quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Senhora de Nárnia - Capítulo 2

Capítulo 2

-Você realmente está com tanta sede assim, Jared? –Susan provocou levemente seu cavalo, depois que o elfo que os recebeu se retirou.

-Claro que não. –Philip, o cavalo de Edmund, comentou, revirando os olhos –Ele só queria assustar o pobre rapaz de orelhas pontudas.

-Bom, valeu a pena. –o outro cavalo falou, sem um pingo de remorso.

Susan riu e empurrou para trás o seu capuz de veludo azul. Então finalmente estavam na lendária Rivendell. Ouvira apenas histórias da graciosidade e beleza da cidade élfica, mas certamente o lugar fora feito de contos-de-fadas.

Elfos. Veria pela primeira vez as criaturas que enfeitaram tantas histórias. Sua vinda a Terra-Média parecia o alcançar de um sonho distante, mas pela surpresa do rapaz que se deparara com Jared, os Narnianos teriam algumas coisas para mostrar a eles também.

Sentiu olhares sobre si e murmúrios sobre sua comitiva. De fato, três centauros e um minotauro chamavam a atenção, principalmente se entendera bem e essas criaturas não existissem mais ali. Imaginava como seriam quando os ratos começassem a falar...

Repentinamente sentiu um olhar sobre si e quando ergueu os olhos deparou-se com três homens a observando de um terraço, embora apenas um tivesse realmente capturado sua atenção, com seus longos cabelos loiros. Encarou-o com firmeza, porque não abaixaria a cabeça para ninguém. Até que Príncipe Cor chamou sua atenção.

-Minha Rainha? –o jovem parecia confuso.

Susan sorriu para ele.

-Ajude-me a desmontar, sim?

O jovem abriu um enorme sorriso e atendeu ao pedido de sua Rainha.

XxX

Quando a famosa Rainha de Nárnia puxou seu capuz para trás Legolas sentiu-se atingido por um raio. Nunca vira feições mais belas em uma mulher, a graça dela era quase élfica. Os cabelos negros e a pele de porcelana pareciam brilhar ao sol, dando-lhe um ar ainda mais angelical.

-Ela com certeza é uma bela mulher. –Aragorn comentou ao seu lado.

-Mulher? –Gandalf falou –Não passa de uma menina! E o outro rapaz ao lado dela! Ainda mais novo.

Nisso Legolas tinha que concordar. Os dois pareciam mal saídos de sua adolescência, o que dizer estarem prontos para entrarem em guerras e governar países.

-Ora, quem diria. –Bilbo comentou do outro lado de Legolas –É o jovem Shasta que eu conheci! E ali está Bree!

Legolas observou o jovem rapaz de pele olivada e cabelos extremamente negros desmontar seu cavalo e aproximar-se da Rainha. Bem nessa hora ela levantou os olhos e seu olhar chocou-se com o do elfo. Longe de estar intimidada ela o encarou de volta, até que o rapaz chamou seu nome e ajudou-a a desmontar.

Eles viram a comitiva aproximar-se de Elrond, que descera para recepciona-los.

-Eu não sei vocês... –Bilbo começou com cuidado –Mas eu quero ver e ouvir essa conversa de perto.

Os outros três homens trocaram olhares de concordância e foram em direção aos demais.

XxX

Elrond não tinha certeza do que via diante dos seus olhos. Aos longos de seus vastos anos ouvira histórias e lendas sobre Nárnia, mas não era um lugar que podia dizer que conhecia ou que algum dia conhecera alguém de la. Aos seus olhos o reino distante sempre fora uma lenda, uma história de ninar, mas então as batalhas referentes ao Anel do Poder também pareciam apenas isso para vários humanos de hoje.

Mas agora estava frente a prova viva de que um lugar ainda mais fantástico do que a Terra-Média existia. Não apenas seus cavalos falavam, mas vinham acompanhados por criaturas que ele mesmo acreditava serem apenas lendas.

Porém o que mais o perturbava era a idade das três figuras que tinha diante de si. Todos podiam usar coroas e estar bem vestidos e armados, mas vira muitos homens e mulheres em seu tempo e podia dizer com apenas um olhar que os três eram muito jovens para os padrões humanos. Jovens demais.

O rapaz que trazia um leão dourado em seu peito foi o primeiro a apresentar-se.

