quinta-feira, 31 de maio de 2012

MIB 2 - Capítulo 5 (parte 5)



***

Laryssa tinha um mau pressentimento. Tivera um desde que essa história de Voldemort estar vivo surgira, mas a sensação de que alguma coisa estava a ponto de dar errado só piorara quando recebera a mensagem das amigas dizendo que tinham encontrado os famosos “Marotos”.

Elas acompanharam por muito tempo as repercussões do caso na Universidade de Hogwarts, mesmo depois que fugiram da Inglaterra. Passaram muito tempo tentando entender de onde vieram as conclusões tiradas, como o nome dos quatro vizinhos simplesmente sumiu de qualquer referencia e como quatro capangas de Voldemort surgiram na cena. No fim deduziram que os quatro idiotas tinham jogado a culpa nos tais “Marotos” para livrarem a própria cara, afinal um famoso grupo de extermínio não ia aparecer em rede pública para se defender.

Se dependesse exclusivamente dela nunca teriam voltado para Londres, Jade era da mesma opinião. Mas Ully acabou ficando com peso na consciência, já que tinham prometido a Snape que ficariam para testemunhar e depois fugiram. Foi por isso que voltaram.

Um dia, há muito tempo atrás, Laryssa tinha sido Marine Swan. Aliás parecia que tinha sido há tanto tempo que ouvir o nome não lhe causava mais aquela sensação de vazio que causava no começo. Aprendera a viver com o fato de que nunca mais veria os pais, que nunca iria se formar em Hogwarts, que nunca mais conseguiria andar na rua sem ter medo de tomar um tiro.

Depois que saíram da Inglaterra e se enfiaram na China as quatro amigas passaram alguns meses escondidas no país, até irem parar na Tailândia. Foi lá que tudo mudou. Foi la que Charlotte Myers, Marine Swan, Lily Evans e Mary Jane Hall morreram. Também foi la que Ully Blanchard, Laryssa Deschanel, Jade Harvelle e Ayla Maudrell renasceram. Meio que literalmente, já que as verdadeiras donas desses nomes estavam mortas.

Laryssa chutou os lençóis da cama e sentou-se. Snape cedera o quarto a ela, e dissera que ia dormir no seu escritório de casa, que tinha um sofá cama. Não era um ato de cavalheirismo da parte dele. A casa tinha um alarme que disparava se alguém abrisse a porta e o painel para desligar o alarme ficava no escritório, onde ele estaria dormindo. Era mais fácil garantir que ela não fugiria assim, e o policial já deixara bem claro que não confiava nele.

Laryssa bufou. Bom, também não confiava nem um pouco nele. Uma vez bandido, sempre bandido. Fora o que Lee ensinara a elas.

Olhou para o despertador e viu que era 2 da manhã. Será que estava tudo bem com as meninas? Elas ainda não tinham ligado para dar noticias...

O som de um chuveiro sendo ligado a distraiu. Snape estava tomando banho a essa hora da noite? O infeliz provavelmente estivera trabalhando em alguma coisa a noite toda.

Um bom momento para fazer um lanchinho.

Saiu do quarto em silêncio e sem acender as luzes. Enxergava bem no escuro e a pouca luminosidade que vinha de fora era o bastante para guia-la pelo apartamento. Quando chegara ali esperara encontra uma casa praticamente vazia, com o básico do básico, parecendo uma clínica. Mas estivera errada.

O bom gosto do pequeno apartamento era absurdo. Nunca achara que Snape tivesse tanto estilo. Bom, ele também podia ter contratado uma decoradora, mas Laryssa não achasse que fosse o caso. Tudo podia ser básico, mas era de extremo bom gosto e em tons escuros. O sofá da sala era de couro, o tapete era macio, os quadros eram fotografias em preto e branco. As únicas coisas que faltavam ali eram memórias e fotografias. Não havia nada que indicasse que Snape tinha uma vida fora do trabalho.

Ela achou a cozinha, que tinha todos os eletrodomésticos em inox, abriu a geladeira e surpreendeu-se ao achar comida. Não havia nada de muito espetacular ou variado, mas já era mais do que esperava. Achou leite, pão e algumas coisas para fazer um sanduíche. Quando terminou de preparar seu lanche decidiu esperar para ver quanto tempo Snape demoraria para se tocar de que ela não estava no quarto e vir atrás dela.

