sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Boyfriend On Demand - Capítulo 3 (parte 5)


***

James e Lily se despediram de Erick e deixaram a loja, com o moreno se recusando terminantemente a falar o preço de terno e de onde tinha tirado o cartão de crédito usado para pagar a dita roupa. Lily ficara tão chocada ao ve-lo sacar um Mater Card que qause perguntara na frente de Erick desde quando James tinha uma conta num banco trouxa.

James, sendo a pessoa madura que sempre fora, passou na frente da loja da Hugo Boss quando eles saíram da outra loja. Ele bateu na vitrine de vidro, atraindo a atenção do vendedor que os esnobara. Então balançou o terno da Armani diante do vidro e deu de ombros.

-Isso não foi muito maduro, James. –Lily falou rindo.

-Ele não nos atender também não foi. –o moreno replicou.

Lily revirou os olhos enquantos os dois vagavam as ruas procurando um lugar para comer.

-Lily, a gente pode ir no M gigante? –James perguntou.

Lily acompanhou o olhar de James e caiu na risada ao encontrar um McDonalds.

-Você quer comer no McDonalds?

-Eu vi na TV hoje de manhã. Eu queria experimentar. –ele admitiu –Você não gosta?

-Por mim tudo bem. –ela suspirou –Vem, vamos entrar.

Enquanto eles esperavam na fila Lily explicou para James como fazer o pedido e qual o conceito de fast food. A ideia toda pareceu interessar muito James. No fim o maroto pediu três lanches, mais os complementos, se apaixonou por batatinha com ketchup e coca-cola e os dois conversaram por um bom tempo.

Antes de sairem Lily comprou casquinhas para os dois. Eles caminharam num silêncio confortável até um parque.

James limpou a garganta.

-Lily?

-Hum?

-Por que você me beijou na frente do Erick? –ele quis saber.

Lily sentiu seu rosto começar a corar.

-Eu sinto muito sobre aquilo. –ela falou, a voz quase falhando de vergonha.

-Eu não estava reclamando. –a voz dele soou tão baixa, que por um momento Lily pensou que James talvez não quisesse que ela ouvisse aquilo.

Ela respirou fundo. No minímo devia um pouco de honestidade a James. S efosse uma pessoa descente terminaria com tudo agora mesmo. Não era justo o que estava fazendo com James. Ele gostava dela de verdade, por Merlin. Estava praticamente se aproveitando dos sentimentos do maroto. Se não soubesse deles, vá lá, mas ela sabia! Se sentia tão cruel, mas mesmo assim...

-Nós vamos ter que encontrar com a minha família daqui a pouco, James. –ela falou num suspiro sincero –Não vai ser fácil nos livrarmos deles como foi com meus pais.

-E você ainda estava preocupada em se sentir desconfortável perto de mim. –ele adivinhou.

-Mais ou menos isso. –ela admitiu mais uma vez.

James levantou a mão e Lily quase parou totalmente de respirar quando ele tocou o canto esquerdo do lábio inferior dela.

-Estava sujo. –ele murmurou de forma baixa.

E Lily não sabia se era verdade ou se era mentira, mas de repente uma corrente elétrica correu por todo seu corpo. Ela estava cada vez mais enrolada nessa história e não sabia o que fazer. James Potter era um perigo para a sanidade dela. Mais do que prevera.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Outro Pacto - Capítulo 6 (parte 1)


Capítulo 6: Reencontrando-se

Quando Mikaela abriu os olhos na manhã seguinte ela quase mandou Ipswich inteira á merda. Não queria ir pra escola, não queria ver os outro, não queria falar com a mãe.
Se acostumara tanto com a vida na Inglaterra, com as outras meninas, sem os pais e com as tias, que a vida na América não parecia certa.

A maior surpresa que tivera ao ser mandada para o maldito colégio interno fora conhecer tia Agnes, a irmã gêmea de seu pai. Nunca passara pela cabeça de Mikaela a ideia de encontrar as outras mulheres do pacto.

Mas fora exatamente o que acontecera. N a verdade tia Agnes e tia Ashley, irmã gêmea do pai de Evy, foram busca-las no aeroporto. Elas, inclusive, chegaram a conhecer todas as tias, tias-avós e a tia bisavó de Bionda, que ainda estava viva.

Elas moravam todas juntas numa casa perto do colégio. As meninas nunca dormiram um noite sequer naquele lugar terrível. Foram criadas por família, dentro de uma casa. E mesmo que algumas das tias fosse ficando frias e perdendo os sentimentos com o tempo... Elas ainda eram família.

