sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A Senhora de Nárnia - Capítulo 19


Capítulo 19

-Majestade, Elrond esteve aqui. –Reep informou Susan.

-O que ele estava fazendo aqui? –ela perguntou confusa.

-Eu não sei, porém ele foi falar com Aragorn, eu acabei de vê-lo partir. –o camundongo informou.

-Eu tenho uma séria dificuldade em confiar na maioria dos elfos. –ela bufou.

-Ele não pode estar tentando desencorajar Aragorn a beira da batalha! –Reep exclamou –Não faria sentido.

-Não, ele deve ter outro plano. –Susan levantou-se –Eu preciso descobrir o que.

-Susan! –Peter levantou-se como a irmã –Se Aragorn estiver partindo você não pode ir com ele. Eu preciso de você e Lucy e Edmund também precisam.

-Eu não vou a lugar algum, Peter. –Susan garantiu –Agora é a hora de lutar. E eu sei que Aragorn não está fugindo.

Susan saiu da barraca onde estava com Peter e Cor, porque precisava falar com Aragorn. Éowyn passou correndo por ela. Susan teve a impressão de que a outra mulher chorava.

Ela encontrou Aragorn com Boromir, Legolas e Gimli, todos com os cavalos prontos.

-Onde vocês pensam que vão? –ela perguntou, mãos na cintura.

Os quatro viraram-se com expressões idênticas de culpa. A rainha revirou os olhos.

-Não se preocupem. Dessa vez eu não vou com vocês. Estou indo para a batalha com meu irmão e Rohan. –ela falou –Mas eu quero saber onde vocês vão.

-Nós vamos pegar a estrada para Dimholt. –Aragorn admitiu –Há uma esperança pequena de que algo la possa nos ajudar.

-Certo. –Susan pegou o rosto de Aragorn entre suas mãos –Vá com cuidado e leve bênçãos com você.

-Obrigado, Susan. –ele falou tocando a testa dela com a sua –Boa batalha.

Ela virou-se para Boromir.

-Tome conta deles por mim. –ela pediu ao homem –E eu estarei esperando por você em Minas Tirith.

-Como você quiser, Majestade. –Boromir falou sério.

-Gimli, continue tomando conta do elfo por mim. –ela falou para o anão.

-Aye, Susan. –Gimli piscou para ela.

Legolas aproximou-se e Susan levantou o queixo.

-Não faça nada idiota, elfo. –ela falou por fim –Não vá querer se mostrar.

-Farei o possível. –ele falou levemente divertido –Então... Você não nos acompanhará nessa.

-Meus irmãos precisam de mim. –ela falou balançando a cabeça.

-Justo. –ele concordou seriamente -Porém, sendo assim, eu vou roubar algo e, se você quiser de volta, terá que me encontrar no campo.

Susan estava olhando para ele como se Legolas tivesse enlouquecido.

-Roubar? –ela repetiu incrédula -O que voce pensa que...

Legolas pegou o rosto dela entre suas mãos e puxou Susan para si até colar seus lábios nos dela. Susan congelou, sem poder mover-se, mas seu coração parecia que ia explodir dentro de seu peito.

Legolas separou-se suavemente dela.

-Isso. –ele falou e ainda estava tão perto que seu nariz estava roçando no dela -Vou levar esse beijo comigo. Se o quiser de volta, acho bom sobreviver.

Ele deu um passo para trás e Susan ainda estava em choque, olhos arregalados e tudo. Gimli estava rindo, mas Aragorn e Boromir pareciam preocupados.

Susan finalmente colocou-se sob controle e virou-se para o elfo, fuzilando-o com o olhar.

-Eu me acerto com você quando você voltar, espertinho. –ela falou séria –Agora vão antes que eu mate o elfo.

Eles acenaram para ela e subiram nos cavalos. Susan agarrou-se a sua indignação, a ficar brava com Legolas, a sentir-se excluída, tudo para não ter que sentir o medo de que aquela imagem –eles entrando a cavalo naquela trilha estreita – fosse a última vez que os veria.

Ela acompanhou-os até o começo da trilha, vendo os cavaleiros de Rohan olhando chocados para os quatro. Susan sentiu a juba de Aslan roçar contra o braço dela, indicando que o leão aproximara-se.

-Eles vão ficar bem. –ele falou.

-Você não tem como ter certeza. –ela lembrou num suspiro.

-Mas eu acredito nisso. –ele replicou –E você devia acreditar também.

Susan respirou fundo.

-Você está certo. –então virou-se para Aslan –O que foi? –perguntou ao ver o sorriso no rosto dele.

-Nada. –ele falou, embora o sorriso persistisse.

-Não quer dizer nada. –ela falou na hora.

-O que não quer dizer nada? –o Leão perguntou inclinando a cabeça.

Susan sentiu seu rosto queimar.

-Nada. –ela resmungou.

-Ele parte porque não há esperança! –ouviu um dos homens dizer.

Antes que Susan pudesse abrir a boca, rei Théoden saiu do meio de seus homens.

-Ele parte porque deve. –ele falou –Assim como nós devemos ficar e lutar.