Sentou-se no balcão da cozinha, mais para irrita-lo, e pôs-se a comer. Ouviu o chuveiro ser desligado. Uns minutos depois ouviu a porta do banheiro abrir-se. Silêncio... Silêncio... A luz do corredor acendeu-se.

-Deschanel?

Laryssa deu um sorriso de canto de boca. Talvez devesse chama-lo e aliviar a preocupação do policial... Ah não.

Ouviu os passos apressados dele e logo o homem entrou na cozinha.

Laryssa nunca tinha visto Snape tão... Relaxado. Era exatamente essa paalvra que procurava. Ele vestia uma calça de moletom preto e uma regata preta. A morena não achava que ele possuía esse tipo de roupa, mas pelo jeito se enganara. O cabelo molhado dele estava jogado para trás, dando a ela uma visão do rosto dele que nunca tivera antes. E com a luz do corredor iluminando-o, Snape parecia até... Bonito.

Laryssa sentiu-se corar de vergonha, só de pensar um absurdo desse. Para sua sorte estava no escuro, dificilmente ele teria percebido.

-O que você está fazendo aqui, Deschanel? –Snape perguntou por entre os dentes.

-Comendo. –deu uma mordida em seu sanduíche para ênfase –Não sabia que estava proibida de andar pela casa.

Ele estreitou os olhos.

-Eu já falei hoje que não confio em você? –perguntou de forma ácida.

-Você falou ontem. –informou solícita –Mas já passou da meia-noite, então tecnicamente você não falou hoje.

Só estava querendo irrita-lo porque... Bom, não sabia porque queria irrita-lo, só sabia que queria. Era uma coisa mais forte que ela.

Snape bufou e avançou em direção a ela, com passos cuidados e calculados, como se ainda estivesse medindo o nível de perigo da situação toda.

Ele realmente tinha um rosto atraente. Engraçado como era mais fácil reparar nessas coisas quando aquela cortina de cabelo seboso dele não estava no caminho... E os braços dele eram torneados, outra coisa que não esperara, já que ele não tinha cara de ser super esportivo. Mas no antebraço dele ainda havia aquela marca que ninguém queria ver.

De repente Laryssa já não estava se sentindo la muito confortável. Deu-se conta de que estava sentada no balcão da cozinha, usando apenas uma camiseta velha que ele lhe emprestara. Não podia dizer que estava em grande vantagem, mas fingiu não ligar para nada, nem quando ele parou poucos centímetros de distância dos joelhos dela.

-Eu não me lembro de ter dito para você se sentir em casa. –um comentário levemente irônico.

Havia algo diferente no tom dele. Diferente da ironia e do sarcasmo e da frieza. Ele estava tramando algo.

-Eu leio nas entrelinhas. –ela deu de ombros.

Ele deu um passo para frente, colando sua barriga aos joelhos de Laryssa. A morena quase pulou para trás, mas não queria dar a ele a impressão de que estava intimidada.

-Pelo jeito você não lê bem o bastante. –ele falou.

Laryssa estava a um passo de perguntar o que ele queria dizer com isso, quando, para seu total choque, a mão dele pousou em seu joelho esquerdo.

-Na verdade... –o polegar dele começou a traçar círculos preguiçosos no joelho de Laryssa –Eu acho você bem desligada.

Laryssa não conseguia falar nada. Parecia que sua língua estava travada. Quem era esse ser incrivelmente sexy e o que ele tinha feito com o Snape rabugento que ela conhecia?

Ele estava olhando fixo nos olhos dela, e a morena se viu tão hipnotizada que mal percebeu quando Severus afastou seus joelhos e deu mais um passo a frente, ficando entre suas pernas.

-Eu... Eu não sou desligada. –protestou de forma fraca.

-Eu acho que você é sim. –ele provocou, não exatamente sorridente e brincalhão, mas de forma alguma sarcástico.

Ele correu o nó dos dedos suavemente pela parta da coxa dela que estava exposta, antes de apoiar uma mão de cada lado do quadril dela no balcão. Os narizes deles estavam quase roçando e ela podia sentir cada respiração dele contra sua pele. Seu coração devia estar batendo a mil por hora e não sabia o que fazer. O que ele queria?

-O que você quer? –ela perguntou levemente ofegante.

