domingo, 26 de julho de 2015

Primeiras Impressões - Capítulo 4



Capítulo 4

Se eu tivesse pensado com mais cuidado, não teria encorajado Jane a continuar saindo com Bingley. Não que ele não estivesse se mostrando um cavalheiro perfeito, mas eu tinha esquecido quem eram os amigos dele.

Jane estava nas nuvens e, em duas semanas, ela e Charlie (como nós todas o chamávamos agora) ja tinham saído juntos seis vezes. SEIS. Em quatorze dias. Só podia ser amor.

Então qual o problema? Quando Jane estava feliz, queria fazer todos ao seu redor ainda mais felizes. Logo, quando saía com Charlie, queria nos levar junto.

A questão era que Mary andava com aquele pessoal estranho dela, Lydia estava de peguete novo e tentando empurrar Kitty para o irmão do cara. Eu era a única que não tinha desculpa para escapar.

Eu evitei o máximo possível, mas depois de alguns convites recusados eu sabia que ia pegar mal. E o pior: deixar Jane triste.

Ou seja, quando a Jane me convidou para um pub na quarta-feira, eu não tive mais como dizer não. O Chelsea ia estar jogando sei la com quem. Aparentemente Bingley era aficionado pelo time. E, aparentemente, Darcy também era e estaria la.

Tudo o que eu precisava na minha vida.

Eu até tentei arrumar um desculpa. Eu trabalho em uma firma de advocacia especializada em empresas e negócios, hoje ia ter uma reunião mega importante. Eu sou peixe bem pequeno, mas assisto várias reuniões por lá, porque eu tenho minhas ambições e quero sim subir.

A parte triste da coisa toda, era que o meu chefe também é aficionado pelo Chelsea. Nenhuma reunião na empresa pode interferir com jogos, a menos que seja uma emergência. Logo... Eu não tinha realmente uma desculpa.

O que me deixava mais irritada com a coisa toda era que eu estava arrumada. Em dia de reunião com cliente eu sempre investia um pouco mais no visual. Eu não queria que eles achassem que era por causa deles.

Daí eu admito que fiz uma coisa meio infantil.  Ao invés de retocar minha maquiagem antes de sair, eu limpei o rosto e prendi meu cabelo num rabo de cavalo.

Eu sei que é idiota, mas eu não queria nenhum deles achando que eu estava tentando impressionar algum deles. Eu tenho mais o que fazer da minha vida.

Quando eu cheguei no pub eles ja estavam lá. Bingley com as irmãs e o cunhado, além de Jane. Darcy não estava a vista.

Aliás Charlie estava tentando explicar o campeonato e as pontuações para Jane, que estava se esforçando para parecer interessada. Muito fofo.

-Jane. –eu chamei ao me aproximar.

-Lizzie! –Jane abriu um enorme sorriso e acenou para mim –Que bom que você veio! Você lembra de todos, não?

Não tinha como esquecer a cara falsa de Carolina Bingley, ou a cara de nojo da irmã dela.

-Claro que sim. –falei sorrindo –Caroline, Louisa, Paddy.

Os três acenaram para mim. Era o suficiente, então me virei para Bingley.

-Oi, Bingley.

Ele abriu um enorme sorriso.

-Charlie está ótimo, Lizzie. –ele falou –Que bom que você pôde vir hoje. Gosta de futebol?

-Odeio. –eu admiti –Mas meu pai sempre foi um fã do Liverpool, então eu sei que posso suportar.

-Liverpool. Por que não me surpreende? –uma voz bem específica disse atrás de mim.

Claro, eu não ia estar livre desse cretino, né?

Eu virei-me para o ser humano com o meu melhor sorriso.

-Eu poderia dizer a mesma coisa, Chelsea. –então olhei para Jane –Eu vou pegar uma pint.

Antes que alguém pudesse abrir a boca, eu saí. Eu só pretendo ficar nesse lugar por causa da Jane, mas se aquele idiota acha que eu vou aguentar a chatice dele quieta de novo, ele está bêbado.

-Ah Eliza querida, não deixe Darcy incomoda-la.

Eu não sei o que me chocou mais: o fato de Caroline ter vindo atrás de mim, de ela me chamar de “Eliza querida” ou a cara de simpatia falsa dela.

Era engraçado pensar que os mesmos pais que criaram Charlie, a criatura mais simpática do mundo, também criaram essa falsidade toda. Deve ter sido um experimento governamental ou coisa do tipo. Só isso explica.

-Eu não ligo. –eu falei por fim.

