Capítulo 10
Susan podia sentir os olhos
inudando-se de lágrimas. Aquilo era um milagre ainda maior do que Boromir estar
vivo.
-Perdoe-me. –Legolas pediu
ajoelhando-se –Eu o confundi com Saruman.
-Eu sou Saruman. –o mago
respondeu sereno –Ou melhor, Saruman como ele devia ter sido.
-Você caiu. –Aragorn falou,
ainda sem poder acreditar.
-Através de fogo e água. –o
mago confirmou –Da masmorra mais profunda ao pico mais alto, eu lutei contra o
Balrog de Morgoth. Até que finalmente derrotei meu inimigo e deixei sua ruína
ao pé da montanha. A escuridão me tomou. E eu me desprendi de pensamento e tempo.
Estrelas rodavam acima de mim e cada dia era longo como uma vida inteira na
Terra. Mas não era o fim. Eu senti vida dentro de mim mais uma vez. Eu voltei,
até que minha missão esteja concluída.
-Gandalf. –Aragorn
aproximou-se.
-Gandalf? –ele repetiu,
parecendo confuso com o nome, então sorriu –Era como costumavam me chamar.
Gandalf, o Cinzento. Esse era meu nome.
-Gandalf! –Gimli repetiu
emocionado.
-Eu sou Gandalf, o Branco. E
eu volto para você agora, na virada da maré.
-Isso foi poético.
–Reepicheep declarou.
Gandalf começou a andar e
fez um gesto para os demais segui-lo.
-Uma etapa da sua jornada
terminou e outra começa. –ele declarou –Nós devemos viajar para Edoras o mais
rápido possível.
-Edoras? –Gimli falou –Isso
não fica há pouca distância.
-Nós ouvimos dos problemas
em Rohan. –Boromir falou. –O rei não está bem.
-Sim e não será facilmente
curado. –Gandalf admitiu.
-Então nós corremos todo
esse tempo para nada. –Gimli resmungou –Nós vamos deixar aqueles dois pobres
hobbits aqui, neste lugar repugnante, sombrio, úmido e infestado de árvores?
Mais uma vez as árvores
começam a ranger, como que em protesto.
-Eu quero dizer encantador!
–ele apressou-se em dizer –Encantadora floresta.
-Foi mais que mero acaso que
trouxe Merry e Pippin para Fangorn. –Gandalf falou, virando-se para o anão –Um
grande poder tem dormido aqui por muitos longos anos. A vinda de Merry e Pippin
será como a queda de pequenas pedras, que inicia uma avalanche nas montanhas.
-Em uma coisa você não
mudou, querido amigo. –Aragorn falou com um pequeno sorriso –Você ainda fala em
enigmas.
Gandalf sorriu suavemente.
-Uma coisa está para
acontecer que não acontece desde os tempos antigos. Os Ents vão acordar e
descobrir que são fortes.
-Fortes? –Gimli falou
incrédulo, só para as árvores rangerem mais uma vez –Hum... Isso é bom.
-Então pare com sua lamúria,
mestre anão. –Gandalf concluiu –Merry e Pippin estão bem seguros. Aliás, bem
mais seguros do que vocês estão para se tornar.
-Este novo Gandalf é mais
ranzinza que o outro. –o anão resmungou.
Quando eles finalmente
deixaram a floresta Susan não poderia ter ficado mais feliz. Aquele lugar era
sufocante, nada como as florestas de Nárnia. Embora... “Ents” soasse extremamente
familiar para ela.
Gandalf estava parado
assobiando o que parecia ser um chamado. E de fato era, ja que um cavalo surgiu
em resposta. Um belo animal, de pelo reluzente e branco.
-Esse é um dos Mearas.
–Legolas falou admirado –A menos que meus olhos estejam enganados por algum
feitiço.
O animal aproximou-se,
tirando um sorriso de Gandalf.
-Scadufax. –e o cavalo
pareceu inclinar-se em comprimento –Ele é o senhor de todos os cavalos... –o
mago curvou-se de volta –E tem sido meu amigos por muitos perigos.
-Mas eu aposto que ele não
fala. –Reepicheep opinou.
Gandalf revirou os olhos.
-Nós devemos ir. –o mago
falou –Pois uma guerra está prestes a alcançar todos nós.