-Meus senhores. –ele curvou-se levemente diante dele e dos outros homens que se aproximaram para ver os visitantes –Eu sou Rei Edmund, o Justo, Duque de Lantern Waste, Conde de Western March, e Cavaleiro da Nobre Ordem do Leão.

Elrond se perguntava como alguém tão jovem poderia ter tantos títulos.

-E essa... –o jovem rei pegou a mão da bela mulher ao seu lado –É minha irmã, Rainha Susan, a Gentil. Comandante dos Arqueiros de Nárnia e Amazona da Nobre Ordem do Leão.

A Rainha abriu um sorriso devastador e gentil para Elrond.

-Infelizmente eu não tenho tantos títulos criativos quantos meus queridos irmãos. –ela provocou o jovem rei suavemente.

-Susan... –ele corou de leve.

-Eu sou Elrond, senhor de Rivendell. –o elfo apresentou-se –E dou as boas vindas a comitiva de Nárnia.

-Permita-me apresenta-lo ao Príncipe Cor de Archenland. –a Rainha continuou –Um dos grandes amigos de Nárnia.

Os dois curvaram-se respeitosamente um para o outro.

-Eu imagino que estamos em cima da hora. –Edmund comentou, vendo todos os outros homens se reunirem nas escadas –O que quer que vocês estavam a ponto de começar, pode ser iniciado agora mesmo se for o caso.

-O que quer que? –Gandalf falou em choque aproximando-se –Meu jovem, você nem ao menos sabe por que está aqui?

Susan podia ver que a conversa não iria terminar bem. Ser tratado como criança sempre foi enfurecedor para seus dois irmãos. Achou melhor entrar na conversa antes que esta tomasse uma direção errada.

-Nós fomos mandados por alguém que enxerga além do que as pessoas normais podem ver. –ela declarou, atraindo a atenção de todos para si –Ele nos disse que devíamos cruzar os mares até a Terra-Média, pois vocês enfrentavam uma luta que, se perdida, afetaria Nárnia terrivelmente. Mas não, nós são sabemos o que está acontecendo aqui. Nós seguimos uma estrela, como nos foi ordenado, e ela nos trouxe até sua porta.

-Uma estrela? –Elrond repetiu chocado.

-A Estrela Vespertina. –uma voz feminina declarou entre a multidão –Ela brilha forte sobre Rivendell, é a única que pode ter guiado vocês até nós.

Os homens abriram espaço e uma bela mulher, vestida em um lindo vestido verde aproximou-se. Susan soube na hora que, quem quer que fosse, era alguém de alto ranque. Não só pela bela tiara em sua testa ou a riqueza de seu vestido, mas pelo ar de segurança que ela tinha diante de si.

-Majestades. –ela curvou-se educadamente diante deles –Bem vindos a Rivendell. Eu me chamo Arwen.

-Lady Arwen. –os reis e príncipe curvaram-se diante dela.

-Pai. –a mulher virou-se para Elrond –Eles fizeram uma longa viagem, apenas para vir ao nosso resgate. Eu acredito que eles merecem nosso voto de confiança e o direito a entrar para o Conselho.

Elrond ainda não parecia feliz, mas fez que sim com a cabeça.

-Começaremos o Conselho em duas horas. –ele declarou a todos –Arwen, mostre os aposentos aos convidados de Nárnia e os ponha a par do que está acontecendo aqui. –então virou-se para Edmund –Quantas cadeiras eu deveria salvar para vocês?

-Três serão suficientes. –Edmund falou, por entre os dentes.

A tensão estava chegando a níveis preocupantes, mas felizmente, algo inesperado a rompeu.

-Shasta?

Príncipe Cor olhou em volta até olhar para o chão e ver uma criança... Grisalha e enrugada?

-Senhor Bilbo! –o príncipe falou com um sorriso –Que surpresa inesperada! –então ele pareceu confuso –O senhor parece bem mais velho do que da ultima vez que eu o vi.

-O tempo tem passado de forma bem cruel para mim... –o simpático senhor falou.

-Cor? –Susan chamou confusa.

-Ah sim! –o rapaz pareceu sem graça –Senhor Bilbo, permita-me apresenta-lo á Rainha Susan de Nárnia e ao Rei Edmund. Eu conheci o senhor Bilbo do Condado quando vim explorar a Terra-Média. E eu sinto muito ter escondido minha identidade. –ele pareceu entristecido –Na verdade eu sou Príncipe Cor de Archenland. Shasta era o nome que eu tinha antes.

Isso pareceu confundir Bilbo ainda mais.

