Capítulo 2
-Você realmente está com
tanta sede assim, Jared? –Susan provocou levemente seu cavalo, depois que o
elfo que os recebeu se retirou.
-Claro que não. –Philip, o
cavalo de Edmund, comentou, revirando os olhos –Ele só queria assustar o pobre
rapaz de orelhas pontudas.
-Bom, valeu a pena. –o outro
cavalo falou, sem um pingo de remorso.
Susan riu e empurrou para
trás o seu capuz de veludo azul. Então finalmente estavam na lendária
Rivendell. Ouvira apenas histórias da graciosidade e beleza da cidade élfica,
mas certamente o lugar fora feito de contos-de-fadas.
Elfos. Veria pela primeira
vez as criaturas que enfeitaram tantas histórias. Sua vinda a Terra-Média
parecia o alcançar de um sonho distante, mas pela surpresa do rapaz que se
deparara com Jared, os Narnianos teriam algumas coisas para mostrar a eles
também.
Sentiu olhares sobre si e
murmúrios sobre sua comitiva. De fato, três centauros e um minotauro chamavam a
atenção, principalmente se entendera bem e essas criaturas não existissem mais
ali. Imaginava como seriam quando os ratos começassem a falar...
Repentinamente sentiu um
olhar sobre si e quando ergueu os olhos deparou-se com três homens a observando
de um terraço, embora apenas um tivesse realmente capturado sua atenção, com
seus longos cabelos loiros. Encarou-o com firmeza, porque não abaixaria a
cabeça para ninguém. Até que Príncipe Cor chamou sua atenção.
-Minha Rainha? –o jovem
parecia confuso.
Susan sorriu para ele.
-Ajude-me a desmontar, sim?
O jovem abriu um enorme
sorriso e atendeu ao pedido de sua Rainha.
XxX
Quando a famosa Rainha de
Nárnia puxou seu capuz para trás Legolas sentiu-se atingido por um raio. Nunca
vira feições mais belas em uma mulher, a graça dela era quase élfica. Os
cabelos negros e a pele de porcelana pareciam brilhar ao sol, dando-lhe um ar
ainda mais angelical.
-Ela com certeza é uma bela
mulher. –Aragorn comentou ao seu lado.
-Mulher? –Gandalf falou –Não
passa de uma menina! E o outro rapaz ao lado dela! Ainda mais novo.
Nisso Legolas tinha que
concordar. Os dois pareciam mal saídos de sua adolescência, o que dizer estarem
prontos para entrarem em guerras e governar países.
-Ora, quem diria. –Bilbo
comentou do outro lado de Legolas –É o jovem Shasta que eu conheci! E ali está
Bree!
Legolas observou o jovem
rapaz de pele olivada e cabelos extremamente negros desmontar seu cavalo e
aproximar-se da Rainha. Bem nessa hora ela levantou os olhos e seu olhar
chocou-se com o do elfo. Longe de estar intimidada ela o encarou de volta, até
que o rapaz chamou seu nome e ajudou-a a desmontar.
Eles viram a comitiva
aproximar-se de Elrond, que descera para recepciona-los.
-Eu não sei vocês... –Bilbo
começou com cuidado –Mas eu quero ver e ouvir essa conversa de perto.
Os outros três homens
trocaram olhares de concordância e foram em direção aos demais.
XxX
Elrond não tinha certeza do
que via diante dos seus olhos. Aos longos de seus vastos anos ouvira histórias
e lendas sobre Nárnia, mas não era um lugar que podia dizer que conhecia ou que
algum dia conhecera alguém de la. Aos seus olhos o reino distante sempre fora
uma lenda, uma história de ninar, mas então as batalhas referentes ao Anel do
Poder também pareciam apenas isso para vários humanos de hoje.
Mas agora estava frente a
prova viva de que um lugar ainda mais fantástico do que a Terra-Média existia.
Não apenas seus cavalos falavam, mas vinham acompanhados por criaturas que ele
mesmo acreditava serem apenas lendas.
Porém o que mais o
perturbava era a idade das três figuras que tinha diante de si. Todos podiam
usar coroas e estar bem vestidos e armados, mas vira muitos homens e mulheres
em seu tempo e podia dizer com apenas um olhar que os três eram muito jovens
para os padrões humanos. Jovens demais.
O rapaz que trazia um leão
dourado em seu peito foi o primeiro a apresentar-se.
-Meus senhores. –ele
curvou-se levemente diante dele e dos outros homens que se aproximaram para ver
os visitantes –Eu sou Rei Edmund, o Justo, Duque de Lantern Waste, Conde de
Western March, e Cavaleiro da Nobre Ordem do Leão.
Elrond se perguntava como
alguém tão jovem poderia ter tantos títulos.
-E essa... –o jovem rei
pegou a mão da bela mulher ao seu lado –É minha irmã, Rainha Susan, a Gentil.
Comandante dos Arqueiros de Nárnia e Amazona da Nobre Ordem do Leão.
A Rainha abriu um sorriso
devastador e gentil para Elrond.
-Infelizmente eu não tenho
tantos títulos criativos quantos meus queridos irmãos. –ela provocou o jovem
rei suavemente.
-Susan... –ele corou de
leve.