XxX
Muito mais tarde, quando
todos tinham ido dormir, Susan viu Aragorn aproximar-se de Gandalf e os dois
trocarem palavras.
As que o mago disseram mais
cedo não saíam de sua cabeça: guerra.
-Você devia dormir,
Majestade. –Reepicheep falou ao seu lado.
-Acho que o sono me
abandonou, Reep.
Susan puxou os joelhos para
perto de seu peito, para que o rato pudesse sentar ali para conversarem.
-Foi o aviso do mago, não
foi? –ele falou com gentileza –Eu sei a opinião de Vossa Majestade em guerras.
-Eu estava com esperanças de
passar mais alguns anos antes de ter que entrar na próxima. –ela brincou de
forma fraca.
-Se eu visse outra guerra em
100 anos ainda seria cedo demais, minha senhora. –ele concordou –Guerras são...
Dolorosas, cruéis, desnecessárias. Todos nós ja perdemos mais do que
precisávamos nelas.
-Eu estou com medo. –ela
admitiu –Estar aqui, ter que ir para uma guerra sem meus irmãos. Não ter a
firmeza de Peter, a lealdade de Edmund e a coragem de Lucy por perto... Tudo
isso me assusta.
-O Rei Peter virá por você,
minha senhora. –ele lembrou suavemente –Ele prometeu que viria.
-E eu tenho que acreditar
que ele virá. –ela completou em silêncio.
Reepicheep esticou a pata e
tocou a ponta do nariz da Rainha.
-Nós não temos nada, a não
ser fé, minha senhora.
XxX
Na manhã seguinte eles
começaram sua jornada cedo. Gandalf observou curioso Susan cavalgar com
Boromir, mas não disse nada.
Parecera que eles
cavalagaram por horas antes de chegarem a um campo que abria-se para revelar
uma cidade fortificada, com um castelo que tinha o telhado que reluzia como
ouro.
-Edoras e o Salão Durado de
Meduseld. –Gandalf anunciou –Lá mora Théoden, rei de Rohan, cuja mente está
subvertida. O controle de Saruman sobre o rei Théoden é muito forte agora.
-E o que nós vamos fazer
quanto a isso? –Reepicheep perguntou curioso.
-Esta, mestre camundongo, é
a questão. –o mago falou, antes de tocar seu cavalo para frente.
Eles adentraram a cidadela
sem problemas. Susan sentiu um aperto no
peito ao ver as faces marcadas pela tristeza e por tempos difícies, o
silêncio de um povo que já não confiava em mais nada, principalmente quem vinha
de fora.
-Você encontraria mais
alegria em um cemitério. –Gimli comentou.
Eles deixaram os cavalos no
estábulo e começaram a subir as escadas em direção ao castelo. Mal tinham
chegado ao topo quando as portas se abriram e guardas armados saíram de lá.
Gandalf sorriu para eles
como se tivessem vindo para o chá.
-Não posso permitir que você
se apresente diante do rei Théoden tão armado, Gandalf o Cinzento. –o homem
parou e as próximas palavras que saíram de sua boca pareciam ter um gosto ruim
–Por ordens de Grimma Wormtongue.
Gandalf fez um gesto para os
demais que começaram a tirar suas armas para serem entregues. Quando um dos
guardas olhou para Susan ela abriu um sorriso radiante para ele. Seu arco e
suas flechas estavam escondidos sob sua capa, com Reepicheep agarrando-se a
eles.
O guarda sorriu de volta.
-O seu cajado. –o outro guarda
insistiu para Gandalf.
O mago fez uma cara de
surpresa.
-Você não separaria uma
homem velho de sua bengala? –ele falou com fragilidade.
O homem bufou, mas pareceu
considerar seguro o bastante e fez um gesto para eles o seguirem para dentro.
Gandalf deu uma piscadela
para Aragorn e aceitou o braço que Legolas lhe oferecia, como se realmente
precisasse do apoio. Boromir colocou-se ao lado de Susan e pôs a mão nas costas
dela.
Os seis adentraram o salão,
que realmente parecia uma tumba. Gelado, escuro e no mais completo silêncio.
Hamá, o guarda que os
recebera, curvou-se suavemente e deu caminho para eles.