-Cor foi sequestrado ainda bebê de seu reino. –Susan explicou –E cresceu sem saber que era príncipe e herdeiro do trono, sendo chamado de Shasta. Nós o ajudamos a voltar ao seu lugar de direito, dois invernos atrás.

-Essa me parece ser uma ótima história. –Bilbo comentou interessado.

-E tenho certeza que o Príncipe irá adorar conta-la. –Arwen interveio –Depois do Conselho.

-Ah sim, sim! –o hobbit comentou –Conversaremos depois.

-Se vocês puderem me seguir. –Arwen indicou um caminho para os três –Os outros irão providenciar acomodações para seus companheiros.


Edmund ofereceu o braço a Susan, que o aceitou delicadamente. Antes de seguir Arwen, porém, virou-se para o elfo de cabelos loiros que não parara de encara-la e arqueou a sobrancelha, num desafio silencioso. Em resposta ele apenas sorriu e inclinou a cabeça. Desafio aceito.

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N/A: Ai está!
Eu fiquei bem animada com todos os comentários que eu recebi! Obrigada por mais um voto de confiança!

Eu andei tomando uma liberdades criativas nessa fic, espero não estar exagerando... rs

Eu peço desculpas pelos erros, mas nada está sendo betado, então ja viu. Ja me foi indicado q eu não sei usar vírgulas, então... hahahaha

COMENTEM!

B-jão

sábado, 11 de outubro de 2014

A Senhora de Nárnia - Capítulo 1



Capítulo 1

-Eu digo que devemos começar esse Conselho de uma vez!

-Eu concordo! Todos os representantes estão aqui, para que essa demora?

-Nós aguardamos os Narnianos! Eles ainda não chegaram.

-Nós sequer sabemos se eles existem! Como podemos saber que eles chegarão?

-Eu e Lady Galadriel previmos a chegada deles, vocês ousam duvidar de nós?

Gandalf, o Cinzento, pitou seu cachimbo mais uma vez e soltou um riso seco.

-Eles ainda estão discutindo? –Aragorn, filho de Arathorn e herdeiro de Isildur, perguntou, sentando-se ao lado do mago.

-Eu duvido que vá terminar tão cedo. –Gandalf falou –Elrond insiste que os Narnianos estão vindo, mas a maioria duvida sequer que eles existam, e portanto, não teriam como aparecer.

-O que você acha? –o guardião quis saber.

Gandalf pitou silenciosamente por alguns segundos, pensativo.

-Eu confio nas visões de Elrond e Galadriel. –falou por fim –Acredito que eles vêm além do que qualquer um de nós, mas... São tempos perigosos. Talvez eles até estivessem a caminho, mas nada garante que eles irão chegar.

Aragorn fez um sinal de entendimento e só então percebeu o pequeno homem fumando ao lado de Gandalf.

-Ora, que falta de educação a minha. –o mago falou –Aragorn, esse é Bilbo Baggins, do Condado. Bilbo, esse é Aragorn, filho de Arathorn. Foi ele quem acompanhou Frodo até aqui.

O hobbit idoso deu um sorriso caloroso para Aragorn e estendeu uma mão pequenina e enrugada.

-Muito prazer, meu jovem. Obrigado por cuidar do meu querido sobrinho.

-A honra foi toda minha. –Aragorn falou honestamente.

Bilbo voltou os olhos para o grupo que ainda discutia.

-Quanto tempo eles ainda vão perder nisso? –perguntou, claramente incomodado.

-Bilbo diz ter conhecido um Narniano alguns anos atrás. –Gandalf comentou com Aragorn –Ele está animado coma ideia de conhecer um de seus reis.

-Um dos? –Aragorn perguntou confuso.

Antes que Bilbo pudesse explicar, um dos elfos envolvidos na discussão afastou-se do grupo em direção a eles.

-Desistiu, Legolas? –Aragorn perguntou em bom humor.

Legolas Greenleaf, príncipe de Mirkwood, revirou os incríveis olhos azuis.

-Eles que percam o tempo discutindo. –o elfo declarou –Eu me cansei.

-Então aproxime-se. –Gandalf chamou –Bilbo estava prestes a nos contar o que sabe sobre Nárnia.

-Não pense que não escuto o sarcasmo em sua voz, Gandalf. –Bilbo falou, jogando um olhar ao mago, que teria sido intimidante, se Bilbo não chegasse só até a cintura de Gandalf.

