segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Você Sabe Que Me Ama - Capítulo 4 (parte 3)



***

A mini-reunião com McGonagall correu bem, como esperado. Não havia um grande drama a ser discutido e nenhum problema. Por enquanto. Hogwarts tinha um talento natural para coisas estranhas e cedo ou tarde alguma ia acontecer. No primeiro ano de Lily como monitora alguém tinha enfeitiçado todos os vasos sanitários para morderem os alunos. Os Marotos juravam que não tinham sido eles, Lily não acreditava muito.

-Eu estou te falando, Evans, nós vamos virar lendas nessa escola. –James estava falando animado enquanto iam voltando –A melhor dupla de Monitores-Chefes que já existiu.

A ruiva revirou os olhos.

-Menos, Potter. Essa é a primeira semana. –ela alertou –Você não tem ideia do que ainda pode, e muito provavelmente vai, acontecer.

-Relaxa, Lily. –James falou sem um pingo de preocupação –Agora que eu e os Marotos estamos fora do ramo de... Marotagem, as coisas serão bem mais tranquilas.

Lily estreitou os olhos.

-Isso não é nada reconfortante, Potter.

James arregalou os olhos, finalmente percebendo o que acabara de falar. Ou melhor: de confessar.

-Você me entendeu errado, Lily! –ele falou na hora –Eu e os meninos nunca fizemos nada de muito errado... Ou um pouco errado. Nós... Hum... Somos perfeitos anjos.

A cara dela mostrava claramente sua opinião dessa frase.

James já estava pensando em todas as formas que ele poderia concertar essa conversa quando alguém chamou Lily. A ruiva virou-se com um sorriso no rosto, dando de cara com Amos Diggory.

Ah Merlin! Só podia ser uma piada né?

-Amos!

O queixo de James desabou com a intensidade do sorriso que Lily estava oferecendo àquele babaca.

James não gostava de Diggory. Nem Sirius. E o Lufo obviamente não gostava deles. Era coisa de homem. Amos era o mais próximo que eles tinham de “concorrência”: o outro era tão inteligente quanto eles, tinha boa aparência (de acordo com as meninas), grana e jogava quadribol muito bem.

Sirius odiava o outro mais que James. A teoria era que o motivo de tanto ódio era o fato de Amos ter sido o único namorado sério que Verona já tivera. Sirius negava isso tudo, mas James tinha suas dúvidas.

Se bem que, no momento, James estava odiando muito Amos.

-Como você está? –ele estava perguntando para Lily.

Os dois se abraçaram! Desde quando eles tinham essa intimidade? Isso era um absurdo!

-Eu estou bem. –ela ainda estava sorrindo –E você?

Amos pareceu pensar por um minuto, então seu olhar finalmente foi parar em James.

-Potter, eu preciso falar com a Lily. Você poderia nos dar licença? –era meio óbvio que não era um pedido educado, era uma dica pra ele sair já.

James espreguiçou-se calmamente.

-Eu tenho certeza de que não há nada que você queira falar para a Lily que eu não possa ouvir. –ele falou com calma –Nós somos parceiros e tal. Até dividimos um dormitório, sabe.

Lily arqueou uma sobrancelha. Era incrível quanto ela conseguia expressar num gesto tão simples. A cara de Amos também era bem fácil de entender: nenhum deles estava muito impressionado com James no momento.

 -James, nos falamos depois. –Lily falou de forma firme –Eu quero botar a conversa com Amos em dia.

James soltou um muxoxo. Ser trocado por Diggory? Onde este mundo ia parar?

***

Lily observou James se afastar como se alguém tivesse negado a ele mais um pedaço de doce. Se ele tivesse uns anos a menos certamente teria batido o pé e mostrado a língua antes de sair.

A ruiva ainda estava se acostumando a ter James por perto e não se sentir automaticamente irritada. Não era ruim, de jeito algum, mas era estranho. James tinha uma arrogância bem dele, que chegava a ser divertida. Lily tinha que se policiar para não sorrir e encoraja-lo na maior parte do tempo.

Na verdade, Amos ajudara Lily a aceitar a arrogância de James, mesmo sem saber.

Os dois se conheciam da monitoria e então o Lufo começara a namorar Verona. Amos tinha um humor ácido, era muito sarcástico e bem arrogante. A arrogância dele era diferente da de James: Amos agia como se ele fosse melhor que todos e você só não sabia se fosse burro. Era ridículo, mas era uma coisa tão dele que chegava a ser engraçado, depois que você aprendia a lidar.

-Como estão as coisas com o Potter? –Amos perguntou, seu olhar na direção por onde James tinha saído.

-Por incrível que pareça... Está tudo bem. –Lily falou, surpresa por perceber que realmente era verdade –Mas são só os primeiros dias, então... Bom, eu vou guardar um pouco de desconfiança.