-Ele é tão rude, o tempo todo. –Caroline insistiu, aparentemente ignorando o que eu dissera –Ele nunca entendeu a classe trabalhadora.

Ah Jesus...

-Não deixe Darcy te preocupar. –ela concluiu por fim.

-Eu não vou deixar. –forcei um sorriso.

-Ótimo. –ela pareceu me analisar –Que acidente te deixou com essa cicatriz no queixo? –perguntou de repente.

Essa mulher só pode estar querendo me zoar.

-Não é uma cicatriz. –eu falei, dessa vez sem me preocupar em ser educada.

Se ela ia querer falar do furo do meu queixo, a coisa ia ficar feia. Eu tenho muito orgulho dele.

-Bom, nada que uma pequena cirurgia não possa resolver. –Caroline falou com doçura.

Eu suspirei com falso pesar e coloquei a mão no ombro de Caroline.

-Aposto que é o que você fala todos os dias quando olha no espelho e vê suas orelhas.

As mãos de Caroline foram parar automaticamente nas suas orelhas. Eu peguei minha pint e saí dali.

XxX

Eu ja passei por muita coisa nessa vida, mas poucas foram tão torturantes quanto aquele jogo. Charlie devia ser adotado, era a única explicação lógica.

As duas irmãs dele eram insuportáveis. Paddy era um capacho da esposa e, de forma geral, não cheirava nem fedia. Darcy era... Enfim.

Felizmente o chato dedicou-se a não falar mais comigo. Curiosamente, Caroline dedicou-se a grudar nele. Agora eu estava entendendo a jogada dela. Ela quer enfiar as garras em Darcy, então estava me medindo, para ver se eu era competição, deixando claro que não era.

Ela que ficasse a vontade. Eu tenho dó dos filhos que esses dois teriam.

Porém tinha uma coisinha me incomodando. Volta e meia eu sentia Darcy me observando. Ele pode não ter mais falado comigo, mas de vez em quando eu o pegava me olhando. Toda vez que isso acontecia, ele apenas virava a cabeça e voltava a olhar para frente, sem um pingo de vergonha ou desconforto por ter sido pego.

Isso estava começando a me incomodar.

Eu tenho certeza de que ele estava procurando falhas, coisas para criticar. Aposto que mais tarde ele e Caro iam falar tudo o que tinham observado de nós, pessoas da classe trabalhadora.

Finalmente o jogo terminou e eu vi minha chance de sair dali. Caroline estava com Louisa no banheiro e eu poderia vazar sem me despedir.

-Eu tenho que ir. –declarei, ja me levantando e pegando meu casaco.

-Você tem certeza de que não quer ficar? –Jane perguntou –Charlie e eu vamos jantar, você poderia vir junto.

Eles estavam o que? Querendo um jantar a luz de uma vela?

-Não, obrigada. –eu falei –Eu tenho que terminar um relatório e amanhã eu entro cedo.

-Eu te vejo em casa então. –Jane me abraçou e então foi Charlie.

-Eu também vou. –Darcy declarou pegando seu casaco.

Eu vi Charlie olhar de mim para ele e eu soube, antes que ele abrisse a boca o que ia ser dito.

-Por que você não da uma carona para Lizzie? –Charlie sugeriu.

-Não é necessário! –eu falei.

-Claro. –Darcy respondeu ao mesmo tempo.

Eu olhei para ele em choque.

-Eu não quero te dar trabalho. –rebati.

-Não vai ser trabalho nenhum. –ele respondeu daquela forma tão seca -Vamos?

O que eu podia falar pra sair daquela situação? Nada né?

-Vamos. –eu suspirei.

Nós saímos do pub em silêncio, andamos na rua em silêncio, até Darcy apertar a chave e um carro piscar.

Um Audi R8, novinho, pretinho, conversível. Que cretino.

Eu sou apaixonada por carros, acho que herdei isso do meu pai. Porém, tenho uma paixão especial por Lamborghini e Audi. E o R8...

Digamos que eu estava realmente tentando me conter para não babar.

Eu me apressei para o lado do passageiro, porque tive a impressão de que Darcy ia abrir a porta para mim.

Couro. Perfeito, lindo, limpo... Droga, eu odeio esse homem.

Darcy entrou em silêncio do outro lado e apertou o botão da partida. Esse carro ronrona!

-Onde? –ele quis saber.

-Notting Hill. –falei sem olhar para ele.

-Notting Hill? –eu podia ouvir a incredulidade na voz dele.

