Capítulo 16
Clint demorou seis dias para
encontrar Natasha. O que queria dizer que ela queria ser encontrada por ele.
Do contrário poderiam levar
meses.
Ela estava na Lituânia, em
um muquifo que se fazia passar por apartamento. Quando Clint entrou no quarto
–sem bater na porta, porque sabia que a russa o estava esperando –ela estava
sentada na poltrona, uma garrafa de vodka em uma mão, uma pistola na outra.
-Dia difícil? –ele perguntou
tranquilo.
A maioria das pessoas achava
que Natasha era infálivel e inquebrável.
Clint sabia que não era
assim.
O arqueiro conhecia cada
demônio que perseguia a mulher, cada medo e hesitação. Sabia a linha tênue que
ela andava todos os dias e sabia cada beira de precípicio do qual ja se
recupera.
A cena que tinha diante de
si? Infelizmente não era novidade.
Porém, prometera a ela anos
atrás: nunca trataria Natasha como louca ou como um risco. Sempre estaria ao
lado dela, nas piores situações. E, embora nunca tivesse dito em voz alta,
daria sua própria pele para salvar a dela.
E sabia, no fundo da alma,
que ela faria o mesmo por ele.
-Eu tive que fazer um favor
para o Reddington (1). –ela falou,
coçando a tempora com o cano da arma.
Isso devia ter sido difícil.
Favores para Reddington sempre terminavam com alguém morto. Pelo menos não fora
Natasha.
-Isso quer dizer que você
está pronta para voltar? –ele jogou casualmente.
-Eu não deveria. –ela
suspirou, largando a arma sobre a mesinha ao seu lado –Essa coisa toda está me
deixando mole. Fraca.
-Você sabe que não é
verdade. –ele reprovou suavemente –Você sabe que no fundo está com medo,
pensando em quando vão tirar isso tudo de você. Quando eles vão olhar para você
e perceber que seu passado é podre e pensar que você também deve ser.
-E de onde você tira tanta
besteira, Barton? –ela retrucou irritada.
-Porque é exatamente o que
eu sinto. –ele falou.
-É diferente para mim. –ela
resmungou.
-Para com essa mania de
medir o nível de tragédia e coisas erradas no nosso passado, Natasha. –ele
falou levemente impaciente –Não é uma competição. Além do mais, você mesma
jogou tudo pro público. Eles sabem exatamente quem nós somos. E todos estão
esperando por você.
Ela ficou quieta.
-Eu... –ela bufou e deu um
gole na bebida –Eu ainda tenho que fazer mais uma coisa para o Reddington.
Clint suspirou.
-Para onde estamos indo?
XxX
Toni não ia negar. Estava
ansiosa, preocupada.
Hoje era o dia. James queria
encontrar o Capitão.
Quando ela descera para
visita-lo, na manhã seguinte ao... “encontro”, James estivera esperando por
ela, com uma expressão decidida.
Queria encontrar Steve.
Toni ficara mais que um
pouco chocada. Estava começando a achar que levarias meses para James tomar
coragem e decidir encontrar-se com Steve. Ele a surpreendera.
Steve tinha aceitado ver
James, mas os Vingadores decidiram que a situação teria que ser levada muito a
sério.
Preparações teriam que ser
feitas.
Eles decidiram que, antes de
mais nada, o encontro seria fora do quarto onde James estava. Muitas coisas la
podiam ser usadas como armas. Porém, também não iam muito longe. Na verdade, o
soldado só ia sair do seu quarto.
O andar todo era reforçado,
sem saídas alternativas. Jarvis ia travar o elevador. Apenas Steve, Thor e Toni
estariam la embaixo.
Thor tinha sido escolhido
porque era o único deles que usava uma arma que não podia ser aproveitada pelo
inimigo. Toni tinha argumentado que Ozzy não ia se sentir bem se não tivesse
algum rosto familiar por ali. Ela seria o rosto familiar.
Steve tinha discutido, mas
eventualmente percebera que ela estava certa.
Eles levaram dois dias para
decidir a melhor forma de fazer a coisa toda.
Hoje ela ia ser colocada em
prática.
Toni desceu o elevador com
Steve e Thor. Os dois homens ficaram esperando do lado de fora, enquanto ela
entrava no quarto para falar com Ozzy.
