segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Primeiras Impressões - Capítulos 5


Capítulo 5

Embora Jane fosse de longe minha melhor amiga, eu tinha uma ótima companheira no trabalho: Charlotte Lucas. Nós começamos a trabalhar exatamente no mesmo dia, tendo passado por uma rígida seleção e ficamos amigas rapidamente.

Charlotte tinha uma mente rápida e estava sempre pronta para falar o que realmente pensava. A companhia dela era sempre agradável e sempre ríamos juntas.

Só tinha um probleminha com Charlotte: o noivo dela, Timothy Collins.

Timothy (que não aceitava ser chamado de Tim e preferia ser chamado de senhor Collins) trabalhava na DeBourgh & Associados. Esse é o maior escritório de advocacia do Reino Unido, com filiais em diversos lugares. Por acaso a filial deles de Londres fica no mesmo prédio em que o escritório que nós trabalhamos.

Collins não era um homem brilhante ou bonito, embora também não fosse estúpido e horrendo. Tinha algo de pedante nele, no jeito de falar e tratar os demais.

Talvez meu maior problema com ele fosse o fato de que, quando nós nos conhecemos, ele deu em cima de Jane. Foi num bar onde a maioria das pessoas do nosso escritório vai, por ser próximo. Jane estava la comigo e Charlotte, quando esse ser se aproximou.

Eu odiei o jeito que ele simplesmente se sentou na nossa mesa e ficava tocando na Jane o tempo todo. Nós acabamos indo embora mais cedo por causa dele.

Então, por pura perseguição do destino, ele descobriu que nós trabalhávamos no mesmo prédio. Dai ele começou a me perseguir, ja que Jane não estava por la.

Foi péssimo, eu tinha que me esconder desse homem. Tudo o que ele sabia falar era da tal Catherine De Bourgh, a chefe dele e blá blá blá... O jeito que ele falava me irritava, o jeito que ele respirava me irritava.

Eu estava pronta para usar spray de pimenta nele, quando ele veio com uma conversa de sairmos e eu me recusei de todos os jeitos. O animal teve a pachorra de falar que eu estava falando “não” para me fazer de difícil!

Eu joguei meu café na cara dele por essa.

E então, como se nada tivesse acontecido, Charlotte começou a sair com isso!

Foi de repente, eu nem fiquei sabendo até ja fazer um mês que acontecia e os dois estarem a sério. Eu cheguei a brigar com ela na época, porque não entendia o que ela tinha na cabeça.

Porém, Collins trata Charlotte como uma deusa e eu não queria ficar brigada com ela por isso. Enfim, eu meio que aceitei.

Agora os dois vão casar. Jesus amado...

Enfim, esquecendo do Collins e voltando para Charlotte.

Nós almoçamos juntas quase todos os dias, um ótimo jeito de botar a fofoca em dia.

-Aquele idiota, arrogante...

-Sério, Lizzie, ja deu. –Charlotte rolou os olhos –Ele é um homem terrível, pobre de você... Vamos falar de Charlie e Jane.

Eu lancei um olhar para ela, mas acabei sorrindo.

-Eles são perfeitos juntos. Chega a ser assustador.

-Como Jane está levando a coisa toda?

-Devagar. –eu falei –Jane sabe que tem mania de se apaixonar demais, cedo demais, então ela está segurando um pouco.

Charlotte fez uma cara confusa.

-O que você quer dizer com “segurando”?

-Segurando, oras. –eu bufei –Indo com calma, passinhos pequenos...

-Espero que não sejam pequenos demais. –Charlotte falou –O tal Bingley vai precisar de algum encorajamento, saber que a Jane está interessada.

-Ele seria uma anta se não percebesse. –eu rebati.

-Você sabe porque conhece a Jane, ele não conhece. –Charlotte argumentou –Eu só estou dizendo, talvez a Jane não devesse estar indo tão devagar assim.

Charlotte estava errada. Eu tinha certeza disso.

XxX

Teria sido uma bênção se Jane e Charlie pudessem ter se casado e tido três filhos antes que ele conhecesse Mary, Kitty e Lydia.

Infelizmente, no mundo real, isso não era possível.

Eventualmente todos iam ter que se encontrar.

Eventualmente chegou uma noite, quase um mês depois que Jane e Charlie começaram a sair. Aparentemente Bingley resolvera fechar um camarote numa balada (sabem os deuses porque) e fomos todas convidas.

E era a vez da Jane escolher o que iríamos fazer, logo... Não tivemos muita escolha.

Charlie tinha escolhido uma boate super chique para irmos. Lydia e Kitty tinham feito compras especialmente para a ocasião. Até eu admito que me preocupei um pouco mais que o normal aquele dia. Não é sempre que eu tenho chance de me vestir de mocinha e me divertir. Tinha até checado o DJ e sabia que ia ser um cara sensacional.