-Perto de Notting Hill Gate. Quando estivermos mais perto eu te explico melhor.

E eu me recusei a falar mais. Darcy começou a dirigir. Nós passamos um bom tempo em silêncio. Só que, sem trânsito, ainda levaria 30 minutos para chegar na minha casa. Eu não sei se aguento tudo isso em silêncio completo, porque nem ligar o rádio ele ligou!

Porém dez minutos depois que nós entramos no carro...

-Com o que você trabalha, senhorita Bennet? –ele falou, me assustando.

-Hum... Lizzie ta ótimo. –eu falei pra começar –Eu sou assistente numa firma de advocacia.

-Verdade? –o choque na voz dele era mais do que um pouco ofensivo.

-Sim, verdade. –respondi sem olha-lo.

-Que tipo de firma? –ele insistiu.

-Negócios e empresas.

-Você pretende seguir uma carreira nisso?

-Não, eu só estou esperando um marido rico aparecer. –eu rebati antes que conseguisse me conter.

E voltamos a ficar em silêncio. Talvez eu tenha exagerado de leve, mas sinceramente? Eu não ligo. Aquele tom de descrença dele realmente me incomodou.

Quando chegamos perto de Notting Hill Gate eu comecei a dar instruções para ele. Quando chegamos em frente a nossa casa havia outro carro esporte parado e Lydia estava debruçado na janela do motorista, obviamente se despedindo da presa da noite.

-Sua amiga? –Darcy perguntou, seu tom neutro.

-Sim. –eu respondi soltando meu cinto –Obrigada pela carona, Darcy. –então pulei do carro rapidamente, antes que ele pudesse falar mais alguma coisa.

-Ei Lydia. –eu dei um tapa na bunda dela, chamando sua atenção –Vamos entrar.

Ela revirou os olhos, mas se despediu do seu cara. Então o olhar dela virou-se para o carro de Darcy, que ainda estava parado ali.

-Uau. Que carro! Ele é rico? Solteiro?

-Como se você ligasse para ele ser solteiro ou não. –eu respondi.


Darcy só saiu dali depois que nós duas entramos e fechamos a porta. Ele sabia ser levemente cavalheiro. Quem diria?

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N/A: E por hoje é isso pessoal!

Semana que vem temos atualizações... Bom, não sei onde, mas prometo algo! hahaha

Darcy na area para quem queria saber daquela estrutura facial linda ;) hahahaha

B-jão

A Senhora de Nárnia - Capítulo 13



Capítulo 13

Umas das piores coisas em batalha era a espera. Principalmente no caso deles, ja que pareciam estar parados esperando para serem massacrados.

Talvez estivessem.

Ver o exército de uruk-hais marchando na direção deles não era nada assegurador. Parecia fazer a situação ainda mais real e perigosa. Era como se não houvesse fim para os números deles, dez mil seres prontos para matar a todos.

-Você poderia ter escolhido um lugar melhor. –Gimli resmungou de sua posição.

Susan fingiu não ver o sorriso que Legolas não conseguiu esconder.

-Que tal uma aposta, Majestade? –ele perguntou a Susan.

-Quem morrer primeiro salva um lugar para o outro? –ela retrucou.

-Não. Quem...

-Derrubar mais Uruk-hais e bla bla bla. –Reepicheep cortou –Nós já estamos cansados de saber de suas táticas manjadas para cima da minha rainha!

Boromir deu uma tossida muito parecida com uma risada.

-O vencedor ganha o que? –Susan quis saber.

-O que quiser do perdedor. –Legolas falou.

-Fechado. –Susan falou dando de ombros com graça, como se não fosse importante.

Gimli revirou os olhos. Reepicheep parecia inconformado.

Aragorn aproximou-se dele, após ter checado as posições dos demais elfos.

-Bem, rapaz, seja qual for a sorte que te mantém vivo, vamos esperar que dure a noite. –o anão falou.

Um raio iluminou o céu e o chão, mostrando ainda mais a horda de uruk-hais que avançava a passos decididos em direção a fortaleza.

-Seus amigos estão com você, Aragorn. –Legolas falou.

-Vamos esperar que eles durem a noite toda. –Gimli resmungou.

Aragorn pôs a mão no ombro de Susan antes de se afastar. Chuva começou a cair.

Susan ouviu Aragorn gritando instruções para os elfos, mas seus olhos ainda estavam pregados na cena que tinha diante de si.

-Ah Reep... Acho que não estamos mais em Nárnia. –ela suspirou.

-Coisas feias, não? –o rato comentou.