Legolas e Aragorn trocaram olhares divertidos.

-Vamos, Bilbo. –Legolas pediu –Conte-nos o que sabe.

-Já que o mestre elfo pediu tão educadamente... –o hobbit falou, com grande importância –Foi há dois anos trás que eu conheci esse rapaz, em Bree, quando preparava as coisas para minha festa e minha jornada. Ele me disse que seu nome era Shasta e que viajava em busca de conhecimento antes de retornar para Nárnia, o lugar mais belo que ele conhecia.

-Não muito humilde da parte dele. –Gandalf resmungou.

-Mas eu mesmo fiquei encantado com a descrição dele! –Bilbo comentou animado, não havia nada que o hobbit gostasse mais que uma plateia –As florestas verdejantes, o mar como uma pedra preciosa... Árvores que dançam e prados repletos de criaturas fascinantes e animais que falam!

-Falam? –Aragorn arqueou a sobrancelha.

O hobbit riu.

-Essa foi exatamente minha reação, mestre Aragorn, até ele me apresentar seu cavalo!

Dessa vez três pares de olhos chocados viraram-se para Bilbo.

-Sim, eu sei que parece estranho. Eu mesmo ri quando ele falou de me apresentar tal ser, mas quando ele começou a falar, falar, comigo eu tive que acreditar. O mais engraçado? O cavalo também se chamava Bree!

-E o que esse Shasta e seu cavalo Bree lhe contaram? –Aragorn pediu, agora curioso, embora a história ainda parecesse extremamente fantasiosa.

-Que Nárnia ficava além mar daqui. Que la homens e criaturas vivem vem paz, sob o reinado dos Quatro Reis.

-Quatro reis? –Gandalf comentou.

-Sim, dois irmãos e duas irmãs. Juntos eles governam no que é conhecido como a Era de Ouro. Ele não tinha elogios o bastante para seus soberanos, sobre tudo sobre a Rainha Gentil, como ele a chamava. Disse ser a mulher mais bela que já vira e dona de um coração de ouro. Também falou do Grande Rei e...

-Certo, Bilbo, acho que você já fumou demais. –Gandalf declarou impaciente, tirando o cachimbo da mão do amigo.

Bilbo lhe lançou outro olhar venenoso.

Legolas ainda sorria quando seu ouvido captou um som distante.

-O que foi, Legolas? –Aragorn perguntou, tendo percebido o silêncio do amigo.

-Eu ouço som de trombetas. –ele falou –Mas não é nenhum som que eu conheça.

Dessa vez as trombetas soaram mais perto e até Aragorn ouviu.

-O que é isso? –Bilbo perguntou curioso.

-Aparentemente visitantes. Só nos resta saber de onde. –Gandalf falou.

Um elfo vigia aproximou-se correndo de onde Elrond estava parado, também ouvindo o som das trombetas.

-Mestre Elrond, os Narnianos estão aqui. –ele falou, então pareceu hesitar –E... O cavalo da Rainha falou que deseja água.

-Ahá! –Bilbo comemorou –Nunca duvide de um hobbit. –e com isso tomou seu cachimbo de volta.


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N/A: Estamos começando a entrar oficialmente em território do filme. Brace yourselves!

Vamos ter muitos personagens sendo machistas e babacas no próximo capítulo. Sejam fortes, meninas! hahaha

Comentem!

B-jão

Um Ano Com Você - E abril de novo...

E abril de novo...

35 dias depois...

-Bom dia, Caro.

-Bom dia, Darcy. –a ruiva sorriu –Você chegou bem a tempo. O homem ta num humor daqueles.

Darcy arqueou a sobrancelha.

-O que aconteceu?

-Stark. –foi a explicação da outra.

Darcy revirou os olhos.

-Um dia desses Tony vai matar meu Phil de preocupação e eu vou ter que deixar sua irmã viúva.

-Fique a vontade. –Carolina retrucou, então abriu um sorriso maldoso –Seu Phil, hein?

-Não vem que não tem, Carolina Potts. –Darcy retrucou –Que eu sei muito bem que você anda aterrorizando qualquer ser do sexo feminino que mencione o nome do Barnes.

-Não sei do que você está falando. –a outra cruzou os braços –Eu e o James estamos num relacionamento aberto.

-Eu acredito nessa o dia que vocês pararem com os ataques de ciúme. Os dois.

Caro bufou.

-Vai ver seu homem, vai. Ele precisa almoçar.

