quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MIB 2 - Capítulo 9 (parte 2)



***

-Vocês estão todos loucos se acham que conseguem invadir a casa onde Voldemort está e saírem de lá vivos. –Snape sibilou irritado –Me admira um profissional do seu nível de criminalidade considerar uma dessa, Black.

-Ele não é o único, Snape. –James declarou levantando-se.

-Ah meu deus! Isso deve ser uma piada. –o outro exclamou olhando para o céu.

-Agora deu! –Ayla falou irritada –De onde vocês se conhecem? –exigiu.

-De onde mais? –Sirius falou irônico –Da cadeia.

-Juvenil. –Snape completou –Eu estava cumprindo pena por venda de droga e eles por...

-Incêndio criminoso. –James e Sirius falaram com sorrisos orgulhosos.

-Vocês eram o que? –Ully falou irônica –Colegas de cela? Namorados?

Os três jogaram olhares assassinos para ela e a morena sorriu inocentemente.

-Eu era o saco de pancada dos dois. –Snape rosnou.

As quatro mulheres jogaram olhares chocados para os dois.

-Ele era Comensal da Morte. –Sirius falou dando de ombros, como se isso explicasse tudo –Ele merecia.

A face de Snape escureceu.

-É. Eu merecia.

Um silêncio pesado caiu entre eles, durante o qual as quatro mulheres continuaram lançando olhares assassinos a James e Sirius.

-Chega disso. –Remus anunciou –Você vai ajudar ou vamos ter que te matar, Snape?

-Ah claro que você também está aqui. –Snape revirou os olhos –Onde está aquele rato do amigo de vocês?

Sirius deu um passo ameaçador.

-Olha como você fala do Peter, Ranhoso.

-Agora já chega! –Jade falou levantando a voz e pisando entre os homens –Quantos anos vocês tem? Isso aqui não é a escola. Quero dizer, a juvenil. –ela balançou a cabeça.

-Quem diria que um dia estaríamos cercadas de criminosos... –Ayla falou de forma reflexiva –Nem o nosso super policial é totalmente honesto.

-Espera aí! –Snape protestou –Eu posso ter tido uma juventude tumultuada, mas eu sou extremamente honesto agora.

-Seu passado te condena, colega. –Ayla rebateu –Convenhamos, ninguém aqui é santo. Vamos parar com essa frescura de apontar dedos e cuidar de negócios. –virou para Snape –Você consegue lidar com isso ou vamos ter que te trancar num armário? De novo. –completou sem conseguir conter o sorriso.

Snape olhou para ela irritado.

-E você vai fazer o que? Trancar sua amiga junto? –falou irônico.

Bem nessa hora o clique de uma algema abrindo foi ouvido. Snape olhou chocado para Laryssa, que tinha recebido um grampo de Ully e usado a ferramenta para abrir a algema.

-Foi mal, colega. –Laryssa falou dando de ombros –Mas me inclua fora dessa.

Snape respirou fundo e resmungou alguma coisa, como se pedisse forças aos céus. Então pressionou a ponte do nariz com os dedos e suspirou.

-Ok, eu ajudo vocês. –declarou –Com uma condição! –cortou Ully que se preparava para falar alguma coisa.

-O que você quer agora? - Jade revirou os olhos.

-Nós podemos entrar, fazer a festa e matar todo mundo, mas depois disso, quando Voldemort estiver morto, temos que chamar as autoridades.

-Por que? –Ayla perguntou confusa.

-Do contrário vocês não vão poder voltar para o país como vocês mesmas, sem proteção da polícia. –ele explicou.

-Oh! –Ully colocou a mão sobre o coração –Você ainda se preocupa com a gente! Que gracinha.

Snape jogou as mãos para cima.

-Desisto. Se matem, não ligo mais. Eu quero alguma coisa pra beber. –declarou se encaminhando para onde sabia que ficava a cozinha.

Jade revirou os olhos.

-Vamos resgatar o reclamão? –quis saber.

-Eu vou com você. –Laryssa suspirou –Eu preciso beber alguma coisa forte.

-Cade o Peter? –Sirius quis saber.

-Deve estar sendo esperto e ja está bebendo. –James suspirou.

