quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Boyfriend On Demand - Capítulo 9 - FINAL!!!!



No fim, Lily não teve muita escolha. Levantou da cama, penteou o cabelo e vestiu-se. Pensou no que falaria para James, para seus pais, trocou de ideia mil vezes e quando entrou na cozinha ainda não sabia o que ia dizer.

Anthony estava fazendo panquecas com gotas de chocolate, as preferidas de Lily. Monica estava sentada na cadeira de sempre lendo o jornal. E James estava sentado comendo panqueca. Tudo no maior silêncio.

Lily tinha certeza que Monica contara ao seu pai a verdade. Não havia segredos entre os dois e Anthony não merecia ficar sem saber a verdade.

-Bom dia. –Lily falou, tentando sorrir.

Monica abaixou o jornal e sorriu para ela. James sequer tirou os olhos de seu prato.

-Bom dia, moranguinho. Venha sentar. –sua mãe falou.

Lily não deixou de perceber que sua mãe indicara a cadeira ao seu lado, a que geralmente era ocupada por Anthony. A ruiva sentou-se.

-Aqui está, moranguinho. –Anthony pôs um prato diante da filha e depositou um beijo em sua testa.

-Obrigada, pai. –Lily murmurou.

Ela arriscou um olhar na direção de James, mas o moreno continuava olhando fixamente para seu prato, embora não estivesse comendo.

Anthony e Monica pareceram ter uma discussão silenciosa e no fim o homem suspirou.

-Que horas o professor de vocês disse que a rede de flú seria religada? –ele quis saber.

-As nove. –James respondeu na hora –Dumbledore é muito pontual, então é melhor eu arrumar minhas coisas.

Ele levantou-se e saiu antes que alguem pudesse falar mais alguma coisa. Monica bufou.

-Bom trabalho, Anthony. –ela falou irônica.

Anthony lançou um olhar irritado a esposa.

-Sabe... –ele falou para Lily –Eu gosto do rapazinho. Se você tem que namorar... Bom, ele seria uma boa escolha.

Lily deu um sorriso fraco, mas não respondeu nada.

Pouco tempo depois estava ao lado de James, despedindo-se de seus pais. Sorriu levemente ao ver o maroto apertar a mão de seu pai e dar um daqueles abraços masculinos, com um braço só e tapas nas costas. Sua mãe abraçou James apertado e disse que ele podia voltar sempre que quisesse. Ele agradeceu, mas não falou que voltaria.

Monica então abraçou Lily.

-Se cuida, meu amor. Me escreva. –então falou mais baixo –Não fuja dele, por favor.

Lily respirou fundo e foi abraçar o pai.

-Tchau, moranguinho. Estuda  bastante. –ele pediu –E não seja boba como sua mãe e eu fomos.

Merlin, todo mundo ia dar palpite na sua vida hoje? Ninguem ia cuidar da própria vida e entender que podia tomar suas decisões sozinha?

As nove em ponto o rosto sorridente do professor Dumbledore apareceu na lareira.

-Prontos, senhor Potter e senhorita Evans?

-Sim, professor. –Lily falou.

James fez um gesto para ela ir primeiro. Lily deu um último tchau para seus pais, pisou na lareira e, apesar de ter dito Hogwarts, pensou que não seria nada mal ir parar no Pólo Norte.

Claro que no fim foi parar no escritório de Dumbledore, que ofereceu a mão para ajuda-la a sair da lareira.

-Bom dia, senhorita Evans. Um prazer tê-la de volta. Como foi o casamento da sua irmã? –o bruxo perguntou com um sorriso gentil.

-Foi tudo bem, professor, obrigada. Minha mãe mandou isso para o senhor como agradecimento. –Lily tirou da bolsa o pote de 1kilo de Nutella que sua mãe comprara –Espero que o senhor goste.

Dumbledore aceitou o presente com curiosidade.

-Eu tenho certeza que vou gostar. Trouxas têm coisas maravilhosas. –ele falou.

James saiu da lareira, batendo as mãos na calça para tirar as cinzas.

-Ah senhor Potter. –Dumbledore sorriu para o rapaz –O que achou do seu tempo com os trouxas?

-Muito interessante, senhor. –James falou sincero –Será que poderíamos discutir a construção de um cinema aqui na escola?

Dumbledore pareceu pensar por um momento.

-Eu não vejo porque não. –ele disse por fim, então olhou para os dois –Eu creio que ambos se comportaram. –não era exatamente uma pergunta.

