acabou perdendo o equilíbrio e caindo em cima de Bruce. Aliás, os joelhos dela muito por pouco não acabaram com todas as chances de Bruce ter filhos.

-Maldita saia. –ela resmungou.

Bruce, que estava com as mãos na cintura dela tentando segurá-la, começou a rir.

-Não tem graça!

-Eu estou interrompendo?

Toni e Bruce, que não tinham ouvido a porta abrir, quase pularam e a bilionária quase caiu no chão. Bruce segurou-a e ajudou a ficar firme nos pés, antes de se levantar também.

Cora estava parada na porta, com cara de quem não estava nada impressionada (pra variar) e Capitão América, que fora quem falara, estava ao lado dela.

-Como é que você tem o dom de chegar nos momentos mais vergonhosos e inconvenientes? –Toni jogou para Cora, porque era verdade.

-Eu posso voltar depois se estiver atrapalhando. – Cora retrucou arqueando a sobrancelha.

-Não. Não foi isso que... – ela parou e respirou fundo - Tanto faz. No que eu posso ajudar, Picolé? – perguntou para Steve, mas virou-se de novo para Cora antes que ele pudesse responder - E você não disse que ele estava no telefone? – acusou.

-Eu liguei do lobby, mas como você me ignorou, de novo, eu decidi subir. A senhorita Meyer não teve nada a ver com isso. – Steve defendeu Cora rapidamente.

Sobre a história do “de novo”... Se Toni tivesse a capacidade de sentir vergonha provavelmente sentiria, mas como não tinha esta capacidade... Enfim, deu pra entender.

-Hum... – foi a única coisa que ela disse.

Steve respirou fundo, como se pedisse ajuda aos céus. Então olhou para Toni com aquela séria que ele fazia quando ia dar uma de bom moço.

-Você está bem, Toni? – ele perguntou suavemente, realmente preocupado - Eu ouvi sobre a cirurgia...

A mão de Toni foi parar automaticamente no lugar onde o reator costumava ficar. Agora só tinha pele lisa ali e a bilionária voltara a caprichar nos decotes.

-Ah sim. Tudo bem. – ela falou como se não fosse grande coisa – O médico que me operou era um estrela e o cirurgião plástico era um deus. Nem dá pra ver que tinha alguma coisa aqui. – Steve abriu a boca para falar algo e ela resolveu impedi-lo - Aliás, tudo uma maravilha como sempre. Minha vida é um show.

Bruce lançou um olhar a Toni que deixava claro que ele a achava uma idiota. O doutor aproximou-se de Steve e ofereceu a mão para ele.

-Como você está, Steve? –ele perguntou educadamente.

Steve apertou a mão de Bruce e sorriu para ele.

-Bem, Bruce. E você?

-Tudo certo. O que te traz aqui?

-Eu resolvi aceitar a oferta da Toni. Vir morar na Torre. – ele falou sem graça, lançando um olhar para Toni, como se esperasse que ela fosse dizer que ele não podia ficar ali.

Vontade não faltava, de verdade.

-Claro, claro. – Toni falou como se não fosse grande coisa. E era. – Porque você não espera lá fora? Eu preciso dar uma palavrinha com o Bruce aqui e já te mostro a casa.

Steve olhou de Toni para Bruce e para Toni de novo, mas apenas fez que sim com a cabeça e saiu.

Bruce e Toni ficaram em silêncio por um minuto, até que...

-Então... Eu imagino que você adoraria resolver o problema de “falta de uma” do Capitão. –Bruce falou.

Toni estreitou os olhos. A companhia dela devia ser uma péssima influência, porque quanto mais tempo passavam juntos, mas soltinho Bruce ficava. Ele tinha um senso de humor ácido e muitas vezes negro, mas era sempre diversão garantida. Não no momento.

-Cala a boca, Bruce. – Toni resmungou.

Bruce parecia estar analisando Toni com grande atenção, mais do que ela achava que merecia no momento. De repente o cientista ficou mais reto e um olhar de interesse apareceu em seu rosto.

Ah droga... Quando Bruce ficava assim queria dizer que ele tinha um plano e Toni ia se ferrar.

-Vamos fazer um acordo. – ele propôs super sério - Eu a chamo para sair se você dormir comigo.