-E ele vai. Comigo, no mundo real.

Tendo declarado isso Darcy entrou na sala e encontrou Phil praticamente soterrado de papéis.

-Ja falei que não estou pra ninguém, Caro. –ele falou, sem nem olhar para a porta.

-Nem pra mim, Philzinho?

Phil levantou a cabeça na hora e abriu um sorriso exausto.

-Darcy, que bom te ver.

O jeito que ele falava isso, com tanta alegria, fazia o coração de Darcy derreter ainda mais por ele. Não que ele precisasse de ajuda nesse aspecto.

Depois que os dois conseguiram levantar do chão da montanha (ou melhor, depois que Bones sossegou o bastante para que eles se levantassem) Phil levou Darcy para jantar e os dois passaram o fim de semana grudados.

Podia ser que Darcy ja o tivesse perdoado quase cem por cento, mas ela não estava afirmando nada!

-Que bom te ver também, querido. Agora vamos almoçar.

Phil franziu o cenho.

-Eu não posso. Eu tenho que terminar esse relatório. –ele falou sério.

-Tem nada. –ela deu a volta na mesa dele e começou a puxa-lo pelo braço –Vamos, que eu tenho reserva numa restaurante e não podemos chegar atrasados.

-Mas e a Hill?

-Hill ta tendo um almoço de negócios/pegação na sala dela com o Steve. –Darcy falou –Mas não diga que eu te contei. Vamos almoçar.

-Darcy...

-Phil, fica quieto e obedece.

Ele abriu um pequeno sorriso.

-Sim, senhorita.

-Bom menino. –ela deu um tapinha na cabeça dele.

Antes de eles saírem da sala Phil colocou a mão na cintura de Darcy e puxou-a para ele.

-Oi. –ela falou sorrindo ao encontrar os olhos dele.

-Eu ja te falei que te amo hoje?

-Sim, de manhã. –ela ofereceu –Mas pode falar de novo já e antes de dormir e depois do se...

Phil deu um beijo em Darcy para cala-la.

-Te amo. –ele declarou.

-Também te amo, Phil. Não só pelo ótimo sexo.

Phil revirou os olhos.

-O que eu faço com você? –ele perguntou num gemido sofrido, apoiando a testa no ombro dela.


-Você ja ta fazendo. –ela declarou jogando os braços por cima dos ombros dele –Me amando.

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N/A: Eba!!! Terminou *-*

Tudo lindo e feliz, porque valeu a pena! hahaha

To pensando numa one-shot do Halloween no ponto de vista do Phil (ah aquela fantasia de gambá...) e uma shot CaroXBucky. Opiniões??

B-jão

A Dama Vingadora - Capítulo 12


Capítulo 12

Steve sentia como se seu coração fosse explodir. O elevador parecia estar demorando séculos para subir e Jarvis o estava ignorando. Sam perguntou se ele estava bem e porque estava falando com as paredes. Isso devia ser coisa da Toni, do mesmo jeito que ignorar suas ligações era coisa dela.

Quando Nat ligara dizendo que Bucky... Que o Soldado Invernal podia estar indo atrás de Toni, Steve teve que voltar para Nova York o mais rápido possível. Não podia deixar Stark sozinha para lidar com as consequências de ações que eram dele.

Fora isso não tinha ideia de qual seria o estado de Bucky... Do Soldado, agora que sua organização tinha desabado.

O elevador parou na cobertura (que não era o andar que ele selecionara) e abriu as portas.

Steve e Sam saíram na sala e lá estava Toni, gloriosa num daqueles terninhos que sempre usava, conversando com alguém.

-Obrigada por tudo, doutor. –ela estava falando para o homem sentado.

-Que tudo? –ele retrucou –Eu não fiz nada além de examinar o cara, o que eu podia ter feito até drogado.

-Bom, não é culpa sua que o tranquilizante não funcionou. –Toni falou dando de ombros –Nenhum deles.

-Pena que você não me deixou tentar o de elefante. –o homem comentou levantando-se –E quando você achar um que faça esse cara dormir, não deixe de me avisar.

Toni riu e apertou a mão dele. Foi então que Steve percebeu que o homem estava apoiado em uma bengala. (1) O olhar da bilionária finalmente foi parar nos dois na porta, mas ela não disse nada.

-Eu posso pedir para o Happy te levar para onde você quiser. –Toni ofereceu ao homem, acompanhando-o até a porta do elevador.

-Não. Eu estou de moto. –ele disse, também ignorando os dois.