Lily sempre achou difícil esconder coisas do professor quando ele olhava diretamente para ela. Os olhos azuis, mesmo escondidos pelas lentes, pareciam ver até a alma das pessoas.

-Foi tudo bem, professor. –James respondeu por fim –Nada que não fosse esperado.

Só se fosse na cabeça dele. Porque pra Lily a maioria das coisas tinha saído do planejado.

Dumbledore olhou de um para o outro.

-Entendo. –falou, como se tivesse chegado a uma conclusão –Bom, os senhores estão dispensados. O café da manhã ainda está sendo servido. Não esqueçam de falar com seus professores amanhã para recuperar as matérias perdidas.

-Sim, senhor. –os dois falaram.

A descida das escadas foi em completo silêncio. Quando chegaram no corredor James sacou a varinha e diminuiu sua mala.

-Você não vai pra sala comunal? –Lily perguntou, por falta de saber o que falar.

James fez que não com a cabeça, guardando a mala em seu bolso.

-Os meninos devem estar no salão. Eu vou me encontrar com eles la. –deu de ombros, mas não olhou para ela.

Lily sentiu um aperto no peito. Então ia ser assim? Se bem que... De quem era a culpa né?

-Certo. –ela falou, olhando para os próprios pés. –Eu só queria... Obrigada por tudo. –ela falou –E desculpa por tudo.

Foi surpreendida pelo toque de James em seu rosto. Era um toque absurdamente gentil, ele só roçou o nó dos dedos na bochecha dela, mas foi o bastante para que Lily levantasse os olhos para ele.

A expressão no rosto de James era compreensiva e doce, o que só fez ela se sentir ainda pior.

-Eu te disse que sabia onde estava me metendo, Lily. –ele falou, então suspirou –Eu só lamento como acabou. –deixou sua mão cair –Tchau.

Lily viu James se afastar com a sensação de que o “tchau” dele fora mais um “adeus”. Talvez fosse e ela teria merecido.

A ruiva praticamente se arrastou até a sala comunal Grifinória. Cada passo que dava parecia ecoar no seu coração. Ela estava se destruindo e era burra e orgulhosa demais para admitir isso. E dai que as pessoas iam falar e olhara? E dai que teriam apostas de quanto tempo os dois durariam juntos? E dai que várias meninas iam odiá-la por namorar o famoso James Potter?

Será que namorar alguem da reputação de James iria interferir com o futuro acadêmico dela? Talvez Dumbledore achasse que ela era facilmente influenciada e não da fizesse Monitora-Chefe! Não, o professor não era esse tipo de pessoa. Ele não faria isso...

Ela só estava arrumando desculpas. Essa era a verdade. Não queria ser como todas as outras que não resistiam a um dos Marotos. Não queria se “render”, como várias pessoas diziam que ela um dia iria.

Mas será que esse orgulho todo valia a pena? Ficar sem James só por causa do que as outras pessoas falavam? Estava realmente sendo covarde, como Monica e James acusaram. Afinal de contas...

-Você é Grifinória ou não?

A voz rabugenta fez Lily quase cair pra trás, tamanho susto que levou.

-O que? –levantou os olhos e viu-se frente a frente com a Mulher Gorda, que não parecia nada feliz por vê-la.

-Você me ouviu. –o retrato respondeu cruzando os braços.

-Você sabe muito bem que sim! –Lily replicou, irritada com a ousadia da mulher -Eu estou aqui já faz seis anos!

-Bom, com o tempo que você ta demorando aqui na frente eu estou começando a duvidar. -a Mulher Gorda falou, empinando o nariz.

Lily sabia, la no fundo, que o que a Mulher Gorda estava querendo dizer era para parar de perder tempo, falar a senha e entrar na sala comunal. Mas, por algum motivo, não foi isso que ela ouviu. Ouviu a mulher duvidar de sua coragem! E Lily estava cansada de ser chamada de covarde.

-E então? Vai falar a senha ou não?-o quadro perguntou impaciente.

-Eu tenho que ir. –Lily falou de repente.

O queixo da Mulher desabou.

-Você me faz perder todo esse tempo...

Lily deixou suas bolsas ao lado do quadro.

-Cuida delas pra mim! –gritou, já começando a caminhar na direção oposta, ignorando os protestos do quadro.