Ja que eu tinha que ir, ia me divertir a qualquer custo. Eu estava mais que um pouco resolvida a me divertir.

Porém, a primeira surpresa da noite ja começou com Jane: aparecendo de cabelos sedosos e lisos. Não me entendam mal: ela estava linda, Jane dificilmente não está. Só que ela sempre foi uma defensora de seus cachos, cuida deles super bem e fica divina neles.

-Cade os cachinhos? –eu perguntei.

-A Caroline sugeriu. –ela falou passando a mão pelos fios lisos –Ela disse que queria ver como eu ficava assim.

Ah não, aquela broaca não tinha!

-Você sabe que fica linda de qualquer jeito, Jane, mas eu sempre amei seus cachos.

-É só por hoje. –ela me garantiu –E você? Esse vestido não é da Lydia?

-Kitty, na verdade. –eu passei a mão pelo tecido roxo –É a coisa mais longa que ela tem.

E vinha na metade da minha coxa.

-Você está linda. –Jane sorriu para mim, como uma mãe orgulhosa –Pronta para irmos?

-Mais do que isso eu não fico. –falei com falsa animação –Onde estão as outras?

-Aqui, piriguetes. –Lydia entrou na sala, uma garrafa de vodka na mão –Vamos aquecer que la fora ta frio.

-Você vai sair daqui bêbada? –Mary perguntou bufando.

-Mais barato ficar bêbada aqui do que lá. –Lydia informou sem um pingo de vergonha.

-Charlie vai pagar por tudo. –Jane falou.

Lydia largou a garrafa na hora.

-Melhor guardar espaço então.

Deus, alguem me salve dessa noite.

XxX

A balada que Charlie escolhera para mostrar como era rico chamava-se NightCrawler e era uma daquelas alternativas mega estranhas, super caras e que todo mundo que era alguém visitava.

O segurança nos avistou na fila e fez sinal para nos aproximarmos, mesmo com as reclamações de todo o resto. Como eu disse, andar com mulheres bonitas ajuda muita.

-Vocês querem entrar? –ele quis saber.

-Na verdade nós estamos na lista. –Jane informou.

O segurança confirmou a informação e nos deixou passar. Dentro do prédio a coisa era selvagem. Mulheres de biquini dançando em jaulas, muito neon, música alta e gente pulando.

Eu estava sem palavras.

-O camarote é no andar de cima. –Jane gritou para nós, tentando fazer-se ouvir por sobre a música.

No camarote havia alguns colegas de trabalho de Charlie, pessoas que eu nem tinha ideia de quem eram. As adoráveis irmãs dele estavam la e as duas mediram Mary, Kitty e Lydia de cima em baixo quando foram apresentadas.

-Eliza querida! –aparentemente Caroline não desistira de ser falsa –Ruiva e de roxo? Que escolha... Ousada.

Eu sorri docemente.

-E você de cabelo solto! Ajuda a disfarçar as orelhas, boa escolha.

Caroline comprimiu os lábios e tentou me matar via olhar. Não deu certo.

-Suas amigas são adoráveis. –Louisa, que obviamente estudou na mesma escola de víbora de Caroline, falou falsamente.

-Eu sei. –eu comentei.

Chega dessas duas, eu estou descendo.

Acho que fiquei quase uma hora no piso inferior da balada sem topar com ninguém. Eu era boa assim em me esconder. Fiz amizade com uma louca no andar de baixo que me pagou uma bebida e achei um cara para conversar.

-Você é bonita demais para estar sozinha.

Eu revirei os olhos.

-Sério mesmo que você vai vir com esse papinho furado para cima de mim?

Ele riu sem um pingo de arrependimento.

-Ta, desculpa. Não pude resistir. –ele falou.

-Percebe-se.

-Pelo menos me diz seu nome. –ele pediu.

Normalmente eu não gosto de ficar de papo em balada, porque é duro de ouvir o outro, você tem que ficar gritando... Mas havia algo no sorriso e nos olhos dele que fazia querer falar.

-Lizzie. –eu respondi.

-Eu sou o George. –ele falou oferecendo a mão para um aperto –Se eu pedir seu número você vai rosnar para mim?

-Depende. Você vai me ligar? –eu retruquei apertando a mão dele.

-Prometo.

Eu revirei meus olhos de novo, mas acabei passando meu número para ele.

-Acho que seus amigos estão te chamando. –eu falei, indicando o grupo de pessoas com quem ele estivera falando antes de vir falar comigo.

-Eles querem ir para outra balada. –ele informou –Como hoje é a despedida de solteiro do Bart eu tenho que ir... Mas eu te ligo.

-Sei. –eu falei.