-O que está acontecendo lá fora? –Gimli perguntou, tentando pular para alcançar por sobre a mureta.

-Quer que eu descreva? –Legolas perguntou –Ou arranje uma caixa para você?

O anão lançou um olhar para o elfo, então soltou uma risada sarcástica.

Os homens do rei estavam com flechas apontadas paras os Uruks, mas todos estavam esperando. Menos um, que acabou disparando antes da ordem oficial.

-SEGUREM! –Aragorn ordenou.

-Ops... –Reep murmurou.

Foi aí, que tudo realmente começou.

Aragorn deu a ordem para os elfos atirarem e o rei veio logo atrás. Os movimentos de batalha eram automáticos para Susan. A ideia era derrubar o máximo de inimigos possíveis de uma distância segura, antes de ter que entrar na luta.

Ela sabia que tinha menos força e resistência.

Os Uruks estavam tentando escalar o paredão com escadas e alguns estavam até conseguindo. Mas a luta estava relativamente ao favor deles. A fortaleza deveria protege-los.

Até que alguma bruxaria fez uma parte do paredão voar em chamas, deixando-os totalmente abertos ao exército inimigo.

Susan estivera um pouco perto demais e fora arremessada ao chão. No processo perdeu Reepicheep de vista.

Os ouvidos dela estavam zumbindo e sua visão estava embaçada. Também podia sentir algo morno escorrendo por sua testa. Sangue.

A batalha acabara de virar o pior pesadelo de Susan. Em um reflexo, nascido de anos de certezas e promessas, ela levou a corneta de Nárnia a sua boca e soprou com toda sua força.

Ela tinha fé em Aslan. O socorro viria.

XxX

O sol começou a nascer quando os Urks terminaram de tomar a fortaleza e eles foram deixados sem praticamente nenhum homem.

Haldir estava morto. Todos os elfos estavam.

Os homens que sobraram tinham se recolhido para a sala do trono e estavam tentando barricar a porta com mesas e bancos.

-A fortaleza foi tomada. –rei Théonden falou em choque –Acabou.

-Você disse que a fortaleza nunca cairia enquanto seus homens a defendessem! –Aragorn protestou, tentando acordar o rei –Eles ainda a defendem! Eles morreram a defendendo.

Os uruks estavam investindo contra a porta. Logo a madeira não resistiria mais.

-Não há outro caminho para as mulheres e crianças saírem das cavernas? –Boromir quis saber.

Rei Théoden parecia apático e incrédulo e não respondeu.

-Não há outro caminho? –Aragorn insistiu.

Gamiling olhou de seu rei para Aragorn.

-Há uma passagem, leva as montanhas. –ele falou –Mas eles não irão muito longe. Os Uruk-hais são muitos.

-Diga as mulheres e crianças para se dirigirem para a passagem nas montanhas. –Aragorn ordenou –Então ponha barricadas nas portas!

-Tanta morte... –Théoden murmurou de repente –O que podem os Homens fazerem contra tanto ódio?

-Cavalgue comigo. –Aragorn falou, chamando a atenção do rei –Cavalgue comigo e encontre-os.

-Por morte e glória. –Théoden respondeu, vida voltando aos seus olhos.

-Por Rohan. Pelo seu povo. –Aragorn completou.

-O sol está nascendo. –Gimli informou.

Gandalf! Ele prometera que estaria aqui, hoje era o dia.

-Sim. Sim! –Théoden falou com mais firmeza –A corneta de Helm Hammerhand soará no abismo mais uma vez!

-Sim! –Gimli apoiou, correndo para fazer justamente isso.

-Que seja essa a hora quando brandiremos juntos nossas espadas. –Théoden falou, colocando a mão no ombro de Aragorn -Caídos, levantem! Agora pela ira! Agora pela ruína! E uma amanhecer vermelho!

O rei tinha seu capacete e seu desejo de lutar agora. Todos os que ainda estvam ali, estavam ao seu lado, em cavalos, espadas em mãos.

E o som das cornetas soou.

-AVANTE, EORLINGAS!

Eles avançaram contra as ordas de Urkus que finalmente derrubaram as portas. Era um último ato, nascido não de desespero, mas do desejo de ir lutando, de encontrar glória na batalha.

Eles desceram as escadarias da fortaleza, acertando Uruk-hais durante todo o caminho. Ao chegarem a calçando estavam atropelando o máximo possível, derrubando o inimigo e atingindo-os com golpes duros.

Eram pequenos peixes num mar de adversários.

Foi quando tudo mudou.