-Nós não podemos vencer os exércitos de Mordors. –o homem insistiu.

-Talvez não. –Susan falou aproximando-se –Mas vamos todos lutar da mesma forma. E eu vou entrar naquele campo de batalha rezando por um milagre, porque eu ainda acredito que esse mundo merece ser salvo e que nós podemos fazer a diferença.

-Nós somos poucos. –um homem insistiu.

-Narnianos. –Susan chamou.

Alguns centauros e faunos ja estavam próximos, mas ao ouvir o chamado de sua Rainha leopardos, ursos e cavalos também se aproximaram.

-O que nós vamos fazer? –ela quis saber.

-Lutar. –os narnianos clamaram.

-Pelo que?

-Justiça. Liberdade.

-Por quem?

-Por Nárnia.

-Por Nárnia. –Susan repetiu –Sempre.

-Sempre. –eles concordaram em coro.

-E se o inimigo for mais forte, seu exército maior? –ela quis saber.

-Nós lutamos. –os narnianos insistiram.

-E se perdermos?

-Nossos irmãos se levantam em nosso lugar.

-Por quem?

-Por Nárnia!

-Ai está sua resposta. –Susan falou encarando o homem –Nós lutamos e lutamos de novo, até não haver mais ninguem para tomar nosso lugar ou até vencermos. Mas nós não desistimos.

-Nós também não. –Éomer falou colocando-se ao lado de Susan –Ou eu estou enganado, Rohirrim?

-Não! –os homens falaram.

-Ótimo. –Susan sorriu para Éomer –Partimos para batalha amanhã?

-Estaremos seguindo você, Majestade. –ele piscou para ela.

XxX

-Ei! –Legolas exclamou quando Boromir aproximou seu cavalo do dele só para lhe dar um tapa na cabeça.

-Agradeça o fato de nós ainda precisarmos de você vivo. –o capitão resmungou –E tira esse sorrisinho do rosto.

Aragorn parecia estar tentando não rir.

-Ela ficou bem menos brava do que eu achei que ficaria. –Legolas admitiu.

-Se eu fosse você não ficava muito perto dela quando ela estiver armada. –Gimli ofereceu.

Isso fez o elfo ficar preocupado.

-Claro, nós temos que sobreviver a esse novo plano antes. –o anão completou.

-Sim, tem esse detalhe.

Aragorn suspirou.

-Um exército de fantasmas que foram almodiçoados justamente por não cumprirem seus votos para seu Rei? Ah e que são capazes de matar, mas não de serem morto? Não vejo onde isso pode dar errado. –Boromir falou com sarcasmo.

-Porque temos Aragorn conosco! –Gimli falou, tentando soar otimista –Isso vai ser o bastante. Não?

Aragorn respirou fundo. Ele esperava que sim.

XxX

Lucy tinha checado de novo cada pedaço daquela caverna com Amrothos e Caspian, mas de fato não havia uma saída sequer.

Para ficar pior eles descobriram que quem atirara em Lorde Treymane foram os soldados da cidade com ordens do Regente! Quando saísse de lá Lucy ia acertar as contas com aquele homem.

-Eu não acredito que meu tio esteja enlouquecido a esse ponto. –Amrothos falou com pesar –nós ouvimos os boatos, mas isso... Ele poderia estar provocando uma guerra contra Nárnia!

-O que pode ter acontecido com ele? –Lucy perguntou realmente curiosa –Eu ouvi dizer que ele não foi sempre um homem tão cruel ou enlouquecido.

Arothos suspirou e passou a mão por seus cabelos. Eles eram extremamente negros e caíam até seus ombros. Aparentemente boa aparência era uma caracteristica da família que governava Dol Amroth.

-Ele era um bom homem. –ele insistiu –Meu pai diz que a morte de Finduilas, a esposa dele, foi o que começou a amarga-lo, mas... Há um boato. –ele pareceu indeciso por um minuto, então decidiu prosseguir –Ele usa algo que o deixa enxegar de certa forma os planos de Sauron. Mas eu imaginaria que um objeto desse...

-Poderia levar qualquer homem a loucura. –Lucy completou por ele.

-Sim.

-O que nós vamos fazer? –Caspian quis saber.

-Meu irmão tem que perceber que eu sumi. Eu duvido que ele...

As palavras de Lucy foram interrompidas pelo som da porta abrindo-se. Antes que eles tivessem chance de se moverem um pessoa foi jogada la dentro e a porta trancada mais uma vez.

-EDMUND! –ela chamou desesperada ao ver que era a forma de seu irmão e ele não estava se movendo.

Ela correu para o lado dele, onde pôde perceber que Edmund estava respirando,mas desacordado, um machucado aberto em sua cabeça.

-Aqui, Lucy. –Caspian deu sua capa para a Rainha.

Ela agradeceu, dobrando-a de forma confortável para poder apoiar a cabeça de Edmund. Lucy tirou o frasco de seu cinto e pingou uma gota da fórmula nele.

-Essa é a coisa mais impressionante que ja vi em minha vida. –Amrothos falou maravilhado, vendo o machucado fechar-se imediatamente.