Ela tentou ir devagar, de verdade. Mas logo sua caminhada virou uma corrida pelos corredores do castelo. Lily passou por alunos que a olharam em choque, por Filch que tirou dez pontos dela por estar correndo, atravessou Nick Quase-Sem-Cabeça, que deu-lhe uma bronca por ser rude, mas nada, nada a fez parar.

Ela não saberia dizer se foram minutos ou horas até ela chegar na porta do salão, mas pareceu uma eternidade até ela brecar diante da entrada, sem fôlego, cabelos bagunçados, olhando em volta e procurando por James. Os alunos que estavam mais perto jogaram olhares confusos a ela.

Foi então que achou James. Ele estava se levantando da mesa e parecia estar discutindo com Sirius. O coração de Lily começou a bater ainda mais rápido, mas suas pernas amoleceram e ela caminhou ao invés de correr.

Até James olhar na direção dela, como se sentisse que ela o olhava. O maroto pareceu confuso ao vê-la, mas Lily tinha certeza do que queria e logo estava correndo de novo, um sorriso absurdamente grande em seu rosto.

Provavelmente foi o sorriso dela que fez James abrir os braços, como se ele já soubesse que isso ia acontecer. E ela se jogou se medo, porque sabia que seu maroto a seguraria. Aliás os braços dele foram parar na cintura dela, levantando-a de tal forma que foi impossível para ela não enlaçar a cintura dela com suas pernas.

Todo o barulho do salão, aliás do mundo, desapareceu quando a boca dos dois se encontrou.

-Desculpa! –ela falou entre beijos –Desculpa, desculpa! Por ser burra e orgulhosa!

James riu.

-Eu estava preocupado. –admitiu –Mas sua mãe tinha certeza que em 24 horas você ia mudar de ideia.

Ela afastou o rosto do dele.

-Minha mãe? –repetiu meio chocada.

-Seus pais me disseram hoje de manhã, depois que você foi, que você mudaria de ideia em 24 horas. Mas seu pai me disse, que se você não mudasse, era pra eu ir atrás de você e fazer você pensar direito.

-Eu não acredito que eles...

James puxou-a pelo pescoço e a beijou de novo.

-Não importa. –ele falou com um sorriso bobo –Agora que você me desonrou em público você vai ter que se responsabilizar.

Lily soltou um suspiro pesado e fingido.

-Fazer o que né?

Os dois se beijaram de novo, até que...

-SENHOR POTTER, SENHORITA EVANS! QUE POUCA VERGONHA É ESSA?

Os dois se separaram e viram uma professora McGonagall nada feliz, além de um salão inteiro em choque.

-É o poder do amor, Minie! Deixa eles! –Sirius interferiu.

A professora lançou um olhar furioso ao outro maroto.

-Corram, eu distraio ela. –ele sussurrou para o casal.

James e Lily trocaram um olhar. A ruiva botou os pés de volta no chão e pegou a mão de James.

-Conhece algum lugar pra onde a gente possa fugir?

-Ruiva, você perguntou pra pessoa certa.

Os dois saíram correndo enquanto Sirius distraía uma professora muito irritada.

-É isso ai, meus queridos. –Marlene falou satisfeita –Podem pagar a tia Lene. Eu falei que a Lily não ia aguentar.

Alice, Remus, Peter e Emmeline suspiraram, antes de pegar os galeões e entregarem a amiga.

-Que tal apostarmos em quando vai ser o casamento? –Peter sugeriu.

Todos trocaram olhares e voltaram a negociar.

FIM!

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N/A: Ai está, meus amores! O tão esperado final da BOD!!!
Espero que vocês curtam! Mil perdões por todas as demoras. Vocês foram (como sempre) maravilhosos e super pacientes. Não sei o que seria da minha pessoa do mal sem vocês!!! hahahah

Não se esqueçam do concurso cultural das Damas!
E não se esqueçam que dia 17/11 elas estão dando as caras aqui!!!

COMENTEM!!

B-jão

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Can't Fight This Feelin - Song-Fic


Can't Fight This Feeling Anymore
(Música originalmente de Reo Speedwagon / Interpretada por Alec Baldwin e Russell Brand em Rock of Ages)

Lily Evans, Monitora-Chefe e Grifinória, estava caminhando pelos corredores de Hogwarts no fim de uma terça-feira de novembro. O dia estava frio e uma garoa fina caía. Provavelmente logo nevaria.

O mais estranho era o silêncio no corredor. Geralmente depois que as aulas terminavam havia várias pessoas andando pra la e pra, burburinho de conversas, mas hoje não. Muito suspeito.