-Não é óbvio? –ele inclinou a cabeça para o lado e suas próximas palavras foram praticamente ditas contra os lábios dela –Eu também estou com fome.

As pálpebras de Laryssa pareceram pesar e quase se fecharam sozinhas. E de repente ela sentiu que ele não estava mais perto. Abriu os olhos e o viu uns três passos para trás, segurando uma maçã.

-Volte logo pro seu quarto, Deschanel. –ele declarou com simplicidade e desinteresse, antes de dar as costas a ela e sair dali.

O queixo da morena desabou. Todo aquele teatro para pegar uma maçã na fruteira em cima do balcão? Laryssa ia matar Snape!

Pensando bem... Ela podia simplesmente dar um troco nele.

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N/A: Fala sério! Fazia tempo que a Sensei não era generosa assim hein! hahahaha Nossa capa de hoje é Laryssa/Marine!

O que voces acharam do ataque sexy do Snape? uhahuahuahuahuahu

COMENTEM!

B-jão

segunda-feira, 28 de maio de 2012

MIB 2 - Capítulo 5 (parte 4)




-Vamos entrar logo e encerrar esse show. Quanto mais cedo nós conversarmos sobre isso mais cedo eles podem sumir da nossas vidas de novo. –ela falou, agora impaciente.

-Eu não contaria com isso... Charlotte.

Ully virou-se, seu olhar fuzilando o rapaz que chegava. Os olhos de James foram parar na mulher que o acompanhava, a que ele conhecera como a ruiva Lily Evans, mas agora era uma morena desconhecida. O moreno deu um passo, como se quisesse ir em direção a ela, mas um olhar de Sirius o fez ficar parado.
-A Charlotte está morta, Lupin. –ela praticamente rosnou –As quatro estão.
-Então de que centro espírita vocês saíram? –Peter perguntou juntando-se ao grupo.
-E o que é esse tanto de tinta castanha? Vocês são de alguma girl band de apoio as morenas? –Sirius provocou, acendendo um cigarro.
-Eu sinto uma dor de cabeça vindo. –Jade declarou.
-Pois eu sinto problemas vindo. –James falou irritado –Ninguem pode saber o que realmente aconteceu há três anos. Ninguém pode saber que vocês estão vivas!
-Aliás, não está faltando uma maluca? –Sirius comentou de repente.
-A Laryssa ficou para trás. –Ayla declarou cruzando os braços.
-Por que? –Remus quis saber. 
-Não é da conta de vocês! –Ully explodiu irritada –Eu só digo que ela sabe exatamente onde nós estamos, então vocês nem pensem em terminar o que começaram antes!
-Se nós quiséssemos vocês mortas vocês ja estariam mortas. –James falou de forma fria. 
-Você que pensa, bonitão. –Ayla retrucou –Nós não somos mais as mesmas.
-Ok, pára tudo! –Peter pediu –Por que não começamos de novo, do começo?
As três garotas trocaram olhares entre si, como se conversassem sem palavras. Por fim Ayla deu de ombros, Jade também e Ully bufou.
-Querem sentar? Porque essa vai ser uma longa história. –ela falou.
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N/A: Eu sei que foi pouco, mas quero ver se terça ou quarta no máximo post mais! Essa gata morena na capa é nossa querida Ayla/Mary Jane ;)

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B-jão

terça-feira, 22 de maio de 2012

MIB 2 - Capítulo 5 (parte 3)



-Corajosa você. Vamos ver quanto dura essa coragem.

As luzes acenderam-se de repente, cegando Jade momentaneamente. Ela ouviu-o puxar o ar em choque ou talvez surpresa.

-Lily?

Fazia tanto tempo que não ouvia esse nome que Jade olhou para ele na hora. E então o choque foi seu.

-Lupin?

O que estava acontecendo? A cabeça de Jade estava trabalhando a mil por hora, tentando entender o que ele estava fazendo ali.

-Lily, é mesmo você? –Remus olhava para ela em choque. Era o máximo de emoção que já vira o rapaz expressar. 

O choque disso deve ter sido o que fez Jade recuperar o bom senso.

-Olha, colega, acho que você está me confundindo. –ela deu de ombros –Meu nome é Jade. Jade Harvelle.

Os olhos dele estreitaram de forma ameaçadora.