O que quer que Toni estivesse esperando ouvir definitivamente não era isso. A cara dela deve ter deixado isso bem claro.

-O quê?

-Você me ouviu. – ele repetiu calmamente - Eu chamo Cora pra sair se você transar comigo primeiro.

Toni abriu a boca. E fechou. E abriu de novo. E fechou mais uma vez. Então cruzou os braços diante do peito.

-Você não acha que eu faria isso? – ela perguntou com cuidado.

-Por que você acha que estou pedindo? – Bruce falou super neutro. Parecia que os dois estavam falando da decoração!

-Sabe... Eu até faria, mas... – ela começou empinando o queixo e ignorando o quão difícil estava completar uma frase - Eu não acho que isso seja legal. A Cora merece mais que isso.

-Sério? – Bruce perguntou de um jeito que deixava óbvio que ele não acreditava.

-O quê? Você acha que não? Por que eu transaria com você tranquilamente. Agora mesmo, aliás. Quer fazer na minha mesa?

Bruce revirou os olhos.

-Toni, seja honesta.

-Eu tô falando sério! – ela protestou -Eu deveria começar a tirar a roupa? – perguntou levando as mãos a camisa.

-Toni... – Bruce começou com um tom super sério, que o fazia parecer um professor - Será que não está na hora de admitir que você não está interessada em mais ninguém porque você quer...

-Sh! – Toni praticamente e pulou em cima dele e cobriu sua boca com as mãos - Não diga! Não diga esse nome. Ou eu juro por Deus...

Bruce revirou os olhos e tirou as mãos dela de sua boca.

-Chame-o pra sair, Toni. Não vai te matar. – repreendeu-a.

-É, mas pra que arriscar? – a bilionária falou se afastando - Além do mais, o bom capitão não me tocaria nem que estivesse usando luvas...

Essa última parte foi mais para si mesma, mas Bruce ouviu. Toni geralmente não era assim, tão pra baixo. Ele abriu a boca para dizer algo, mas a mulher já estava saindo da sala.

-Vamos, Picolé, eu tenho mais o que fazer da vida. – ela falou parando diante de Steve – Cora, vamos junto. Eu e você precisamos ter uma conversinha.

-Na verdade, eu preciso de ajuda da Cora um minuto. – Bruce falou.

Toni arqueou a sobrancelha.

-Tem que ser agora?

-Sim. – Bruce respondeu.

Toni estreitou os olhos e desejou, não pela primeira vez, ter lasers neles. Cora olhou de um para o outro e então deu um passo para o lado de Bruce.

-Eu subo assim que terminar aqui. – ela falou calmamente.

-Acho bom. – Toni avisou – Jarvis! O elevador.

A porta do elevador privativo de Toni abriu e Steve seguiu-a rapidamente. Toni não gostou nada do sorrisinho vitorioso que viu no rosto de Bruce antes das portas se fecharem.


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N/A: Ai está! Mais um capítulo!

Espero que vocês gostem. Seguem algumas anotações.

(1) Eu decidi começar de onde "Homem de Ferro 3" terminou (literalmente). Pulei direto para a cena pós créditos. Então já é tudo pós Killian, e um ano passou do ataque.

(2) Eu adicionei 10 anos da data que o Tony fala no filme. Eu queria que a Toni fosse mais nova do que 40.

COMENTEM!

B-jão

terça-feira, 22 de abril de 2014

Damas Grifinórias - Capítulo 7 (parte 2)



-Escuta aqui, Wilkes...

O que quer que ele pretendesse dizer foi cortado pelos dois balaços que o atingiram em perfeita sincronia e com força total.

-Ops... –Roxanne murmurou despreocupada.

***

Roxanne ficou atrás de todos na sala do diretor, enquanto Wilkes, Hugo e JK esbravejavam e explicavam o que tinha acontecido.

Um acidente, claro. Os irmãos Scamander estavam pedindo desculpas, mas ninguém tinha dito que era necessário parar o treino.

O diretor suspirou.

-Alguma coisa que você queira acrescentar, senhorita Weasley? –ele perguntou.

Roxanne reconheceu desconfiança no olhar de Longbottom. Pelo menos ele era esperto. Só que nunca seria capaz de provar nada, como nunca era. O trabalho delas era sempre limpo.