-Corre! Eles já vão começar!

Lily viu duas segundanistas passarem correndo por ela. A ruiva estreitou os olhos de forma desconfiada. Alguma coisa estava acontecendo e ela tinha certeza de quem “eles” seriam.

Seguiu na mesma direção pela qual as duas meninas correram e encontrou uma multidão bloqueando o corredor. Usando sua autoridade como Monitora-Chefe conseguiu abrir caminho até a frente.

Os alunos tinham feito um círculo e no meio dele estavam Sirius Black, batedor do time de quadribol da Grifinória e destruidor de corações, e James Potter, capitão do dito time e Monitor-Chefe. Lily teve um mau pressentimento.

Avistou suas três amigas, Marlene McKinnon, Alice Cooper e Emmeline Vance, mais adiante e foi juntar-se a elas.

-Alguém sabe me dizer o que está rolando? –ela quis saber.

Alice virou-se para ela.

-Remus chamou todos os alunos em volta, dizendo que algo espetacular estava para acontecer. –ela falou –Acho que a notícia espalhou e agora tem toda essa galera... Mas até agora nada aconteceu.

-Eu espero que seja bom. –Marlene cruzou os braços –James adiou o treino de quadribol para isso.

James adiando o treino de quadribol? Merlin, devia ser sério mesmo...

Lily olhou para seu colega monitor e tentou adivinhar o que ele estaria planejando. Uma coisa que nunca conseguiu antes. James era imprevisível.

De repente uma musiquinha começou a soar nos corredores e todos olharam em volta, procurando pela fonte, mas Lily não tirou os olhos da dupla. Provavelmente foi por isso que foi a primeira a perceber o suspiro exagerado de Sirius.

-I can’t fight this feeling any longer –o maroto cantou.

Oh não…

-And yet I’m still afraid to let it flow
–ele continuou com a mão sobre o coração.

-Eu não sei o que é pior… -Emmeline falou, chocada –A voz dele ou a atuação.

-Sh! –duas meninas que estavam ao lado delas ordenaram.

-What started out as friendship, has grown stronger
I only wish I had the strength to let it show

James deu alguns passos na direção oposta, então virou-se para Sirius de forma dramática.

-I tell myself that I can’t hold out forever. –ele cantou olhando para o outro.

Ah Merlin, eles iam mesmo fazer isso.

-I said there is no reason for my fear.
–James continuou.

Sirius respirou fundo.

-Cause I feel so secure when were together. –o moreno passou a mão pelo corpo, o que gerou gritos de algumas meninas e fez alguém assobiar mais para trás -You give my life direction

-You make everything so clear –James completou.

-Isso é simplesmente errado. –Emmeline falou –E perturbador.

Lily e Marlene estavam chocadas demais para fazerem algo além de assentirem. Alice estava tentando segurar a risada e falhando miseravelmente.

-And even as I wander –Sirius cantou, caminhando em direção a James.

-I’m keeping you in sight –E James também foi em direção ao outro.

-You’re a candle in the window.

-On a cold, dark winters night.

Os dois encontraram-se e um segurou a mão do outro, fazendo o que Lily imaginava que fossem caras de apaixonados.

-And I’m getting closer than I ever thought I might –cantaram juntos.

-Se eles continuarem assim vão fazer as menininhas do clube Jay/Six Slash terem um treco. –Marlene falou, agora rindo também.

Ah verdade, tinha isso.

Lily olhou para o lado onde as meninas mais novas estavam suspirando e pareciam absurdamente eufóricas pela cena.

Quando o clube surgiu, no começo desse ano, a ruiva nem sabia o que era slash. Agora já estava traumatizada. Aparentemente as meninas olharam para dois rapazes mais velhos, lindos e populares e decidiram que eles seriam um fantástico casal. Havia até um folheto publicado semanalmente com histórias sobre os dois. Lily ficou assustada com o nível de detalhe gráfico que elas tinham... O que era estranho e meio bizarro. Além do mais, elas eram terceiranistas! Quando Lily tinha treze anos ela nem tinha certeza de como sexo entre dois homens funcionava!

De acordo com a crença do grupo Sirius e James eram loucamente apaixonados um pelo outro, mas pensavam que tinham que esconder do mundo. Se bem que Lily admitia que uma das histórias, onde Snape tentara abusar de um pobre James, que fora salvo por Sirius, fora bem engraçada. Não que ela lesse os folhetos.