-Divirta-se, doutor. - Toni entregou a ele uma garrafa de algo que parecia muito whisky e parecia ser caro.

-Eu não sou mais médico. –ele falou aceitando a garrafa –Eu nem to vivo.

-Sorte a sua.

Toni colocou o doutor dentro do elevador, despediu-se e continuou ignorando Steve. Sam parecia estar ficando cada vez mais ansioso e o Capitão não tinha certeza de como agir.

-Toni... –Steve chamou com cuidado.

-Jarvis, ativar. –ela falou.

Do nada, pedaços da armadura começaram a voar, cobrindo Toni e deixando a Dama de Ferro na sala. E então, dita Dama virou um tapa na cara de Steve que o mandou voando contra uma parede do outro lado da sala.

-Isso foi muito gratificante. –ela declarou para ninguém em particular, então virou-se para Sam e a placa que cobria seu rosto levantou-se, revelando olhos castanhos e curiosos –E quem é você?

-Sam Wilson, senhorita. –ele falou, sem saber o que fazer, seu olhar escapando para onde Steve tinha caído.

-E o que você está fazendo na minha Torre? –Toni quis saber.

-O Capitão me trouxe. –ele dedurou na hora.

-Tinha que ser. –Toni revirou os olhos. De repente a armadura abriu-se e Toni “desceu” dela, como se nada tivesse acontecido –Toni Stark.

-Eu sei quem você é. –Sam falou.

-Todo mundo sabe. –ela jogou por cima do ombro, indo em direção ao bar –Quer algo pra beber?

Sam estava jogando um olhar preocupado para Steve que estava se levantando.

-Hum... Por a armadura só pra bater em alguém é exagero, né? –ele falou com cuidado.

-Não se esse “alguém” for o Capitão América. –Toni falou, colocando algo em um copo –Se eu tivesse só dado um tapa nele provavelmente teria quebrado a minha mão. Ou minha unha.

-Por que eu apanhei? –Steve quis saber.

Toni fuzilou-o com o olhar.

-Eu acho que você sabe muito bem porque. –ela informou.

-Nat e eu achamos...

Toni colocou a garrafa com tanta força no balcão que foi um milagre ela não ter quebrado.

-Então agora é “Nat e eu”? Bom saber, Picolé. –ela falou por entre os dentes.

Steve suspirou.

-Eu não sei qual o seu problema, Toni.

Sam, que a essa altura do campeonato ja estava entendendo muito bem qual era o problema, estava fazendo gestos para Steve se calar. O super soldado não estava entendendo a mensagem.

-Nós tivemos uma situação muito séria, eu admito. –Steve continuou, sem perceber que estava caminhando em gelo fino –Talvez houvessem formas mais simples de termos lidado com isso, mas nós achamos melhor não envolver vocês. Deixa-los seguros.

-Seguros? Você ta louco, Steve? –ela bradou, deixando a bebida para lá –Enquanto você estava passeando pra lá e pra cá com a Natasha, o Bruce está se escondendo do mundo e nós não tínhamos de ideia do que estava acontecendo com vocês.

-Ah então esse é o seu problema. –Steve rebateu –Que o Bruce não está aqui. Eu não tenho culpa que ele foi embora.

-Eu escondi o Bruce, seu idiota. –ela falou irritada –Pra protege-lo da SHIELD e aparantemente foi uma ótima ideia.

-Tinha que ser você, Toni! Se o Bruce e a Pepper estão a salvo o resto do mundo pode explodir, né?

-E você e a Natasha tem que moral? Vocês sumiram e nos deixaram sem nem saber o que estava acontecendo!

-Nós não estávamos tirando férias, Toni! Nós dois quase morremos várias vezes.

-E você acha que eu fiquei aqui fazendo o que? Atualizando meu twitter? Eu estive aqui, recebendo ligações de pessoas querendo explicações que eu nem tenho como dar, porque eu não sei de nada! E de repente a Hill vem bater na minha porta e pedir emprego, o Phil ainda ta sumido. Eu tive uma conversa com um tal de Superman, e só pra você saber, ele é bem mais gostoso que você...

Sam estava acompanhando a coisa toda com muito interesse. Ele estava achando que Steve tinha algo com Natasha, mas esses dois discutiam como um casal de 80 anos.

-E pra completar essa palhaçada, eu ainda to de babá do seu best, enquanto você ta fazendo sabe Deus o que. –ela jogou as mãos pra cima.