Os olhos de Edmund abriram-se lentamente.

-Lucy. –ele falou –Aquele maldito te pegou. Você está bem?

-Sh. Eu estou bem. –ela falou tentando acalma-lo –Você levou uma pancada na cabeça.

-Eu vou matar Denethor quando colocar minhas mãos... –parou ao ver Amrothos ali –Seu irmão está te procurando.

-Eu vim parar aqui por acidente. –ele deu de ombros.

-Talvez buscando você ele nos encontre e tire daqui. –Lucy falou esperançosa.

-Eu não acreditaria nisso. –Edmund falou num suspiro.

-Por que? –Lucy perguntou.

-As coisas acabam de piorar la fora.

XxX

As forças inimigas estavam diante dos portões de Minas Tirith, orcs, uruk hais, trolls e horrores que os homens nunca imaginaram antes. Um exército que parecia não ter fim ou misericórdia e uma cidade cercada, sem chance de fuga.

Sem socorro.

Os portões se abriram para um único cavalo entrar, arrastando o corpo de Faramir consigo.

Enquanto os soldados carregaram o corpo de rapaz para cima, os orcs lançaram suas catapultas.

O que elas lançaram não foram pedras ou fogo: eram as cabeças dos soldados mortos.

Minas Tirith ia cair em meio ao pânico e sem chance alguma de lutar.


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n/a: Xente, que elfos mais abusados, vê se pode um trem desses! hahahaha

Agora sério, valendo, batalha, coisa vai pegar...

Espero que tenham gostado.

Comentem!

B-jão

Primeiras Impressões - Capítulo 11


Capítulo 11

O próximo dia começou extremamente agradável. Nem a Escócia pode resistir ao verão em Julho. Estava um calorzinho gostoso (de incríveis 20º!) e estava sol! Melhor que isso dificilmente fica.

Tia Catherine (como vou chama-la na minha cabeça como vingança) vive numa singela mansão campestre.

Sim, Darcy, eu estou sendo sarcástica. Aprecie.

Eu resolvi dar uma voltinha pela propriedade. Eu só espero que cachorros e seguranças armados não corram atrás de mim. Sei lá, soa como algo que poderia realmente acontecer.

-Lizzie!

Eu olhei para trás e vi Fitz vindo na minha direção correndo. Tipo, realmente correndo. Povo esportivo...

-Bom dia, Fitz. –eu sorri para ele.

Fitz sorriu, parando ao meu alcançar.

-O que você está fazendo sozinha por aqui? –ele perguntou.

-Explorando.

-Ah então permita-me ser seu guia. –ele ofereceu-se na hora –Eu posso te mostrar os lugares mais legais!

-Uau, você acaba de soar como uma criança. Parabens.

Ele revirou os olhos.

-Você quer um guia ou não?

-Mostre o caminho, colega.

Fitz levou a missão a sério: ele começou a me mostrar vários lugares e contar várias histórias sobre o lugar. Aparentemente ele e Darcy passaram vários verões ali quando era jovens e brincaram muito.

Eu fiquei tentada a perguntar sobre George, mas era bem óbvio que Fitz idolatrava Darcy e a resposta dele seria para defender o primo.

-Pena que Gina não vai estar aqui para o casamento. –Fitz falou de repente -Você ia curti-la.

-Eu ouço falar muito dela. –eu admiti –Supostamente uma mistura de gênio e anjo.

-Ei, ela é gente boa. –ele reprovou de leve –Só é quietinha demais. Ela é bem mais nova que a gente.

-Eu deduzi. –eu falei mais de leve.

-Ela foi um daquelas pequenas surpresas, sabe? –Fitz riu de leve –A mãe de Darcy ja nem era tão mais nova assim e foi uma gravidez complicada. Daí aquela coisinha nasceu e todos nós nos apaixonamos. Gina é nossa princesa. Você precisa ver como Darcy baba naquela menina.

-Ele não é o único que baba. –eu provoquei de leve.

-Mas sério. –ele riu, sem um pingo de vergonha de ser um primo babão –Você precisa conhece-la.

-Eu tenho curiosidade. –admiti –Eu ouço falar muito dela e ela me soa incrível. Mas eu não vejo muitas chances de realmente acontecer. Eu não mantenho contato com Darcy.

Fitz parecia confuso.

-Mas ele não...

-O que?

Fitz balançou a cabeça.

-Nada não. –ele falou rapidamente –Mas assim... Me promete ser legal com o Darcy se ele resolver falar com você? Tipo, ouvir, não ser muito sarcástica.

-Por que ele falaria comigo? –eu perguntei confusa.

Fitz bufou e revirou os olhos.

-Olha, só me promete isso, ok? Se ele for falar com você e ele for civilizado... Seja civilizada de volta.

-Eu sempre sou civilizada! –eu prostestei indignada –E de onde você tira tanta certeza de que esse homem vai vir falar comigo?

-De lugar nenhum, Lizzie. Deixa pra la.

Ele parecia totalmente frustrado comigo. Cara louco.