Quando Sirius ficou sabendo disso ele soltou um grito que faria Paris Hilton ficar com inveja, um legítimo “patricinha que perdeu a liquidação”. Foi assustador.

A pior parte é que elas consideravam Lily o inimigo supremo, porque aparentemente ela estava querendo atrapalhar de alguma forma o lindo amor dos dois. Mais de um folheto saiu com a história em que Lily tentava atacar o pobre James e mais uma vez ele era salvo por Sirius. Aliás, James vivia sendo abusado por pessoas do castelo e sendo salvo por Sirius naquelas histórias...

-And I can’t fight this feeling anymore
I’ve forgotten what I started fighting for
–Merlin, os dois ainda estavam cantando. E agora Sirius estava fazendo James dar piruetas, como se os dois valsassem.

-It’s time to bring this ship into the shore
And throw away the oars, forever.

-Eu vou ter pesadelos essa noite. –Emmeline concluiu.

Lily achava que ia ter pesadelos pro resto da vida. A maioria envolvendo Sirius cantando. Para um rapaz muito bonito ele tinha uma voz feia demais!

Perguntava-se se devia parar com aquela palhaçada. Se bem que não tinha motivo para isso. As aulas já tinham terminado e, fora traumatizar as crianças, os dois não estavam fazendo nada de errado. Se queriam fazer papel de idiotas era problema deles.

-Cause I can’t fight this feeling anymore –James jogou os braços em volta do pescoço de Sirius e o batedor pegou o amigo no colo como uma noiva. Merlin, por que essa música não acabava de uma vez?
-I’ve forgotten what I started fighting for
And if I have to crawl upon the floor
Come crashing through your door
Baby, I can’t fight this feeling anymore

Os dois finalmente terminaram a música, James ainda nos braços de Sirius, os dois olhando nos olhos um do outro. Assim que os acordes finais soaram Sirius soltou James e o moreno quase caiu no chão.

Os dois curvaram-se para a plateia, que aplaudia, entre risadas e assobios.

-Eu acho que vou me Obliviar ali e já volto. –Marlene concluiu com uma careta. -Quem vai comigo?

Alice e Emmeline riram e seguiram a amiga, mas Lily ficou para trás observando.

James e Sirius pareciam verdadeiros artistas cuidando de fãs. Ficaram um bom tempo ali, conversando com seu “público”. Foi mais engraçado quando as fãs deles atacaram, querendo um beijo ou uma admissão de que eles finalmente eram um casal. Lily realmente achou que Sirius fosse morrer.

Quando a maior parte dos alunos já tinha ido embora a monitora não resistiu.

-Você canta bem, hein Potter? –ela chamou -Quem diria...

James pareceu travar, então virou-se lentamente para onde ela estava encostada contra a parede.

-Lily! –era impressão dela ou ele estava ficando vermelho? -Você viu isso?

A ruiva arqueou a sobrancelha.

-Eu tenho certeza de que a escola inteira viu “isso”. –ela falou, levemente irônica.

-É, mas eles não importam... –ele resmungou baixo. Lily não tinha certeza se era pra ter ouvido essa, então fingiu que não.

Um silêncio constrangido caiu entre eles. Mas, por algum motivo, hoje Lily queria falar com ele.

-Perdeu uma aposta? –quis saber. Porque não tinha outra explicação para a cena de antes.

-É. –James admitiu meio sem graça -Eu e o Sirius apostamos com o Remus que ele não teria coragem de chamar Hestia Jones para sair. Se ele amarelasse, o Sirius iria falar para Narcisa que o Remus era afim dela. Como nós perdemos... Bom, isso foi o que o Remus escolheu. –ele deu uma risada, que fez Lily sorrir.

-Eu não sou gay! –ele declarou de repente e com veemência.

Lily, que nunca pensou que James fosse gay, arregalou os olhos, meio chocada pela explosão.

-Hum... Eu fico feliz em saber. –ela falou incerta.

-É? –ele olhou para ela curioso -Por que? –levemente esperançoso.

Lily lançou um olhar atento a James. Ele a chamara para sair por um bom tempo e, embora esse ano o maroto tivesse parado com as declarações públicas de amor, ele ainda deixara claro que seu desejo de sair com ela não tinha mudado. Mas James estava mais maduro e responsável agora. Não precisava ficar gritando para Lily que queria uma chance. Quando trabalhavam juntos os dois flertavam (sim, Lily admitia que encorajava), quando havia uma viagem para Hogsmeade, ele a convidava...