O que era bem mais do que podia dizer das pessoas em sua vida agora. Sua mãe, seu pai e Caleb... Eles já tinham sido unidos uma vez, muito tempo atrá. Hoje não passavam de estranhos, o que era muito triste, mas infelizmente as coisas são assim.

Dane-se. Não precisava deles.

Seu telefone tocou.

-Bom dia, Mikaela.

A morena sorriu.

-Bom tia, tia Agnes.

A mulher podia ser praticamente insensível a tudo. Mas ainda ligava para saber como Mikaela estava. E isso era maravilhoso.

***

Caleb estava sentado sozinho durante o almoço. Pogue ainda estava sendo um idiota por causa de Bionda, Reid e Tyler tinham sumido e ele nem imaginava onde as garotas estavam. Não que ele quisesse saber.

Mikaela tinha um dia ido embora, sem dizer nada a ele. Se recusou a despedir-se dele. Bom, se ela era boa demais para ele, talvez Caelb também fosse bom demais para ela.

Levantou a cabeça quando sentiu alguem olhando para ele. Era Sarah.

De fato Sarah e Kate tinham se esquecido deles. E voltado a sorrir e a serem garotas “comuns”.

Mas agora Sarah olhava para ele, como ela olhava no começo, antes de começarem a sair. Dava aquele sorriso encantador, e abaixava os olhos, como que tímida por ter sido pega olhando. Kate cochichou algo para ela e as duas riram. Exatamente como era no começo..

-Não faça isso com você mesmo, Caleb.

Caleb sentiu-se acordando de um transe quando Bionda sentou no banco em frente a ele, tapando sua visão de Sarah.

-Não tenha esperanças falsas. –Bionda flaou de novo –Se ela não aceitou a verdade da primeira vez, a segunda não será diferente.

-Mas e se sem o Chase, sem as ameças, ela for mais...

-Você quer mesmo uma garota que no momento que você mais precisou não aguentou o baque? –Bionda pressionou –Ela devai ter ficado do seu lado, Caleb. Mas não teve coragem.

Isso irritou Caleb.

-Você nem imagina como eu me...

-Sim, eu sei como você se sente. –ela cortou.

E algo nos olhos dela dizia que Bionda sabia realmente exatamente o que Caleb sentia agora.

-Qual o nome dele? –ele quis saber.

-Patrick. –ela respondeu, olhando para o nado –Meu namoradinho do primeiro ano. Eu achei que... Que ele era diferente. Ele já sabia e aceitava tantas coisas a meu respeito... Com certeza ser bruxa seria o de menos. –ela deu uma risada seca –Cara, eu estava errada...

-Ele não aceitou bem e vocês apagaram a memória dele. –Caleb adivinhou.

-Quem dera tivesse terminado ai. –Bionda suspirou –Eu caí na mesma ilusão que você. Uma segunda chance. Com certeza dessa vez seria diferente.

-Não foi. –Caleb adivinhou.

-Não. –ela falou –E eu tive que apagar a memória dele de novo.

-Por que uma das meninas não fez por você? –Caleb perguntou confuso.

-Castigo. –ela deu de ombros –Eu fiz besteira, eu tinha que resolver.

-Cruel.

-Justo. –ela finalmente virou-se para encara-lo –Eu sabia que não ia dar certo e fiz mesmo assim.

-E o que resta pra nós? –Caleb perguntou, levemente irônico –Rezar pra achar alguem que aceite mais ou menos?

-Ou nos unirmos. –ela falou dando de ombros de novo.

Antes que Caleb pudesse abrir a boca e responder Evy apareceu do lado da mesa.

-Novidades, queridos. Melhor correr pra biblioteca.

***

N/A: Ai está queridos! Depois de um longo inverno, algo inédito!
Nossa modelo da vez é a querida Evangeline "Evy" Garwin, irmã do Reid!

COMENTEM!

B-jão

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Boyfriend On Demand - Capítulo 3 (parte 4)

***

Duas horas depois Lily queria matar James. E Erick junto.

Os dois ainda estavam procurando por um terno para o maroto. Lily ja estava cansada, entediada e morrendo de fome.

E pensar que na primeira hora os dois ficaram só bagunçando! Erick arrumou um terno todo roxo berrante para James provar, então um paletó de paête e um de setim vermelho em seguida. Só quando Lily estivera pronta para ir embora é que os dois resolveram procurar a sério.