Tudo tinha sido muito simples, na verdade. Tudor tinha sim conferido a nova data do treino deles, que tinha sido trocada para o dia seguinte. Anabelle tinha apenas alterado a memória dele com um feitiço e feito o rapaz esquecer desse pequeno detalhe.

Roxanne sabia que, em confronto, Tudor ia bater no peito, levantar a voz e fazer mais bagunça do que resolver o problema, assim como sabia que Wilkes era o tipo que preferia por lenha na fogueira do que acalmar os ânimos.

Era com isso que estava contando. E fora exatamente o que tivera.

As coisas até saíram melhor do que previra. Tudor ofendeu-a sem motivo na frente de um time que já não gostava dele, e preferia que ela estivesse no comando. Ele também quis se meter numa conversa que podia dar certo entre ela e o outro capitão.

Os balaços tinham sido uma cortesia dos seus gêmeos preferidos. Isso era mais um aviso para Tudor de que não se brincava com quem podia mais.

Tinha confiança de que ele entendera a mensagem.

-Quando o senhor Tudor se recuperar...

-O senhor vai tirar o time dele, né? –Monica falou na hora –É óbvio que ele não tem capacidade para ser capitão.

-Existem outros fatores a se considerarem. –o diretor falou de forma política.

-Como o que? –JK quis saber –O time todo está aqui. Nós não queremos ele de volta.

-Até já temos um substituto. –Patrick continuou –Nós queremos a Roxanne como capitã.

-Eu entendo que vocês achem que a senhorita Weasley é a mais recomendada, mas há outras coisas a serem levadas em conta. –Longbottom continuou.

-Como o que? –Wilkes interferiu -Eu tenho que concordar com eles, diretor. O Tudor não tinha capacidade nenhuma pra função dele. A Weasley é de longe uma opção bem melhor.

-E eu tinha a impressão de que Mars tinha indicado ela pro cargo ano passado. –Patrick continuou –Eu nunca entendi porque Tudor levou o cargo.

Longbottom estava encurralado e parecia ciente disso.

-Seus colegas de time querem que você assuma o comando, senhorita Weasley. –Longbottom falou, embora não parecesse nada feliz –O que você tem a dizer?

-Se meus colegas querem que eu seja a capitã, eu humildemente aceito a posição. –ela deu de ombros -Claro, se você achar que eu devo, diretor.

O diretor estava cercado e sabia disso. O olhar que lançou a Roxanne deixava claro que aquele não era o fim daquele debate.

-Já que Tudor realmente se provou inadequado e o time já decidiu no substituto, eu vou nomear a senhorita Weasley ao cargo. –ele cedeu –Mas que fique claro: esse é um privilégio que pode ser retirado a qualquer minuto, senhorita Weasley. Seu comportamento deverá ser exemplar.

-Vai ser, diretor. –ela prometeu um sorriso –Como sempre.

Longbottom ainda parecia querer continuar a conversa, mas deve ter se dado por derrotado e dispensou todos. Wilkes parabenizou-a e brincou, dizendo que iria dar um “oi” no treino deles no dia seguinte. Roxanne fez um gesto para os gêmeos, indicando que falaria com eles mais tarde.

Ia passar na enfermaria para uma vistinha amigável com Tudor, mas algo a fez mudar de ideia. Professor Black estava encostado na porta de entrada do lugar, flertando descaradamente com a jovem enfermeira.

Ah, se ele achava que ia ficar de graça com outras mulheres enquanto Rose tinha planos para ele estava muito enganado. Estava na hora de dar um up no plano delas.

Black não ia nem saber de onde tinha vindo o anzol.

***

-Madame Delacour.

Dominique parou e virou-se para ver quem a chamara.

-Whitfield. –ela abriu um pequeno sorriso –No que eu posso ajudar?

-Me dando a chave do seu coração. –ele respondeu com um sorriso.

-Desculpa, eu não tenho um. –ela retrucou com um sorriso angelical.

Lucas riu.

-Droga... –ele falou com falso pesar –O que você sugere?

-Você pode se unir aos meus adoradores. –ela falou de forma graciosa.

-Isso eu já sou faz tempo. –ele insistiu –Só falta você me dar uma chance de provar o quanto.