-Meio tarde demais para se fazer de boba. –ele falou de forma ácida.

É, ela estava esperando que ainda desse tempo...

O olhar dele ficou sério e frio, exatamente como Jade se lembrava que era.

-O que você está fazendo aqui, Lily? –ele exigiu.

Jade suspirou. Puxou a gola de sua jaqueta onde um pequeno microfone estava embutido.

-Hum, Ully?
 
-O que foi? –a resposta veio do aparelho de escuta em seu ouvido.

-Nós temos problemas. Do tipo sério, sexy e armado.

Remus arqueou a sobrancelha.

-Mande-a entrar logo, seja essa quem for. E se suas outras amigas estão em volta, é bom chama-las também. –ele levou a mão ao ouvido –James. Sirius. Peter. Vocês não vão acreditar.

XxX

Não, Peter não podia acreditar. As quatro cadelas estavam mesmo vivas! Depois de tudo o que acontecera na Universidade de Hogwarts havia pessoas que pagariam muito dinheiro por elas! Principalmente Lucius e Rodolphus, já que elas haviam sido as responsáveis pelas mortes das esposas deles.

Ele podia lucrar, e muito, com isso. Mais do que já vinha lucrando denunciando as posições deles para os outros. Mas tinha que jogar de forma correta.

Pegou o celular e discou o numero que devia ser usado apenas em casos extremos.

A voz que atendeu a ligação parecia o sibilar de uma cobra.

-O que foi, Pettigrew?

-Temos problemas, Mestre Voldemort.

XxX
 
Ayla ouviu Jade repetir a mensagem pelo comunicador e ainda não acreditou. Como assim os famosos Marotos eram os imbecis da faculdade? Sentiu seu coração pular uma batida e seu estomago dar um solavanco. Não queria vê-los. Não queria ver nenhum deles.

-Eu já sei que você está ai, então que tal subir logo? –a voz debochada chamou do telhado.
 
Droga, por que tinha que ser justo ele?

Ayla pediu forças ao céu e despendurou-se da janela onde estivera esperando e subiu os poucos centímetros que faltavam para poder estar no telhado. E deu de cara com Sirius Black.

 -Eu ainda não acredito. –ele falou com um sorriso de canto de boca –Mas devo dizer que os anos te fizeram bem, Hall. Eu gostei do moreno, mas preferia seu cabelo loiro.

Ayla fuzilou-o com os olhos.

-O que você prefere ou não, não me interessa. –declarou -O que está acontecendo aqui?

-Olha, querida... –ele falou irônico –Eu vou adorar ouvir essa explicação quando vocês começarem com ela. Até então é melhor nos juntarmos aos outros.

Ayla cedeu o ponto. Ele tinha razão. Então percebeu que ele a estava analisando descaradamente.

-O que foi? –ela praticamente rosnou.

-Não tem nada mais sexy do que uma mulher segurando uma arma. –um sorriso cafajeste.

Ayla revirou os olhos.

-Voce vai ver o que é sexy quando eu arrebentar a sua cara.

Sirius explodiu naquela risada irritante que tinha, parecida com um latido de cachorro.

-Eu queria ver você tentando, docinho. –ele provocou.

Os olhos de Ayla brilharam em divertimento.

-Ah, você ia me ver conseguir, docinho.

XxX

Quando Ully abriu a porta de trás do armazém e deu de cara com James Potter foi muito difícil lutar o desejo de dar um tiro no meio da testa dele. Primeiro porque agora ela sabia que ele havia mentido o tempo todo e que, de fato, trabalhava para Voldemort. Segundo porque, mesmo antes de saber disso, o culpava por tudo o que acontecera há três anos atrás. A decisão tinha sido dele o tempo todo, podia simplesmente ter ido embora. E terceiro ele atirara em Lily.

-Olha Myers, quando eu acho que você não consegue ser mais burra você vai e me prova errado. –ele falou sarcástico –O que você pensa que está fazendo na Inglaterra? Correndo atrás de bandidos?

Ully sentiu vontade de atirar nele.

-Quem você pensa que é pra me dar ordens, Potter? –ela retrucou furiosa –Uma corja quem nem a sua, se misturando com Voldemort...

-Eu não tenho nada a ver com aquele animal! –ele protestou. 

-Não é o que dizem por ai!