Mas James não gostava realmente de nada. E o mais fofo era que ele estava a ponto de escolher qualquer um, só para poder ir embora e fazer a ruiva feliz.

James não podia continuar fazendo essas coisas, continuar sendo fofo desse jeito, porque só fazia com que ela se sentisse ainda mais culpada por estar fazendo ele fingir ser seu namorado.

-Lily... –a voz de James soou da area dos provadores –Eu gostei de um. –ele declarou hesitante.

-E? –Lily perguntou confusa.

-É que não sei se você vai gostar desse.

Lily entendeu a preocupação dele. No começo ele tinha gostado de um terno marrom, mas quando perguntou a opinião de Lily a ruiva dissera que não gostava da cor. Ela nunca pensara que ele fosse levar o comentário tão a sério e desistir do terno. Agora ela se arrependia. Devia ter deixado-o escolher o que quisesse.

-Tudo bem, James. Eu quero ver.

A ruiva estava sentada na área de espera, enquanto James e Erick estavam na área dos provadores. Se bem que pelo tempo que os dois demoravam era bem capaz de Erick estar assediando James...

Por falar no atendente, ele foi o primeiro a surgir. Se abanando.

-Querida, é esse! –ele declarou –Esse homem fica lindo qualquer jeito, mas agora ele passou do limite.

Lily riu de Erick, só para perder o folêgo logo em seguida, quando James saiu do provador.

Ele estava usando um terno cinza, com colete e camisa branca e gravata grafite. Ele estava tão lindo que chegava a ser ridículo.

-E ai? –ele perguntou inseguro –Eu gostei muuti mesmo. E o Erick disse que estava bom, mas eke me zuou do mesmo jeito com o paletó verde, então...

O moreno parou de falar quando Lily se levantou e aproximou-se dele, arrumando a gravata.

-Ficou ótimo. –ela falou, alisando a lapela do paletó dele –Muito bom.

Erick deu uma risadinha.

-Quer experimentar outro? –ele provocou.

-Não. –James falou, sem tirar os olhos de Lily –Se a ruiva gosta desse, vai ser esse.

-Ah que lindo! –Erick falou colocando a mão no coração –De verdade, Lily, ele merece um beijo por essa!

Os dois se olharam em silêncio por um momento. James foi o primeiro a desviar os olhos.

-A Lily não gosta de beijar em público. –ele explicou para o rapaz.

-Que público? Só tem euzinho aqui! Vamos, uma bitoca não mata ninguem! –ele insistiu.

James abriu a boca para retrucar, mas a mão de Lily tocou seu rosto e fez ele virar para encara-la.

Parecia que James mal conseguia respirar. E parecia que o coração dele ia explodir quando Lily ficou na ponta dos pés e tocou os lábios dele suavemente com os seus.

Suavemente, docemente. Rapidamente.

A boca de James era macia e o hálito quente dele parecia hortelã. Foi um pressionar de bocas, algo simples que a ruiva não fazia desde que tinha doze anos. E por isso mesmo era tão valioso.

-AH-MEU-DEUS! Vocês são tão lindos juntos que chega a ser irreal!

E assim o momento se foi.

Os dois se separaram, mas quando Lily teria se afastado mais o braço de James envolveu a cintura dela.

-Ela é linda, eu só fico bonito por associação. –James falou com um sorriso.

-Ah, bonito e modesto! –Erick falou impressionado.

Lily revirou os olhos.

-Não deixe ele te enganar, Erick. James tem um ego assustador.

-Eu não tenho culpa que eu faço várias coisas e sou extraordinariamente bom em todas elas... –ele deu de ombros.

Erick riu.

-Temos um terno vencedor?

-Temos sim. –o maroto sorriu –Vamos pagar logo por ele, assim eu posso levar a ruiva pra almoçar.


N/A: Ai está o terno do James!!! hahaha Espero que vcs tenham curtido o post! Finalmente rolou pelo menos uma bitoquinha, né... u.u Lily sua monstra!!! Esse ser lindo te ama, se toca! XP

COMENTEM, por favor!
Amanhã tem post inédito de "Outro Pacto"! Finalmente!

B-jão

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Boyfriend On Demand - Capítulo 3 (parte 3)

***

-Você quer ver o terno primeiro ou ir almoçar? –Lily perguntou, duas horas depois, enquanto eles andavam pelo centro de Londres.

James olhava maravilhado o mundo trouxa a sua volta, vendo coisas que nunca tinha visto antes, fazendo mil perguntas e sendo, no geral, totalmente... Adorável.