Jarvis dissera que o homem
estava calmo, sem sinais de ansiedade, medo ou agitação. Steve esperava que não
fosse uma armação. Toni só queria que ele continuasse em paz.
-Bom, eu fui. –ela declarou.
-Toni, cuidado. –Steve pediu
–Nós não sabemos se alguma coisa pode faze-lo... “Voltar” a ser o Soldado.
-Querido, se alguma coisa
pode, deve ser você. –ela indicou sem crueldade.
Steve não falou mais nada,
apenas deixou-a entrar.
-Bom dia, Ozzy! –Toni
declarou animada.
Ozzy estava sentado na cama,
de frente para a porta.
-Bom dia, Toni. –ele falou
com aquela voz sem emoção alguma.
-Pronto para o grande
encontro? –ela perguntou –Eu trouxe uma gravata para você usar se quiser.
Ozzy arqueou a sobrancelha.
-Gravatas são necessárias ou
você só está sendo sarcástica de novo? –ele perguntou.
-Não exatamente sarcástica,
mas sim, eu estou te zoando. –ela admitiu –E ai? Pronto?
-Sim. –ele falou com
simplicidade –Pelo tempo que vocês demoraram para organizar isso, eu imagino
que vocês tiveram que planejar algo.
-Sim, nós tivemos. –Toni
admitiu –Você me segue e nós vamos ver o Capitão la fora. Thor também vai estar
aqui, mas ele não vai falar.
-Isso deverá ser
interessante. –James comentou –Vamos.
Toni deu passagem para James
ir na sua frente. Gostando ou não dele, não ia dar suas costas a um assassino
treinado.
O homem passou por ela sem
comentários, saindo do quarto. Ao entrar na sala parou imediatamente a uma boa
distância de Steve.
-James. –Steve falou com
firmeza.
James encarou o capitão intensamente,
sem mexer um músculo ou falar uma palavra. Thor estava apoiado contra a parede
ao lado do elevador, sem falar absolutamente nada (tinha primeira vez para
tudo) e observando a coisa toda.
O Soldado deve ter passado
um minuto inteiro imóvel, no mais completo silêncio.
Então ele falou.
-Punk. (2)
Toni parecia confusa, mas
Steve estava de queixo literalmente caído.
-Como você...
-Algumas palavras ficam
rodando minha cabeça. –James falou –Quando eu penso em você, essa é uma delas.
Toni estava olhando de um
para o outro.
-O que nós vamos fazer daqui
para frente, James? –Steve perguntou, mais do que um pouco cansado.
-Eu não sei. –o outro falou
–Eu estou esperando que alguem me diga.
-O que você quer? –o capitão
insistiu.
-Eu não sei. –ele respondeu
de novo –Eu não me lembro de querer algo antes.
Toni sentiu um nó na
garganta.
-Você quis me encontrar.
–Steve lembrou –E quis que Toni continuasse a te chamar de Ozzy.
-Eu imagino que ambas as
escolhas sejam bem... “Menores” do que o que você me pergunta agora.
-Verdade. –Steve cedeu –Mas
o que você quer ainda conta. Com limites, claro.
-Claro. –ele olhou em volta
–A Viúva Negra está aqui?
-Por que você quer saber
dela? –Toni perguntou.
-Ela deve saber o que fazer.
–James falou –Ela ja esteve na mesma situação.
-Ela não está aqui. –Toni
falou, embora Steve a censurasse com os olhos –Mas ela vai voltar.
James olhou para ela.
-Vai mesmo?
-Eu espero que sim. –Toni
falou sincera –Porque eu não sei o que mais fazer por você.
XxX
-Café, Bruce?
Bruce parou de olhar no seu
microscópio para poder olhar para Cora.
-Chá, na verdade. –ele pediu
–Essa história com os demais e o Soldado Invernal ja está me deixando agitado o
bastante. Eu continuo esperando por sirenes a qualquer minuto.
Cora tocou o ombro dele de
leve.
-Está tudo bem. O Capitão
Rogers deve ter tudo sob controle. –ela falou.
-Não a Toni? –Bruce
provocou.
-Só nos sonhos dela. –Cora
retrucou sarcástica.
Bruce riu.
-Você está ocupada agora?
–ele quis saber.
-Na verdade não.
-Por que você não senta para
tomar chá comigo? –ele ofereceu com cuidado, corando antes de terminar a frase
e se chamando de idiota por ter dito algo tão ridículo.