-Eu sei! Eu só não sei porque acham que nós trabalhávamos para eles! –ele gritou irritado –Nós somos free-lancers! Eu nunca na minha vida seguiria aquele desgraçado!

-Ah, mas você aceitou fazer um trabalho para ele. –ela jogou de volta.

James deu de ombros.
 
-Aquilo eram apenas negócios. –ele falou, sem ligar.

-Só negócios? -ela repetiu incrédula -Se fingir de amigo do Henry para depois mata-lo foram "só negócios"? Entrar nas nossas vidas e destruí-las foi "só negócios"? Atirar na Lily foi "só negócios"?

Uma sombra caiu no rosto dele.

-Ela está viva, não está? –foi a resposta dele, fria como gelo.

-Eu não sei porque perco meu tempo. –Ully jogou as mãos para cima –Eu provavelmente estaria melhor tentando conversa com Voldemort!

-Se você acha isso, você é ainda mais burra do que eu me lembro. –James declarou.

Ully fuzilou-o com os olhos.

-Ei, Ully. Você está tapando a entrada.

Ully olhou por cima do ombro e viu Ayla parada ali com Sirius. A morena suspirou.

-Vamos entrar logo e encerrar esse show. Quanto mais cedo nós conversarmos sobre isso mais cedo eles podem sumir da nossas vidas de novo. –ela falou, agora impaciente.

-Eu não contaria com isso... Charlotte.

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B-jão

terça-feira, 15 de maio de 2012

MIB 2 - Caítulo 5 - parte 2



***



Jade respirou fundo. Tudo bem que a ideia era ser capturada, mas mesmo assim a morena odiava perder.



O imbecil tirou o joelho de cima dela apenas o bastante para agarra-la pelo cabelo e levanta-la.



-Ei cuidado com meu alisamento ai. –ela provocou, embora ele a estivesse machucando com o jeito que a estava segurando.



Esse era o tipo mataria qualquer pessoa que cruzasse seu caminho. O tipo de homem que Voldemort contrataria como assassino. O tipo de pessoa que ela queria destruir.



Ele empurrou-a contra a parede e Jade virou-se, pronta para atacar, mas então mudou de ideia. Ela era a isca! Não podia esquecer desse detalhe.



Ele colocou a arma contra a testa dela. Jade ainda não conseguia enxergar direito, mas o metal frio contra sua pele era inconfundível.



-Me diz agora, querida. –ele falou irônico, pressionando a arma contra a tempora dela –Me dá um motivo para não te matar ja.



Jade ergueu o queixo em arrogância.



-Se você atirar em mim não vai sobreviver para contar a história.



O cretino gargalhou.



-Grandes palavras para alguém tão pequena.



Ah, a vontade de mata-lo estava crescendo cada vez mais... E ela não era pequena! 1,63 é uma altura perfeitamente aceitável!



-Você vai ver quem é pequena quando eu arrebentar o seu nariz. –ela falou.



Ele ignorou a ameaça.



-Onde estão suas companhias? –quis saber.



-Não sei do que você está falando. –a morena garantiu tranquila.



-Você quer mesmo ir por esse caminho? –ele perguntou quase entediado –Porque se você vai me fazer perder meu tempo desse jeito eu posso ficar sem paciência. –ele alertou.



-Olha, moço, nada contra você... –mentira –Mas eu tenho um trabalho para completar. E você meio que está me atrapalhando.



-Engraçado, porque eu posso dizer exatamente a mesma coisa. –ele sibilou.



-Se você pode se identificar com o meu dilema, que tal uma ajudinha?



Ele bufou.



-Corajosa você. Vamos ver quanto dura essa coragem.



As luzes acenderam-se de repente, cegando Jade momentaneamente. Ela ouviu-o puxar o ar em choque ou talvez surpresa.



-Lily?



Fazia tanto tempo que não ouvia esse nome que Jade olhou para ele na hora. E então o choque foi seu.



-Lupin?

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B-jão

terça-feira, 8 de maio de 2012

MIB 2 - Capítulo 5: Gato e Rato


Capítulo 5: Gato e Rato 

Laryssa passou o dia trancada no escritório de Snape, enrolando-o. Quando a morena declarou que as amigas já tinham encontrado os Marotos, o policial xingou, esbravejou e berrou que não acreditava nela. Tudo bem ele não acreditar, porque era mentira mesmo. Talvez não exatamente uma mentira, porque cedo ou tarde elas os encontrariam, mas não achava que Snape veria as coisas do mesmo jeito que ela via.