-Nós comemos faz pouco tempo. Vamos ver o terno primeiro. –ele falou animado –Qual é uma boa loja para comprar um?

-Depende de quanto você quer gastar. –Lily respondeu.

-Dinheiro é o de menos. –James falou dando de ombros –Aquela parece ser uma boa. –ele declarou indo em direção a uma das lojas.

-James! Aquela é a Hugo Boss! –a ruiva correu atrás dele –É cara demais.

-A gente só vai dar uma olhada. –James deu de ombros e entrou na loja mesmo assim.

O atendente olhou para os dois com um certo desprezo e nem parou de folhear a revista para vir atende-los. Na verdade ele nem deu algum sinal de que a presença deles era realmente significativa.

-Isso é normal? –James perguntou, indicando com a cabeça o vendedor.

-Na verdade nã. Ele provavelmente pensa que nós somos só adolescentes desocupados, que vamos faze-lo perder o tempo e nem gastar nada. –ela falou revirando os olhos.

-Eu nunca gostei de Hugo mesmo. –James declarou, puxando Lily pela mão e saindo da loja.

Só para entrar na do lado.

-James, essa é Armani. –ela suspirou –Não acho que vai ser muito melhor.

-Bom dia, lindinhos! –um rapaz falou, praticamente saltando de trás do balcão –Como eu posso ajuda-los?

James abriu um sorriso.

-Eu preciso de um terno para o casamento da irmã da minha namorada. –ele respondeu.

-Hum... –o moço pareceu pensativo –Dia ou noite?

James lançou um olhar confuso para Lily.

-E ai?

-A cerimônia vai ser no meio da tarde. –a ruiva respondeu -A recepção deve se estender até de noite.

-Muito glamour?

-Mais breguice, se você quer saber. –Lily informou –O vestido das madrinhas é abóbora e a gravata dos padrinhos tem que combinar.

O rapaz fez uma careta.

-Trágico. –ele comentou com pesar sincero –Mas nós vamos salvar você, gracinha, porque você merece. –declarou para James –Aliás, meu nome é Erick.

-Eu sou James, e a ruiva bonita é a Lily. –o maroto falou sorrindo.

-Não me diga que você vai ser madrinha. –Erick pediu sério a Lily.

-Eu vou. –Lily suspirou –Aliás, eu acho que a cor foi escolhida especialmente por minha causa. –ela falou irônica.

-Hum, sua irmã também é uma mal amada invejosa? –Erick perguntou revirando os olhos –Eu sei o que você sofre. O que você quer ver seu homem usando?

-Algo que deixe ele lindo. –Lily falou com um sorriso.

-Mais? Jesus, apague a luz!

James olhou confuso de Lily para Erick.

-Não entendi. –ele admitiu.

-Nem precisa, James. –Lily sorriu –Por que você não vai escolher alguma coisa?

-Eu não tenho certeza do que escolher. –ele admitiu.

-Para isso eu estou aqui, queridinho. –Erick declarou.

-Ok.

James saiu em direção as prateleiras.

-Menina, me conta onde eu arrumo um desses pra mim! –Erick cochichou para Lily tão logo James se afastou.

A ruiva riu.

-Eu até agora não sei o que ele está fazendo comigo. –ela falou, mais sincera do que gostaria.

Nunca tinha entendido o que James via nela.

Erick lançou um olhar a ela.

-Você é linda, mocinha. Reconheça. E do jeito que ele fala seu nome, da pra perceber de longe que você é tudo para ele.

Lily olhou em choque para Erick. Quantas vezes ela iria ouvir a mesma frase?

Bem nessa hora James levantou a cabeça de uma das camisas que olhava e, vendo que ela olhava para ele, sorriu.

O coração de Lily deu um pulo e a ruiva teve certeza: havia algo mais entre ela e James Potter. Mas então, só Merlin sabia exatamente o que.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Outro Pacto - Capítulo 5


Capítulo 5: A Outra Parte

Reid espreguiçou-se calmamente antes de descer as escadas de sua casa. Ele não gostava muito de ir pra casa em dias da semana, porque ele tinha que acordar mais cedo para chegar a escola, mas com o enterro do pai de Caleb no dia anterior ele não teve muita escolha.

Reid sinceramente não sabia o que sentir quanto ao fato das meninas estarem de volta. Ele se dava bem com elas. Bom, todos eles se davam bem antes. Ele e Evangeline eram unidos e ele dizia que ia casar com as outras três meninas o tempo todo.