O rei parecia um cadáver
sobre o trono. Sua pele era cinzenta, seus olhos eram mortos. Sua barba
misturava-se ao seu cabelo branco e mal cuidado. Ele vestia peles, como se
tivesse muito frio, embora o salão estivesse razoavelmente aquecido. Ao lado
dele havia esse homem pálido de cabelos negros, de olhar malicioso, que
debruçou-se para falar algo na orelha do rei tão logo os viu.
Eles ouviram as portas serem
fechadas e trancadas atrás de si e havia homens seguindo seus passos,
obviamente prontos para ataca-los.
-A cortesia de sua
hospitalidade tem diminuído ultimamente, Rei Théoden. –Gandalf falou.
O homem, provavelmente o tal
Grima, debruçou-se mais uma vez para o Rei.
-Por que eu devieria dar as
boas-vindas a você, Gandalf, Corvo da Tempestade? –o rei falou, sua voz vazia e
cansada.
-Uma pergunta justa, meu
senhor. –Grima falou para o rei, como aprovando um cão que fizera o truque
certo. Então levantou-se para dirigir-se a Gandalf –Tardia é a hora que esse
conjurador escolhe aparecer. Falso mago, eu o chamo. Más notícias são más
convidadas.
-Silêncio. –Gandalf bradou
–Mantenha essa sua línga de serpente atrás de seus dentes. Eu não passei por
fogo e morte para trocar palavras débeis com um verme inútil. –e ele levantou
seu cajado.
-O cajado! –Grima falou em
pânico –Eu disse para vocês tirarem o cajado do mago!
Os homens que estiveram
circulando finalmente vieram ataca-los. Curiosamente, nenhum dos guardas do rei
moveu-se.
Enquanto os demais cuidavam
dos homens, Gandalf continuou firme em direção ao rei.
-Théoden... –ele falou com a
voz firme –Filho de Thengel, por muito tempo você tem estado nas Sombras.
Susan derrubou seu último
oponente e virou-se a tempo de ver Gimli segurando o tal Grima. Pessoas
começaram a se aproximar, mas ninguem fez mais nada para para-los.
-Olhe para mim! –Gandalf
ordenou quando o rei desviou seu olhar –Eu o liberto do feitiço.
No silêncio do salão a
risada maníaca do rei soou em alto som.
-Você não tem poder aqui,
Gandalf, o Cinzento. –o rei falou ainda rindo.
Gandalf, sem abalar-se, tirou
sua capa e aquela luz que viram antes, voltou a envolve-lo.
-Eu o expulsarei, Saruman,
como veneno é tirado de um ferimento. –o mago prometeu, apontando o cajado para
o rei, que contorceu-se no trono.
Susan viu uma garota entrar
no salão e preparar-se para correr para o rei, mas Aragorn a segurou.
-Se eu for, Théoden morre.
–o rei falou, na voz que Susan imaginava, devia pertencer a Saruman.
-Você não me matou, você não
o matará. –Gandalf falou sério.
O rei mais uma vez
contorceu-se.
-Rohan é minha. –ele
declarou.
-Vá! –Gandalf ordenou.
O rei pareceu lutar contra a
ordem e tentou avançar contra Gandalf. O mago acertou-o na cabeça com o cajado
e ele desmanchou contra o trono, gemendo suavemente.
A garota que Aragorn
segurava debateu-se até se livrar dele e correr para o rei, segurando-o.
E, diante dos olhos de
todos, a coisa mais impressionante aconteceu: era como ver o inverno dando
lugar a primavera. A pele do rei começou a ganhar cor, seus olhos ganharam vida
e até seus cabelos tomaram tom.
A garota ajoelhada ao lado
dele começou a chorar de emoção quando seus olhos se encontraram.
-Eu conheço seu rosto. –ele
falou maravilhado –Éowyn. –era quase uma prece –Éowyn.
Ainda chorando Éowyn
envolveu o rosto do rei com suas mãos. Então a atenção de Théoden virou-se para
o salão.
-Gandalf? –ele falou
surpreso ao ver o mago.
-Respire o ar livre
novamente, meu amigo. –o mago falou.
O rei precisou de ajuda para
levantar-se, mas logo via-se diante de sua corte.
-Escuros têm sido meus
sonhos ultimamente. –ele falou, olhando de forma curiosa para suas mãos.