-Ligo mesmo. –ele prometeu se afastando –Prazer em te conhecer, Lizzie.

-O prazer foi todo meu, George.

E foi mesmo.

XxX

Muitas pessoas subestimam Kitty com frequência. Eles acham que ela é cabeça de vento e só faz o que Lydia manda. A última parte até que é verdade, mas o que ninguem leva em conta é que Kitty é uma ótima amiga e que defende todas nós a unhas e dentes.

-Aquela Caroline é uma vaca. –Kitty declarou sentando-se do meu lado no bar.

-O que aconteceu? –eu perguntei na hora.

-Ela veio com uma conversa furada de como a Jane era linda e “exótica” e se ela era de “ascêndencia mista”. –ela falou fazendo os sinais de aspas com os dedos.

-Eu não acredito!

-Nem me fale! –ela bufou –Eu fingi que não entendi, daí ela falou que era porque a Jane tinha lindos olhos verdes, mas uma pele tão... Morena. –era óbvio que ela estava imitando o jeito nojento de Caroline –Eu continuei fingindo que não estava entendendo, daí ela me perguntou se um dos pais de Jane talvez não fosse inglês.

-O que você disse?

-Que tanto o pai quanto a mãe da Jane são ingleses, o que é a verdade. –Kitty falou –Daí ela mudou de assunto. Acho que no fim não teve a coragem de me perguntar o que realmente queria saber.

Eu estava sentindo desde o começo que a Caroline tinha um problema com a cor da pele de Jane. Agora ela só estava provando que era verdade.

-Você acha que eu deveria contar para a Jane? –Kitty perguntou preocupada.

-Não. –eu decidi –Charlie gosta dela e é o que importa. Nós vamos ficar de olho na Caroline e falar com Mary e Lydia. Qualquer coisa a gente acaba com aquela loira aguada.

-Ei!

-Opa, desculpa. –eu sorri de leve, passando a mão pelo cabelo loiro de Kitty –Você entendeu o que eu quis dizer.

-Pode deixar.

Kitty acabou falando que ia procurar por Lydia e saindo dali. Eu decidi que era hora de ficar de olho em Caroline e Louisa e voltar para o camarote.

A escada para o camarote era uma daquelas assassinas: vazada e mega lisa. Eu estava subindo olhando para os meus pés e agarrada ao corrimão porque estava com medo de descer rolando a qualquer segundo. Justamente por estar olhando para baixo eu topei com um par de sapatos super lustrados que estava vindo na direção oposta e tinham resolvido bloquear meu caminho.

Eu levantei a cabeça e dei de cara com Darcy me olhando como se eu tivesse duas cabeças. Totalmente injusto ele parar num degrau acima. O imbecil ja era bem mais alto que eu naturalmente.

-Lizzie. –ele soltou, parecendo chocado.

-Darcy. –eu fiquei olhando para ele –Posso passar? –perguntei impaciente, quando ficou claro que ele não ia sair do caminho.

-Claro. –ele apressou-se para me dar passagem.

-Obrigada. –eu soltei irônica, passando por ele e terminando de subir os degraus.

Sabe aquela sensação de que você está sendo observada? Pois é. Eu estava com ela, por isso me virei para olhar para Darcy de novo.

Ele estava parado no mesmo lugar e ao me ver virando ele... Corou?


Espera aí! Darcy estava secando minha bunda?

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N/A: Por hoje é isso amiguinhos!

O rostinho da vez é o da Lydia, nossa amada pirigute!

Espero que tenham curtido!

COMENTEM!

B-jão

O Contato - Capítulo 5



Capítulo 5

Um monte de gente leria uma fanfic SupermanXHulk... Quem diria?

Quem não ficou nada feliz com isso foi Phil, que fez Darcy deletar sua conta. De novo. Esse homem estava tirando a diversão de absolutamente tudo.

Inclusive do trabalho. Ela estava querendo visitar seu padrinho, mas Phil mandou ela para outro lugar.

Ta, que seja.

Por isso ela estava sentada num sofá (muuuuito confortável), olhando para a sala gigante daquela mansão e pensando se sair correndo daria certo. Aquele lugar parecia assombrado e ela era uma garota gostosa sozinha. Filmes de terror começavam assim.

Seu celular vibrou. Snapchat do Bucky.

Ela quase caiu pra trás quando abriu. Bucky estava saindo para uma missão com Steve e Natasha e tirou uma foto do Super Soldado sem camisa, pondo as calças. Tipo, meio caminho.

-Filho de uma...

-Senhorita Lewis?

Darcy pulou e escondeu seu celular, sentindo-se culpada.

-Seu café. –o simpático velhinho disse, estendendo a bandeja para ela.

-Obrigada. –ela sorriu para ele, porque ele era tão fofo que Darcy queria aperta-lo e leva-lo embora.