Ele não entendia qual era o problema com elas. E daí que os poderes eram diferentes? Grande merda. Contanto que ele ainda pudesse usar os dele porque ele ia ligar para como Evangeline usasse os dela? Para ele aquilo tudo não passava de uma grande e desnecessária dor de cabeça...

Reid entrou na cozinha e se surpreendeu ao deparar-se com Evangeline já ali. Ela estava sentada em um dos altos bancos, junto ao balcão, cara de quem tinha acabado de tombar para fora da cama. Ela usava um rabo de cavalo frouxo e um moleton. Como Reid ela trazia os pés descalços, mesmo com o piso gelado da casa.

-Bom dia Speed Racer. –ela falou distraidamente, sem levantar os olhos do jornal que ela olhava.

Reid bufou levemente. Ela o chamava de Speed Racer desde que eles tinham sete anos, porque um dia Reid contara a ela que seu sonho era ser como o corredor dos desenhos.

-Bom dia, Barbie. –ele falou, sentando-se de frente para ela.

Esse apelido era auto-explicativo, além de totalmente de deboche. Evangeline sempre odiou bonecas. Especialmente Barbies.

-Quer que eu pegue alguma coisa para você? –ele perguntou.

-Não. As coisas ainda estão exatamente no mesmo lugar de antes. –ela falou dando de ombros.

Reid estendeu a mão e pegou a caixa de cereal que ela tinha deixado de lado e colocou em uma tigela. Então ele esperou a irmã encher a própria tigela com leite antes que ele pudesse fazer o mesmo. E então eles colocaram três colheres de açúcar em suas tigelas. E mexeram no mesmo sentido. E lamberam a colher antes de colocarem de volta ao lado da tigela.

Reid olhou para Evangeline e viu que ela também estava atenta ao fato de que eles faziam as coisas exatamente do mesmo jeito. A loira tinha um sorriso de canto de lábio.

-Mais um dia nessa e nós voltaremos a sermos capazes de completar as frases um do outro. –ela provocou.

Foi a vez de Reid dar um sorriso de canto de lábio.

-Um dia? Eu te dou até a hora do almoço.

Evangeline riu, mesmo que ironicamente. É, ela tinha mesmo sentido falta do irmão... Não que ela estivesse pensando em falar isso para ele.

***

Mikaela virou o pescoço lentamente para os lados. Ela ia ter que trocar aquele colchão se ela estava pretendendo ficar na casa da mãe. Pelo jeito eles tinham colocado lençóis novos, mas o colchão ainda era o mesmo de tantos anos atrás.

Naquela manhã quando ela e Bionda acordaram Caleb já tinha deixado a casa. Pelo que elas entenderam da conversa com Evelyn ele tinha ido falar com Pogue. Elas sabiam que ele seria o mais complicado de todos. Não que Mikaela ligasse. Ela nunca se dera muito bem com Pogue.

Nesse momento Bionda estava fazendo pesquisas sobre Chase Collins. Elas precisavam  descobrir onde estava a gêmea dele. Urgentemente.

-Caramelo!

Mikaela olhou por reflexo na direção de onde o chamado veio. Afinal Caramelo era apelido dela. Um dado por Reid, mas que ninguém usava fazia tempo. E para a surpresa dela la realmente vinha o loiro, com a irmã ao lado. A morena arqueou a sobrancelha.

-Caramelo? –ela perguntou quando eles se aproximaram.

-Ei, você olhou. –Reid lembrou.

-Foi reflexo. –ela teimou.

Reid deu um sorriso maldoso.

-Hum... Um reflexo do seu coração talvez? –ele perguntou sugestivo –Você passa suas noites sonhando comigo te chamando assim?

Mikaela revirou os olhos.

-Continue sonhando, Garwin. –ela falou por fim –De onde ele tira essas coisas? –ela perguntou para Evangeline.

-Da mente delirante dele. –a loira respondeu tranqüila.

-Ei, eu ainda estou aqui. –Reid falou, incomodado por estar sendo ignorado.

-Sério? –Mikaela falou debochada –Nem tinha visto.

Reid se preparava para responder quando Evangeline interrompeu.

-Olha la que bonitinho. –ela falou divertida.

Mikaela e Reid olharam só para verem Tyler e Francine vindo pelo corredor, juntos.

-Eles parecem alunos do primário né? –Evangeline provocou.

-Deixa os dois em paz. –a morena falou –Só porque eles são bonitinhos...

-Ei Bebês! –Reid gritou, acenando para os dois.