Dominique pareceu analisa-lo por um momento, um sorriso contemplativo em seus lábios.

-Façamos assim: deixa seu sábado livre pra mim e nós conversamos. –ela falou.

-Sábado?

-Eu sou uma pessoa ocupada durante a semana. Muitas coisas a tramar, pessoas pra educar... –ela deu de ombros de forma elegante.

Lucas abriu um sorriso.

-E é o que eu mais adoro em você. Nós temos um acordo, madame. Sábado, quando você quiser.

-Olha que gracinha... –ela arqueou a sobrancelha –Continua comportado assim e eu te faço presidente do meu fã clube.

-Eu vivo para servir. –Lucas fez uma cortesia para Dominique e ofereceu a mão.

A garota pareceu desconfiada, mas depositou a mão na dele. Lucas deu um beijo no nó dos dedos dela.

-Até sábado.

Dominique ficou vendo o garoto se afastar. Albus ia se queimar já já e daí não ia mais ter graça com ele. Realmente estava na hora de arrumar alguém melhor.

Olha que interessante! Lucas era rico e bonito.

Como as coisas davam certo na vida dela...


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N/A: Cara, eu demorei ou eu demorei? O.O

Mil perdões!!! Todos vocês foram ótimos e mega pacientes!

Deixando de cortesia uma foto do nosso querido Lucas Whitfield, q ta querendo a Dominique... hahahaha Vamos ver no que isso dá!

Comentem se puderem! *-*

B-jão

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Um Ano Com Você - Abril

N/A: É... Eu não resisti de novo. Hahahaha

E vamos nós, mais uma dos Vingadores!

Eu fiquei muito apaixonada pela Darcy e o Phil como casal e tive que dar minha opinião... hahaha

Essa fanfic vai estar ignorando os últimos acontecimentos de "Capitão América 2" e "Agents of SHIELD", seguindo um caminho próprio enquanto for conviniente... rs


Abril

Quando foi anunciado para os Vingadores que, na verdade verdadeira, Agente Phil Coulson não estava morto a coisa ficou feia. Muito feia, aliás.

Steve Rogers, o Capitão América, o símbolo da nação americana, deu um murro em Nick Fury, que era, por falta de termo melhor, seu chefe. Natasha foi mais precisa: deu um tapa em Phil, já que, de acordo com ela, ele ficou escondido tempo demais por vontade própria.

Levou quase duas semanas para acalmarem os ânimos e para todos fazerem as pazes. Darcy Lewis estava totalmente do lado dos Vingadores nessa. Especialmente porque a morte do Agente Ladrão de iPod afetara muito Thor, que era como um irmão mais velho para ela. Thor ficara arrasado por ver Loki matar um homem que ele respeitava tanto, estando tão perto e não podendo fazer nada.

Por isso quando Agente Hill chamou-a para uma reunião (as 7 a.m. em ponto!), Darcy achou que era porque ela tinha, meio que sem querer querendo, hackeado a lista de suprimentos da SHIELD para acrescentar uma marca descente de café na lista de compras.

Não esperava o que Hill realmente disse.

-Oi? –Darcy perguntou chocada.

Tá, não era a reação mais elegante do mundo, mas não era todo dia que faziam uma oferta dessa. Agente Hill apenas arqueou a sobrancelha.

-Eu estou te oferecendo um emprego, senhorita Lewis. –ela falou de novo com calma –Como a assistente pessoal do Agente Coulson.

É, ela tinha entendido direito.

-Hum... Por que eu? –ela perguntou com cuidado.

Agente Hill puxou um papel de uma pilha deles e começou a ler.

-Você foi descrita como organizada, capaz, paciente e adaptável, além de... –Hill arqueou a sobrancelha –Extremamente hábil na arte de fazer cientistas comerem e dormirem.

Agente Hill ficou encarando Darcy obviamente esperando uma explicação para essa última.

-Bom... Quando a Jane entra num dos surtos científicos dela, que podem durar uns dias, ela esquece de pequenos detalhes, tipo comida, banho e dormir, até que ela desmaie ou eu jogue um balde de água na cabeça dela. –Darcy explicou.

Agente Hill parecia estar medindo Darcy e a garota estava seriamente preocupada.