James nunca desistira dela, apesar de todo o tempo que Lily o rejeitou. E esse ano mostrara a ela um lado diferente dele. Talvez, e só talvez, o imbecil merecesse uma chance.

Mas ela tinha que provocar um pouco né?

-Porque você tem andado atrás de mim pelos últimos dois anos. –ela respondeu -Eu odiaria pensar que é porque você me confundiu com um menino. Ou que eu realmente estou atrapalhando sua verdadeira felicidade. –um sorriso maroto.

James abriu um sorriso próprio e passou a mão pelos cabelos.

-Não. Nenhum dos dois. –ele falou –Eu só tenho olhos para você mesmo, ruiva.

Lily riu e balançou a cabeça.

-Se você me dá licença...

Ela mal tinha dado três passos quando...

-Lily! –ela apenas virou a cabeça para olha-lo, mas parou de andar. O maroto tinha um sorriso enorme no rosto -Eu realmente não posso mais lutar contra esse sentimento.

-Quem sabe você não está com sorte? –Lily deu de ombros -Talvez você não tenha que segurar esse sentimento muito mais. –e voltou a andar.

-O que isso quer dizer? –agora a esperança era óbvia na voz dele.

-A próxima visita pra Hogsmeade é semana que vem. –foi tudo o que ela falou, ainda andando e sem virar-se para ele.

Mas o grito de comemoração de James chegou claramente aos seus ouvidos.

Lily deu um sorriso satisfeito. Ainda bem que ela também não precisava mais lutar contra esse sentimento...

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N/A: Eh!!!

Hahahaha Só uma song pra relaxar! Altamente inspirada na cena de Rock of Ages onde o Russel Brand e o Alec Baldwin cantam um para o outro... hahaha Mas sem beijo, porque dai ja é demais né! hahaha

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B-jão

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Boyfriend on Demand - Capítulo 9 - parte 2



Lily nunca dormiu tão mal em toda a sua vida. Ou não dormiu, como era o caso. Passou a noite rolando na cama e nas poucas vezes que conseguiu fechar os olhos via a cara que James fizera quando disse que não iam dar certo.

Não levantou da cama, porque não queria descer as escadas e ver as perguntas nos olhos dos pais. Monica e Anthony iam perceber que alguma coisa estava errada, principalmente por James ter dormido no quarto de hóspedes.

Já eram oito da manhã e em uma hora teriam que voltar para Hogwarts. Mas não queria ir, não queria ver James, não queria acabar com tudo.

Ouviu uma batida na porta e sentou-se na cama. Seria James?

-Entra. –falou, esperando que não tivesse soado muito desesperada.

Mas para seu desapontamento foi Monica quem entrou no quarto.

-Posso falar com você um minuto, moranguinho? –ela pediu de forma suave.

-Claro, mãe. –Lily concluiu num suspiro.

Monica fechou a porta e veio sentar-se na cama de Lily ao seu lado.

-Você e o James brigaram?

-Foi. A Petunia contou?

-Só que vocês tinham ido embora porque alguma coisa tinha acontecido. Ela não me falou direito o que. –Monica falou –Fico feliz que vocês duas estejam se dando bem de novo.

-Eu também. –Lily falou com um pequeno sorriso.

-Você não quer me contar por que brigou com James? –Monica falou, voltando ao assunto original.

-Não. –Lily falou, embora fosse mentira.

Queria contar toda a verdade, queria que sua mãe lhe abraçasse e dissesse que tudo ia terminar bem! Estava cansada de mentir para todo mundo.

-Tem certeza? –Monica insistiu gentilmente.

E no fim foi isso que quebrou Lily.

-Ah mãe... –lágrimas grossas escorreram pelos olhos de Lily e ela contou a verdade, toda a verdade para sua mãe.

-Deixa eu ver se eu entendi... –Monica falou, dez minutos depois –Você pediu para um menino que você sabia que era louco por você fingir que era seu namorado, depois aceitou “ficar” com ele e depois dispensou o coitado porque ele quis que fosse verdade?

Lily torceu o nariz.

-Mãe, não precisa fazer eu me sentir pior. –ela falou –Eu sei que eu pisei na bola várias vezes.

-Começando por ter mentido para nós. –Monica falou.

-Mãe, você não está ajudando. –Lily falou num suspiro.

-Eu só estou tentando entender, Lily. –Monica falou de forma conciliatória –Eu não te criei para usar as pessoas desse jeito.