O maior problema do maldito era não sair da toca. Snape passara o dia trancado fazendo relatórios e, por consequência, ela também tivera que passar o dia trancada. O infeliz não saiu nem para almoçar, pediu comida num restaurante la perto, que veio entregar ali mesmo. E a regra básica com Snape era: se ele não saía, ela também não saía.

Era enlouquecedor. Laryssa sempre fora ativa e gostava de estar ao ar livre. Aparentemente não dava pra dizer o mesmo do Boss.

Severus não mudara nada desde que o vira pela primeira vez. Tinha o mesmo cabelo de aparência ensebada que caía na frente do seu rosto como uma cortina entre ele e o resto do mundo. A mesma cara de quem acabara de chupar um limão azedo, olhos tão negros que pareciam não ter pupila. E a mania de vestir-se como se estivesse de luto. 

Bom, vai saber, talvez ele estivesse. Ully contou que vira uma Marca Negra em seu antebraço esquerdo. A tatuagem era símbolo conhecido dos Comensais da Morte, os babacas que seguiam Voldemort. Talvez Snape tivesse um passado negro. Talvez não fosse tão passado assim.

Haviam boatos de que ele fora agente duplo. Agora duplo para quem já era o grande mistério. Muitas pessoas não confiavam nele e Laryssa também não gostara dele no começo, mas no fim teve que admitir que, por mais chato que Severus fosse, ele arriscou muito para ajuda-las, mesmo depois que as quatro sumiram e o deixaram a ver navios.

Ele não era do tipo de ficar falando, mas Ayla jurava de pé juntos que o fato de as quatro terem mentido para ele deixou-o muito chateado. Laryssa tinha suas dúvidas. Snape não parecia ser o tipo de pessoa que ligava para essas coisas. Não que se considerasse uma especialista nele.

Quando o relógio marcava 9 da noite Snape ainda estava sentado em sua cadeira, escrevendo sabe deus o que. Laryssa estava começando a considerar jogar o relógio de parede na cabeça dele só para ter o que fazer.

Foi quando seu celular vibrou.

-Espero que sejam as três patetas avisando que estão voltando. –Severus rosnou, sem ao menos levantar o olhar de seus papéis. 

Laryssa ignorou-o e leu a mensagem.

“Achamos os caras malvados =) Indo arrumar briga! Esperamos contato ainda hj, mas s/ promessas. Se cuida =*”

Laryssa riu e fechou o celular.

-Nada de muito interessante. –ela falou dando de ombros –As meninas mandam beijos e a Ully perguntou o que você está vestindo.

Snape ignorou-a. 

-E elas não devem voltar hoje, então eu vou vazando. –Laryssa declarou levantando-se e espreguiçando-se –Foi um prazer, como sempre. –completou irônica.

Mal tinha virado as costas, a voz dele a parou.

-Onde você pensa que está indo?

 Laryssa virou-se para ele com um sorriso perfeitamente angelical.

-Embora, claro. Eu já fiquei tempo demais na sua presença, boss querido. E acho que se ficar mais meu coraçãozinho não vai aguentar. –provocou –Eu sou até capaz de te atacar.

Snape estreitou os olhos e levantou-se.

-Isso tudo pode ser uma grande piada para você, Deschanel, mas eu não vou por minha carreira em risco, de novo, por causa de vocês quatro. Mal valeu a pena da primeira vez, agora então menos ainda!

Opa, isso já era golpe pesado. Elas tinham pedido desculpas por aquilo tudo. Mais ou menos.

-Eu não vou sumir na noite se essa é a sua preocupação! –Laryssa protestou.

 -Eu não acredito em vocês. Aliás, eu não espero nunca mais acreditar em você. –ele falou.

-Nunca mais é tempo de mais, Boss. –Laryssa falou puxando um cigarro do maço e colocando na boca –Você pode mudar de ideia.

Snape cruzou o espaço entre eles em duas passadas e arrancou o cigarro da boca dela.

-Eu não vou te perder de vista hoje. –ele avisou de forma ameaçadora.

Laryssa arqueou a sobrancelha e, para o total choque de Severus, jogou os braços em volta do pescoço dele.