-Algo mais que eu possa fazer por você, senhorita Lewis? –ele perguntou com um sorriso.

-Não, obrigada, Alfred. Só fala pro seu chefe largar de enrolar e vir aqui.

-Grosseiro, considerando que o tal chefe é um homem de bengala. –Bruce Wayne falou, aparecendo na sala.

De fato, ele tinha uma bengala e estava parecendo um mendingo.

-Uau... E eu esperando alguma coisa mais impressionante desse tal Batman. –ela falou na hora.

Bruce e Alfred congelaram.

-Eu não sei do que você está falando, senhorita Lewis. –Bruce respondeu imediatamente.

-Nem me enrola, colega. –ela revirou os olhos –Nem é a primeira vez que eu ouço essa frase. Essa semana! Eu fui atrás do tal do Superman e acabei pulando de um prédio, então não vamos perder meu tempo, seu tempo...

Bruce e Alfred trocaram um olhar.

-Ela parece ser uma boa menina. –Alfred falou por fim.

-Oh! Obrigada, Alfred! Você se incomodoaria de falar isso de novo, para eu poder gravar e mostrar pros meus pais? –ela pediu.

Alfred riu.

-O que você quer exatamente? –Bruce perguntou.

-Antes de mais nada... Senta ai, colega, que você ta me dando nervoso. –ela apontou para uma cadeira.

Bruce sentou-se.

Darcy sabia que devia ficar quieta, porque... Bom.. Mas...

-Você pegou mesmo a Viúva Negra? –ela soltou.

Bruce arqueou a sobrancelha.

-Como você sabe disso?

-Meu Deus! Natasha, sua sortuda! –então Darcy cobriu a própria boca –Opa, foi mal. Eu não tenho filtro.

-Percebe-se. –Bruce falou, com um sorriso relutante –Então foi assim que você me achou? Pela Natasha?

-Mais ou menos. –Darcy falou –Eu trabalho pra SHIELD, e antes que você diga alguma coisa, sim, eles terminaram, mas estão começando de novo.

-O que eles querem comigo? –Bruce perguntou –Caso você não tenha lido os jornais, eu não sou só um criminoso, eu sou inválido também.

-Nossa, que dó... –Darcy revirou os olhos –Já parou de sentir pena de si mesmo? Porque assim, eu tenho coisas a fazer, outras pessoas pra incomodar. Se você vai ficar ai de frescura, eu posso ir embora.

-Eu nem sei o que você quer aqui! –ele protestou.

-Oferecer amizade, trocar o número de Whataspp, adicionar no Facebook, essas coisas normais da vida, colega! –ela explicou –Você definitivamente não é HYDRA e pode achar que se aposentou, mas merda acontece, Wayne. Você pode precisar de ajuda, nós estamos dispostos a oferecer. Além do mais, aposentado ou não, você é o cara que protegeu Gotham sozinho. Tem experiência, técnica e dinheiro. Sério, você pode ser instrutor pro resto da sua vida.

-Eu não sei. –Bruce falou.

-Ta na hora de pegar pesado então. –Darcy deu um suspirou pesaroso, pegando seu celular –Eu fui informada que eu só deveria usar isso em último caso com você, mas deve ser o momento.

Bruce e Alfred ficaram tensos, esperando pelo pior. Darcy colocou o telefone sobre a mesa e deu o play. Como era um StarkPhone feito para ela e que não estava no mercado, não devia chocar ninguem que ele projetava hologramas em tamanho real.

Bruce e Alfred ficaram muito chocados quando Tony Star apareceu na frente deles de terno e com um martini na mão.

-Wayne, se você está vendo isso é porque você é um bundão. –ele falou com um sorriso agradável –Como todos nós sabemos. Assim como sabemos que eu sou mais rico, mais lindo, mais inteligente e um herói mais foda. Obrigada por me provar correto mais uma vez. Não que eu esteja errado um dia na minha vida. Fui.

O holograma desapareceu e um silêncio bem estranho ficou no lugar. Darcy estava fazendo o possível para não rir, mas Tony era um fdp tão grande e tão cheio de charme... Cretino.

Alfred estava olhando para Bruce de forma preocupada e o ex-Batman estava rangendo os dentes.


-Qual era sua oferta mesmo? –ele falou por fim.

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N/A: E aqui estamos!!!

Essa demorou, mas espero que tenha válido a pena. 

Aqui temos nosso querido Batman. A timeline seria pós "O Cavaleiro das Trevas", mas não foquem muito nisso por dois motivos: um, meu Alfred preferido sempre vai ser o dos filmes antigos (Michael Gough) e segundo, quando eu penso no Batman eu penso no Luke Evans. Não sei porque, não me julguem! hahaha

Espero que tenham gostado!

B-jão