-Seus dedos iriam recordar
melhor a velha força, se eles segurassem sua espada. –Gandalf sugeriu.
Hamá aproximou-se trazendo
bainha e espada para o rei.
Théoden tocou de forma
reverente o punho de sua espada, antes de saca-la, fascinado pela lâmina.
Então, como se lembra-se de algo, seus olhos foram parar em Grima.
-Peguem esse verme. –ele
ordenou.
Dois guardas tiraram Grima
dos cuidados de Gimli e o arrastaram até a porta, de onde ele foi arremassado
escada a baixo.
-Aragorn! –Susan falou –Ele
não pode simplesmente fazer isso.
Mas o Guardião parecia ja
estar pensando a mesma coisa.
-Eu, sempre, apenas o servi,
meu lorde. –Grima estava falando, ao mesmo tempo que rastejava para longe do
rei.
-Sua bruxaria me teria feito
andar de quatro como uma fera! –o rei sibilou, cheio de ódio.
-Não me mande para longe do
seu lado. –Grima implorou.
O rei levantou a espada para
atcar Grima.
-Aragorn! –Susan chamou
alarmada.
Mais uma vez o Guardião ja
estava a frente. Ele entrou entre o rei e Grima e segurou o pulso de Théonde.
-Não, meu lorde! Não! –ele
pediu –Sangue o bastante ja foi derramado por causa dele.
Théoden abaixou a espada e
Aragorn ofereceu a mão a Grima. O homem cuspiu na mão do guardião e saiu
correndo, fugindo dali.
-Saudai, o rei Théoden! –um
dos homens gritou.
As pessoas que estiveram
assistindo a todo o drama ajoelharam-se em reverência e Aragorn seguiu o
exemplo.
Théoden parecia não estar
vendo nada disso. Olhou em volta, como se finalmente percebesse algo.
-Onde está Théodred?
–perguntou para ninguem em particular –Onde está meu filho?
XxX
O princípe Théodred morrera
naquela noite, foi o que descobriram.
Todos seguiram para o
enterro, enquanto Susan pedira a Reepicheep que se escondesse por hora. Ainda
não sabia como os Rohirrim reagiriam diante de um rato falante.
O funeral fora
devastadoramente triste. Éowyn cantara uma canção mergulhada em dor e perda.
Depois disso Gandalf ficara
para trás com o rei, que ainda estava destruído.
Éowyn, que fora apresentada
a Susan como sobrinha do rei, acompanhou a rainha até seu quarto. Não que Susan
tivesse sido apresentada como rainha. Nárnia era, por ora, um segredo.
-Espero que você não se
importe de dividir comigo, minha senhora. –Éowyn falou, olhando para o chão.
-De forma alguma, Éowyn.
–ela falou de forma gentil –Eu sinto muito por estar invadindo seu espaço.
-De forma alguma.
Mas Éowyn ainda não estava
olhando para ela. A lady parecia ser alguém muito triste, muito solitária.
-Eu poderia lhe oferecer um
vestido. –Éowyn falou de repente.
-Eu agradeceria imensamente.
–Susan falou sincera.
Éowyn providenciou um de
seus vestidos para a outra garota e ajudou-a a guardar sua armadura e vestir a
peça.
-Você luta. –Éowyn comentou.
-Sempre que não posso
evitar. –Susan falou puxando um pouco o vestido. Hum, estava levemente apertado
no peito, então ela jogou um xale em seus ombros.
-Mas você tem a escolha.
–Éowyn insistiu.
-Sim, e a capacidade. –Susan
informou –Isso faz diferença.
Éowyn abriu a boca para
dizer algo, quando uma mulher entrou correndo na sala.
-Minha senhora, encontraram
duas crianças do lado de fora. –ela falou –Seu tio pediu para você vir
imediatamente para o salão.
As duas mulheres trocaram
olhares e correram para fora do quarto.
XxX
Éowyn cuidou das duas
crianças com eficiência e carinho, alimentando-as e garantindo que estivessem
bem. Então ouviu a história deles.
-Eles não tiveram aviso
algum. –ela falou para o tio –Estavam desarmados. Agora os homens selvagens
movem-se pelo Folde Ocidental, queimando tudo pela frente. Meda, cabanas e
árvores. –ela voltou-se para cobrir a garota.