Aragorn levantou os olhos para o leste e viu Gandalf surgir no topo da colina. O suspiro maravilhado dele chamou a atenção de Susan, que estava atrás dele no cavalo, o bastante para ela olhar também.

Bem a tempo de ver...

-Aslan.

XxX

-O rei Théoden luta sozinho. –Gandalf murmurou.

-Sozinho não. –Eomér falou ao juntar-se ao mago.

-Não mais. –o Grande Leão, logo ao outro lado de Gandalf, completou.

-Rohirrim! –Éomer chamou.

Era como ver uma onda gigante vindo contra a praia, algo enorme, poderoso, que não seria facilmente contido.

Os Uruks trocaram de posição, viraram-se para os novos atacantes, lanças prontas para enfrenta-los.

A frente do grupo vinham os sátiros. Eles conseguiam saltar as lanças e mergulhar direto na batalha. Os que vinham atrás, entre homens de Rohan e centauros, foram salvos pelo sol, que ao nascer atrás deles, cegou os Uruks.

Eles estavam salvos.

-Aqueles são...

-Narnianos! –Susan celebrou antes que Aragorn terminasse a frase.

O novo número de soldados varreu os uruks, ja cansados após uma noite inteira de batalha. Vários tentaram fugir para as florestas e foram peserguidos pelos cavaleiros.

-Fiquem longe das árvores! –Éomer comandou –Fiquem longe!

Quando o último uruk-hai cruzou a linha das árvores, eles ouviram os sons: os gritos, a luta.

As árvores estavam matando os últimos uruk-hais por eles.

Estava acabado. Eles estavam vivos. Rohan não caíra.


Era um milagre.

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N/A: Nárnia veio ao resgate!!

Estamos perto do fim de "As Duas Torres". Espero que vocês estejam gostando!

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B-jão


Primeiras Impressões - Capítulo 3



Capítulo 3

Bingley grudou na Jane como chiclete. Os dois estavam conversando e rindo e sendo lindos juntos.

Eventualmente eu e Mary fomos convidadas para a mesa deles. A essa altura Lydia e Kitty ja estavam penduradas em alguns caras de terno, então eu estava bem feliz em fingir que não conhecia nenhuma das duas.

Bingley estava com suas duas irmãs: Caroline e Louisa, além de Paddy Hurst (que era marido de Louisa) e um outro amigo. E esse infeliz desse amigo era o problema.

Darcy.

Só.

Ele foi apresentado assim como se fosse a Madonna, com um nome só.

O ser estava de extremo mau humor, sabe Deus porque, e não fez questão alguma de ser simpático com qualquer uma de nós. Nem Jane! E todo mundo ama a Jane.

Eu também tinha minhas dúvidas sobre a tal Caroline (“por favor, me chame de Caro!”). Ela estava sendo mega simpática com Jane, mas havia algo nela que soava tão... Falso.

Porém, Jane estava feliz e era tudo o que importava.

Mas se aquele Darcy rolasse os olhos mais uma vez eu ia me oferecer para parafusa-los direito na cabeça dele.

Eu pedi licença para pegar uma bebida, quando na verdade só queria um pouco de espaço. Acabei sentando num canto mais afastado do bar e comecei a mandar mensagens para Charlotte Lucas, uma amiga do trabalho.

Eu estava lá de boa, quando...

-Darcy, você poderia ser pelo menos um pouco mais simpático? –era a voz de Bingley.

Eles estavam um pouco para a minha esquerda, mas acho que não tinham me visto.

-Você está sendo simpático o bastante por nós dois. –Darcy respondeu de forma seca.

Sinceramente, que ser humano mais...

-Ela não é fantástica? –Charles continuou falando, aparentemente desistindo de fazer o amigo agir de forma decente –Aquele sorriso, os olhos...

-Por favor, Charlie, tente não se apaixonar pelo primeiro sorriso que você vê. –Darcy pediu impaciente.

-Não seja um estraga-prazeres, Darcy. –Charles riu –Jane é uma mulher incrível: inteligente e linda. Nós vamos jantar amanhã.

Ah gente, que gracinha esse Bingley. Faço votos. Ele parece ser um rapaz bom e Jane precisa de um desses.

-Divirta-se. –foi o comentário, obviamente irônico, do babaca.

-Por que você não vem com a gente? –Bingley propôs –Sair um pouco de casa seria bom para você. Jane pode chamar a amiga dela, Lizzie, para vir junto.