-O que você disse? –Steve perguntou chocado.

-Ah, nisso você tá interessado né? –Toni abandonou sua bebida –Eu estou cuidado do seu amiguinho Soldado Invernal, Rogers.

-Toni, ele é perigoso! –Steve aproximou-se dela –Você está bem? Ele te feriu?

Toni fez um gesto de dispensa com a mão.

-Não seja ridículo. Claro que ele não me machucou. –ela revirou os olhos –Ele está bem. O cara que acabou de sair daqui é médico e examinou nosso amigo. Ele não é muito de falar, mas pelo menos não ta fazendo bagunça.

Steve pegou Toni pelos ombros.

-Eu preciso falar com ele. –falou sério.

-Não vai rolar, querido. –Toni informou afastando-se.

-Por que? –Steve quis saber.

-Ele até chegou querendo falar com você. –ela contou –Mas mudou de ideia por algum motivo. Ele tem dias não muito sociáveis e hoje é um deles. Além disso ele só aceita falar comigo, a Cora e a Jane, por algum motivo.

-Porque ele não vê as duas como ameças, é óbvio, Toni. –Steve bufou –Ele pode estar te manipulando.

-Eu achei que ele era seu amigo e você queria que ele se recuperase. –Toni arqueou a sobrancelha.

Steve parou de falar na hora. Qual era o problema dele? Sim, queria entender o que estava errado com Bucky e queria ajuda-lo. Então por que de repente estava recriminando-o?

-Eu só... –Steve respirou fundo –Eu só estou preocupado com a segurança das pessoas, Toni.

-Uma graça da sua parte se preocupar, Rogers. –ela falou irônica –E tarde também, porque você sumiu sem dar satisfações. Ozzy não quer falar com você hoje, talvez ele fale amanhã.

-Ozzy? –Sam perguntou confuso.

-Ah, ele não tem um nome. –Toni falou –E não quer ser chamado de James ou Bucky porque ainda se sente confuso. Como eu não vou ficar chamando o moço de “Soldado” eu dei um nome novo pra ele.

-Ozzy? –Sam repetiu.

-É. Tipo Ozzy Osbourne, branquelo, cabeludo e cara de louco.

Sam explodiu em risadas.

-Toni, eu quero falar com ele. –Steve falou.

-Amanhã, se ele quiser falar com você. –ela falou de forma firme –Ele está confuso e precisa de ajuda, Steve. Você entrar la pode atrapalhar tudo. Já não me basta o Thor que não sossega por causa dele.

-Toni...

-Agora, se você me dá licença, eu vou trazer o Bruce de volta pra casa. –ela jogou o cabelo por sobre os ombros e saiu dali.

-Você não me disse que tinha alguma coisa com Toni Stark. –Sam falou ainda rindo.

Alguma coisa... Aí estava uma boa definição. O olhar de Steve foi parar no balcão. Toni tinha deixado seu copo para trás.

Cheio.

XxX

Lar, doce...

Jesus amado, por que ele estava voltando?

Toni provavelmente ia querer mata-lo por não ter voltado antes. Aliás, teria que fugir de Natasha também, porque se ela soubesse que ele sabia o plano de Fury desde o começo e não contara para ela...

Bom, ele também não estava na África brincando. Sua missão era muito séria e só saíra de lá porque tinha sido concluída com sucesso.

O Gavião era esse tipo de agente. Bem sério.

Clint por outro lado...

Talvez ainda conseguisse se enfiar em algum cargueiro, cruzar a fronteira para o México, bater as asas e vazar dali, qualquer coisa. Era uma pessoa de ação, por isso a SHIELD servia tão bem para ele, mas Clint também era humano, com defeitos, dificuldades e problemas.

Clint também era uma pessoa com o apartamento deserto. Tipo, não tinha nada comestível ali.

-Jarvis? –ele chamou –Por que eu to sem comida?

-Boa noite, Agente Barton. –o IA respondeu com educação demais –A senhorita Stark ordenou que tirassem toda a comida do seu apartamento, da Agente Romanoff e do Capitão Rogers porque não sabíamos quanto tempo ia demorar até que vocês voltassem. Como você voltou sem avisar, não pudemos providenciar nada. Amanhã sua cozinha deve estar abastecida.

Ele tinha a leve impressão de que Jarvis estava se divertindo com a situação. Tinha como? Ele era a inteligência artificial mais estranha que Clint já vira. Se bem que... Toni tinha criado Jarvis, então devia ser esperado.