Todos começaram a seguir Snape que já sumira em direção a cozinha seguido de Jade e Laryssa. Ully estava passando pela porta quando foi puxada de volta e colocada contra a parede sem cerimônia alguma.

-Ei! –reclamou e deu de cara com Remus –O que foi? –perguntou defensiva acompanhando com os olhos o maroto empurrando a porta, fechando a mesma.

E só então se deu conta de que os dois estavam sozinhos. Isso não era bom, principalmente pelo jeito que ele a olhava, como se fosse um inseto muito estranho que precisava ser analizado.

-O que você está olhando? –quis saber.

-Você não mudou muito, ao contrário das outras. –ele observou, ainda analisando-a.

-Bom, eu já era morena naquela época. –ela se defendeu.

-Não é só isso. –ele falou reflexivo –Todas ela parecem ter passado por muita coisa, sofrido muito. Você ainda parece a mesma pessoa relaxada demais.

O queixo de Ully desabou.

-O que? Você é muito cara de pau mesmo! Eu não sou a mesma pessoa! Nós todas passamos por muitas coisas, coisas demais para não nos deixar marcadas de alguma forma.

-Sim, de alguma forma. –ele concordou –Mas no seu caso não da forma necessária.

-Nós nos reencontramos faz algumas horas e você já acha que sabe tudo a meu respeito? –ela protestou irritada.

-Eu não precisei de 15 minutos para perceber isso, Charlotte.

-Não ouse me chamar por esse nome! –ela sibilou furiosa –O que você acha que sabe?

-Eu não acho, eu tenho certeza. E vou te mostrar. –ele se aproximou mais de forma que os corpos de ambos roçavam.

Ully não admitiria em voz alta, mas nessa hora entrou em pânico.

-Se você me tocar eu vou eviscerar você! –falou como se fosse uma virgem do século XV prestes a ser abusada.

Talvez Remus tivesse razão e ela não tivesse mudado, porque não queria que ele a tocasse, mas não pelos motivos que a maioria das pessoas esperariam. Não porque tinha medo, nojo ou porque guardava rancor. Não queria ser tocada por ele justamente pelo motivo oposto, porque no fundo queria sim ser tocada. Especificamente por ele.


E isso não era mais do que um pouco perturbador?

-Eu vou fazer muito mais que tocar você e você vai deixar. –a arrogância dele não devia choca-la dessa forma, mas chocou assim mesmo.

-Como você se atreve? –tentou empurra-lo, mas Remus pegou os dois pulsos dela e abaixou-os.

-Você vai deixar porque você ainda tem aquela mesma curiosidade descuidada que te fez pular comigo na cama da primeira vez. –ele falou de forma calma, olhando nos olhos dela -Você ainda se pergunta se tudo aquilo foi real ou só uma lembrança embaçada pelo álcool. –o hálito fresco dele acarciava a pele dela que parecia a ponto de derreter de tão quente -Você tem medo, receio e até um pouco de nojo de nós dois, mas você é muito mais curiosa do que cuidadosa. Você mesma já provou isso milhares de vezes. –os polegares dele faziam círculos no pulso dela de forma lenta -Então sim, eu vou te tocar, eu vou te beijar, eu vou fazer muito mais que isso e você vai deixar. E vai corresponder. –a boca dele roçou a dela, ao mesmo tempo que suas mãos soltaram os pulsos dela -Não vai?

Tinha que fazer alguma coisa, ela tinha que falar qualquer coisa. Ele não podia estar certo. Isso era errado, distorcido e Ully não era esse tipo de pessoa. Nem Charlotte era!

Porém os olhos dele a prendiam, desde sempre, desde que descobrira a tal manchinha neles. Talvez tivesse mais problemas do que imaginava, porque se ele a beijasse agora iria provar que estava certo. Provavelmente porque ele estava mesmo.

Quão triste era isso?

-Posso te tocar agora? –ele perguntou de uma forma que soava formal de um jeito muito estranho, como se não estivessem falando exatamente disso, mas só do tempo lá fora.

-Pode. –ela respondeu num sussurro, se odiando por dentro.

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N/A: Ai está!

Eu amo o Remus nessa cena e o que ele fala pra Ully! Um maldito, sem sombra de dúvidas!!! hahahah

Sexta tem post em VSQMA!