-Eu achei que o James não gostava mais de mim. –Lily falou de forma fraca –Mas mesmo assim... –outro suspiro –Eu devia ter parado. Quando eu percebi o que ele sentia, eu devia ter voltado atrás.

-Infelizmente agora é um pouco tarde para deveria. O certo é acertar as coisas com ele. Abrir seu coração.

-E falar o que? Eu não mudei de opinião, nós não podemos ficar juntos.

-Lily Marie Evans! –Monica chamou escandalizada.

-Mãe, você não entende! –ela exclamou –Se eu namorar o James na escola vai ser um inferno! Todo mundo vai pensar que ele venceu e eu cedi e...

-Eu não entendo? –Monica repetiu -Lily, depois da primeira vez que eu e seu pai passamos uma noite juntos tinha gente trocando dinheiro nos corredores. Pessoas vinham perguntar se a gente tinha realmente feito “aquilo”, pra poder cobrar o bolão que tinham feito na universidade.

-MÃE! Eu não quero saber disso! –Lily protestou.

-Mas é verdade. Você acha que eu não te entendo? Eu entendo perfeitamente. O medo da mudança, o medo de “perder”. Por que você acha que eu perdi meses da minha vida negando que amava seu pai? –ela revirou os olhos –Nós dois éramos orgulhosos demais. Nenhum queria admitir que tinha se apaixonado.

-Eu não estou apaixonada. –Lily murmurou, mais para si mesmo.

-Eu não ligo que você minta para mim , Lily, mas não minta pra você. –Monica levantou –Eu não produzi, carreguei na barriga por nove meses, pari e criei uma covarde. Eu criei uma ruiva.

Monica deu um peteleco suave no nariz da filha.

-Café da manhã em dez minutos. Não atrase. –Monica parou na porta –E Lily?

-Hum?

-Eu sei que parece cruel da minha parte, mas um dia você vai agradecer. –com isso Monica saiu do quarto e fechou a porta.

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N/A: O PRÓXIMO É O ÚLTIMO!!!

Vou ver se posto até sabado, mas sem promessas!!!

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B-jão

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Deliciosa Tentação - Pós-Epílogo: 22 anos depois




N/A: ATENÇÃO, MUITO IMPORTANTE! LEIAM ISSO PRIMEIRO!

Olá, meus amores. Faz muito tempo que a gente não se vê por aqui, né? Vocês provavelmente estão perguntando o que eu aprontei dessa vez. Bom, aqui vai.

Algum de vocês já devem ter lido em algum lugar que as Damas Grifinórias vão voltar. Sim, isso é verdade. E tudo estará ligado a Deliciosa Tentação e as irmãs Roberts de alguma forma.

O pós-epílogo da DT é o primeiro passo na direção da nova fic. Quem não tiver interesse na DG não precisa ler isso. Mas quem tiver, eu recomendo a leitura!

Espero que vocês curtam!



Pós-Epílogo: 22 anos depois

Harry Potter, herói de guerra do mundo bruxo, passou a mão pelos cabelos num gesto de nervosismo que lhe era comum. Odiava estar despreparado e, no momento, essa era a única palavra que o descrevia.

Não tinha a mínima ideia do que estava para acontecer.

Um advogado, um tal de Fernand Dupret, havia entrado em contato com seu advogado e requisitado um encontro entre clientes. Dupret não adiantara nada, apenas que suas clientes tinham assuntos pessoais que desejavam discutir com ele. Assuntos relacionados a Sirius Black e Remus Lupin.

Isso era o que mais incomodava Harry. Sirius e Remus estavam mortos há mais de vinte anos. O que poderia ser referente á eles á essa altura do campeonato?

-Você está bem? –Ginny Potter, sua esposa, perguntou apertando sua mão de forma companheira.

-Eu não tenho certeza. –Harry admitiu –Já faz tanto tempo que os dois morreram, e agora...

-Eu sei. –Ginny suspirou –Eu também estou desconfiada, mas vamos tentar não entrar em pânico ainda, ok? –ela brincou de forma leve.

Harry soltou uma risada nervosa, mas tentou acalmar-se.

O elevador abriu-se e Harry e Ginny pisaram no lobby do escritório do advogado deles, Larry Foster, onde a recepcionista de cabelo rosa chiclete mascava chiclete e parecia absurdamente entediada. Antes que o casal pudesse perguntar por Larry o próprio advogado saiu de uma das salas e veio em direção a eles.