-Hum, isso quer dizer o que eu penso que quer dizer? E ai, boss? –Laryssa abriu um sorriso maldoso –Vai me levar pra casa? 

Severus estreitou os olhos.

-Eu estou quase te levando pra cadeia, Deschanel. Não me irrite.

Laryssa deu outro passou para frente, efetivamente colando seu corpo ao dele.

-Isso é uma proposta pra gente brincar de polícia e bandido?

Severus afastou-a de forma firme.

-Vamos logo, Deschanel. Antes que eu realmente te jogue numa cela e venha te buscar em uma semana. –ele resmungou pegando suas coisas e se preparando para sair.

 Laryssa bufou. Passar a noite na casa de Snape? Era bom as três patetas pegarem os bandidos, ou ela ia ficar puta da vida.

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N/A: Ai esta, amores!!! COMENTEM!!

B-jão

Trailer do Capitulo 5 de MIB!



Tensão...



-Me diz agora, querida. –ele falou irônico, pressionando a arma contra a tempôra dela –Me dá um motivo para não te matar agora?



Jade ergueu o queixo em arrogância.



-Se você me atirar não vai sobreviver para contar a história.



Provocação...



-Não tem nada mais sexy do que uma mulher segurando uma arma. –um sorriso cafajeste.



Ayla revirou os olhos.



-Você vai ver o que é sexy quando eu arrebentar a sua cara.



Um pouquinho mais de provocação...



-E ai, boss? –Laryssa abriu um sorriso maldoso –Vai me levar pra casa?



Severus estreitou os olhos.



-Eu estou quase te levando pra cadeia, Deschanel. Não me irrite.



Laryssa deu outro passou para frente, efetivamente colando seu corpo ao dele.



-Isso é uma proposta pra gente brincar de polícia e bandido?



E traição.



-O que foi, Pettigrew?



-Nós temos problemas, Mestre Voldemort.



No próximo capítulo de MIB: Gato e Rato



-Hum, Ully?



-O que foi?



-Nós temos problemas. Do tipo sério, sexy e armado.

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N/A: Trailer on, post em 10 minutos ;)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

MIB 2 - Capítulo 4 (final)

ATENÇÃO! Favor ler isso antes de começar a ler o post de hoje!!!

Boa noite! Eu sei que muitos de voces tem pedido insistentemente por posts em BOD. Eu quero falar duas coisas: a primeira sendo que eu não desisti nem abandonei a fic. Segundo, não há nenhum post previsto para logo em BOD. Porque? Eu to muito animada com a MIB e então estou me dedicando a ela. Então por enquanto nada de BOD, mas quem sabe em breve...

Obrigada pela atenção! Vamos ao que interessa!

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James, Remus e Peter estavam parados diante das telas de vigilância, enquanto Sirius ficava de tocaia no telhado do armazem, guardando uma das ruelas que levava ao local.



Havia dois caminhos até o armazem: um era iluminado e óbvio, sendo o caminho principal que levava a todos os outros prédios, o outro era uma ruinha estreita e mal iluminada, onde um caminhão, por exemplo, não sonharia em passar.



Mil táticas de aproximação podiam ser usadas nessa situação e era impossível cobrir todas ao mesmo tempo. Até onde sabiam alguem podia descer ali de helicóptero, embora não fosse nada provável, ou vir por barco. Por isso Sirius estava onde estava, ja que dali podia ver a estradinha e a água. Se os imbecis resolvessem chegar pela porta das frentes os outros três poderiam pega-los sem problemas.



-Ai vem eles. –Remus declarou, sem tirar os olhos da tela.



Um carro vinha pela estrada principal, faróis acesos, como se passeasse normalmente por ali.



-Quantas pessoas? –James quis saber.



Peter deu um zoom com a camêra.



-Só uma.



-Sirius. –James chamou pelo rádio –Temos um carro se aproximando pela frente.

-Devo me mover?

-Espera um pouco. –James viu o carro parar bem diante da porta deles –O que a leitura térmica diz?

Peter olhou uma segunda tela.

-Só uma pessoa. – confirmou.

-Negativo. Não se mexa, Sirius. Só temos um aqui, precisamo saber onde estão os outros.

-OK.
Os três marotos observaram a pessoa abrir a porta do carro e descer.