-Por favor, não me diga que você está tentando organizar um encontro duplo. –Darcy pediu impaciente –Além do mais, a tal amiga não tem nada de especial. Pelo menos nada que me tente.

Ele acabou de dizer...? Ele disse, não disse?

Que animal.

Primeiro: quem disse que eu quero sair com ele? Como se ele fosse um grande partido! Segundo: “nada que me tente”? NADA QUE TE TENTE?

Darcy era, sem dúvida alguma, o maior babaca que eu já encontrei na minha vida.

XxX

-Eu não consigo acreditar que ele possa ter sido tão rude. –Jane falou surpresa –Ele foi tão educado a noite toda.

-Mais para “seco”. –eu resmunguei.

A Jane tem um coração de ouro. O único problema disso é que ela tenta ver o melhor em todo mundo. Você provavelmente poderia coloca-la na frente de um serial killer e ela tentaria ver alguma coisa positiva sobre o infeliz.

-Tudo bem. –ela cedeu –Mas ele foi... É...

Era divertido ver a Jane lutando para arrumar algo positivo para dizer sobre uma pessoa que não tinha nada de positivo.

-Ele tinha maçãs do rosto incríveis. –ela falou por fim, com um sorriso vitorioso.

-Esse é o máximo que você consegue? –eu provoquei.

-Você tem que admitir... –Mary falou de sua posição na poltrona –O cara tem uma estrutura óssea facial impressionante.

Essa era a manhã seguinte a nossa noite. Jane, Mary e eu estávamos fazendo café da manhã. Kitty estava desmaiada com uma ressaca e Lydia... Bom, pra variar ela não tinha dormido em casa.

-Provavelmente dá pra lapidar diamantes naquelas maçãs. –Mary insistiu.

Eu revirei os olhos.

-É muito triste que isso é o melhor que vocês consigam. –eu declarei –Mas não vamos falar do babaca. Vamos falar do Bingley!

Só de ouvir o nome do cidadão Jane ja começou a sorrir.

-Vocês vão mesmo sair hoje para jantar? –eu quis saber.

-Sim. –ela falou animada –Ele é tão... Uau.

-Uau. –eu comentei, trocando um sorriso divertido com Mary –Soa promissor.

-Eu espero que seja. –Jane falou mordiscando o lábio –Eu vou entrar com calma nessa. Nada de loucuras.

-Boa sorte com isso, querida. –eu falei roubando um morango do prato dela –Só não esquece de me convidar para o casamento.

-Não seja boba, Lizzie. –Jane sorriu –Vocês todas são minhas madrinhas.

E aí eu tive que abraça-la porque Jane é extra linda e extra fofa.


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N/A: E aí está! Aguardem que hoje o dia está para postagem.

O rostinho da vez é o do Bingley. Joseph Morgan pode ser uma graça sendo mau, mas eu tenho certeza que ele seria o genro que minha mãe pediu a Deus sendo bonzinho ;)

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B-jão

terça-feira, 14 de julho de 2015

Nove Meses - Sétimos Mês - parte 3


Sétimo Mês – parte 3

Bruce Wayne, o playboy preferido de Gotham City, estava sentado numa das cadeiras mais desconfortáveis que ja encontrara na vida.

Tinha certeza de que, a essa hora, a notícia de que estivera no quarto de Toni Stark ja se espalhara e todos estavam fazendo as contas. Logo o país inteiro saberia que ele era o possível pai dos filhos dela.

Bruce queria estrangular Toni. Era tão típico dela, resolver algo dessa magnitude sozinha, como se fosse o direito dela.

Só que, dessa vez, se ela queria brigar, ele ia brigar de volta. Não ia permitir que Toni o afastasse de seus filhos. Faria o DNA como uma formalidade, mas sentia que as crianças eram dele.

Os Vingadores estavam alguns metros para frente no corredor, falando entre si em cochichos. Ocasionalmente Pepper Potts virava para fuzila-lo com o olhar.

A única coisa que queria no momento era ver os bebês. Todo o resto eles podiam resolver depois.

-Eu acho que você e Stark quebraram a internet hoje.

Bruce virou-se para encarar Clark Kent, que acabara de brotar do ar e sentar-se ao seu lado.

-O que você...

-Eu sei que, normalmente, eu não ligo para aquela história toda de fingir que eu não sei quem você é e vice-versa... –Clark começou –Mas hoje não é “normalmente”. Hoje eu liguei o noticário e você era pai.

-Supostamente. –Bruce passou a mão pelos cabelos –Como você entrou aqui?