O sorriso de Cora provava
que não era ridículo.
Ele se sentia o melhor homem
do mundo cada vez que ela sorria para ele. Bruce nunca entenderia o que Cora
realmente via nele. Ela era tão bonita, inteligente, especial... Ele era... Um
problema.
Mesmo assim la estava ela,
sorrindo porque ele a convidara para tomar chá ali, no laboratório.
Cora foi buscar os dois chás
e então sentou-se ao lado dele. A companhia dela era sempre agradável, porque
Cora não sentia necessidade de preencher cada segundo de silêncio com conversa.
Porém, quando tinha algo a dizer, era sempre interessante e bem pensado.
Bruce andara pensando. O
encontro deles tinha sido há algumas noites e tinha sido ótimo (não tinha?).
Então... Será que Cora estava esperando ele chama-la para um segundo?
E ela ja tomara a iniciativa
da primeira vez, agora tinha que ser ele.
Certo?
Se bem que... Ela dera um
beijo na bochecha dele no fim da noite. Seria isso um sinal de alguma coisa?
-Bruce? –Cora estava
chamando-o, aparentemente há algum tempo –Você está bem? Parecia que você
estava a quilometros daqui.
-Desculpa. –ele pediu
corando e empurrando seus óculos de volta para o lugar –Eu estava pensando
em... Bom... Sobre... A...
Cora estava olhando para ele
com um ar de preocupação.
Jesus, ele era pior que um
adolescente.
-Vocêquersaircomigo?
-Ah... Desculpa, mas eu não
entendi. –Cora falou confusa.
Bruce respirou fundo.
Onde estava um ataque
alienígena quando se precisava de um?
-Você... –engoliu em seco
–Você gostaria de sair comigo de novo?
Cora arregalou os olhos. Ela
parecia bem surpresa.
-Cora? –Bruce deu uma risada
sem graça –Claro que você não precisa se...
-Não, não! –ela falou
rapidamente –Eu só estou surpresa. Eu estava achando que ia ter que te chamar
de novo. Eu só estou surpresa. De forma positiva! –apressou-se em esclarecer.
-Isso quer dizer...
-Que eu aceito. –ela afirmou
–Eu adoraria sair com você de novo, Bruce.
Bruce imaginava que estava
sorrindo como um louco no momento. Não importava.
-Então... –ele não sabia
como terminar a frase.
-Eu estou livre amanhã a
noite? –parecia algo entre uma sugestão e uma pergunta.
Só fez Bruce adora-la um
pouco mais.
-Eu também estou.
Cora ficou levemente
vermelha.
-Jantar amanhã então? –Bruce
perguntou sorrindo.
-Combinado.
XxX
Natasha nunca imaginara que
ficaria feliz de ver a Torre. Não acreditava muito em toda essa coisa de
“trabalho em equipe”, mas desde que a SHIELD caíra...
Enfim.
Estava de volta.
Demorara alguns dias, mas
ela e Clint terminaram o que tinham que fazer e agora estavam de volta. Tinha
até uma certa... “Saudade” talvez fosse uma palavra forte demais. Tinha uma
certa vontade de ver os outros.
Claro que Toni tinha que
estragar isso.
Assim que a porta do
elevador abriu-se revelando a sala comunal da Torre música começou a tocar hum
volume ensurdecedor.
Killer, stone cold
killer, she's a killer, stone cold killer
Killer, stone cold killer, she's a killer, stone cold killer
Killer, stone cold killer, she's a killer, stone cold killer
Natasha revirou os olhos. Toni podia ser um gênio, mas
a idade mental dela era de 13 anos.
She's a killer, she's a killer, stone cold killer
She's a killer, stone cold killer, she's a killer (3)
De repente a música parou.
-Ah, olá, Natasha. -Toni
falou agradavelmente de sua posição apoiada no bar –Eu não te vi ai.
-Sóbria, Stark? –ela falou
com falsa surpresa e fingiu checar seu relógio –Mas já são 10 da manhã!
Toni começou a gargalhar.
-Eu mereci essa. –admitiu
–Chega de fugir?
Natasha suspirou.
-Acho que sim.
Toni abriu um pequeno
sorriso.
-Da próxima vez eu tranco a
porta e te deixo pra fora.
A ruiva revirou os olhos
mais uma vez e largou sua mala no chão, caminhando em direção a Toni. A
bilionária pareceu seriamente alarmada, olhando de um lado para o outro, como
se estivesse pensando como fugir.