-É uma mulher! –Peter falou em choque.

Sim, era uma mulher, disso não havia dúvidas, embora o capuz do moleton cobrisse seu rosto e cabelo, o jeans justo e a bota de cano longo não negavam os traços femininos do corpo.

Ela olhou para cima e correu o olhar de um lado para o outro, antes de aproximar-se da entrada e olhar mais em volta, depois checou a porta, como que se procurasse trancas e dispositivos. Então afastou-se dois passos.

-O que a gente faz? –Remus perguntou.

-Vamos ver o que ela faz. –James respondeu.

Eles mal tiveram tempo de ver a mulher sacar a arma quando com tiros certeiros ela destruiu todas as quatro cameras da entrada.

-Merda! –James praguejou -Sirius, para a entrada agora! –ele gritou no rádio-Peter, fica aqui de olho nas camêras. Remus, vá receber nossa convidada. Eu estou indo pelos fundos.

Os três se separaram. Estava na hora de se livrar de alguns ratos.

***

-Vamos, mulherada, enquanto ta tudo calmo aqui! –Jade chamou.

O porta malas se abriu e dali saíram Ayla e Ully tremendo e molhadas.

-Eu devo dizer que transformar o porta malas num freezer foi uma ideia genial, Ayla, mas mesmo assim: NUNCA MAIS! –Ully declarou, seu queixo batendo.

Ayla convencera Ully a entrar com ela no porta-malas cheio de gelo, na esperança de enganar sensores de calor, que elas nem tinha certeza de que estavam ali.

-Ayla, para o telhado. Ully, pelos fundos. –Jade falou, levemente impaciente.

 -Cuidado, Jade. Não vá fazer nenhum loucura. –Ayla pediu.

Jade fez que sim com a cabeça e as três se separaram.

O plano dela parecera simples até então, mesmo que estivesse dependendo totalmente de “tomara”. Agora ela seria a “isca”. Entraria e seria capturada e os distrairia por um tempo até os outras duas chegarem. Com sorte eles não a matariam. Mas ela nunca tivera sorte... 

Empurrou a porta e entrou no galpão escuro. A única iluminação presente era a que vinha do lado de fora, de forma que a morena só conseguia enxergar vultos e contornos.

-Ah droga... –suspirou baixo. Laryssa enxergava muito bem no escuro. Ela não. Mal enxergava no claro as vezes...

Além do mais podia ser ótima de mira com armas e facas, mas não era tão boa assim no corpo a corpo.

Segurou a arma com firmeza, cano apontado para o chão, trava desfeita, dedo pronto para disparar. Pisou com cuidado, primeiro porque não conseguia enxergar onde estava pisando e segundo porque queria evitar barulho ao máximo.

Mal tinha dado meia dúzia de passos quando sentiu o cano de uma arma contra sua nuca. 

-Larga a arma. –a voz fria ordenou.

Ah droga! O que fazer? O que fazer?

Jade respirou fundo, largou a arma e abaixou-se ao mesmo tempo, dando uma rasteira em seu adversário, esperando pega-lo de surpresa. Não deu muito certo. Ele conseguiu desviar do golpe e quase acertou um pisão no joelho dela, que daquele angulo teria quebrado o osso com certeza.

Jade conseguiu levantar-se mas não conseguia ver seu atacante e tinha a impressão de que ele podia ve-la e estava brincando com ela.

O próximo golpe, um murro, acertou em cheio a face dela. Ótimo, ele não era machista, estava batendo para valer. Que maravilha.

O murro que veio em seguida acertou-a no estomago e Jade decidiu-se por uma ideia não muito segura, mas que provavelmente daria a ela uma chance de se aproximar o bastante para atingi-lo.

Subiu as mãos, como que para proteger o rosto, deixando o tronco totalmente exposto, esperando que ele atacasse ali. E quando ele atacou ela segurou o braço dele e torceu e conseguiu acertar uma joelhada em seu estomago. Um minuto antes do imbecil agarra-la pelo cabelo e joga-la no chão.

No minuto que Jade conseguiu sacar a faca do seu cinto ele ja tinha o joelho na barriga dela e a arma em seu pescoço.

-Quer ver se você consegue me furar antes que eu puxe o gatilho?

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N/A: Ai esta!!!! E agora? Fuuuuuuuuuuu... rs

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B-jão