-Desde que ele... Voltou. –Hill pareceu usar por falta de termo melhor –Agente Coulson ja passou por três assistentes pessoais. Nenhuma delas se adaptou ao estilo dele. Ele também é famoso por trabalhar dias seguidos, dormindo no sofá do escritório e comendo o que tiver nas máquinas do andar se alguém buscar para ele.

-Deixa eu adivinhar. –Darcy cortou –Abastecido nesse óleo de motor que vocês chamam de café.

-Exato. –Hill confirmou.

-Então você quer que eu seja babá dele. –Darcy comentou um pouco seca.

-Em termos bem simples... É isso mesmo. –Hill confirmou –Agente Coulson está passando por uma fase difícil e você é famosa por sua capacidade de animar um ambiente, além da capacidade de fazer seu trabalho.

Ah que bonitinho! Eles queriam que ela fosse babá, mas até que era por um motivo fofo. Ou talvez eles a estivessem manipulando! Sim, eles eram uma agência de espiões e assassinos e quem sabe ninjas! Eles podiam muito bem estar enrolando uma garota inocente que...

-Claro que seu salário vai duplicar. –Agente Hill estava falando –Fora os benefícios.

-Quando eu começo?

XxX

Tá bom, talvez Darcy tivesse sido impulsiva demais. Talvez devesse ter pensado mais ou pelo menos um pouco, mas não era do feitio dela para ser bem sincera. Ela era do tipo que fazia e boa.

Então estava nesse momento indo fazer.

Hill explicara que Darcy tinha tarefas bem específicas, fora as coisas normais de secretária (como cuidar de agenda e papelada, que aparentemente seria ridiculamente simples porque Agente Coulson era extremamente organizado e pontual, ao contrário de Jane). Mais importante que isso era fazer com que Coulson não se matasse de trabalhar. Ele precisava comer, ver o sol e ir pra casa dormir. Darcy tinha que se certificar que ele não ficasse mais que doze horas direto no escritório.

Ela tinha perguntado a Hill se o Agente não iria simplesmente trabalhar de casa, mas a mulher tinha explicado que documentos da SHIELD (de qualquer tipo, físico ou digital) não podiam de forma alguma sair do QG, mesmo com um Agente do nível de Coulson. E para não se preocupar, porque ele não tinha permissão para demiti-la a menos que o motivo fosse muito bom. Ou seja... Ela estava indo se divertir.

Darcy tinha conversado com alguns guardas no caminho para o escritório de Coulson e ficara sabendo que fazia no mínimo 24 horas que o Agente não ia embora. Bom, ela ia resolver isso agora.

Bateu na porta da sala dele e esperou ele falar “Entre”, antes de fazer exatamente isso. Assim que ela entrou Coulson levantou a cabeça, jogou uma olhada rápida para ela, antes de voltar a olhar para seus papéis, só pra ele parar e voltar a olhar para ela.

-Senhorita Lewis? –ele perguntou confuso, então levantou-se –No que eu posso ajudar?

Hum, um cavalheiro, quem diria. E aparentemente ninguém tinha contado para ele que Darcy seria sua nova assistente. Isso tinha potencial para ser muito divertido.

-Fala, Agente! –ela bateu uma continência para ele –Eu sou sua nova assistente! Surpresa!

Agente Coulson arqueou a sobrancelha e ficou olhando para ela sem falar nada.

Se fazia realmente 24 horas que ele não ia para casa, não parecia. Era até ridículo, a camisa dele podia estar um pouco amassada, mas a gravata estava no lugar, o paletó também, cada cabelo no devido lugar. Alias, não fossem as olheiras Darcy não diria que ele estava exausto.

E analisando com cuidado e sendo honesta consigo mesma (o que Darcy sempre era, mesmo que fosse auto-irritante) Agente Ladrão de iPod era até charmoso. Não bonito, nem de longe, mas ele tinha um certo... Charme. Provavelmente ajudaria se ele tivesse alguma outra expressão além de blase.

-Senhorita Lewis...

-Darcy, chefe. Senhorita Lewis é minha tia solteirona que tem 27 gatos e gosta de usar roxo demais. –ela informou.

Coulson lançou outro olhar para ela, mas Darcy tinha certeza que havia um tique perto do olho esquerdo. Vitória.

-Senhorita Lewis... –ele começou de novo –Quem te deu esse cargo?