XxX

Ricky tinha tido um imprevisto na companhia para a qual trabalhava e só ia chegar amanhã. Eu queria chorar. Charlotte estava muito ocupada com tudo que estava acontecendo, eu não podia ficar exigindo a atenção dela o tempo todo.

O mesmo servia para Fitz. Ele não estava por ali só por diversão, então também tinha suas coisas para fazer.

Felizmente Catherine tinha uma biblioteca gigante, daquelas de filme mesmo, cheia de clássicos. Eu encontrei Charles Dickens (meu favorito!) e me acomodei em um das poltronas.

Tinha lido menos que dez páginas de “David Copperfield” quando o Darcy brotou na biblioteca.

-Lizzie. –ele falou parando na minha frente com uma expressão super séria.

-Oi... –eu falei hesitante.

Darcy abriu a boca e então fechou-a.

-Eu vejo que você encontrou a biblioteca. –ele falou de repente.

Eu ia retrucar, quando lembrei de Fitz me pedindo para não ser sarcástica.

-Foi. –eu falei com cuidado –Ainda bem, porque eu estava ficando entediada.

-Eu imagino. –ele falou olhando para o chão.

-Você... –eu parei e refleti sobre isso –Quer alguma coisa? –perguntei confusa, porque assim... Eu não sei o que tá acontecendo.

-Não. –ele falou de repente e com mais ímpeto do que necessário –Nada. Licença.

E foi embora. Esse homem tem sérios problemas.

XxX

Como a maioria dos convidados ja estava la para o casamento, Catherine tinha ordenado que rolasse um jantar de ensaio no dia anterior ao casamento.

A cerimônia seria na casa dela, mas esse jantar ia ser num restaurante la perto.

-Fitz, você tem que me fazer um favor. –eu falei antes de sairmos.

-O que? Fechar seu zíper? –ele balançou a sobrancelha de forma sugestiva.

-Caso você não tenha percebido ele ja esta bem fechado, obrigada. –eu revirei os olhos –Mas assim... De hora em hora me pergunta se eu to bêbada. Se eu te falar que “claro que não, não seja ridículo, eu tenho dois terços de sangue irlandês”, eu to mega bêbada e você tem que me mandar para casa.

Fitz estava rindo muito antes mesmo de eu terminar.

-Muito pró ativo da sua parte, Lizzie. –ele me informou.

-Olha, eu perco a vergonha quando bebo. Eu falo o que eu to pensando.

Fitz arqueou a sobrancelha.

-Mais que o normal. –eu cedi –O casamento é amanhã, ok? Eu tenho que segurar todos os comentários irônicos até então.

-Você vai explodir desse jeito. –ele falou com falsa compaixão.

-Posso contar com você ou não? –eu perguntei impaciente.

-Ah pode. Eu vou adorar ver e, quem sabe, filmar isso.

Eu revirei os olhos.

XxX

O nome da tia Catherine abria muitas portas. O restaurante que foi reservado era bem fino e tinha uma area inteira reservada só para o pessoal que ja estava la para o casamento. Tudo era muito bonito e reluzente e os garçons eram irritantemente eficientes.

Acho que justamente por isso eu nem me toquei que meu copo nunca esvaziava.

Para mim a noite foi bem entediante. Eu tinha pouquíssimas pessoas com quem conversar e a maioria delas estava conversando com outras pessoas.

Foi depois do jantar, quando ja tinham servido a sobremesa e eu estava tentando fazer meu sorvete parecer um coelho que Fitz apareceu do meu lado.

-Fitz! Seu cabelo é tão legal. –eu sorri para ele, antes de voltar para meu coelho.

-Lizzie... Você ta bêbada por acaso? –ele perguntou rindo.

-Claro que não! –eu respondi indignada –Eu nunca fico bêbada! Eu sou dois terços irlandesa, sabia? É a mágica do nosso sangue.

-Sei... Olha, eu tava pensando em ir embora. Por que você não me faz companhia?

-Boa ideia! Essa festa ta muito chata. –eu fui cochichar, mas acabei falando em volume normal.

-Isso mesmo. –ele concordou –Vai saindo que eu te encontro la na frente.

-Eu devia falar tchau pra todo mundo?

-Melhor não. Vai la, vai.

Eu saí andando e fui parar na porta do restaurante. Eu nem sei quanto tempo passou, mas foi um tantinho, mas eu tava de boas conversando com o guardinha na porta (que devia estar querendo se matar) quando Darcy saiu do restaurante.

-Lizzie, eu vou te levar embora. –ele declarou.

-Mas e o Fitz? Ele ia comigo! Porque eu... Eu não lembro porque.

Ele revirou os olhos.

-Ele me pediu para ir na frente com você. –ele falou com calma –Ele vai nos alcançar.

-Ah! –fazia muito sentido –Sabe, Darcy, as vezes eu acho que você tem um complexo de cavaleiro... Ou cavalheiro... Ou... Onde a gente vai mesmo?

Darcy estava com a mão nas minhas costas me empurrando em direção ao carro dele.

-Para casa.

-Esse seu carro! –eu falei de repente –Você tem ideia de quanto sexy esse carro é? Tipo, eu sempre odiei me pegar em carro, mas num carro desse eu não ligaria.