-Onde está mama? –a pequena
menina quis saber.
-Isto é apenas uma amostra
do terror que Saruman provocará. –Gandalf falou ao rei, que estava sentado em
seu trono parecendo exausto e tão velho –Ainda mais perigoso, pois traz o
terror de Sauron consigo. Precisa enfrentá-lo de frente. Afaste-o de suas
mulheres e crianças. Você deve lutar.
-Você tem dois mil bons
homens indo para o norte enquanto falamos. –Aragorn ofereceu de seu lugar a
mesa, cachimbo a mão –Eomér é leal a você. Seus homens retornarão e lutarão por
seu rei.
-Eles estarão a 300 léguas
daqui a essa hora. –Théoden declarou levantando-se e começou a andar pelo salão
–Eomér não pode nos ajudar.
Gandalf começou a
aproximar-se.
-Eu sei o que você quer de
mim. –Théoden cortou, antes que o mago falasse –Mas eu não trarei mais morte ao
meu povo. Eu não arriscarei guerra aberta.
Gimli, que estivera comendo
esse tempo todo em silêncio, lançou um olhar a Aragorn. Susan estava sendo uma
lady e ficando bem quieta entre o guardião e Boromir, embora sua língua
estivesse coçando para falar. Tinha visto Reepicheep passar por uma das vigas
no teto. Devia imaginar que o rato não conseguiria ficar longe.
-Uma guerra aberta é
iminente, quer você arrisque ou não. –Aragorn falou.
-Da última vez que eu olhei,
Théoden, e não Aragorn era rei de Rohan. –o homem retrucou irritado.
E essa foi a última gota
para Susan.
-Qual é o seu problema? –ela
falou levantando-se –Nós viemos em seu socorro e você tem sido rude e
grosseiro.
Ela nem precisava olhar para
os lados para ver a cara de Boromir ou o sorriso de Legolas.
-Escute aqui, mocinha...
-Eu entendo a sua hesitação,
guerra não é uma escolha fácil, porém no seu caso nem é uma escolha! –ela
continuou.
-O que você poderia entender
de guerras, criança? –Théoden finalmente bradou perdendo a paciência –E agora
que me ocorre: o que uma moça solteira está fazendo na companhia de um grupo de
homens?
-Perdão? –Susan falou
chocada –O que você...
-A não ser que você tenha
algum compromisso com algum deles, você não acha que está envergonhando toda
sua família? –o rei insistiu.
Aragorn fez uma careta
porque sabia que agora as coisas tinham ido longe demais.
-Como você ousa tratar minha
rainha assim!?
-Eu sabia. –Boromir bufou.
Reepicheep caiu de algum
lugar do telhado, bem diante do rei, brandindo sua espada.
-Eu exijo que retire suas
palavras imediatamente!
Éowyn tinha soltado um
gritinho assustado diante da aparição do rato, enquanto as duas crianças
assistiam maravilhadas. O rei parecia completamente chocado.
-Um rato. –a garotinha
murmurou encantada.
-Você... Fala. –o rei falou
em choque.
-Obviamente. –Reep
respondeu.
-Na verdade o problema é
faze-lo ficar quieto. –Legolas ofereceu.
-Do que ele te chamou?
–Théoden perguntou a Susan.
Gandalf bufou.
-Rei Théoden, permita apresenta-lo
a Rainha Susan, a Gentil, de Nárnia, além dos nossos mares. –ele falou –Ela foi
trazida pelo irmão para lutar ao nosso lado.
-Não que isso seja da sua
conta. –Susan falou com doçura.
Éowyn estava olhando
surpresa para Susan.
-Nárnia não existe. –Théoden
falou, ainda parcialmente paralisado pelo choque.
-Eu tenho um rato que
adoraria discordar dessa frase. –Susan falou.
Os olhos de Théoden caíram
para Reepicheep, que ainda tinha sua espada apontada para o rei.
-Agora ja chega! –Gandalf
falou firme –Théoden, qual é a decisão do rei? –ele quis saber.
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N/A: Agora o forninho caiu!!! hahaha
Reep não vai aturar ninguem falando mal de sua Rainha.
Comentários são mais que bem vindos!
Sexta tem post em Nove Meses.
B-jão
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