-A Agente Hill, começando agora mesmo.

O Agente soltou um suspiro e então sentou-se de novo.

-Tudo bem então. –ele declarou –Eu preciso de um café. –e voltou a prestar atenção no seu computador.

Hora de interferir.

Darcy parou logo atrás dele e olhou o que ele estava digitando.

-Isso está salvo? –ela quis saber –Porque se rolar um apagão agorinha mesmo...

-A SHIELD tem um sistema que salva tudo automaticamente, mesmo em caso de falta de energia. –ele respondeu distraidamente.

-Hum... Bom saber.

Com isso Darcy empurrou a cadeira dele para o lado e antes que o Agente se recuperasse do choque ela já estava abaixada sob a mesa. Um minuto depois a tela do computador ficou preta.

-Senhorita Lewis! –Coulson levantou-se num pulo da cadeira –O que você pensa que está fazendo?

Darcy levantou-se calmamente, enrolando um cabo que tirara do computador.

-Você vai pra casa descansar. –ela declarou.

-De forma alguma, eu tenho relatórios para entregar. –ele falou de forma firme, sem levantar a voz –Devolva o cabo agora mesmo.

-Não. –Darcy declarou de forma simples, enrolando o cabo e enfiando dentro do seu decote.

Dessa vez nem as habilidades ninjas de Coulson o impediram de ficar, literalmente, de queixo caído.

-Se você quiser esse cabo de volta você vai ter que pegar. –ela falou sem um pingo de vergonha indicando os próprios peitos –Ou você vai pra casa, toma banho, come alguma coisa decente, dorme e volta amanhã as 6:30 e ele estará aqui esperando por você.

O agente pareceu se recuperar e fez uma expressão bem séria. Ui, que medo. Só que não. Darcy cresceu com um trio de tias que faria harpias tremerem de medo. Coulson não era nada assustador perto delas.

-Senhorita Lewis, me devolva esse cabo agora mesmo ou eu serei forçado a dispensa-la. –ele falou sério, estendendo a mão na direção dela.

-Foi mal, chefe, mas você não pode me demitir. Pergunta pra Hill. –ela falou super satisfeita consigo mesma.

-Agente Hill. –ele corrigiu automaticamente –E como eu não posso...

-Vai pra casa! –ela falou de forma firme –Eu já subornei todo mundo que vai fazer o próximo turno e se você não for embora ou se você voltar antes das 6:30 eles vão me ligar.

Agente Coulson estreitou os olhos e sem falar mais nada pegou o celular, colocando o aparelho contra sua orelha.

-Agente Hill, aqui é Coulson. Eu... Sim eu já conheci... Sim, ela me disse que... Bom. Esse é o problema. Ela desconectou um cabo do meu computador e não quer me devolver. Isso não é engraçado. Eu preciso... Sim, eu tenho que... Não. Não. Sim. Agente Hil, eu não acho que...

Era engraçado ver a conversa só do lado de Coulson (que obviamente estava perdendo feio para Hill), principalmente porque ele estava tentando muito parecer inabalado pela coisa toda e falhando miseravelmente. A boca dele estava tão comprimida que tinha virado uma linha.

-Claro, Agente Hill. Boa noite para você também. –ele desligou o telefone.

Darcy arqueou a sobrancelha e ficou esperando.

-Meu expediente acabou. –ele falou como se nada tivesse acontecido –Eu te vejo amanhão as 6:30 em ponto, senhorita Lewis.

-É só Darcy, chefe. –ela falou sorrindo –E nos vemos amanhã.

O Agente Ladrão de iPod foi embora sem dizer mais nada e Darcy contou até 30 antes de explodir em risadas.

XxX

No dia seguinte quando o Agente Mau-Humor chegou (as 6:30 em ponto!) Darcy ja estava la, separando documentos, com o computador ja ligado.

Ele deu um “bom dia” curto e foi sentar-se, Darcy entrou, deixou uma caneca de café e saiu de novo.

-Senhorita Lewis. –ele chamou após um gole no café.

-Sim? –ela colocou a cabeça para dentro da sala dele.

-Que café é esse? –ele perguntou –Não é o normal do escritório.

-Bom, isso é confidencial e se eu te contasse teria que te matar. –ela deu uma piscadela para ele e voltou para sua mesa.