-Harry. Ginny. –cumprimentou ambos.

-Larry. –Harry cumprimentou de volta –O que está acontecendo?

-Eu adoraria explicar, Harry, se eu soubesse. –ele bufou –Eles não abriram a boca, disseram que prefeririam esperar vocês chegarem. Estão esperando na sala de reuniões.

-Quantas pessoas? –Ginny perguntou.

-Três. Duas mulheres e o advogado.

Harry respirou fundo mais uma vez.

-Vamos la.

Os três entraram na sala, onde os três visitantes aguardavam conversando de forma baixa. O homem levantou-se e estendeu a mão para Harry.

-Senhor Potter. Senhora Potter. –eles apertaram mãos –Prazer em conhece-los. Eu sou Fernand Dupret.

O homem parecia um camundongo, com seu bigode preto e fino e seu rosto alongado.

-Muito prazer, senhor Dupret. –Harry falou, de forma levemente forçada.

-Permita-me apresenta-los. –ele indicou as duas mulheres, que levantaram-se e vieram até eles –Harry e Ginevra Potter, essas são Anellise e Amelie Roberts.

Para duas pessoas que provavelmente eram irmãs, as duas não podiam ser mais diferentes. Uma incrivelmente loira e a outra com o cabelo extraordinariamente negro.

-Roberts... Esse nome não me é estranho. –Harry pensou alto.

-Você não lembra? –Ginny falou de repente, olhando para as duas em choque –Elas estudaram em Hogwarts. Amelie na mesma época que nós. Eu estava no segundo ano quando ela estava no sétimo e foi monitora da Sonserina.

Harry achava incrível que Ginny lembrasse. Por um minuto achou que nunca tinha visto as duas, mas então uma memória veio clara em sua mente.

Havia sim uma garota sonserina, muito popular entre os rapazes e invejada pelas meninas. Ela era loira, com inacreditáveis olhos azuis, corpo escultural e pele bronzeada. Lembrava-se com perfeição dos olhos dela porque um dia, em seu terceiro ano, fora procurar por professor Lupin em sua sala e viu essa garota saindo de la. Ela passou por ele e piscou de forma maldosa e, mesmo sendo novo, Harry sentiu um calor espalhar-se por seu corpo. Quando entrou na sala do professor viu que Remus parecia muito agitado, mas nunca preocupou-se em saber porque.

-Você é...

-A própria, senhor Potter. –Amelie sorriu para ele.

-Era você no cemitério! –Harry falou de repente –Vocês duas!

-Ele é mesmo um homem esperto. –Anellise falou irônica.

-Do que você está falando, Harry? –Ginny perguntou confusa.

-Você se lembra do que eu falei? Há vários anos atrás eu fui ao cemitério visitar o túmulo do Sirius e havia duas mulheres com duas crianças la. Mas isso foi...

-Há 19 anos atrás. –Anellise cortou –As duas crianças já estão bem crescidinhas agora.

-Como eles se chamam? –Harry perguntou sério.

-Eles têm o nome dos pais. –Amelie respondeu, fazendo-se de desentendida.

-Se fosse só o nome estaria bom. –Anellise revirou os olhos –O sem vergonha do meu filho tem a cara do cafajeste do pai dele. Eu queria saber o que fiz em outra vida para merecer isso.

-Tem certeza que foi em outra vida? –Amelie provocou.
Anellise riu.

-Mas qual o nome dos dois? –Ginny insistiu.

-Remus Lupin e Sirius Black. –Anellise declarou com simplicidade.

Um silêncio chocado caiu entre eles. Harry já desconfiava desde o começo de onde aquela conversa ia terminar, mas ouvir assim, tão diretamente dito, o deixou sem palavras.

-Vocês estão falando sério? –Ginny perguntou sem conter-se.

-Claro que sim. –Amelie falou como se fosse óbvio.

-Por que agora? –Harry exigiu –Por que, depois de tantos anos, por que agora? O que vocês querem?

-Nós não queremos nada. –Anellise falou de forma fria e cortante –Nós não pretendíamos contar nunca para vocês.

-Então o que? –Harry exigiu.

Amelie tirou uma carta do bolso.

-Eu recebi de Hogwarts. –ela falou –Minha filha e a sua estudam juntas. E elas viraram melhores amigas.



N/A: Ai está, queridos!

Aliás, são 22 anos depois de elas terem se despedido do Sirius e do Remus, ok?

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