-É uma boa ideia. –Amos falou –E se você precisar de alguém pra dar uma lição nele...

-Eu tenho um gancho bem poderoso, Diggory. –ela cortou estreitando os olhos.

Amos riu sem um pingo de vergonha.

Ele era bonito. Aliás, era quase ridículo o quanto ele era bonito. Dos olhos azuis, aos ombros largos e o cabelo caindo na testa, Amos parecia aquele cara que você realmente queria mostrar pra sua mãe.

-Para de me enrolar, Diggory. –Lily falou, fingindo-se de brava –O que você quer?

Ele suspirou e passou a mão pelos cabelos.

-Eu suponho que você já tenha ouvido da sua amiga que...

-Vocês estão noivos? –Lily completou quando ele não continuou.

-É. -ele bufou –Isso mesmo.

-Ei, olha o respeito. –Lily avisou –Ela é minha amiga, acho bom você não estar pensando em falar mal dela.

Amo revirou os olhos.

-Claro que não, Evans. Eu tenho um pouco de tato. –ele provocou –E eu continuo pensando que podia ser pior.

-Como assim?

-Eu fiquei sabendo que, antes de eles fecharem o contrato com os Magnus, meus pais negociaram com os Black. Eu podia estar noivo da Narcisa.

-Eca!

-É. Felizmente meu sangue não é azul o bastante para eles. –Amos falou sarcástico.

Lily acabou rindo.

-Você quer minha ajuda com o que, Amos? –Lily perguntou sinceramente curiosa.

-Na verdade... Eu não sei. –ele admitiu –Eu ainda não consegui aceitar isso direito. Eu sempre soube que casamentos arranjados aconteciam, mas nunca pensei que fosse acontecer comigo e que eu não teria escolha nenhuma.

-Não tem mesmo como vocês pularem fora? –Lily perguntou em simpatia.

-Não. Principalmente porque eu e ela já concordamos.

-Como assim?

-Tem um motivo para eles fazerem esses contratos quando somos crianças. É um truque sujo de pais sangue-puro. –Amos revirou os olhos –Eles nos levam na casa um do outro, nos fazem brincar e sermos amigos. O meu contrato com a sua amiga foi assinado quando eu tinha quatro anos. Eu era novo e pelo jeito gostava bastante dela como amiga e isso é parte do plano. Quando eles trazem as testemunhas para assinar o contrato, os pais perguntam pras crianças se elas querem casar uma com a outra.

-Você ta brincando? –Lily perguntou em choque.

-Não. –Amos respondeu amargo –As crianças falam que sim por vários motivos: porque são amigas, porque os pais mandaram, porque vão ganhar alguma coisa em troca. Como são novas demais...

-Vocês não tem ideia de onde estão se metendo... –Lily completou ainda chocada –E isso tem valor legal?

-Tem.

-Isso é ridículo. –Lily declarou.

-É, pois é. Ridículo, mas válido.

Lily pareceu pensar por um minuto.

-Olha, Amos... Nada contra você, mas eu acho que a Iolanta merecia coisa melhor. –ela falou de forma sincera –Não porque você não seja um ser humano razoavelmente decente, mas ela é uma romântica. Aquela menina que esperou estar apaixonada para dar o primeiro beijo, a que sempre pensou em como seria casar com o príncipe encantado. Eu sei que não é o que você queria, mas você está tirando essa chance dela. Ou...

Amos arqueou a sobrancelha de forma interessada.

-Vocês podem fazer dar certo. –ela começou com cuidado –Serem amigos. Porque se não dá pra fazer mais nada, se é casar ou casar, não é melhor vocês se darem bem do que brigarem daqui até o altar?

Amos ficou em silêncio e parecia estar refletindo seriamente no que Lily dissera. Era um bom sinal, já que a ruiva meio que esperava que ele risse na sua cara.

-Obrigado, Lily. –ele declarou, antes de virar e sair andando.

-Hum... De nada? –ela falou para o corredor vazio.

Agora... Contar pra Iolanta? Sim ou não?

***


-Claro que não!

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N/A: Depois de um século e uma semana.... Post!

Amos e seus belos olhos azuis são a capa da vez! 

Não deixem de comentar, agora que eu comecei a explicar o "relacionamento" dele com a Ioio.

Próximo post será um capítulo inédito de "Minha Vingança Será Cruel", no Fanficiton.Net.

COMENTEM!

B-jão

Um comentário:

  1. Uiiii muito me interessa a vida da Ioio, espero que ele não seja um idiota com ela, afinal ela tem meu sobrenome hehehe posta mais pois essa FIC promete...e quando vai ter aproximação de JxL?...enfim aguardando o proximo post e correndo pro ff.net pra ler a Fic nova *-*

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