Darcy respirou fundo e passou a mão pelo cabelo. Nós entramos no carro e ele se virou para mim na hora.

-Por que você não... Fecha o olho e relaxa? –ele falou meio que ansioso –Eu ponho uma música para você.

-Okay.

Eu nem senti o vidro gelado do carro direito. Eu acho que a gente se teletransportou para a casa da Catherine. Eu nem tinha fechado os olhos e o Darcy ja tava me sacudindo para acordar.

-Lizzie, vamos entrar.

Ele me ajudou a sair do carro (não que eu precisasse de ajuda) e nós entramos na casa.

-Você não quer tirar o sapato? –ele perguntou olhando do meu salto para a escada.

-O que você quer dizer com isso? –eu perguntei.

-Nada. –ele falou na hora –Sobe na frente.

-Você ta falando isso só para poder ficar olhando para a minha bunda de novo. –eu falei, mas comecei a subir.

-Eu não... –Darcy parou e respirou fundo e logo estava me seguindo.

Eu estava caminhando pelo corredor (aliás, devia ter um problema com o chão, porque ele estava se mexendo) quando Darcy pegou minha mão e me puxou.

-Onde você está indo? –ele perguntou confuso.

-Pro meu quarto. -eu falei como se fosse óbvio.

-Lizzie... –ele falou bem devagar, como se eu fosse louca –Esse é seu quarto. –apontou para uma porta atrás ele.

-Claro que não!

Darcy revirou os olhos e me virou na direção da porta e abriu-a. Opa, aquela era minha mala la dentro.

-Você é espertinho, hein Darcy? –eu falei virando para ele –E eu achando que a única coisa em seu favor eram essas maçãs.

-Maçãs? –ele perguntou confuso (de novo!).

Eu coloquei minhas mãos no rosto dele.

-Essas maçãs. –eu revirei os olhos –De onde vem uma estrutura facial tão incrível?

Darcy fechou os olhos e pareceu contar até dez antes de abri-los de novo. Ele segurou meus pulsos gentilmente.

-Lizzie, você devia ir dormir. –ele falou sério.

-Eu vou. –eu garanti –Assim que você me disser qual o seu nome. Porque que não sei. E eu fico pensando em você como Madonna ou a Beyonce! Mas você não parece a Beyonce.

-Bom saber. –ele falou levemente seco –Eu te falo meu nome outra hora, quando você não estiver tão bêbada. –ele abaixou meus pulsos.

-Ei, eu não estou bêbada! –eu protestei indo pra cima dele.

Mas meu salto enroscou em algo invisível e eu fui pra frente para cair. Felizmente o Darcy era mais esperto que o Flash e me segurou a tempo.

-Elizabeth!

-Esse é o meu nome. Mas ninguem me chama assim. –eu inclinei a cabeça para poder olhar para ele –Seus olhos são super verdes. Tipo... Verde que nem... Gelatina! E grama!

-Ok, hora de dormir. –ele declarou, me ajudando a ficar reta.

Mas agora eu estava encanada com os olhos dele.

-Sério, eles são incríveis. –eu declarei pegando o rosto dele entre as mãos de novo –Como é justo que você tenha olhos lindos e maçãs bonitas?

-Lizzie...

E sinceramente, eu vou passar o resto da minha vida me perguntando como foi que isso aconteceu. Dessa vez eu nem estou mentindo, eu juro que não sei quem se mexeu primeiro, não sei como aconteceu. Eu só sei que quando me dei conta nós dois estávamos nos beijando.

Foi a sensação mais estranha do mundo. Eu não tinha certeza de porque estava fazendo isso, mas parecia a coisa certa a fazer.

Só que eu estava tão fora de mim que eu não vou saber nunca a primeira reação de Darcy. Eu não sei se ele congelou em choque, se eu forcei a barra, se ele decidiu que dane-se e me beijou de volta logo de cara. Eu não sei se eu o beijei primeiro ou se foi ele quem me beijou.

Pra ser bem sincera... Eu não estava ligando muito no momento. O único pensamento mais coerente que eu tinha no momento era que, mesmo beijando, Darcy era uma cavalheiro. Ele não tentou tirar vantagem nem por um minuto. E embora ele estivesse me beijando como eu fosse um bolo de chocolate e ele estivesse de dieta há uma semana, as mãos dele estavam firmemente em lugares apropriados: uma na minha cintura, outra afundada nos meus cabelos.

Aliás, Darcy era aboslutamente focado em tudo que ele fazia. O jeito que ele me beijava... Bom, eu estou bêbada demais para pensar nisso.

Então eu resolvi me aproximar mais. Foi quando meu pé torceu no salto e eu quase caí no chão. Felizmente Darcy me segurou a tempo.

-Bom, isso foi estranho. –eu declarei –Boa noite, Darcy.

-Elizabeth, nór precisamos...


Mas eu ja tinha me virado e fechado a porta. Noite estranha.

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N/A: Como prometido... Temos mais!

Espero que vocês gostem!

Comentem, por favor.