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B-jão

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MIB 2 - Capítulo 9: O Covil



Capítulo 9: O Covil

Tinha nojo de todos aqueles aparelhos ligados ao seu corpo, o som de “bips” lhe dava asco. Tinha uma repugnância especial por aquele cateter maldito.

Não acreditava que tinha caído a esse ponto.

Era uma prova de seu poder que ninguém tentara mata-lo no estado que estava e seus súditos continuavam a segui-lo. Só mostrava o quanto superior era a tudo.

-Mestre Voldemort?

Não havia frase mais doce na Terra. Sim, era o Mestre de todos esses seres inferiores, essas pessoas sem escrúpulos e sem moral. Cada um deles pior que o outro, vivendo por dinheiro e poder, sem ligar para as consequências.

-O que foi, Lucius?

-Nós recebemos uma mensagem de Pettigrew. –ele falou, olhando para o chão.

Lucius era incapaz de olhar para ele desde que fora parar naquela cama. A lealdade dele era cada vez mais frágil, principalmente depois que Narcisa morrera. Voldemort precisava fazer algo que lembrasse ao homem quem realmente mandava ali.

-O que ele disse?

-Ele não entrou em detalhes, mas aparentemente os três amigos dele e aquelas vagabundas estão planejando vir até aqui e tentar mata-lo, Mestre. –Lucius falou com fúria mal contida –Eles se acham superiores a todos nós.

Pela primeira em vez em muito tempo as coisas pareciam estar melhores. Isso quase fez Voldemort sorrir.

-Bom, eles que venham. Nós, como anfitriões graciosos que somos, temos que nos preparar para recebe-los da melhor forma possível.

-Sim, Mestre. –Lucius falou, já começando a se afastar para sair.

-E, Lucius?

-Sim, Mestre? –o homem parou, mas continuou a olhar para o chão.

-Por que você não olhar para mim?

O home levantou os olhos na mesma hora. A visão nunca deixava de nauseá-lo: seu Mestre, antes tão poderoso e superior naquela cama, ligado aos aparelhos e sobrevivendo por ajuda e piedade dos outros. Por que ainda perdia seu tempo tendo medo dele.


-Eu sinto muito, Mestre.Eu apenas não desejo ofender o senhor com meu olhar.

Voldemort fez um som de desprezo.

-Você perdeu o jeito com as palavras desde que sumiram com Narcisa, Lucius. –ele falou e ignorou o brilho de fúria no olhar do homem –Agora vá, antes que você me irrite mais.

Muito em breve os ratos estariam ali e era a hora de soltar as cobras.

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N/A: Eu sei que não foi la essas coisas, mas melhor ue nada u.u

Comentem, por favor!

Quarta tem post na DG!

B-jão 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Damas Grifinórias - Capítulo 5 (final)



***

Rose não passara por grandes mudanças, para o alívio da mesma. As meninas a convenceram a cortar um pouco o cabelo para ele ganhar forma e Roxanne a convencera a corta a franja, que agora caía em sua testa de forma graciosa. Também não tinham comprado nada de muito estranho para ela usar: só duas calças jeans que eram mais justas e três blusas que eram ao mesmo tempo sexy e delicadas. Não era nada que fosse chocar a escola inteira, mas chamaria a atenção. E, claro, o uniforme novo que deveria chegar em uma semana. Depois de muita discussão ela concordou em uma saia mais curta, não curtíssima.

As quatro primas encontraram com Maxine na porta da Dedos de Mel e a morena parecia uma modelo num ensaio fotográfico parada ali, não uma adolescente entediada.

-Você é uma maldita. –Lily declarou ao se aproximar.

A morena riu tranquilamente.

-O babaca do seu irmão está aqui. –ela informou.

-Claro que sim. –Lily respondeu revirando os olhos -Ou com a vagabunda da namorada ou com o idiota do Scorpius.

-Não esse. O seu outro irmão babaca. –Maxine falou.

-James? –Lily perguntou chocada.

-O que ele estava fazendo aqui? –Roxanne quis saber.

-Ele disse que tinha vindo almoçar com um amigo, mas sei lá. –Maxine deu de ombros –Soou estranho. Com que amigo ele almoçaria?