Talvez trabalhar para ele não seria assim tão difícil...

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N/A: Comentem, por favorzinho!

Estou me esforçando para postar logo em MIB.

B-jão

A Dama Vingadora - Introdução



N/A: Olá a todos!

Eu demorei, mas cá estou com a continuação de “A Dama de Ferro”.

Como na outra fic, eu peço que vocês leiam esses avisos com muita atenção e carinho.

Eu vou continuar seguindo os filmes da Marvel e a série “Agents of SHIELD”. Muitos spoilers para quem ainda não viu os filmes, a começar de “Homem de Ferro 3”.

Acontecerão alguns cameos e participações especiais nessa fase, favor não julgar! Hahaha

O rating ainda se matém o mesmo (16+), mais por coisas que são ditas e insinuação de sexo. Eu não acho necessário subir, porque eu não vou fazer cena detalhada de sexo (da um trabaaaaaaaaaalho).


E como sempre... Foco nas notinhas de fim de capítulo. E não se esqueçam de deixar comentários. Eles são mega importantes!

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Introdução

-Embora o prédio tenha sofrido alguns danos no ataque, incluindo aquele buraco no chão em formato de Loki que eu quero manter, a maior parte dele sobreviveu. –Toni começou explicando para Bruce – Incluindo laboratórios. As partes que foram mais danificadas foram transferidas para os andares vazios, que ainda são vários. Felizmente as partes para habitação já estavam prontas e não foram danificadas. Ou seja, você tem seu quarto garantido.
                                                                   
-Quer dizer meu andar, né? – Bruce provocou.

-Meio andar. – Toni corrigiu – Se o Thor decidir mudar um dia você vai ter um vizinho.

Mesmo não pretendendo deixar ninguém morar lá (a principio) fora Pepper (porque Pepper é Pepper) Toni tinha incluído no projeto original do prédio 10 andares residenciais, com dois apartamentos por andar. Pepper insistira que era um exagero, que os apartamentos seriam grandes demais, mas quem disse que Toni ligava para esses detalhes?

Eventualmente grande parte da Stark Industry seria mudada para lá, mas por enquanto apenas ela, Pepper e Bruce realmente moravam no prédio (fora alguns funcionários que só trabalhavam lá). Assim estava bom demais.

Talvez exatamente por isso Toni ficou absurdamente chocada de encontrar uma pessoa no laboratório que ia mostrar para Bruce.

-Tem uma pessoa no meu laboratório... – ela falou em choque - PEPPER! JARVIS! Pepper, tem uma... Pessoa no meu laboratório!

Pepper, que estivera logo atrás dela e de Bruce, falando no celular apenas olhou para a mulher misteriosa e acenou, pedindo um segundo.

-Quem é ela? – Toni exigiu irritada.

Não que “ela” não fosse um espetáculo. (Tá, Toni podia estar irritada, mas era uma boa apreciadora da beleza humana mesmo assim. Steve era a maior prova disso.)

A mulher tinha cabelos castanhos escuros que estavam caindo até o meio de suas costas em cachos largos, seus olhos estavam parcialmente ocultos por óculos de aros grossos que lhe davam uma aparência meio de nerd, meio de bibliotecária. As roupas dela gritavam “assistente executiva”.

Toni estava preferindo se fazer de surda.

Pepper desligou o celular e sorriu mais uma vez para a intrusa antes de virar-se para Toni.

-Essa é Cordelia Myers. – informou - Sua nova assistente.

O queixo de Toni caiu.

-O quê? – ela gritou - Não. Por quê? Não! Eu não preciso de uma assistente! Eu tenho você. –ela insistiu para Pepper, tentando fazer sua melhor cara de pidona. Tá bom que essas caras nunca funcionaram com Pepper...

Pepper revirou os olhos e colocou a mão no ombro de Toni.

-Toni, eu tenho uma companhia multibilionária para administrar. – a bilionária não estava gostando muito do tom de Pepper, porque era como se ela estivesse falando com uma criança -Eu não posso ser sua “assistente” ou te ajudar nos seus esquemas loucos mais! E agora tem dois cientistas aqui. Sem ofensas, Bruce. – a ruiva virou-se para Bruce, que apenas fez um gesto de dispensa com a mão - Então... Essa é sua nova assistente. Divirta-se. E não quebre essa, ok?