Francine arqueou a sobrancelha e Tyler decidiu ignorar o amigo, embora eles tenham se aproximado mesmo assim.

-Onde estão os outros? –Tyler quis saber.

-Bionda está fazendo pesquisa para o bem da humanidade. –Mika falou irônica –Já os outros dois eu nem imagino.

-Eles devem estar namorando no carro do Caleb. –Reid falou despreocupado –Se bem que com a TPM que o Pogue estava ontem eu acho que não vai ter clima.

Evangeline revirou os olhos.

-Você tem uma mente doentia, sabia?

-É de família, Barbie, não esqueça. –ele provocou.

Os outros olharam a conversa com interesse.

-Já voltaram a ser os super gêmeos? –Mikaela provocou –Rápido assim?

-Não enche. –Reid resmungou, incomodado.

-Nós temos um problema. –Bionda falou, surgindo de repente.

-O que aconteceu? –Fran perguntou preocupada.

-Encontrem os outros dois babacas. –foi a resposta de Bionda –Nós não temos tempo para aulas. Nós precisamos nos encontrar na casa. Agora.

***

Caleb conseguia sentir as ondas de irritação vindo de Pogue. Ele sabia que o amigo não estava nada feliz de estar ali. Ele tinha que admitir que ele não estava nada feliz de estar ali.

Era a primeira vez que ele entrava naquela casa desde tudo o que acontecera com o pai dele e Chase. Ele preferia não ter que voltar nunca mais. Infelizmente ele tinha.

Reid tinha ligado no celular dele, falando que Bionda tinha descoberto algo que precisava ser dividido urgentemente com todos. Ele nem imaginava o que podia ser, mas ele tinha até receio de descobrir. Até agora nada de bom tinha vindo das conversas com elas.

Eles ouviram passos nas escadas e logo Tyler e Reid apareceram seguidos das quatro meninas. Os outros rapazes se sentaram em seus devidos lugares no circulo, as quatro apenas se encostaram contra a prateleira de livros.

-O que aconteceu? –Caleb quis saber.

-Eu encontrei a irmã de Chase Collins. –Bionda falou sem rodeios.

Todos se viraram para ela. Até Pogue esqueceu por um minuto que ele devia estar ignorando a irmã.

-Onde?

-Cemitério St Pauline. –ela falou –Ela morreu há 8 anos, de leucemia.

-Por que isso não é uma boa noticia? –Reid quis saber.

As meninas trocaram um olhar. Mikaela suspirou.

-Tem uma coisa que vocês precisam saber. –ela falou por fim –Nós não estamos aqui simplesmente para fazermos companhia pra vocês. Há um propósito por trás do nosso nascimento. Nós somos o equilíbrio um do outro.

-Como assim? –Tyler perguntou confuso.

-Quando nós temos uma ligação, quando nós estamos perto, nós impedimos que vocês se viciem no Poder e vice versa. –Fran explicou –Nós controlamos um ao outro.

-Isso é sério? –Reid perguntou chocado.

-Quantas vezes você usou depois que a Evy voltou? –Mikaela quis saber.

Reid abriu a boca para responder, depois parou para pensar.

-Nenhuma. –ele falou por fim, embora ele também parecesse surpreso pela idéia.

-Vocês sempre tiveram a ligação mais próxima. –Bionda explicou –É fácil entender que ela aqui acalmou você na hora.

-Isso quer dizer...

-Que se vocês se aproximarem de nós os efeitos vão diminuir. –Mikaela cortou Tyler –Você provavelmente está mais bem colocado, já que você e a Fran também se dão bem.

Ninguém precisava falar o óbvio: Caleb e Pogue estavam numa clara desvantagem.

-Esse não é o ponto. –Francine lembrou –O ponto é que ele está fora de controle. A morte da irmã dele provavelmente contribuiu para a insanidade. Quando ele adquiriu os poderes do pai as coisas só pioraram.

-E nós temos que considerar mais uma coisa. –Evangeline falou de repente.

Todos olharam para ela em alarme.

-Será que ele ja não é papai?

-Ok, eu não queria ter que pensar nisso. –Reid falou com cara de nojo.

-Nós não sabemos e não podemos assumir. –Mikaela falou –Evy tem um ponto válido.

-Nós não podemos nos preocupar com isso agora. –Bionda falou por fim –Nós descobriremos de algum jeito. O importante agora é manter a guarda ativa e se preparar para o pior. Vocês têm que ficar atentos. Todos nós temos. Ele pode vir de qualquer lado.

