quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MIB 2 - Capítulo 9 (parte 2)



***

-Vocês estão todos loucos se acham que conseguem invadir a casa onde Voldemort está e saírem de lá vivos. –Snape sibilou irritado –Me admira um profissional do seu nível de criminalidade considerar uma dessa, Black.

-Ele não é o único, Snape. –James declarou levantando-se.

-Ah meu deus! Isso deve ser uma piada. –o outro exclamou olhando para o céu.

-Agora deu! –Ayla falou irritada –De onde vocês se conhecem? –exigiu.

-De onde mais? –Sirius falou irônico –Da cadeia.

-Juvenil. –Snape completou –Eu estava cumprindo pena por venda de droga e eles por...

-Incêndio criminoso. –James e Sirius falaram com sorrisos orgulhosos.

-Vocês eram o que? –Ully falou irônica –Colegas de cela? Namorados?

Os três jogaram olhares assassinos para ela e a morena sorriu inocentemente.

-Eu era o saco de pancada dos dois. –Snape rosnou.

As quatro mulheres jogaram olhares chocados para os dois.

-Ele era Comensal da Morte. –Sirius falou dando de ombros, como se isso explicasse tudo –Ele merecia.

A face de Snape escureceu.

-É. Eu merecia.

Um silêncio pesado caiu entre eles, durante o qual as quatro mulheres continuaram lançando olhares assassinos a James e Sirius.

-Chega disso. –Remus anunciou –Você vai ajudar ou vamos ter que te matar, Snape?

-Ah claro que você também está aqui. –Snape revirou os olhos –Onde está aquele rato do amigo de vocês?

Sirius deu um passo ameaçador.

-Olha como você fala do Peter, Ranhoso.

-Agora já chega! –Jade falou levantando a voz e pisando entre os homens –Quantos anos vocês tem? Isso aqui não é a escola. Quero dizer, a juvenil. –ela balançou a cabeça.

-Quem diria que um dia estaríamos cercadas de criminosos... –Ayla falou de forma reflexiva –Nem o nosso super policial é totalmente honesto.

-Espera aí! –Snape protestou –Eu posso ter tido uma juventude tumultuada, mas eu sou extremamente honesto agora.

-Seu passado te condena, colega. –Ayla rebateu –Convenhamos, ninguém aqui é santo. Vamos parar com essa frescura de apontar dedos e cuidar de negócios. –virou para Snape –Você consegue lidar com isso ou vamos ter que te trancar num armário? De novo. –completou sem conseguir conter o sorriso.

Snape olhou para ela irritado.

-E você vai fazer o que? Trancar sua amiga junto? –falou irônico.

Bem nessa hora o clique de uma algema abrindo foi ouvido. Snape olhou chocado para Laryssa, que tinha recebido um grampo de Ully e usado a ferramenta para abrir a algema.

-Foi mal, colega. –Laryssa falou dando de ombros –Mas me inclua fora dessa.

Snape respirou fundo e resmungou alguma coisa, como se pedisse forças aos céus. Então pressionou a ponte do nariz com os dedos e suspirou.

-Ok, eu ajudo vocês. –declarou –Com uma condição! –cortou Ully que se preparava para falar alguma coisa.

-O que você quer agora? - Jade revirou os olhos.

-Nós podemos entrar, fazer a festa e matar todo mundo, mas depois disso, quando Voldemort estiver morto, temos que chamar as autoridades.

-Por que? –Ayla perguntou confusa.

-Do contrário vocês não vão poder voltar para o país como vocês mesmas, sem proteção da polícia. –ele explicou.

-Oh! –Ully colocou a mão sobre o coração –Você ainda se preocupa com a gente! Que gracinha.

Snape jogou as mãos para cima.

-Desisto. Se matem, não ligo mais. Eu quero alguma coisa pra beber. –declarou se encaminhando para onde sabia que ficava a cozinha.

Jade revirou os olhos.

-Vamos resgatar o reclamão? –quis saber.

-Eu vou com você. –Laryssa suspirou –Eu preciso beber alguma coisa forte.

-Cade o Peter? –Sirius quis saber.

-Deve estar sendo esperto e ja está bebendo. –James suspirou.