-Você acha mesmo que eu não consigo entrar onde eu quiser? –Clark arqueou uma sobrancelha divertida, mas ficou sério imediatamente –Você é o pai?

-Sou. –o outro confirmou num suspiro –Eu não sei o que fazer.

-Eu estou chocado de ouvir você admitir isso. –Clark falou –Mas é bom saber que você é falível como todos nós.

-Não é o momento, Clark. –Bruce bufou.

-Bruce, você é sério demais. –ele retrucou sem maldade –Você acabou de descobrir que é pai. Tudo bem, não foi planejado e você ficou sabendo pelo twitter, mas não deixa de ser algo maravilhoso, uma bênção.

-Toni não me quer perto das crianças.

-Ela não tem esse direito e você sabe disso muito bem. –Clark indicou –Ela deve estar surpresa por te ver aqui, reagiu mal...

-Eu... Também não reagi bem. –Bruce admitiu.

Clark fez uma careta.

-O que você disse?

-Coisas que eu não devia ter falado. Mas Antonella... –ele bufou frustrado –Ela sempre teve o talento de me fazer perder a calma. Eu devia ter esfriado a cabeça, mas quando soube dos bebês...

Clark colocou a mão no ombro do outro homem.

-Vocês dois têm que pensar com calma no que vão fazer e falar agora. –ele aconselhou –Talvez seja até bom ter alguém “neutro” para intervir na conversa. Vocês podem passar a vida brigando por essas crianças na justiça, mas não seria melhor se vocês se entendessem?

-É impossível ter uma conversa madura com a Toni. Ela foge de tudo.

-Mas, Bruce, você nunca se perguntou por que ela foi embora?

Bruce abriu a boca para retrucar quando ouviu seu nome sendo chamado.

-Você quer ver os bebês ou não? –era a Viúva Negra e ela parecia preferir enfretar um exército de aliens do que leva-lo até a maternidade.

-Quero. –ele declarou levantando-se.

Virou-se para desperdir-se de Clark, mas o outro já não estava mais la. Apenas ajeitou o paletó e seguiu a ruiva. Os outros Vingadores nem olharam para a cara dele quando passou por eles. Menos mal assim.

Havia uma enfermeira checando um outro bebê quando eles entraram. Ela apenas sorriu para ambos e deixou Natasha guia-lo até os dois.

-Essa é Marjorie. –ela apontou a menina –E esse é Lucan. Eles estão registrados como Stark, mas seu nome consta como “pai”.

Bruce olhou surpreso para ela.

-Eu não esperava por isso.

-Claramente. -ela comentou de forma seca –Se você quiser carrega-los eu chamo a enfermeira.

-Eu não posso. -Bruce comentou tocando o vidro das incubadoras –Eu não saberia como, nem por onde começar.

-Você tem que aprender alguma hora.

-Eu não sei o que fazer. –ele comentou sem tirar os olhos dos bebês –Nem com eles, nem com a Toni.

-Se você quer estar na vida deles, você pode começar largando a mão de ser frouxo e pegando seus filhos no colo. –ela respondeu sem caridade alguma.

-E se eu derruba-los? –Bruce perguntou preocupado.

-Você não vai, Wayne. Você não é esse tipo de homem.

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N/A: Sim, Bruce Wayne é o pai. Eu sei que vocês ainda estãos e recuperando do choque, mas vocês não leram errado! hahahaha

Espero que vocês tenham curtido! Sexta teremos "Senhora".

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B-jão

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O Contato - Capítulo 4



Capítulo 4

Darcy tinha um problema muito sério no momento: SHIELD -aquele bando de incompetentes - achava que sabia quem era o o verdadeiro-eu do próximo cara em sua lista. Mas não tinham certeza.

Ela estava prestes a fazer uma coisa bem cretina, na esperança de que o babaca a salvasse. Se ela morresse ia assombrar Phil pro resto da vida dele. E Clint também, só pela zueira.

Ela olhou mais uma vez para o prédio a sua frente (onde o cara suspostamente trabalhava), então olhou para o chão, onde a polícia ja tinha se juntado ao bando de curiosos, que estava na dúvida entre gritar “Pula” e “Não pula”. Ah, olha ali, os repórteres estavam chegando também.

Sua mãe iria mata-la se visse sua cara na tv... Isso se ela sobrevivesse.

-Hora do show. –Darcy decidiu se alongando.

Dito isso ela deu um passo para frente e começou a cair do topo do prédio de 101 andares.