-Hum, eu tava brin... –Toni
parou de falar quando Natasha lançou os braços em volta do pescoço dela
abraçando-a.
-Obrigada por não ter
trancado dessa vez. –ela falou sinceramente ao ouvido da morena.
Toni abraçou-a Natasha de
volta de forma hesitante.
-Eu nunca vou trancar.
-Ah, que gracinha! De novo,
meninas, mas sem as blusas agora!
Natasha soltou apenas um
braço para pegar a lâmina escondida em sua jaqueta e atirar na direção de
Clint.
-Nat! Você quase me acertou.
–o arqueiro reclamou.
-Acho que eu estou ficando
ruim de mira. –ela falou, finalmente separando-se de Toni.
-E aí, Stark. –Clint falou
com um sorriso enorme –Conseguiu abusar do Steve ja?
-Não que seja da sua conta,
mas nós fomos num “encontro”. –Toni resmungou.
Era difícil dizer quem
estava mais chocado: Clint ou Natasha.
-Oi? –Clint estava passado
-Encontro? Você?
-O que tem de errado com
isso? –Toni perguntou na defensiva.
-A sua ideia de romantismo,
até onde eu me lembro, era tocar Led Zepplin no quarto. –Natasha falou de forma
seca –E você não dormia de conchinha porque sofria de “claustrofobia pós
orgásmica”. (4)
Clint parecia estar
imaginando cenas em sua cabeça.
-Ei, essa é uma condição
médica séria. –Toni falou sem nem um pingo de vergonha –E eu não estou sendo
romântica. Só estou tentando abusar do Capitão, mas ta dificil.
-Pera ai! –Clint pediu rindo
–Quer dizer que vocês ainda não transaram?
-Não é da sua conta. –ela
falou cruzando os braços.
-Ah que fofo! –Clint estava
se divertindo demais com a coisa toda –Ja ja o Steve vai fazer de você uma
mulher honesta.
-Segura os cavalos ai,
Piu-Piu. –Toni revirou os olhos –A chance de eu me casar são nulas. Vegas não
conta.
Isso interessou Clint.
-Você já casou em Vegas?
–ele quis saber.
-Na verdade já.
-E teve que divorciar? –ele
insistiu.
-No fim das contas o
casamento não era válido. –Toni deu de ombros.
-Como assim? –até Natasha
estava curiosa.
-Eu casei com uma mulher,
antes de permitirem casamentos gays. –ela explicou -Acho que o juiz de paz era
partidário da causa, porque casou nós duas mesmo sabendo que não podia.
-Deixa eu adivinhar... –a ruiva
tinha um pequeno sorriso -Stripper.
O sorriso de Toni era
maquiavélico.
-Não. Cafetina.
Natasha riu. Tudo bem,
talvez voltar não fosse tão ruim assim.
XxX
-Aqui está bom, doutora
Foster?
-Está sim, Steve. Obrigada.
Desculpa por ficar pedindo ajuda com essas coisas.
Steve sorriu para a mulher,
então fingiu analisa-la de cima a baixo.
-Eu entendo que você precise
de ajuda para alcançar os lugares altos. –ele falou.
-Muito engraçado. –ela
revirou os olhos.
Steve colocou a última caixa
na prateleira para Jane.
-Mais alguma coisa? –ele
perguntou.
-Não. –ela realmente parecia
sem graça –Desculpa, eu normalmente peço para o Thor, mas...
-Mas ele está fora com
Darcy. –Steve completou –Comprando o que mesmo?
-Na verdade eu não sei.
–Jane bufou –Eles disseram uma máquina de lavar, mas nós não precisamos de uma.
Eu acho que os dois estão me enrolando.
Steve riu. Provavelmente
sim.
-Eu gostaria de te perguntar
algo, na verdade... –ele admitiu, suas orelhas ficando vermelhas.
-Claro. –Janes respondeu
distraidamente, checando informações num tablet.
-É sobre um segundo encontro
com a Toni. –ele admitiu.
Isso fez Jane prestar
atenção.
-Vocês vão sair de novo?
–perguntou animada.
-Eu não chamei ainda. –ele
falou sem graça –Porque eu não tenho ideia de onde leva-la e eu queria algo que
a deixasse maravilhada. A Toni não é uma mulher comum, ela é uma cientista,
alguém de mente brilhante. Você é o mesmo tipo de mulher, talvez você tenha uma
ideia.