-Como vocês têm tanta certeza de que ele vai vir? –Pogue perguntou irritado.

-Ele é um homem desesperado. E ele quer os poderes do Caleb. Se ele não atacar logo ele vai perder todas as chances.

***

N/A: Depois de uma looonga espera... Desculpa a demora, todo mundo! Nossa donzela da vez é a Bionda Parris, irmã do Pogue!
Próximo post, quarta que vem, será inédito! Cenas nunca vistas antes e um clima de descoberta e briga no ar!

COMENTEM!

B-jão

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Boyfriend On Demand - Capítulo 3 (parte 2)

***

-Lily, não se esqueça da festa na casa da sua vó Meg hoje. –Monica falou, enquanto as duas tiravam a mesa do café e guardavam tudo.

A ruiva mais jovem nunca tinha comido panquecas tão gostosas, a não ser na casa da vó Penny. Mas hoje ela comera demais.

-Hum? –Lily olhou confusa para a mãe –Que festa?

Monica revirou os olhos.

-Esqueceu ja? O churrasco, hoje, na casa da sua vó Meg. A partir das 7.

-Ah droga. –Lily bufou –Eu tinha esquecido completamente. Vai estar todo mundo la? –ela perguntou com uma careta.

-O circo inteiro. –Monica confirmou –Todos os Evans, mais Petunia e Vernon. A família dele, felizmente, não estará la. Ah! Vovó Penny vai também!

-Ah deus... –a ruiva suspirou –Isso vai ser lindo.

-Não seja reclamona. –Monica riu –É um churrasco em família, não uma tragédia.

-É, só se for no seu conceito. –Lily pareceu pensativa –Você já está indo para o trabalho?

-Ja. Vou almoçar com o seu pai mais tarde e depois vamos direto para a casa da sua vó. Vocês se viram? –Monica pareceu levemente preocupada.

-Sim. O James quer comprar um terno para o casamento. A gente pode almoçar fora e depois ir para a casa da vovó.

-Ótima ideia, meu amor! –Monica se debruçou e deu um beijo na testa de Lily –Juízo vocês dois. Te amo.

-Pode deixar, mãe. Te amo também.

Monica foi até a sala onde James estava assistindo tv em completo fascinio. Ele quisera ajudar a tirar a mesa de todos os jeitos, mas como ele ja tinha feito o café as duas nem quiseram saber. Para cala-lo Lily sentou-o no sofá e ligara a tv. Onde por acaso Tom ainda perseguia Jerry. E James ainda assistia, totalmente encantado.

-James.
–Monica chamou, fazendo o maroto pular –Eu vou indo trabalhar. Nos vemos mais tarde.

James sorriu para a ruiva.

-Tenha um bom dia, Monica.

Monica não teve dúvidas: abraçou James.

-Ah James você é tão fofo!

Ele riu.

-Obrigado, Monica.

-De nada, querido. Divirtam-se fazendo compras! –ela declarou, pregando a bolsa e a jaqueta que completava o elegante terninho azul marinho que usava e saindo.

-O que sua mãe faz? –James perguntou curioso.

-Ela é juíza. –Lily declarou, jogando-se no sofá.

-Você quer dizer que ela julga casos? –James perguntou impressionado –Tipo, manda gente pra cadeia?

-As vezes. Minha mãe é juíza da Vara da Família. No geral ela julga casos de famílias, problemas com guardas e abusos, e infratores que são menores de idade.

-Uau... E seu pai? –James quis saber.

-Papai é Juiz Criminal. –a ruiva informou –Ele sim julga os bandidos malvadões.

-Foi assim que eles se conheceram? Trabalhando como juízes?

-Na verdade eles se conheceram na faculdade de Direito... Mas pede para minha mãe contar a história. É muito mais engraçado assim. –Lily riu –E seus pais?

-Os dois são aurores. –James falou –Na verdade, minha mãe era auror até que eu nasci, daí ela resolveu ficar em casa comigo. Quando eu comecei a ir para Hogwarts ela voltou a trabalhar, mas dessa vez como Inominável.

-Nossos pais fazem mais ou menos a mesma coisa. –Lily brincou –Zelam pela lei.

-Nós temos mais coisa em comum do que você imagina, ruiva. –James deu uma piscadela para ela.

E um silêncio estranho caiu ali.

Lily limpu a garganta.

-Que tal procurarmos um terno para você? –ela sugeriu.

-Demorou!