B-jão

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Primeiras Impressões - Capítulo 10



Capítulo 10

Você só pode estar me zoando! O que ele está fazendo aqui? Aquela vez que Collins estava com Charlotte na festa do imbecil do Bingley ficou bem claro que Darcy não gostou nada dele. (E eu nem estou julgando, porque só a Charlotte consegue gostar do animal)

-Darcy. –eu achou que o choque ficou bem evidente na minha voz –O que você está fazendo aqui?

OK, talvez eu não devesse soar tão acusatória –afinal a casa é da tia dele –mas mesmo assim! O que ele está fazendo aqui? Eu tenho certeza que Vossa Babaquice Real tem coisas mais importantes para fazer. Qualquer coisa.

Como eu brequei no topo da escada Darcy subiu rapidamente –e mesmo assim de forma elegante, idiota –os degraus que nos separavam até ficar de frente para mim.

-Eu vim para o casamento. –ele me informou.

Eu não sabia o que dizer. Tipo... Por que?

-Minha tia pediu para eu comparecer.

Eu não tinha me tocado que tinha falado a última parte alta até ele me responder a pergunta. Ou talvez minha cara de confusão estivesse muito intensa.

-Certo. Eu...

-O que você achou da casa? –ele perguntou de repente.

-Enorme. –eu respondi sinceramente –Eu não tive muita chance de ver a coisa toda, mas essa é minha primeira impressão.

-Sim, a casa é, de fato, grande.

E daí a gente meio que ficou um olhando para a cara do outro sem dizer nada. Por fim, Darcy limpou a garganta.

-Você estava indo a algum lugar? –ele quis saber.

-Eu estava procurando o Fitz. –eu falei.

-Fitz? Você ja o conheceu?

-Ele foi me buscar no aeroporto. –o sorriso que apareceu no meu rosto foi natural, porque só de lembrar do cara eu tinha vontade de rir.

Darcy arqueou a sobrancelha.

-Vocês se deram bem?

-Ele é incrível. –eu admiti, porque era verdade –É super engraçado. Nós conversamos por uma hora, mas parece que ja faz tempo que eu o conheço.

Darcy abriu a boca, então fechou-a e comprimiu os lábios.

-Que bom. –ele falou de forma curta –Se você me dá licença...

Eu apenas fiz que sim a cabeça e Darcy saiu dali rapidamente. Só depois eu me toquei que não tinha perguntado onde ficava a cozinha.

XxX

Eventualmente encontrei a cozinha com a ajuda de Anne, a filha da temível Catherine De Bourgh. Nós trombamos por acidente e eu me apresentei.

Tadinha dessa menina. Se o que todo mundo fala da De Bourgh mor é verdade, ela deve sofrer na mão dessa mãe. Ela é um ratinho, mal fala e só olha para o chão. Catherine deve controlar tudo o que ela faz, veste e possivelmente estuda.

Mas enfim, eu achei a cozinha. Felizmente a cozinheira era uma senhora mega simpática que preparou um bandeja para eu levar para Charlotte. E foi ela quem me avisou, muito casualmente, que nós teríamos um jantar com a senhoria da casa.

-Ah, é verdade. –Charlotte me falou quando eu comentei com ela –Catherine me avisou mais cedo.

-Ah meu Deus. –eu bufei –Eu vou ter que me vestir que nem mocinha para isso?

-Ah vai. –ela bufou –Não tem nada que a mulher goste mais do que a oportunidade de criticar os outros. Quanto menos você ajuda-la, melhor para você.

Eu revirei os olhos.

-Ainda bem que eu assaltei o ármario da Jane antes de vir pra ca.

-A Jane é quase dez centímetros mais alta que você. Como você consegue usar as roupas dela?

-Isso, esfrega na minha cara, colega. E eu tenho meus jeitos.

Charlotte desistiu de me enteder. Era até fofo que ela estivesse se dando ao trabalho.

XxX

Eu nem vou mentir: estava meio nervosa com essa parada de jantar.

Eu não tenho filtro na boca, tenho quase zero de classe, a mesa vai estar cheia de pessoas com quem eu não simpatizo... Se Deus for piedoso eu vou sentar entre o Fitz e a Charlotte e daí tudo vai ficar bem.

Eu não sei porque ainda me iludo com a chance de Deus ter pena de mim.

Sim, Charlotte estava certa e Jane era quase dez centímetros mais alta que eu, mas nós vivemos juntas há muito tempo, então eu tenho minhas técnicas. Por exemplo, Jane tem o quadril mais largo que o meu, então não posso usar nada dela que seja mais justo ali, porque fica estranho. E eu sempre pego os vestidos dela que são um pouco mais curtos nela, porque daí eles ficam um pouco mais compridos em mim.

O vestido que eu estava usando era um modelo da Jane no qual eu vivia passando a mão. Era um transpassado verde esmeralda que era de algum material delicioso e se ajustava bem ao meu corpo.

Sinceramente, ia ter que ser o bastante. O outro vestido que eu tinha era para o jantar de ensaio amanhã. Eu não viajo com muita bagagem. O que o Fitz reclamou que estava pesado na minha mala eram na verdade presentes (das meninas e meus) para a Charlotte e o Ricky.

