segunda-feira, 18 de junho de 2012

MIB 2 - Capítulo 6: Se Ficar o Bicho Come



Capítulo 6: Se Ficar o Bicho Come

Charlotte encostou o copo gelado contra sua testa. Sentia-se febril e nauseada. Só queria que tudo acabasse logo, que as horas passassem mais rápido e que matassem todos eles logo. Estava cansada dessa brincadeira e cansada dessa prisão chamada “casa segura”.

-Quer mais?

Ela olhou na direção de Marine e viu a amiga balançando a garrafa de whisky. Fez que sim com a cabeça. A outra aproximou-se em silêncio e encheu o copo vazio com o liquido âmbar, o único som na sala sendo o do gelo se mexendo ao ser banhado pela bebida.

-Obrigada. –Charlotte falou de forma fraca.

Marine suspirou.

–Vai dar tudo certo, Charlotte, respire fundo e relaxe.

-Eu bem que queria. –a morena falou –Mas eu ainda me sinto tão...

-Se você falar “culpada” de novo eu vou ter que te bater. –Mary Jane declarou, do outro lado da sala.

Charlotte deu uma risada fraca.

-Mas é, não é? –ela falou.

A loira ignorou-a e fixou os olhos na tv.

-Essas coisas demoram assim mesmo? –Lily perguntou para nenhuma delas em particular.

Charlotte não sabia responder. Era a primeira vez que ficava aguardando o fim de uma operação da Interpol e, por Deus, esperava que fosse também a última.

As quatro estavam trancadas já fazia mais de um mês naquela maldita casa. Charlotte entendia a necessidade que a policia tinha de protegê-las, já que eram agora testemunhas chaves para levar Voldemort a julgamento, mas esse confinamento era insuportável.

Hoje, se tudo desse certo, isso ia acabar. Pelo menos parcialmente.

Depois de um mês a Interpol e a Scotland Yard tinham preparado tudo para uma operação. Agora era cruzar os dedos e torcer para que todos os “caras maus” fossem presos. A liberdade delas meio que dependia disso.

-Será que aquele mala do Snape está bem? –Marine perguntou, com certa relutância.

-Espero que sim. –Mary Jane falou num suspiro –Se o maldito morrer eu vou me sentir culpada.

Charlotte sorriu, porque sabia que elas estavam realmente preocupadas, embora relutantes em admitir. Afinal, um mês atrás, quando as quatro estavam saindo fugidas da Universidade, Marine e Lily feridas, fora Snape quem aparecera la para resgata-las.

Ela conhecera o detetive rabugento por destino. Estivera na polícia tentando convencer a recepcionista a pegar os papéis contra Voldemort como uma denúncia anônima quando Snape passou. Ele ouviu a conversa e tirou-a de la. Os dois conversaram por horas e, por fim, o detetive aceitou segurar os papéis até o momento oportuno. E foi exatamente o que aconteceu.

Agora ele deixara as quatro trancadas nessa maldita casa e tinha ido la bancar o herói na tal missão. Charlotte queria arrebentar as paredes e sair de la, mas tinha certeza de que Fenwick e Dearborn, os guarda-costas de plantão, não iam curtir muito essa ideia.

Mas mesmo assim, ficar ali parada, era torturante, mesmo sabendo que não havia nada que pudesse fazer.

O som de um carro aproximando-se fez com que todas levantassem em um pulo.

-Esperem ai. –Fenwick gritou –Não apareçam aqui em baixo.

Elas esperaram em silêncio, enquanto alguém abria a porta la embaixo. Logo ouviram passos subindo as escadas e então Dorcas Meadowes apareceu na porta da sala.

-Olá, meninas. –o sorriso cansado dela dizia tudo o que precisavam saber: alguma coisa tinha dado errado.

A loira de olhos cor de mel sentou-se no sofá e respirou fundo.

-Eu temo não ter boas notícias. –declarou –Por que vocês não se sentam?

As quatro sentaram-se em silêncio.

-Vocês vão ver a notícia na tv em breve, então eu acho que vou direto ao assunto. Voldemort escapou. Ele foi atingido por um tiro na nuca, mas fugiu mesmo assim. Com ele foram alguns de seus capangas, vários foram presos, alguns morreram... Está tudo um caos ainda. –um suspiro cansado.

-O Snape...?

-Não temam, ele vive. Tomou um tiro no ombro, mas pegou de raspão. Nesse exato momento está la no hospital encantando a todos com seu charme. –ela falou irônica, fazendo as meninas rirem.

Então um silêncio pesado caiu entre elas.

-O fato de Voldemort estar vivo... –Lily perguntou com cuidado –O que isso representa para nós?

-Eu sinto muito, meninas. –Dorcas falou com pesar sincero –Mas vocês vão ter que continuar escondidas.

As quatro ficaram de pé imediatamente, todas falando ao mesmo tempo.

-De jeito nenhum!

-Tem quer outro jeito!

-Se eu ficar nessa casa mais um dia...

-Silêncio! –Fenwick ordenou –Vocês não pensam? Com Voldemort vivo e a solta por ai vocês continuam em risco!

-Ele tomou um tiro na nuca! –Charlotte explodiu –O homem pode muito bem ter morrido a essa altura.

-E pode estar vivo. Você quer mesmo arriscar a vida de todas numa hipótese? –Dearborn perguntou.

Isso calou todas elas.

-O que nós fazemos agora? –Lily quis saber.

-Nós vamos tirar vocês daqui o mais rápido possível e move-las. –Dorcas falou –Não podemos arriscar um lugar por muito tempo. O mais fácil seria dar novas identidades a vocês, pelo menos por um tempo.

-É isso que vocês vão fazer? –Mary Jane quis saber.

-Eu não sei. –Dorcas admitiu a contra gosto –Isso é decisão do Snape, já que ele é o responsável por vocês.

-E quando vamos falar com ele? –Marine perguntou.

-Ele deve sair do hospital amanhã e estará aqui log em seguida.

As quatro apenas concordaram com gestos fracos.

-Eu sei que é difícil, mas por favor, aguentem mais um pouco. –Dorcas pediu –Nós vamos fazer o possível e o impossível para prender Voldemort e acabar com essa guerra. Nós também queremos um pouco de paz.

Não que Charlotte não acreditasse nela, ela só não acreditava em ninguém.

***

N/A: Ai está! Mais um post para a felicidade geral da nação! hahahaha
Esse capítulo sera um imenso flashback, para que todos entendam o que aconteceu com o quarteto fantástico e como ele virou o quarteto do terror! hahahah

COMENTEM!

B-jão

2 comentários:

  1. Eu não morri, ainda... Apenas resolvi que eu precisava sumir por uns tempos, eu prometo contar tudo quando eu voltar.

    Continuo acompanhando os textos que estão incríveis.

    Estou com saudades de todas, mande um beijo pra elas por mim. A gente se vê logo, eu prometo.


    Madame B.

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  2. Finalmente vamos descobrir o que aconteceu com elas.

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