-Boa pergunta. –Lily pareceu pensativa –Vou ver o que descubro.

-Ele te atacou, Maxine? –Dominique provocou.

Maxine bufou e revirou os olhos.

-Chegou perto. –admitiu –Eu achei que dessa vez ele ia me agarrar mesmo.

-O QUE? –Rose perguntou sem conseguir se conter.

-Xi, colega, não sabia? –Roxanne perguntou –James é louquinho pra pegar nossa amiga Maxine. Mas ela nega fogo o tempo todo. –falou com orgulho.

-Desde quando? –Rose agora estava totalmente curiosa.

-Desde o Natal do ano passado, embora eu não saiba porque. –Maxine falou com tranquilidade –Eu nunca entendi porque ele resolveu que me queria.

-Tirando o fato de você ser absurdamente gostosa, né? –Anabelle, que vinha se aproximando, falou sarcástica.

-Eu sempre fui absurdamente gostosa e ele não tinha interesse antes. –Maxine rebateu sem um pingo de modéstia.

-Mas você não tinha peito antes. –Anabelle indicou.

-Eu sei e foi o que eu falei para ele. Mas ele disse que não tinha nada a ver.

-Até parece. –Roxanne bufou.

As outras concordaram.

-Merlin, você e o James... –Rose ainda parecia chocada.

-Vira essa boca pra la, Madre Teresa. –Maxine falou –Seu primo querido eu não quero nem de graça.

-Por que vocês estão falando dele? –Anabelle quis saber.

-Porque ele estava solto por aqui, de acordo com a Maxine. O tia e a tia devem ter esquecido de por coleira nele. –Dominique falou de forma seca.

Anabelle deu de ombros.

-Eu não to nem aí para ele. Tenho notícias bombásticas! –falou animada.

Roxanne jogou um olhar cheio de significado para a outra, indicando Rose com a cabeça.

-Opa, verdade. –Anabelle falou, analisando Rose –Eu tinha até esquecido.

-O que? –ela perguntou confusa.

As cinco Damas trocaram sorrisos sarcásticos.

-É o seguinte, minha cara prima. –Dominique falou jogando o braço por sobre o ombro de Rose –Nós vamos falar de coisas que você certamente não quer ficar sabendo. Talvez você devesse se poupar do stress.

Rose estreitou os olhos.

-Eu sabia que era bom demais para ser verdade. –falou frustrada –Agora é um tapinha na cabeça e se manda?

-Bom, você pode até ficar. –Lily falou, surpreendendo a todas –Mas vai ter que ou ficar quieta e manter segredo do que você escutar ou ajudar.

Rose pareceu dividida entre ir ou ficar, mas por fim suspirou.

-Eu acho que vou me arrepender, mas tudo bem. Eu fico.

Roxanne pareceu admirada, Lily apenas abriu um sorriso satisfeito e fez um sinal para Anabelle prosseguir.

-Bom, eu falei com Bryce. –Anabelle começou, lançando um olhar desconfiado a Rose –Ele me deu ótimas informações e eu consegui irritar tanto a galinha quanto seu irmão no processo, então foi um ótimo encontro.

-Bryce Darv? –Rose quis saber –O ex-namorado da Jessamine?

-O próprio. –Anabelle confirmou –Ele me confirmou que ela tem um passatempo não muito saudável. Com isso vai ser muito fácil chuta-la para fora da escola.

Lily e Roxanne pareciam refletir.

-Quem vai cuidar da Jessamine? –Roxanne falou por fim –Nós já temos tudo planejado para o Tudor para depois de amanhã, os meninos vão fazer. Mas a Jessamine tem que ser destruída por alguém de autoridade e não tem como ser você, Lily. Todo mundo sabe que vocês se odeiam, podem suspeitar de alguma coisa.

-Tem mais alguém que pode fazer. –Lily falou, seu olhar virando-se para Rose.

-Eu? Fazer o que? –Rose quis saber.


-Você vai saber em breve. –Lily falou com um olhar calculista –Essa semana temos agenda cheia, meninas. Tudor depois de amanhã, Jessamine em cinco dias e amanhã... –um sorriso maldoso –Eu vou... Negociar com nosso professor querido.

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N/A: Ai está!!!! Comentem!