E não, eu não trouxe nada para o Collins. Meu presente para ele vai ser minha educação.

Enfim, respirei fundo e desci.

-Lizzie!

Eu sorri porque Fitz estava esperando por mim no pé da escada. E daí eu vi que Darcy estava logo atrás dele.

-Ah Elizabeth... –Fitz bufou –Eu esperando você aparecer de calça jeans e tênis. Teria sido o melhor jantar da minha vida.

Olhei do terno dele para o do Darcy.

-Ah com certeza. –falei irônica –Eu não quero criar o caos antes do casamento.

-Essa casa aguentaria um pouco de caos. –ele me informou –Acho que a última vez que alguma coisa interessante aconteceu aqui foi quando eu e Darcy apostamos uma corrida de skate escada a baixo.

Eu olhei chocada para Darcy. Ta ai uma coisa que eu não esperava ouvir sobre ele.

-Como vocês dois não se mataram?

-O segredo vai comigo para o túmulo. –Fitz falou.

-Ele não teve coragem de descer e eu rolei escada abaixo. –Darcy informou –Quebrei o braço e perna.

Fitz estava reclamando com Darcy sobre falar essas coisas para pessoas de fora da família e traição do próprio sangue, mas eu ainda estava  tentando imaginar Darcy como o tipo de criança que feria algo tão idiota.

Quando olhava para ele eu não conseguia ve-lo criança. Se alguem me perguntasse eu ia dizer que Darcy ja nasceu crescido e revirando os olhos para nós plebeus.

-Bom, vamos indo, Tia Catherine odeia atrasos. –Fitz falou, então me ofereceu o braço -Senhorita?

Eu arqueei uma sobrancelha e ele bufou, abaixando o braço.

-Depois vocês mulheres reclamam que não existem mais cavalheiros. –ele reclamou.

-Eu não preciso de um cavalheiro, Fitz. –eu revirei os olhos enquanto nós começamos a andar.

Fitz olhou para mim com interesse redobrado.

-Ah é? Do que você precisa então? –ele perguntou curioso.

Epa, por que ele estava perguntando? Eu não sentia que era interesse no meu corpinho, mas havia algum tipo de interesse. Agora, por que?

Darcy, que estava do outro lado de Fitz, estava fuzilando o primo com os olhos.

-Paz mundial. –eu respondi docemente.

-Desculpa te falar, amiga, mas se é isso que vai te conquistar você vai morrer solteira e com 70 gatos. –Fitz me informou.

-70 chinchilas. –eu falei –E esse é o plano.

Fitz estava rindo, mas tinha um sorriso de dó no rosto. Como se ele soubesse de algo que eu não sabia. Bom, eu duvido muito.

XxX

Catherine de Bourgh era uma figura e tanto. Eu quase achei que ia ve-la sentada num trono com servos ao seu lado abanando-a. No fim ela estava sentada numa poltrona, de terninho. Assustadora mesmo assim. Eu vi o Poderoso Chefão passando pela minha cabeça e quase saí correndo.

-Ah essa deve ser a famosa Elizabeth Bennet. –ela falou tão logo eu entrei na sala –Charlotte não fala de outra coisa a não ser da sua chegada. –me olhou de cima a baixo –Eu esperava um pouco mais.

E la vamos nós. Me pergunto quanto educada eu vou conseguir ser. Darcy está aqui e Fitz também... Não seria legal ser grossa com a tia deles, especialmente porque eu estou ficando na casa dela... E claro, Charlotte e o casamento.

Tem dessas.

Mas vamos la. Deixa a tia falar.

-É um prazer conhece-la, senhora De Bourgh. –eu falei –Eu ouvi falar muito da senhora e, obviamente, nada foi exagerado.

Charlotte arregalou os olhos. Darcy arqueou uma sobrancelha.

-Charlotte me disse que você trabalha na mesma firma que ela em Londres.

-Sim, senhora.

-E quais são seus planos para o futuro? –não parecia curiosidade, parecia que ela exigia saber.

-Bom... –eu lancei um olhar para Darcy –Eu só vou ficar la até arrumar um marido rico.

Fitz tossiu de um jeito que pareceu muito uma risada. Catherine não parecia nada feliz comigo.

-Onde você mora, mocinha? –ela quis saber.

-Ah pode me chamar de Senhorita Bennet, eu não me importo. –falei rapidamente –E eu moro em Notting Hill com minhas amigas.

-Notting Hill? Como você consegue morar em Notting Hill?

Ai. Bom, eu tentei.

-Minha amiga Jane tem uma tia que morava la. Mas ela foi passar as férias no Chile, conheceu a mulher da vida dela e nunca mais quis voltar. Então ela nos deixou morar la temporariamente. A casa é fanstástica, ótima para festas que duram o fim de semana inteiro.

Charlotte parecia estar querendo sumir, Mariah e Fitz estavam rindo. Darcy tinha um pequeno sorriso.

-A tia da sua amiga...

Obviamente essa tinha sido a parte que ela tinha prestado atenção.