-Eu sou Elrond, senhor de
Rivendell. –o elfo apresentou-se –E dou as boas vindas a comitiva de Nárnia.
-Permita-me apresenta-lo ao
Príncipe Cor de Archenland. –a Rainha continuou –Um dos grandes amigos de
Nárnia.
Os dois curvaram-se
respeitosamente um para o outro.
-Eu imagino que estamos em
cima da hora. –Edmund comentou, vendo todos os outros homens se reunirem nas
escadas –O que quer que vocês estavam a ponto de começar, pode ser iniciado agora
mesmo se for o caso.
-O que quer que? –Gandalf
falou em choque aproximando-se –Meu jovem, você nem ao menos sabe por que está
aqui?
Susan podia ver que a
conversa não iria terminar bem. Ser tratado como criança sempre foi enfurecedor
para seus dois irmãos. Achou melhor entrar na conversa antes que esta tomasse
uma direção errada.
-Nós fomos mandados por
alguém que enxerga além do que as pessoas normais podem ver. –ela declarou,
atraindo a atenção de todos para si –Ele nos disse que devíamos cruzar os mares
até a Terra-Média, pois vocês enfrentavam uma luta que, se perdida, afetaria Nárnia
terrivelmente. Mas não, nós são sabemos o que está acontecendo aqui. Nós
seguimos uma estrela, como nos foi ordenado, e ela nos trouxe até sua porta.
-Uma estrela? –Elrond
repetiu chocado.
-A Estrela Vespertina. –uma
voz feminina declarou entre a multidão –Ela brilha forte sobre Rivendell, é a
única que pode ter guiado vocês até nós.
Os homens abriram espaço e
uma bela mulher, vestida em um lindo vestido verde aproximou-se. Susan soube na
hora que, quem quer que fosse, era alguém de alto ranque. Não só pela bela
tiara em sua testa ou a riqueza de seu vestido, mas pelo ar de segurança que
ela tinha diante de si.
-Majestades. –ela curvou-se
educadamente diante deles –Bem vindos a Rivendell. Eu me chamo Arwen.
-Lady Arwen. –os reis e
príncipe curvaram-se diante dela.
-Pai. –a mulher virou-se
para Elrond –Eles fizeram uma longa viagem, apenas para vir ao nosso resgate.
Eu acredito que eles merecem nosso voto de confiança e o direito a entrar para
o Conselho.
Elrond ainda não parecia
feliz, mas fez que sim com a cabeça.
-Começaremos o Conselho em
duas horas. –ele declarou a todos –Arwen, mostre os aposentos aos convidados de
Nárnia e os ponha a par do que está acontecendo aqui. –então virou-se para
Edmund –Quantas cadeiras eu deveria salvar para vocês?
-Três serão suficientes.
–Edmund falou, por entre os dentes.
A tensão estava chegando a
níveis preocupantes, mas felizmente, algo inesperado a rompeu.
-Shasta?
Príncipe Cor olhou em volta
até olhar para o chão e ver uma criança... Grisalha e enrugada?
-Senhor Bilbo! –o príncipe
falou com um sorriso –Que surpresa inesperada! –então ele pareceu confuso –O
senhor parece bem mais velho do que da ultima vez que eu o vi.
-O tempo tem passado de
forma bem cruel para mim... –o simpático senhor falou.
-Cor? –Susan chamou confusa.
-Ah sim! –o rapaz pareceu
sem graça –Senhor Bilbo, permita-me apresenta-lo á Rainha Susan de Nárnia e ao
Rei Edmund. Eu conheci o senhor Bilbo do Condado quando vim explorar a
Terra-Média. E eu sinto muito ter escondido minha identidade. –ele pareceu
entristecido –Na verdade eu sou Príncipe Cor de Archenland. Shasta era o nome
que eu tinha antes.
Isso pareceu confundir Bilbo
ainda mais.
-Cor foi sequestrado ainda
bebê de seu reino. –Susan explicou –E cresceu sem saber que era príncipe e
herdeiro do trono, sendo chamado de Shasta. Nós o ajudamos a voltar ao seu
lugar de direito, dois invernos atrás.
-Essa me parece ser uma
ótima história. –Bilbo comentou interessado.
-E tenho certeza que o
Príncipe irá adorar conta-la. –Arwen interveio –Depois do Conselho.
-Ah sim, sim! –o hobbit
comentou –Conversaremos depois.
-Se vocês puderem me seguir.
–Arwen indicou um caminho para os três –Os outros irão providenciar acomodações
para seus companheiros.
Edmund ofereceu o braço a Susan,
que o aceitou delicadamente. Antes de seguir Arwen, porém, virou-se para o elfo
de cabelos loiros que não parara de encara-la e arqueou a sobrancelha, num
desafio silencioso. Em resposta ele apenas sorriu e inclinou a cabeça. Desafio
aceito.
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N/A: Ai está!
Eu fiquei bem animada com todos os comentários que eu recebi! Obrigada por mais um voto de confiança!
Eu andei tomando uma liberdades criativas nessa fic, espero não estar exagerando... rs
Eu peço desculpas pelos erros, mas nada está sendo betado, então ja viu. Ja me foi indicado q eu não sei usar vírgulas, então... hahahaha
COMENTEM!
B-jão