-Muito gentil da sua parte, Jarvis. –o arqueiro retrucou com sarcasmo –Enquanto isso eu vou subir para comer alguma coisa. Ou eu não tenho mais permissão para os andares comunais?

-Eu vou verificar, Agente Barton. –foi a resposta imediata, então alguns minutos se passaram até que... –Sim, você ainda tem permissão.

Toni era insuportável. E Jarvis estava logo atrás.

Clint deixou as bolsas no meio de sua sala e subiu até o andar comunal, onde a cozinha era certamente bem estocada.

Desceu do elevador e deu de cara com a última pessoa que queria ver na vida. E na qual mais pensara enquanto estivera longe.

-Darcy. –chamou.

A garota pulou, fazendo os marshmallows dentro do saco que segurava espalharem-se pelo chão da cozinha. Não que Clint estivesse prestando atenção em outra coisa que não fosse ela. Ela estava usando uma camiseta gigante do Texas Longhorns, que tinha cara de já ter visto dias melhores e chegava apenas até a metade das coxas. Também estava usando meias de cores e comprimentos diferentes e seu cabelo estava preso num rabo/coque que era a imagem do desleixo e óculos.

Clint nunca tinha visto Darcy mais bonita.

-Clint? –ela chamou chocada –É você?

Ele poderia ter feito mil piadinhas nesse momento, mas estava tão aliviado em vê-la bem.

-Sim, sou eu mesmo.

Darcy correu para o arqueiro e jogou os braços em volta do pescoço dele.

-Meu Deus! Eu fiquei tão preocupada com você! -ela falou apertando-o mais contra si –Eu comecei a achar que você não ia voltar mais.

-Eu estava numa missão, Darcy. –ele falou, apertando-a de volta –Eu não podia sair.

Darcy afastou-se de repente, seus olhos estreitando-se.

-Você sumiu por mais de um mês. –ela falou cheia de acusação.

-Era uma missão muito séria e secreta. Eu tive que...

E de repente Darcy o estava estapeando.

-Darcy! –ele falou tentando segura-la –Para com isso!

-Para o cacete! –ela falou acertando mais um tapa no arqueiro –Você é muito cara de pau de sumir desse jeito e voltar como se nada tivesse acontecido! Você tem ideia de tudo pelo que nós passamos aqui?

-Claro que eu tenho! –ele falou.

Darcy parou de repente.

-Você sabia o que estava acontecendo aqui? –ela sibilou.

Oh não...

-Sabia, mas...

E ela partiu para cima dele de novo.

-Eu não acredito! –Darcy esbravejou –Todos os dias que nós passamos morrendo de preocupação, na frente da tv... –mais um tapa –Eu achei que você estava morto numa vala!

-Eu não podia voltar antes! –ele se defendeu –Eu tinha uma missão...

-Que se foda a sua missão, Barton! –ela esbravejou –Você não pode fazer esse tipo de coisa comi... Com a gente!

Darcy era fortinha para uma menina daquele tamanho e Clint não queria machuca-la, mas também não queria ficar apanhando.

Conseguiu segurar as mãos de Darcy e virou-a, colocando as costas dela contra seu peito e segurando os pulsos dela cruzados sobre sua barriga.

-Darcy, calma. –ele pediu.

-Calma seu focinho. –ela falou tentando se soltar –Assim que eu sair dessa você vai ver...

Ele apertou-a mais contra si.

-Darcy, eu estou de volta. –ele falou de forma firme, mas gentil –Eu sei que sumi, mas era importante, por uma boa causa. Desculpa se eu deixei você preocupada. Por favor, não me bata mais.

Esperou ela falar alguma coisa, qualquer coisa, mas ela apenas foi se acalmando, respiração se normalizando, até estar bem de novo.

-Pode me soltar. –ela falou por fim.

Clint soltou-a devagar.

-Agora que você acalmou...

Mais uma vez ele não completou a frase. Dessa vez foi porque Darcy acertou um murro bem no meio do nariz dele que o fez ver estrelas.

-Bem vindo de volta, Barton. –ela falou com falsa doçura, antes de sair andando.

-Que maravilha... –ele falou num suspiro.

E pensar que tinha voltado por ela...

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N/A: Foi curtinho, mas foi cute, vai! hahahaha

(1)   Adivinha quem? Doutor House, sempre lindo e resmungão!

Comentem!

B-jão