terça-feira, 22 de maio de 2012

MIB 2 - Capítulo 5 (parte 3)



-Corajosa você. Vamos ver quanto dura essa coragem.

As luzes acenderam-se de repente, cegando Jade momentaneamente. Ela ouviu-o puxar o ar em choque ou talvez surpresa.

-Lily?

Fazia tanto tempo que não ouvia esse nome que Jade olhou para ele na hora. E então o choque foi seu.

-Lupin?

O que estava acontecendo? A cabeça de Jade estava trabalhando a mil por hora, tentando entender o que ele estava fazendo ali.

-Lily, é mesmo você? –Remus olhava para ela em choque. Era o máximo de emoção que já vira o rapaz expressar. 

O choque disso deve ter sido o que fez Jade recuperar o bom senso.

-Olha, colega, acho que você está me confundindo. –ela deu de ombros –Meu nome é Jade. Jade Harvelle.

Os olhos dele estreitaram de forma ameaçadora.

-Meio tarde demais para se fazer de boba. –ele falou de forma ácida.

É, ela estava esperando que ainda desse tempo...

O olhar dele ficou sério e frio, exatamente como Jade se lembrava que era.

-O que você está fazendo aqui, Lily? –ele exigiu.

Jade suspirou. Puxou a gola de sua jaqueta onde um pequeno microfone estava embutido.

-Hum, Ully?
 
-O que foi? –a resposta veio do aparelho de escuta em seu ouvido.

-Nós temos problemas. Do tipo sério, sexy e armado.

Remus arqueou a sobrancelha.

-Mande-a entrar logo, seja essa quem for. E se suas outras amigas estão em volta, é bom chama-las também. –ele levou a mão ao ouvido –James. Sirius. Peter. Vocês não vão acreditar.

XxX

Não, Peter não podia acreditar. As quatro cadelas estavam mesmo vivas! Depois de tudo o que acontecera na Universidade de Hogwarts havia pessoas que pagariam muito dinheiro por elas! Principalmente Lucius e Rodolphus, já que elas haviam sido as responsáveis pelas mortes das esposas deles.

Ele podia lucrar, e muito, com isso. Mais do que já vinha lucrando denunciando as posições deles para os outros. Mas tinha que jogar de forma correta.

Pegou o celular e discou o numero que devia ser usado apenas em casos extremos.

A voz que atendeu a ligação parecia o sibilar de uma cobra.

-O que foi, Pettigrew?

-Temos problemas, Mestre Voldemort.

XxX
 
Ayla ouviu Jade repetir a mensagem pelo comunicador e ainda não acreditou. Como assim os famosos Marotos eram os imbecis da faculdade? Sentiu seu coração pular uma batida e seu estomago dar um solavanco. Não queria vê-los. Não queria ver nenhum deles.

-Eu já sei que você está ai, então que tal subir logo? –a voz debochada chamou do telhado.
 
Droga, por que tinha que ser justo ele?

Ayla pediu forças ao céu e despendurou-se da janela onde estivera esperando e subiu os poucos centímetros que faltavam para poder estar no telhado. E deu de cara com Sirius Black.

 -Eu ainda não acredito. –ele falou com um sorriso de canto de boca –Mas devo dizer que os anos te fizeram bem, Hall. Eu gostei do moreno, mas preferia seu cabelo loiro.

Ayla fuzilou-o com os olhos.

-O que você prefere ou não, não me interessa. –declarou -O que está acontecendo aqui?

-Olha, querida... –ele falou irônico –Eu vou adorar ouvir essa explicação quando vocês começarem com ela. Até então é melhor nos juntarmos aos outros.

Ayla cedeu o ponto. Ele tinha razão. Então percebeu que ele a estava analisando descaradamente.

-O que foi? –ela praticamente rosnou.

-Não tem nada mais sexy do que uma mulher segurando uma arma. –um sorriso cafajeste.

Ayla revirou os olhos.

-Voce vai ver o que é sexy quando eu arrebentar a sua cara.

Sirius explodiu naquela risada irritante que tinha, parecida com um latido de cachorro.

-Eu queria ver você tentando, docinho. –ele provocou.

Os olhos de Ayla brilharam em divertimento.

-Ah, você ia me ver conseguir, docinho.

XxX

Quando Ully abriu a porta de trás do armazém e deu de cara com James Potter foi muito difícil lutar o desejo de dar um tiro no meio da testa dele. Primeiro porque agora ela sabia que ele havia mentido o tempo todo e que, de fato, trabalhava para Voldemort. Segundo porque, mesmo antes de saber disso, o culpava por tudo o que acontecera há três anos atrás. A decisão tinha sido dele o tempo todo, podia simplesmente ter ido embora. E terceiro ele atirara em Lily.

-Olha Myers, quando eu acho que você não consegue ser mais burra você vai e me prova errado. –ele falou sarcástico –O que você pensa que está fazendo na Inglaterra? Correndo atrás de bandidos?

Ully sentiu vontade de atirar nele.

-Quem você pensa que é pra me dar ordens, Potter? –ela retrucou furiosa –Uma corja quem nem a sua, se misturando com Voldemort...

-Eu não tenho nada a ver com aquele animal! –ele protestou. 

-Não é o que dizem por ai!

-Eu sei! Eu só não sei porque acham que nós trabalhávamos para eles! –ele gritou irritado –Nós somos free-lancers! Eu nunca na minha vida seguiria aquele desgraçado!

-Ah, mas você aceitou fazer um trabalho para ele. –ela jogou de volta.

James deu de ombros.
 
-Aquilo eram apenas negócios. –ele falou, sem ligar.

-Só negócios? -ela repetiu incrédula -Se fingir de amigo do Henry para depois mata-lo foram "só negócios"? Entrar nas nossas vidas e destruí-las foi "só negócios"? Atirar na Lily foi "só negócios"?

Uma sombra caiu no rosto dele.

-Ela está viva, não está? –foi a resposta dele, fria como gelo.

-Eu não sei porque perco meu tempo. –Ully jogou as mãos para cima –Eu provavelmente estaria melhor tentando conversa com Voldemort!

-Se você acha isso, você é ainda mais burra do que eu me lembro. –James declarou.

Ully fuzilou-o com os olhos.

-Ei, Ully. Você está tapando a entrada.

Ully olhou por cima do ombro e viu Ayla parada ali com Sirius. A morena suspirou.

-Vamos entrar logo e encerrar esse show. Quanto mais cedo nós conversarmos sobre isso mais cedo eles podem sumir da nossas vidas de novo. –ela falou, agora impaciente.

-Eu não contaria com isso... Charlotte.

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N/A: Ai esta queridos e queridas! Comentem ;)

B-jão

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