Sábado tem uma one-shot pra la de especial!

B-jão

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Você Sabe Que Me Ama - Capítulo 3 (parte 1)



Capítulo 3

A noite das meninas foi passada de forma mais prática do que a dos meninos. Embora elas tivessem botado a fofoca em dia o foco principal foi revelar uma Lily Evans que a escola nunca tinha visto. Sendo assim, a manhã de dois de setembro começou da seguinte forma...

James Potter, o Monitor-Chefe e Capitão do time de quadribol, estava com seus fiéis escudeiros, Remus Lupin, Sirius Black e Peter Pettigrew, tomando o delicioso café da manhã servido na escola quando um burburinho começou na entrada do salão.

James, sendo a alma arrogante que era, não se incomodou em ver o que era. Ja Remus, sempre o observador, levantou a cabeça e acabou engasgando com o próprio suco.

-Você ta bem, Aluado? –Peter perguntou preocupado, dando tapas nas costas do amigo.

Em meio as tossidas, Remus apenas conseguiu apontar para a porta.

-Merlin amado! –Peter exclamou ao ver o que chocara Remus.

Isso foi o bastante para que Sirius e James finalmente resolvessem olhar para a entrada. Felizmente Pontas não tinha nada na boca, porque se tivesse provavelmente teria morrido engasgado.

La vinha Lily entre suas amigas, mas aquela não era a Lily de todos os dias. Não mesmo. Essa usava a saia do uniforme mais curta e a camisa mais justa. Essa tinha os cabelos arrumados e o rosto maquiado com classe. Se James sempre a achara bonita antes, agora ele estava a um passo de se humilhar caindo de joelhos e implorando para casar-se com ela.

-O que elas fizeram com a Evans? –Sirius perguntou –Amarraram e torturaram?

James ainda estava chocado demais para formar uma frase coerente. Será que a ruiva sempre tivera pernas tão maravilhosas? Ele não se lembrava de ter visto tanto delas em algum outro momento.

-Ei, Verona! –Sirius chamou quando a morena passou por eles –Você está ótima hoje.

-Me diz alguma coisa que eu não sei, Six. –ela provocou.

-Você ficaria melhor ainda na minha cama. –ele jogou de volta, fazendo dois primeiranistas ali perto corarem.

Verona jogou a cabeça para trás e riu, mas continuou andando com as amigas.

-Patético, Black. –James falou rindo –Ta ai uma menina que você não vai pegar nunca.

Sirius estreitou os olhos e fuzilou o amigo com o olhar.

-Eu tenho muito mais chances com a Verona do que você com a Evans. –ele declarou.

-Eu acho que vocês dois têm problemas. –Remus falou.

-Ei, eu ouvi algumas meninas trouxas usando um termo que define perfeitamente o que o Sirius tem com a Verona. –Peter falou com seriedade.

-O que é? Nada? –James provocou de novo.

-Não. É Friendzone. –diante dos olhares confusos dos amigos Peter explicou –Quer dizer que ele quer pegar a menina, mas ela ja o classificou como “amigo”. Ele ta preso nessa classificação, e pelo que as meninas estavam falando é praticamente impossível sair de la.

James e Remus explodiram em risadas, enquanto Sirius não parecia nada feliz com essa história.

-Eu vou mostrar que vocês estão errados. –ele declarou irritado, levantando-se e indo em direção as meninas.

-Não sei porque ele insiste tanto. –Peter falou, sinceramente confuso.

-Porque ela é a única menina na escola, fora minha Lily, que nunca deu bola para ele. –James falou.

-Eu acho que seja um pouco mais que isso. –Remus falou –Ela é muito parecida com ele em vários aspectos e eles se dão bem. –ele deu de ombros –E também tem o fato de que ela é gostosa pra caramba.

Os outros dois concordaram.

***

Sirius respirou fundo e puxou todo seu charme para si. Esse negócio de friendzone era ridículo. Tudo bem que ele e Verona eram grandes amigos e tal, mas isso não queria dizer que estava em algum tipo de limbo ou zona, ou seja la o que fosse.

Verona só precisava de um tempo para ver que os dois seriam ótimos juntos. Ignorando todos os outros seis anos que ela ja tivera para pensar...