-É casada com uma chilena, sim. –eu confirmei com um sorriso sereno –Bom, não oficialmente, porque la não é permitido, mas o que conta é o que está no coração.

Catherine torceu os lábios. Se ela abrir a boca para falar de Deus e casamento é homem e mulher eu não me responsabilizo.

-E suas amigas? –ela perguntou azeda.

-Elas não são casadas. Nem com homem, nem com mulher. Mas estamos na luta.

Eu acho que o Collins está para morrer. A mãe da Charlotte também. A Catherine está entre morrer e me matar.

Felizmente uma mulher entrou nessa hora informar que o jantar estava servido. Logo agora que eu estava aquecendo...

XxX

Acho que como castigo eu fui colocada do lado de Darcy na mesa, com a mãe da Charlotte do meu outro lado. Eu sempre tive a impressão de que ela não ia muito com a minha cara.

Darcy obviamente era o sobrinho preferido porque ele estava do lado direito de Catherine, enquanto a filha dela estava do esquerdo. Por algum motivo Collins não tinha sido permitido sentar do lado de Charlotte, então os dois estavam frente a frente. A boa noticía é que Fitz estava na minha frente. A má é que havia um vaso no caminho.

Catherine começou a perguntar sobre Georgiana para Darcy. Pelo jeito a menina é um prodígio, porque ela estava fazendo Medicina, era a melhor da turma e de algum jeito ainda achava tempo para “fazer caridade” e cultivar uma paixão por hipismo.

Eu fui informada por Catherine que hipismo é um dos esportes que definem uma dama, não que eu vá poder praticar, porque é uma prática de alto custo.

-Não tem problema. –eu informei –Eu não gosto de cavalos. E se não foram as freiras que me transformaram numa dama, cavalo nenhum vai dar conta.

-Você estudou num colégio de freira? –Fitz perguntou, obviamente não acreditando.

-Claro que sim. De onde você acha que vem meu respeito por autoridades?

Darcy estava apertando a ponte do seu nariz. É, eu também não acredito.

Depois do jantar nós fomos levados até uma sala onde fomos servidos café. Sinceramente, gente rica não tem mais o que fazer. Eu sentia que devia começar a bordar ou a tocar o piano. Se soubesse fazer alguma dessas coisas. Eu sei tricotar. Será que serve?

Finalmente me sentei ao lado de Fitz para conversar. Charlotte tinha vindo sentar perto de nós porque Collins estava muito ocupado puxando o saco de Catherine.

-Eu vou sentir sua falta no escritório. –estava falando com Charlotte –Ninguem mais me entende.

Charlotte foi oferecida uma posição no escritório da De Bourhg, porque Collins não podia se casar com alguem que trabalhava para a concorrência. Eu acho.

-Ninguem mais te aguenta, isso sim. –ela me provocou com um sorriso divertido.

-Ei! Minhas irmãs me aguentam.

-Eu estou confuso. –Fitz falou –Vocês são irmãs ou não?

-Não, cabeção. –eu revirei os olhos –Nós só temos o mesmo sobrenome, então gostamos de falar que somos irmãs.

-Ah que juvenil. –ele provocou.

-Engraçadinho.

-Darcy, Lizzie me falou coisas horríveis a seu respeito. Venha se defender! –Fitz acenou para o primo se aproximar.

Meu Deus! Eu vou matar esse babaca. Não acredito que ele fez isso comigo.

Darcy aproximou-se com toda aquela graça e bom humor de sempre.

-Que coisas horríveis? –ele perguntou, embora só soasse vagamente interessado.

-Você deu uma carona para essa pessoa e ficou o tempo todo em silêncio? –perguntou chocado.

-Eu não a conhecia bem então. –Darcy defendeu-se –Eu não sabia sobre o que falar.

Fitz abriu a boca para falar algo quando Catherine exigiu a presença dele e de Charlotte, me deixando sozinha com Darcy.

-Eu não sou bom em conversar com pessoas que eu não conheço. –ele falou por fim, embora não estivesse olhando para mim.

-Quantos vezes nós nos vimos, Darcy? Quantas delas você tentou participar de verdade de alguma conversa? –eu quis saber.

-Quantas vezes você participou de uma conversa sem ser sarcástica ou irônica? –ele retrucou.

-Eu não gosto de desperdiçar bom material. –eu falei de forma doce.

-Ai está. –ele indicou.

Eu revirei os olhos.

-Não é culpa minha que você não aguenta sarcasmo. –eu indiquei –Além do mais, vamos ser sinceros, Darcy. Quando você realmente se esforçou para falar comigo?

-Quando nós dançamos. –ele falou na hora.

Ok, eu estava oficialmente surpresa. Mas antes que eu pudesse responde Catherine resolveu que precisava de uma corte e fez eu e Darcy nos aproximarmos dela.


Menos mal.

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N/A: MEU DEUS, ISSO DEMOROU!!!

Mil perdões a todos vocês que estiveram esperando. Eu prometo melhor e ter pelo menos um capítulo novo antes de sexta que vem.

Espero que vocês tenham gostado.

O rostinho bonito da vez é o do Fitz. <3

Comentem!

B-jão