Tinha optado por ficar de olhos fechados, não queria saber quanto faltava para dar de cara com o chão. Também tinha escolhido usar uma calça e uma jaqueta, porque se ia morrer faria com dignidade. Não ia querer foto nenhuma da sua bunda pela internet porque pulara de um prédio de saia.

Devia estar mais ou menos no meio do caminho quando sentiu alguém agarra-la.

Ufa.

Não é que eles estavam certos?

Ela só abriu os olhos quando sentiu seus pés tocarem o chão. Respirou fundo e abriu os olhos.

-Qualquer que seja o seu motivo para ter pulado, eu tenho certeza que alguém jovem como você tem ainda mais motivos para seguir em frente.

-Belo discurso, colega. –ela falou –Mas eu só pulei pra chamar sua atenção mesmo.

Ele arqueou a sobrancelha.

E, só pra constar... Uau. De verdade. O que era esse homem? Ta que ela convivia com Steve e Steve estava num nível de gostosura que desafiava a lógica, mas o tal Superman não estava nada atrás. Olha, se perdia era por meio ponto, provavelmente.

-O que você disse? –ele perguntou.

-Foi mal, senhor Kent. –ela falou –Aliás, posso te chamar de Clark? Muito mais fácil.

Ele arregalou os olhos.

-O que você...

-Não vamos desperdiçar meu e seu tempo com negações desnecessárias ou perguntas estranhas, Clark. Posso te chamar de Clark?

Superman olhou de um lado para o outro. Darcy não tinha certeza se ele estava considerando joga-la do prédio ou checando se tinha alguem por perto.

Então ele suspirou.

-Pode. Quem é você?

-Darcy Lewis, muito prazer. –ela ofereceu a mão para um aperto que ele aceitou –Foi mal pelo teatro, mas eu tinha que falar com você-você, não o cara de óculos que trabalha no jornal. Eu queria ter certeza que você era você e que o povo da minha agência não tinha cometido algum engano.

-Você pulou do prédio sem ter certeza de que eu estaria no prédio da frente e veria? –ele perguntou chocado.

-Bom, você podia estar por perto ou vendo tv. –ela deu de ombros.

Clark Kent não parecia nada a vontade perto dela.

-Bom, vamos ao que interessa. –ela falou com um sorriso –Aqui está meu cartão. –estendeu para ele, então analisou-o de cima a baixo –Embora eu nem imagine onde você pretende guardar o cartão nessa sua roupa coladinha e sem bolsos.

Ele corava, que gracinha! Não mais gracinha que Steve, mas... Enfim.

-Eu trabalho com a SHIELD.

-A agência que desmoronou depois que descobriram que ela estava cheia de pessoas da HYDRA? –ele perguntou seco.

-Ei! Para la! Você detonou metade de Metrópolis. –ela falou, colocando as mãos na cintura -Eu não acho que você pode sair por ai falando dos outros, engraçadinho!

Ele bufou.

-O que você quer de mim?

Darcy explicou explicadinho, como tinha explicado para todos, mas Clark não parecia nada interessado.

-Eu não vou trabalhar para agência nenhuma. –ele falou por fim.

-Não tem problema. –ela falou –A gente só quer que você saiba que estamos ai, se você precisar de alguma coisa. E, caso você ouça algo, nós agradeceríamos informações.

-Só isso? –ele perguntou desconfiado.

-Bom, se você quiser aparecer pra um churrasco ou pra malhar sem camisa, fica a vontade. –ela voluntariou –Do contrário, sim, só isso. Nós não temos intenção nenhuma de te chantagear com sua identidade secreta, se essa é sua preocupação.

Ele não parecia convencido.

-Cara, to falando sério. –ela revirou os olhos –Além do mais, você é o Superman. O que você acha que nós poderíamos fazer contra você?

-Me por contra o Hulk? –ele sugeriu.

-Oh... Para tudo! Isso tem potencial! –ela exclamou –Quanto você acha que as pessoas pagariam pra ver isso? Eu poderia fazer uma fanfic disso!


Foi nesse momento que Clark desistiu e saiu voando. Tudo bem. Ela precisava achar seu computador. Quantas pessoas leriam uma slash do Superman com o Hulk?

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N/A: E aí temos mais uma missão da nossa querida Agente Darcy!
A bola da vez é Superman, nosso querido Clark Kent, que foi interpretado pelo mais que lindo Henry Cavill no filme de 2013 e brevemente será de novo! Essa história se passaria depois que Metrópolis ja foi parcialmente reconstruída.

Espero que vocês tenham gostado! Segunda-feira temos post em "Nove Meses"!!!

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B-jão