Se alguem entendia os problemas familiares de Sirius esse alguém era Verona. Sua mãe viera de uma família muito tradicional de sangue-puros e seu pai era nascido trouxa. De acordo com a história que a morena contava o romance do dois tinha sido meio que uma “rebelião” da parte de sua mãe, só que ela nunca esperara ficar grávida. Seus pais, que eram puristas, ficaram furiosos com a filha manchando o sangue da família e a deserdaram, dando um choque de realidade nada bem vindo na filha mimada. Verona dizia não entender porque a mãe não abortara de uma vez, mas o fato era que tão logo tivera o bebê abandonara o marido e a criança e voltara correndo para a casa dos pais. Verona nunca vira a mãe, a não ser em fotos. A avó conhecera por acaso e era um dia que preferia não lembrar. O pai de Verona era ótimo e cuidava dela com amor, mas faltava algo.

Sirius sabia o bastante de famílias desfuncionais para entender que o amor de uma pessoa não compensava o fato de todas as outras te odiarem. Verona ainda tinha o pai. Ele nem isso tinha.

-Olá, senhoritas. –falou fazendo uma curvatura charmosa.

Verona riu enquanto as amigas reviraram os olhos.

-Cansou de ficar com os meninos, Black? –ela brincou.

-A companhia aqui ta bem mais interessante. –ele piscou para ela –Além do mais... Eu precisava ver mais de perto. –virou os olhos para Lily -Você está um espetáculo, Evans. Se o Pontas já não tivesse marcado território eu estaria investindo.

Lily jogou um olhar furioso para o maroto.

-O seu amigo não marcou nada! –retrucou irritada.

Sirius deu de ombros de forma relaxada.

-Ah é? Pergunta para todos os homens dessa escola se ele não marcou. Talvez você tenha sorte com um primeiranista, se você quiser virar papa-anjo. –jogou um olhar divertido para Lily.

A monitora resolveu ignora-lo. Para Sirius era até bom, porque tinha ido ali focar em Verona.

Correndo o risco de parecer um idiota, Sirius tinha que admitir: toda vez que olhava para Verona sentia um solavanco no estomago. Era incrível o quão bonita ela era. Muitas pessoas achavam Agnessa e Iolanta mais bonitas no sentido clássico, considerando Verona mais “gostosa”, mas para Sirius não havia uma menina nessa escola que batesse a morena. Talvez porque ela não fosse exatamente uma menina, era muito mais mulher.

Se ele fosse descrever tudo o que adorava nela provavelmente passaria o dia ali. E, ao contrário do que os amigos pensavam, não era o corpo dela. Apesar de que seria o primeiro a admitir que os peitos dela eram incríveis. Mas era mais que isso! Era o cabelo comprido e castanho, que tinha mechas douradas quando batia o sol, era a boca maravilhosa que ela tinha e que ficava ainda mais linda quando sorria, eram os olhos que eram uma mistura incrível de verde e dourado, era o jeito que ela falava seu nome...

Sirius balançou a cabeça. Estava ficando um imbecil romântico como James. E todo mundo sabia que daquele mato não ia sair coelho nenhum. Muito menos o coelho ruivo que o amigo queria.

-Ocupada hoje, Verona? –ele perguntou jogando um sorriso para a morena.

Agnessa deu uma risada de escárnio, como se ja soubesse onde aquela pergunta queria chegar.

-Alguns de nós fazem lição de casa, sabia, Black? –ela provocou de volta.

-Esquece a lição de casa. Vamos dar uma voltinha na torre de astronomia. –falou arqueando as sobrancelhas de forma sugestiva.

Lily e Iolanta trocaram olhares que demonstravam sua opinião a respeito da cena toda.

-Ah Six... –Verona suspirou –Eu adoraria dar uma volta, mas eu to naqueles dias e praticamente jorrando que nem um fonte. Sem contar a cólica.

Celina engasgou com seu suco, enquanto as outras tentavam segurar as gargalhadas. Sirius só parecia chocado.

-Ai, Sirius, desculpa! –Verona pediu rindo –É que você é um amigo tão bom que eu até esqueço que você é homem.

Com essa frase, Celina começou a ficar roxa e Iolanta deve que dar um tapa nas costas dela.