Pepper começou a sair, mas Toni foi atrás dela.

-Pepper, ela pode ser uma psicopata. Pode trabalhar para o inimigo! – Toni insistiu – Como você pode confiar a minha vida a uma mulher que você nem conhece?

Pepper revirou os olhos mais uma vez diante do drama de Toni. Qualquer dia desses ia acabar vesga de tanto revirar os olhos perto da sua mais ou menos chefe.

-O Phil fez todas as verificações pessoalmente. – Pepper informou.

-Oh... Eu não sabia que você tinha voltado a falar com ele. – Toni falou com cuidado.

O olhar de Pepper foi parar no chão.

-Não. Eu não voltei a falar com ele. Isso foi antes... – Pepper respirou fundo e olhou decidida para Toni – Cordelia trabalhou seis meses para mim. Então eu percebi que seria melhor deixá-la trabalhando com você diretamente.

Toni ignorou tudo isso.

-Pepper, por que você não fala com o Agente? Talvez...

-Não. – Pepper falou de forma firme – Vá lá e seja simpática com Cordelia. Ela aprende rápido e você vai perceber logo que não deixa os outros pisarem nela. – um sorriso divertido apareceu no rosto da ruiva – Na verdade eu estou louca pra ver o que acontece.

-Bom, se ela seguir o mesmo caminho de todos os outros assistentes que eu já tive, eventualmente eu vou dormir com ela e ter que demiti-la. – Toni falou porque essa era a verdade.

-Mas e o Bruce? – Pepper perguntou confusa.

-O que tem o Bruce? – Toni retrucou também confusa.

-Você não está com ele?

-Hum... Não que eu saiba.

-Ah. – Pepper parecia surpresa – Vocês têm estado tão próximos que eu achei... – ela não continuou a frase.

-Não, não. – Toni negou tranquilamente – Bruce é como o Rhodey pra mim. Um amigo. A gente não estraga amizade desse jeito, Pepper. Sabe como é difícil arrumar pessoas que me aguentam? – provocou suavemente, fazendo Pepper rir.

-OK, Ok... Se você diz. – mas ela parecia desconfiada – Você vai mesmo fazer o baile de caridade?

-Claro que sim! –Toni falou como se fosse óbvio.

-Você vai sem companhia de novo?

-Hum... Por que você não vai comigo?

-Depois que nós terminamos nós concordamos em não dar ideias para a mídia e para todos os fãs que escrevem fanfic sobre nós, lembra?

-Ah é... – Toni parecia pensativa – Sabia que nessas, duas semanas que passaram do ataque, já tem sites dedicados a fanfics dos Vingadores? Eu sou o centro delas, como sempre. – falou orgulhosa.

-Eu tenho até medo de saber o que isso quer dizer exatamente. – Pepper retrucou sarcástica.

-Você deveria. – Toni admitiu – Tá, eu peço pro Bruce ir comigo no baile.

-Boa ideia. Peça pra Cordelia te arrumar um vestido e um smoking para ele.

-Essa Cordelia não vai durar o mês. – Toni alertou.

-Você que pensa... – Pepper deu um beijo no rosto de Toni e saiu andando.

A morena respirou fundo e voltou para a sala. A tal Cordelia ainda estava parada exatamente no mesmo lugar, com cara de quem não estava na impressionada com o espetáculo que Toni acabara de fazer. Bruce, por algum motivo, estava encarando uma lousa branca...

-Escuta aqui, mocinha... – Toni avisou séria – Nós temos um baile de gala em prol da cidade de Nova York em duas semanas. Esse é o único motivo para eu não te demitir ainda. Eu preciso de um vestido e o Bruce precisa de um terno. Eu não espero que você dure mais do que essas duas semanas.

A outra mulher apenas arqueou a sobrancelha, olhou Toni de cima a baixo.

-Eu imagino que você vá querer algo em vermelho e dourado. – ela falou simplesmente –Tamanho 4  pro vestido e 9 pro sapato?

Toni estreitou os olhos.

-Eu ainda não acho que você vá durar.

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N/A: Ai está! Deixando o rostinho da Cordelia, só para você terem uma ideia.

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B-jão