***

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Boyfriend On Demand - Capítulo 3 (parte 1)

Capítulo 3

Lily não lembrava de uma noite sequer onde dormira tão bem quanto essa. Aparentemente sentira mais saudade de sua cama do que imaginava. Ela nunca parecera tão quente e confortável antes.

Quando a ruiva acordou na manhã seguinte James não estava mais no quarto e ela estava esparramada na cama.

Será que James já tinha acordado há muito tempo?

A ruiva se arrumou e desceu as escadas, procurando por qualquer sinal de vida na casa.

-Então você ja gostava da Lily há muito tempo?

Lily parou na hora ao ouvir a voz de sua mãe.

-Eu sempre gostei dela.

A sinceridade na voz de James fez o coração dela disparar. A ruiva caminhou silenciosamente até a porta da cozinha, onde James estava conversando com Monica.

Na verdade... James estava cozinhando! Fazendo panquecas para ser mais exata. Ele virava-as no ar e então colocava no prato ao lado do fogão.

-Ah então você sempre foi apaixonado por ela? –Monica provocou –Mesmo no primeiro ano quando você puxava as tranças dela?

James riu.

-É, mesmo naquela época. –ele admitiu –Eu lembro de te-la visto na seleção e pensado que eu nunca tinha visto um cabelo tão bonito em toda minha vida.

Monica riu.

-É a magia das ruivas. Anthony também não resistiu.

-Um dia eu quero saber como vocês se conheceram. –James falou com um sorriso.

-Um dia eu conto, mas nós estamos falando de você. –ela lembrou –E como você se apaixonou perdidamente pela minha Lily. –a ruiva se debruçou na pia, dando a James sua mais completa atenção.

-No começo eu não sabia o que era gostar. Eu só sabia que eu queria que ela me olhasse, que ela reparasse em mim. E eu achei que fazendo coisas que chamassem a atenção eu teria isso... No fim ela ficava irritada e brigava comigo quando eu aprontava das minhas, mas na minha lógica, mesmo brigando, ela estava falando comigo.

-Isso é muito fofo. –Monica falou.

-Isso é vergonhoso. –James falou, virando mais uma panqueca –Eu demorei até o quarto ano para me tocar de que meu plano era furado. Mas dai a Lily já não me suportava. E, convenhamos, a culpa era só minha. Mesmo assim eu comecei a chama-la para sair, todos os dias.

-Achou que ia vencer pelo cansaço? –Monica provocou.

-Acho que sim. –ele falou rindo.

-E quando você resolveu desistir dela? –Monica perguntou um pouco mais séria.

Lily prendeu a respiração. James deu de ombros.

-Eu nunca resolvi que ia desistir da Lily. Eu acho que não conseguiria, nem tentando. –ele deu um sorriso sem graça –Mas eu sabia que precisava dar um tempo. Eu não queria que ela me odiasse, que olhasse para trás e lembrasse de mim com raiva. Eu sabia que cedo ou tarde eu ia acabar me rendendo de novo.

-Ainda bem que você voltou, James. –Monica falou, pondo a mão no ombro dele –Agora ela é sua.

Monica virou as costas, então não viu o sorriso triste de James, mas Lily viu e isso atingiu-a no coração. O que ela estava fazendo com ele? Merlin, como fora idiota! James ainda gostava dela! Nunca tinha desistido e não tinha concordado com tudo aquilo por amizade!

Agora ela estava se sentindo uma monstra. Fazendo ele fingir que era seu namorado quando o maroto gostara dela por tanto tempo. Como isso era justo?

-Eu acho que vou acordar a Lily ou as panquecas vão esfriar. –Monica falou.

Não! Lily respirou fundo. Ela tinha que se controlar e resolver isso. De um jeito que James não ficasse magoado de preferência.

-Mãe, cade você? E o James? –ela perguntou em voz alta, antes de entrar na cozinha –Me diz que não foi você quem fez isso. –ela falou indicando as panquecas.

-Muito engraçado, Lily Marie. –Monica revirou os olhos –Foi James quem fez as panquecas. Esse menino é um tesouro e se ele não fosse tão novo eu o roubaria para mim.

-Mãe!

-É verdade. –a outra falou com um sorriso inocente.

Lily resolveu ignorar a mãe.

-Bom dia, James. –ela falou para o moreno.

James se aproximou e beijou a testa da ruiva.

-Bom dia, Lily. Sua mãe disse que você gosta de panqueca com amoras. Espero que esteja bom.

Lily sorriu para o moreno.

-Está ótimo.

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N/A: Ai esta meus amores!!!
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B-jão