-Oh. –Jane corou –Você
acabou de ganhar milhares de pontos com essa frase. –ela parou e pensou –Na
verdade eu sei sim.
-Sério? –Steve perguntou
animado –O que?
-Eu fui convidada para um
evento que eu acho que ela vai adorar. –Jane falou, remexendo em papéis na sua
mesa, revirando uma bolsa e derrubando todo o conteúdo de uma caixa no chão –Eu
tenho dois ingressos e ia chamar Thor para ir comigo, mas você precisa mais que
eu. AHA!
Ela finalmente achara os
ingressos jogados numa gaveta, levemente amassados e os entregou para Steve. O
capitão leu o título dos ingressos.
-Jane, não! –ele falou na
hora –Parece algo que você adoraria ver.
-E eu vou. –ela falou
despreocupada –Depois. A Toni vai adorar estar na estreia. Eu não ligo de ver
depois.
-Você tem certeza? Porque eu
posso...
-Steve! Desencana. –ela
falou –Aliás, poupe suas energias. Afinal, você ainda tem que convencer a Toni
a ir.
Ah é. Tinha esse detalhe.
XxX
-Wilson.
Sam levantou a cabeça do
livro que lia e olhou para Natasha.
-Natasha! –ele sorriu –Não
me chame de Wilson. Eu me sinto uma bola. (5)
A ruiva revirou os olhos.
-Eu gostaria de falar com
você sobre o Soldado Invernal. –ela declarou.
-Eu estou muito bem,
obrigado. Que bom que você reparou que eu perdi peso. Você também está
incrível. Como sempre, claro. –ele falou com um sorriso amigável.
Natasha cruzou os braços e
jogou um olhar congelante a Sam. Não parecia estar tendo efeito algum.
-Eu não vim aqui jogar
conversa fora. –ela falou séria.
-Eu percebi. Você veio aqui
me usar pelo meu cérebro. –ele declarou –Estou ofendido que não seja pelo meu
corpo.
Sam podia ver claramente
Natasha lutar contra um sorriso. Ponto para ele.
Por fim ela bufou.
-Eu estou ótima, Wilson.
Obrigada por perguntar. –ela falou de forma sarcástica –Você não perdeu peso
nenhum, você está obviamente alucinando. E eu sei que estou incrível. É uma
condição da qual eu não me livro.
Sam caiu na gargalhada.
-Assim está bem melhor. –ele
falou –Agora, como eu posso ajuda-la?
-Steve falou que você
trabalhava como um psicólogo para o exército, para pessoas com caso de TEPT. (6) –ela falou –Toni me pediu ajuda
para desprogramar o Soldado Invernal. Eu sei que posso fazer isso, mas as
consequências, tudo o que ele viveu...
-Ele vai ter problemas psicológicos
imensos e eu vou ter o prazer de resolve-los. Entendi. –Sam falou sério –Eu nem
imagino o caos que deve ser a mente dele e o choque que vai vir quando ele se
recuperar... Não vai ser fácil.
-Não. –Natasha falou sincera
-Principalmente porque ele é forte demais para ser contido. Alguém vai ter que
supervisiona-lo 24 horas por dia.
-Eu entendo. Ele terá que
“merecer” sair da Torre e ser confiado para ficar sozinho.
-Sim. E isso não vai ser
fácil, porque se ele “virar” Soldado em um momento de pânico...
-Ele pode acabar com a
maioria das pessoas aqui, eu sei. –Sam pareceu refletir –Mas, quando ele se
recuperar, será de valor imenso para a SHIELD.
-No que você está pensando?
–ela perguntou curiosa.
-Que é do melhor interesse
deles nos ajudar.
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N/A: E ai está. Comentem, por favor!
(1) Para quem não entedeu o sútil da primeira aparição... hahahaha Sim, Ray Reddington de "The Blacklist".
(2) Era assim que o Bucky chamava o Steve e eu não encontrei nenhuma tradução que me agradasse, logo, vai ser isso mesmo.
(3) "Killer", do Kiss.
(4) Essa pérola eu ouvi em "Lost Girl" XD
(5) Wilson era a bola e melhor amigo do Tom Hanks "O Naufrago".
(6) Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Em dois dias teremos "A Senhora de Nárnia"!
B-jão