-Tudo bem, Vê. –Sirius falou, em estado quase catatônico –A gente se fala depois. –ele se levantou e foi em direção a saída.

-Será que ele tá bem? –Verona perguntou preocupada.

Celina quase desmaiou de falta de ar.


***

N/A: Aí está!!!! Verona, a diva que colocou Sirius na Friendzone, é a capa desse post!

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B-jão

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Damas Grifinórias 2 - Capítulo 5 (parte 4)




***

Anabelle era vaidosa o bastante para apreciar cada olhar que recebia quando cruzava qualquer lugar. Podia ter puxado a mãe em coloração, mas puxara a tia Anellise em atitude. Adorava problemas. E olha que coincidência! Problemas a adoravam.

A loira crescera com uma vida de estrela, praticamente sem regras. Seu pai tinha, felizmente, saído cedo de cena, então crescera com a mãe, a tia e os primos. As irmãs Roberts tinham uma política muito simples para criar filhos: eles podiam fazer o que quisessem, mas se fizessem besteira e tivessem problemas elas que não iam resolver. Ou seja, eles se tornaram mestres em escapar sozinhos de encrencas.

Por ela teria estudado em Durmstrang, como os irmãos. Teria ficado longe da Inglaterra e de um passado que sabia que ainda magoava sua mãe. Mas hoje em dia não ligava. Adorava Hogwarts, as meninas e as inúmeras opções de divertimento que a escola proporcionava.

-Olha por onde anda, Roberts.

Falando em divertimento...

Anabelle abriu um sorriso lento e coberto de veneno.

-Não seja mau comigo, Malfoy. –ela falou de forma macia –Assim você me magoa.

Scorpius fez um som de nojo.

-Onde estão suas cúmplices, Roberts? Cansaram de você? –ele falou.

Os dois tinham esbarrado do lado de fora do Três Vassouras, de onde Scorpius vinha saindo sozinho. O que queria dizer que Albus devia estar com a cheia-de-pena em algum lugar.

-Não, meu amor, elas estão todas ocupadas. –ela falou jogando o cabelo por sobre o ombro –E eu tinha um encontro. Não dá pra trazer as amigas para esse tipo de coisa. Se bem que... Você e o Albus dividem tudo, né? Vai que pra você não tem problema.

Scorpius estreitou os olhos.

-Eu tenho pena do idiota que vai se encontrar com você. –ele falou de forma venenosa.

-Eu se fosse você teria inveja. –ela falou de forma maldosa –Porque ele vai ter uma sorte que você nunca teve na vida.

Scorpius respirou fundo e se recusou a responder.

-Depois de todo esse tempo você ainda fica dodói quando lembra que eu te dei um fora, Malfoy? –ela perguntou de forma fingida –Eu não sabia que seu amor por mim era tão profundo.

Anabelle nem viu Scorpius se mover, mas de repente a mão dele estava segurando o rosto dela de forma firme, mas não agressiva. Ainda.

-Você fica brincando, Anabelle, mas não consegue ficar longe. –ele falou, o rosto próximo ao dela –Eu acho que quem tem um amor profundo aqui é você.

-Hum, bancando o malvado? Assim você mata, Scorpius. –ela provocou de volta, como se não estivesse nem ai pra situação –Você sabe que quando você quiser eu sou toda sua. E eu sei que você não tem coragem.

Scorpius abaixou a cabeça até sua boca roçar a orelha dela.

-Não tenha tanta certeza, Anabelle. –ele falou de forma macia –Logo logo eu vou descobrir quanto do que você fala é só da boca pra fora. –e com isso seguiu seu caminho.

Ah merda. Ela estava ferrada. Sempre provocara Scorpius porque ele mantinha a distância e era divertido de provocar, mas agora... Lily ia mata-la! Elas tinham uma regra muito séria sobre ex-namorados e a ruiva mal gostava de vê-la de brincadeira com Scorpius. Apesar de os dois não estarem mais juntos ela ainda tinha ciúme, embora nunca fosse admitir.

Merlin, qual era o problema dele? Desde que Anabelle lhe dera um fora, no terceiro ano dela e no quarto dele, sempre a olhara como se ela fosse lixo. O que ele estaria planejando agora, para mudar de atitude?