Todos começaram a seguir Snape que já sumira em direção a cozinha seguido de Jade e Laryssa. Ully estava passando pela porta quando foi puxada de volta e colocada contra a parede sem cerimônia alguma.

-Ei! –reclamou e deu de cara com Remus –O que foi? –perguntou defensiva acompanhando com os olhos o maroto empurrando a porta, fechando a mesma.

E só então se deu conta de que os dois estavam sozinhos. Isso não era bom, principalmente pelo jeito que ele a olhava, como se fosse um inseto muito estranho que precisava ser analizado.

-O que você está olhando? –quis saber.

-Você não mudou muito, ao contrário das outras. –ele observou, ainda analisando-a.

-Bom, eu já era morena naquela época. –ela se defendeu.

-Não é só isso. –ele falou reflexivo –Todas ela parecem ter passado por muita coisa, sofrido muito. Você ainda parece a mesma pessoa relaxada demais.

O queixo de Ully desabou.

-O que? Você é muito cara de pau mesmo! Eu não sou a mesma pessoa! Nós todas passamos por muitas coisas, coisas demais para não nos deixar marcadas de alguma forma.

-Sim, de alguma forma. –ele concordou –Mas no seu caso não da forma necessária.

-Nós nos reencontramos faz algumas horas e você já acha que sabe tudo a meu respeito? –ela protestou irritada.

-Eu não precisei de 15 minutos para perceber isso, Charlotte.

-Não ouse me chamar por esse nome! –ela sibilou furiosa –O que você acha que sabe?

-Eu não acho, eu tenho certeza. E vou te mostrar. –ele se aproximou mais de forma que os corpos de ambos roçavam.

Ully não admitiria em voz alta, mas nessa hora entrou em pânico.

-Se você me tocar eu vou eviscerar você! –falou como se fosse uma virgem do século XV prestes a ser abusada.

Talvez Remus tivesse razão e ela não tivesse mudado, porque não queria que ele a tocasse, mas não pelos motivos que a maioria das pessoas esperariam. Não porque tinha medo, nojo ou porque guardava rancor. Não queria ser tocada por ele justamente pelo motivo oposto, porque no fundo queria sim ser tocada. Especificamente por ele.


E isso não era mais do que um pouco perturbador?

-Eu vou fazer muito mais que tocar você e você vai deixar. –a arrogância dele não devia choca-la dessa forma, mas chocou assim mesmo.

-Como você se atreve? –tentou empurra-lo, mas Remus pegou os dois pulsos dela e abaixou-os.

-Você vai deixar porque você ainda tem aquela mesma curiosidade descuidada que te fez pular comigo na cama da primeira vez. –ele falou de forma calma, olhando nos olhos dela -Você ainda se pergunta se tudo aquilo foi real ou só uma lembrança embaçada pelo álcool. –o hálito fresco dele acarciava a pele dela que parecia a ponto de derreter de tão quente -Você tem medo, receio e até um pouco de nojo de nós dois, mas você é muito mais curiosa do que cuidadosa. Você mesma já provou isso milhares de vezes. –os polegares dele faziam círculos no pulso dela de forma lenta -Então sim, eu vou te tocar, eu vou te beijar, eu vou fazer muito mais que isso e você vai deixar. E vai corresponder. –a boca dele roçou a dela, ao mesmo tempo que suas mãos soltaram os pulsos dela -Não vai?

Tinha que fazer alguma coisa, ela tinha que falar qualquer coisa. Ele não podia estar certo. Isso era errado, distorcido e Ully não era esse tipo de pessoa. Nem Charlotte era!

Porém os olhos dele a prendiam, desde sempre, desde que descobrira a tal manchinha neles. Talvez tivesse mais problemas do que imaginava, porque se ele a beijasse agora iria provar que estava certo. Provavelmente porque ele estava mesmo.

Quão triste era isso?

-Posso te tocar agora? –ele perguntou de uma forma que soava formal de um jeito muito estranho, como se não estivessem falando exatamente disso, mas só do tempo lá fora.

-Pode. –ela respondeu num sussurro, se odiando por dentro.

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N/A: Ai está!

Eu amo o Remus nessa cena e o que ele fala pra Ully! Um maldito, sem sombra de dúvidas!!! hahahah

Sexta tem post em VSQMA!

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B-jão

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