Teria que falar com Lily antes que desse alguma merda pro seu lado. Scorpius já tinha deixado bem claro que não queria as Damas aprontando pela escola esse ano e seria bem capaz de tentar causar uma briga entre elas. Babaca.

Anabelle respirou fundo e passou a mão pela roupa. Tinha algo que precisava fazer e nada iria distrai-la.

Entrou no pub e olhou em volta, achando quem queria numa mesa de canto. Colocou um sorriso sexy no rosto e caminhou até ele. Quando estava na metade do caminho, Bryce Darv, ex-aluno de Hogwarts levantou a cabeça e a viu.

-Madame Roberts. –ele falou com um sorriso cafajeste.

-Bryce. –ela falou, sentando-se no banco ao lado dele, ao invés da cadeira de frente –Como você está?

-Bem, melhor agora. –ele falou olhando-a de cima em baixo –E você?

-Melhor impossível.

Bryce tinha sido um aluno da Corvinal e se formara há dois anos. Fora capitão do time de quadribol e namorara Jessamine. Aliás, ela o traíra com Albus.

Anabelle tinha de admitir que não havia absolutamente nada de errado com ele. Bryce era muito atraente. Sangue puro, com cara de realeza com seus olhos azuis e cabelo loiro escuro. Estava usando cavanhaque agora e vestido muito bem para quem estava apenas no Três Vassouras indo encontrar-se com uma aluna de Hogwarts.

-Eu devo admitir que fiquei bem curioso quando recebi sua mensagem. –ele falou, passando o braço por trás dela e debruçando-se em sua direção –Fiquei pensando no que você poderia querer justo comigo. Então eu lembrei: a Jessamine namora o babaca do irmão da sua amiguinha.

-Como você é espertinho. –ela falou brincando com o botão da camisa dele –É justamente por isso. Eu gostaria de algumas informações e estou disposta a pagar bem por elas.

-Pagar como? –ele perguntou deslizando a outra mão para a coxa dela.

Anabelle sabia que Bryce podia bancar o sedutor o quanto quisesse, mas não era realmente o que ele queria. Ela tirou um saquinho de dentro do bolso do casaco e balançou, deixando as moedas la dentro tilintarem.

O sorriso dele abriu ainda mais.

-Agora sim estamos conversando. –ele falou tirando a mão da perna dela e pegando o saquinho –O que você quer saber?

-Antes de mais nada... –ela abriu um sorriso quase cruel –Me dá um beijo?

Bryce estreitou os olhos desconfiado, mas fez o que ela pediu. Inclinou a cabeça e deu um beijo nela que faria qualquer um pensar que os dois eram extremamente íntimos. Os dois se separaram quando um grito cortou o barulho de conversa do pub.

Anabelle olhou para o lado extremamente satisfeita de ver Jessamine olhando para eles, vermelha de raiva.

-Você é terrível, Anabelle. –Bryce falou totalmente satisfeito.

Jessamine parecia a um passo de ir la e estapear um dos dois. Ela podia aprontar o quanto quisesse, mas adorava manter os namorados na coleira e, por algum motivo, os ex também. Então o olhar dela caiu para o lado e ela abaixou a cabeça e foi na direção de uma das mesas.

Anabelle olhou na direção e com toda a certeza la estava Albus, com cara de poucos amigos. A loira mandou um beijo para ele.

-Então é verdade. –Bryce comentou –Potter colocou um cabresto na Jessamine.

-Sim, é verdade. –Anabelle admitiu –O que eu quero saber é porque ela aguenta o cabresto. E... Se é verdade que ela tem os mesmos hobbies que você.

A mão de Bryce foi reflexivamente parar em seu nariz, como se ele fosse coçar a ponta.

-Se esse tipo de boato ao meu respeito vaza...

-Querido, eu não ligo a mínima pra você e sua reputação. –ela informou de forma direta –O que eu quero é aquela menina fora da escola e arruinada.

O sorriso de Bryce foi radiante.


-Por que você não disse antes, Anebelle? Eu vou adorar te ajudar.


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N/A: Nosso querido Bryce fecha esse post!

Anabelle ta aprontando! E agora, o que será que vai rolar?

Post em VSQMA na segunda!

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B-jão